CTT têm média de 100 vagas que não conseguem preencher
Correios operaram neste verão incapazes de preencher, em média, 100 vagas de trabalho temporário para colmatar as férias dos trabalhadores nos quadros. Baixas por Covid também pesam no serviço.
A operação dos CTT CTT 0,00% enfrenta “dificuldades” relacionadas com os efeitos da pandemia e da escassez de mão-de-obra no país. “Nós temos tido, em média, durante o verão, mais de 100 vagas por preencher”, revelou o presidente executivo da empresa, João Bento, esta terça-feira.
As baixas na empresa de 12.500 trabalhadores têm gerado constrangimentos desde o início da crise sanitária, mas os efeitos acentuaram-se no final de 2021 e atingiram um pico em janeiro de 2022. Foi, “de muito longe, o pior mês de sempre, em que chegámos a ter cerca de 1.400 ausências em simultâneo”, disse o gestor no Parlamento, durante uma audição sobre a qualidade do serviço.
De acordo com João Bento, além dos escritórios, os CTT empregam cerca de 5.000 pessoas na distribuição e 2.500 no tratamento do correio. Habitualmente, o período de férias decorre entre maio e outubro, tendo a empresa registado em maio deste ano o segundo pico de ausências por causa da Covid-19, maior do que o registado em 2020 e 2021, de acordo com o gestor.
Mas não é o único fator de pressão na operação dos CTT. “Nós temos dificuldades que são porventura maiores do que alguma vez já o foram, porque coincide com aquilo que é alguma perturbação por falta de assiduidade associada tipicamente ao Covid, que em maio estava no segundo maior valor de sempre para nós, com uma dificuldade de contratação em férias que é, neste momento, um problema que o país atravessa”, admitiu João Bento.
“Felizmente, estamos em pleno emprego. O Turismo está a contratar estrangeiros. Nós não podemos. Nós consultámos todos os consulados de língua oficial portuguesa. Consultámos todas as juntas de freguesia, câmaras municipais, todos os prestadores e recrutadores de mão-de-obra temporária. E temos tido, em média, durante o verão, mais de 100 vagas por preencher”, continuou o responsável.
Os CTT, entre maio e outubro, tendem a recorrer a mão-de-obra temporária para colmatar as férias dos trabalhadores nos quadros, abrindo cerca de 500 vagas para contratos de seis meses, em geral. Só na segunda-feira é que o número de vagas por preencher caiu abaixo da fasquia das 80, rematou o presidente executivo da companhia.
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