Exclusivo CTT escolhem Sonae Sierra para gerir património imobiliário
Retalhista vai gerir portefólio de 400 imóveis de retalho e logística, avaliado em cerca de 110 milhões de euros, sabe o ECO. Anúncio oficial deverá acontecer no início de novembro.
A Sonae Sierra é a empresa que vai gerir o património imobiliário dos CTT, apurou o ECO. A empresa dos correios anunciou em junho a intenção de criar um veículo para deter e gerir os ativos imobiliários, num total de 400 imóveis de retalho e logística, avaliados em cerca de 110 milhões de euros. O anúncio oficial deverá ser feito no início de novembro, tal como referiu o CEO dos CTT, João Bento, na semana passada, aos jornalistas.
A 20 de junho, os CTT informaram que tinham iniciado “negociações exclusivas” com um coinvestidor para a criação de um veículo – no qual a operadora postal vai manter uma posição maioritária – para deter e gerir os seus ativos imobiliários.
A entidade deste investidor não foi revelada, mas o ECO apurou junto de fontes do mercado imobiliário que a Sonae Sierra foi a empresa escolhida para gerir esse veículo. Na semana passada, durante um evento, o CEO João Bento afirmou aos jornalistas que o negócio ainda não estava fechado, mas que isso deveria acontecer antes ou durante a apresentação de resultados trimestrais, que ocorrerá a 3 ou 4 de novembro.
Para criar esta estrutura, o portefólio de ativos dos CTT será incorporado no novo veículo e a Sonae Sierra vai gerir esse veículo e procurar novos investidores (institucionais e family offices) para assumirem uma posição minoritária, explicou na altura a empresa dos correios.
Em causa estão 400 ativos que compõem o “Portefólio de Rendimento”, composto pelas lojas, situadas normalmente no centro das localidades, e os armazéns e centros de logística/distribuição dos CTT. Esta carteira, avaliada em 110 milhões de euros, representa uma área bruta locável de cerca de 240 mil metros quadrados e inclui ainda “potenciais oportunidades de expansão, nomeadamente na rede logística, em Portugal e Espanha”.
Os CTT querem, assim, constituir uma estrutura destinada a maximizar o valor do “Portefólio de Rendimento”, através da otimização da sua gestão corrente, da melhoria da ocupação com captação de novos inquilinos, e da procura de oportunidades de micro-desenvolvimento nos casos em que se possa considerar que existam, referiu a empresa, em junho, através de comunicado.
O ECO tentou confirmar esta informação junto dos CTT e da Sonae Sierra, mas a empresa dos correios recusou fazer comentários e a retalhista não respondeu até ao momento de publicação deste artigo.
Esta é uma altura de mudanças para os CTT, que estão ainda em negociações com um potencial parceiro para a realização de um aumento de capital no Banco CTT. A operação deverá permitir a entrada de um novo acionista com uma posição minoritária –que pode chegar aos 30%, avançou o Jornal Económico em janeiro – e permitir à empresa alocar as receitas a “novas iniciativas empresariais”.
A empresa vai também mudar de sede a partir do próximo mês. Tal como o ECO noticiou na semana passada, os CTT vão deixar o edifício Báltico, no Parque das Nações, (que vai passar a ser a nova sede da TAP) e ocupar o edifício Green Park, na zona da Praça de Espanha, onde está a Maló Clinic.
Até junho, os CTT viram os lucros do semestre encolher 15% face aos primeiros seis meses de 2021, para 14,5 milhões de euros.
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