Combustíveis regressam às subidas. Gasolina sobe 2,5 cêntimos e gasóleo 1,5
Depois de quatro semanas em queda, os preços voltam a subir. Na próxima semana deverá passar a pagar 1,752 euros por litro de gasóleo simples e 1,713 euros por litro de gasolina simples 95.
Os preços do petróleo estão novamente a subir e os consumidores vão voltar a sentir no bolso o agravamento dos custos do “ouro negro”. Na próxima semana, quando for à bomba para abastecer o seu veículo vai pagar mais. O litro de gasolina deverá ficar 2,5 cêntimos mais caro do que esta semana e o gasóleo deverá custar mais 1,5 cêntimos, de acordo com os dados avançados ao ECO por uma fonte do mercado.
Assim, deverá passar a pagar 1,752 euros por litro de gasóleo simples e 1,713 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas esta segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), e que já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras. Os preços ainda podem sofrer um ajustamento, não só para ter em conta o fecho das cotações do brent esta sexta-feira e o comportamento do mercado cambial, mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras.
Estes valores incorporam já os descontos aplicados no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) dos combustíveis, a suspensão da atualização da taxa de carbono e também os descontos para o gasóleo agrícola. Medidas que o Governo decidiu prolongar até ao final do ano para ajudar as famílias a mitigar os efeitos da aceleração da inflação. A partir do final de outubro, os consumidores vão passar a ter uma ideia mais clara dos “descontos” resultantes da aplicação destas medidas, já que terão de ser obrigatoriamente discriminados na fatura.
Com o gasóleo nos 1,752 euros por litro são anuladas as descidas da semana passada e no caso da gasolina, que sofre um agravamento mais significativo, os valores regressam aos montantes praticados no início de setembro.
Os preços nas bombas refletem a nova subida dos preços do petróleo, já que os investidores estão a desviar a atenção do potencial impacto que uma recessão poderá ter na procura, para a redução da oferta. Os mercados estão com os olhos postos na reunião da OPEP+ na próxima semana e já há rumores de que o cartel poderá cortar a produção para responder à deterioração das condições económicas e à quebra dos preços.
“Estamos a assistir a alguma resistência dos preços do brent em torno dos 88 dólares por barril, talvez seja um sinal de que os investidores não acreditam que a OPEP+ não decidirá um corte tão grande que faça diferença”, defende Craig Erlam, analista senior de mercados na Oanda.
De acordo com uma sondagem da Reuters feita junto de 42 economistas e analistas, o barril de brent deverá atingir uma média de 100,45 dólares por barril este ano e 93,7 dólares em 2023. Valores que representam uma revisão em baixa face aos 103,95 e 96,67 dólares, respetivamente, apontados em agosto, mas muito acima dos praticados neste momento. Esta sexta-feira o Brent do Mar do Norte, que serve de referência ao mercado europeu, segue a valorizar 0,71% para os 89,12 dólares por barril.
Petróleo em alta
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