General Motors desenvolve negócio de baterias de combustível de hidrogénio

  • Lusa
  • 20 Janeiro 2022

Gigante norte-americana em busca de novos mercados acredita que as baterias de hidrogénio podem ser usadas para alimentar geradores elétricos móveis. Não descarta o segmento doméstico.

A General Motors está à procura de novos mercados para os seus sistemas de baterias de combustível de hidrogénio, anunciando que vai trabalhar com terceiros para construir geradores elétricos móveis, estações de carregamento de veículos e geradores para militares.

Os geradores, sem emissões, vão ser desenhados para alimentar grandes edifícios comerciais em caso de corte de energia, mas a empresa avançou que é possível que alguns, mais pequenos, possam vir, algum dia, a ser comercializados para uso doméstico.

O fabricante automóvel disse que vai fornecer sistemas de baterias à Renewable Innovation, de Lindon, no Estado do Utah, que vai produzir os geradores e estações de carregamento rápido. A parceria acrescenta mais produtos e rendimento aos sistemas de energia, de hidrogénio, que estão a ser desenvolvidos para camiões, locomotivas e até aviões.

Os geradores com hidrogénio são mais silenciosos do que os alimentados com petróleo, e o seu único resíduo é a água, disse Charlie Freese, diretor executivo da área de negócios do hidrogénio da GM, a jornalistas, na quarta-feira.

Adiantou que ainda era cedo para falar de preços, mas disse que a produção dos sistemas deve começar no próximo ano. No início, os geradores vão ser destinados à alimentação de esquadras de polícia ou usos industriais, bem como para concertos em espaços externos. “Estes sistemas funcionam de forma extremamente tranquila”, disse. “Você pode estar perto deles e manter uma conversa”.

Mas Freese adiantou que a tecnologia também pode ser usada para alimentar casas em algum momento.

A GM vai fornecer as pilhas de combustível a hidrogénio, construídas em Brownstown Township, no Estado do Michigan, enquanto a Renewable Innovations vai construir as unidades de geração.

A GM não está isolada na entrada do mercado de geração a hidrogénio. Várias empresas, incluindo a AFC Energy no Reino Unido, estão a vender ou testar os produtos, disse Shawn Litster, professor de Engenharia Mecânica na Universidade Carnegie Mellon, que estuda pilhas de combustível para hidrogénio há duas décadas.

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Líderes voltam ao debate sem Rui Rio e André Ventura

  • Lusa e ECO
  • 20 Janeiro 2022

Representantes dos partidos com assento parlamentar vão debater nas rádios às 9h00, mas Rui Rio e André Ventura não estarão presentes. Terá a duração de duas horas.

Os líderes dos partidos com assento parlamentar voltam a juntar-se esta quinta-feira, desta vez para o debate nas rádios, sem Rui Rio e sem André Ventura, continuando depois em campanha a todo o gás e, para alguns, a bordo do comboio.

O debate, transmitido numa emissão conjunta da Antena 1, Rádio Renascença e TSF, está marcado para as 9h00 e terá duração de duas horas.

Sem muito tempo para pausas, o secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa, segue logo para Évora, onde tem agendada uma ação de contacto com a população pelas 12:45 e, já durante a tarde, uma visita às obras de construção do novo hospital e ao reservatório do Espinheiro.

Depois de Évora, António Costa segue para Reguengos de Monsaraz, onde visita a cooperativa agrícola, e termina o dia com um comício em Santarém.

O presidente do PSD, que não vai estar em Lisboa para participar no debate, inicia em Bragança o quinto dia de campanha com uma ação de contacto com a população e comércio local, seguindo depois para uma ação semelhante em Vila Real, já da parte da tarde, onde participa também numa sessão temática sobre economia e finanças.

Na quarta-feira, Rui Rio justificou a decisão de falhar o debate, explicando que opta antes por passar por todos os distritos de Portugal Continental nesta campanha, mas disse estar disponível para participar à distância ou ser substituído por outro dirigente do PSD.

À ausência de Rui Rio soma-se a de André Ventura, segundo o Diário de Notícias, que terá sugerido participar à distância ou enviar um representantes, mas a organização rejeitou.

A caravana bloquista desce de Lisboa até ao sul do país e, às 16h20, a coordenadora do BE, Catarina Martins, tem viagem de comboio marcada com origem em Alcantarilha, Silves, e destino em Portimão, onde termina o dia com um comício.

João Oliveira, que substitui Jerónimo de Sousa na campanha da CDU, também vai andar sobre carris, mas numa zona diferente. O dirigente comunista faz a viagem na linha do Oeste, entre o Bombarral e as Caldas da Rainha, e depois participa numa sessão pública sob o mote “Defender o ambiente. Mais justiça social”.

Inês de Sousa Real, porta-voz do PAN, escolheu a linha do Alentejo e segue de Lisboa para Beja, numa viagem dedicada ao tema da ferrovia. Mantendo os transportes na agenda, continua depois no Aeroporto de Beja, com movimentos de cidadãos locais.

Depois do debate nas rádios, o presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, segue diretamente para Leiria, onde começa mais um dia de campanha junto da população. Da parte da tarde, tem prevista outra ação de contacto com os cidadãos em Coimbra e termina com uma visita às Festas da Fogaça, em Santa Maria da Feira.

Da parte da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo estará por Lisboa, com uma ação sobre “menos impostos, mais salários” e vai dedicar-se também à saúde, com uma reunião com a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, e a educação com uma visita à Escola Profissional da Pontinha. Ao final da tarde, tem ainda uma arruada em Telheiras.

André Ventura, do Chega, mantém o esquema habitual: uma arruada à tarde, desta vez em Mirandela, e um jantar-comício em Chaves.

Também a norte, mas não tanto, Rui Tavares, cabeça de lista do Livre pelo círculo eleitoral de Lisboa, encontra-se com representantes de estudantes da área da Saúde na Faculdade de Medicina do Porto.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu o parlamento e convocou eleições legislativas antecipadas para 30 de janeiro na sequência do chumbo do Orçamento do Estado para 2022 na generalidade, que teve apenas votos a favor do PS e a abstenção do PAN. Esta é a 17.ª vez que os portugueses são chamados a votar em legislativas em democracia, contando com as eleições para a Assembleia Constituinte, em 1975.

Além de PS, PSD, BE, CDU (PCP/PEV), CDS-PP, PAN, Chega, Iniciativa Liberal e Livre – partidos que conseguiram representação parlamentar nas legislativas de outubro de 2019 -, concorrem às eleições de 30 de janeiro outras 12 forças políticas, num total de 21. Os outros partidos concorrentes são: Aliança, Ergue-te (ex-PNR), Alternativa Democrática Nacional (ex-PDR), PCTP-MRPP, PTP, RIR, MPT, Nós, Cidadãos!, MAS, JPP, PPM e Volt Portugal, que se estreia em legislativas.

Mais de dez milhões de eleitores residentes em Portugal e no estrangeiro constam dos cadernos eleitorais para a escolha dos 230 deputados à Assembleia da República.

(Notícia atualizada às 7h49 com mais informação)

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Dívida pública de Portugal com juros negativos cai para 66 mil milhões

Inflação e pressão em tornos dos bancos centrais estão a puxar os juros das obrigações em todo o mundo. Portugal também observa subida das taxas e tem cada vez menos dívida com yields negativas.

Conferência de imprensa de apresentação da proposta de Orçamento do Estado 2022 no Ministério das Finanças - 12OUT21

Portugal ainda tem 66,2 mil milhões de euros de dívida pública a negociar com juros negativos no mercado, cerca de 42% do total da sua dívida. Mas este valor já foi bem maior: eram 87,5 mil milhões há apenas mês e meio e mais de 115 mil milhões há um ano (78% do total da dívida), de acordo com os dados fornecidos ao ECO pela plataforma Tradeweb.

Foram várias as maturidades da dívida pública que passaram a transacionar com valores positivos nas últimas semanas (os juros sobem mediante a desvalorização dos títulos): os juros das obrigações do Tesouro portuguesas a seis, sete e oito anos inverteram para terreno positivo durante o último mês.

Desde a reunião de BCE de 16 de dezembro que as taxas não param de subir e 2022 trouxe um novo puxão nos juros da dívida, sobretudo depois de se saber que a Reserva Federal norte-americana (Fed) vai ser mais agressiva no aperto da sua política monetária por causa da alta inflação: os investidores apostam em quatro subidas das taxas das Fed funds, a começar já em março, mais cedo do que o esperado.

O BCE também tem sido pressionado a agir para controlar a subida dos preços — que está em máximos desde a criação do euro –, mas Frankfurt tem reiterado a mensagem de que o disparo da inflação está suportado em fatores passageiros e cujos efeitos irão desaparecer no segundo semestre do ano. Além disso, o banco central trabalha para um objetivo de inflação de 2% a dois anos e as previsões nesse horizonte temporal mostram que ainda há margem para manter os juros em mínimos.

É neste cenário que as obrigações dos governos têm desvalorizado a ponto de muitas deixarem de observar as yields negativas com que vinham negociando nos últimos meses — com os juros negativos, os investidores perdem dinheiro se mantiverem seus títulos até o vencimento.

Ainda esta quarta-feira os juros associados às obrigações alemãs a dez anos, a referência para os investidores, assumiram valores positivos pela primeira vez desde maio de 2019, refletindo o sentimento dominante no mercado.

Para Portugal, as notícias também não são favoráveis. Atualmente, os juros a dez anos superam os 0,6% e estão em máximos desde junho de 2020. Nos prazos a seis, sete e oito anos, que registavam taxas negativas nas últimas semanas, estão a negociar atualmente nos 0,052%, 0,185% e 0,294%, respetivamente.

Os títulos com prazos abaixo de cinco anos continuam a ter juros negativos, mas também se pode dizer que já mergulharam em mares mais profundos.

Juros a 6, 7 e 8 anos já não estão no vermelho

Fonte: Reuters

Os analistas consideram que os juros das obrigações já bateram o fundo e que daqui para a frente vão continuar a subir mais, embora mantendo-se em níveis confortáveis durante algum tempo. Isto representará mais encargos para o Estado com o serviço da dívida, mas também irá ter impacto nas famílias e empresas, que vão pagar mais pelos seus créditos.

O Governo e o Banco de Portugal já deixaram alertas sobre o impacto da inversão da política monetária do banco central nos custos de financiamento dos países. “Será um desafio novo para os países europeus que viram a sua dívida aumentar muito durante a pandemia. (…) Temos de o enfrentar com o sentido de responsabilidade que nos caracteriza”, sinalizou o ministro das Finanças, João Leão, no mês passado.

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Pais apelam à regularização da carreira contributiva de quem pediu apoio à família

Os trabalhadores que pediram o apoio excecional à família estão a ser penalizados na carreira na Segurança Social, alertou a Provedora de Justiça. Pais apelam à regularização.

O alerta foi dado pela Provedora de Justiça: os trabalhadores que recorreram ao apoio excecional à família, face ao encerramento das creches, escolas e atividades de tempos livres (ATL), estão a ser penalizados na sua carreira contributiva na Segurança Social. Em reação, o presidente da Confederação Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE), Rui Martins, apela à regularização dessas situações de modo a que as “famílias não sejam prejudicadas“.

O apoio em questão destina-se aos trabalhadores que se vejam forçados a faltar ao trabalho para ficar com os filhos (menores de 12 anos) em caso de suspensão nomeadamente das atividades letivas e não letivas por decisão do Governo face à crise pandémica.

O subsídio corresponde, regra geral, a dois terços da remuneração-base dos trabalhadores por conta de outrem, sendo esse valor pago em 50% pela Segurança Social e 50% pela entidade empregadora. A exceção são as famílias monoparentais e os pais que partilhem entre si a assistência aos dependentes, que têm direito a 100% do ordenado.

Ora, uma vez que a maioria dos beneficiários não recebe a totalidade da sua remuneração normal e que não está previsto o registo na Segurança Social do equivalente à diferença entre o apoio e esse valor, os beneficiários estão a ser penalizados na carreira contributiva, o que pode ter impacto, por exemplo, no valor do subsídio de desemprego que venham a pedir.

Num ofício enviado esta terça-feira ao secretário de Estado da Segurança Social, Gabriel Bastos, a Provedora de Justiça advertia precisamente para a “a necessidade de ser dada resposta ao impacto negativo que o pagamento do apoio excecional à família teve na carreira contributiva dos respetivos beneficiários, já que não foi previsto o registo de remunerações por equivalência relativo ao diferencial entre a remuneração normal do trabalhador e o valor do apoio”.

Segundo Maria Lúcia Amaral, têm dado entrada “várias queixas a respeito deste assunto”, já que os trabalhadores que beneficiaram do apoio em causa “têm-se visto fortemente prejudicados nos valores das prestações sociais a que, entretanto, acederam e que continuam ou venham a aceder“.

Esta quarta-feira, em declarações ao ECO, também o presidente da CNIPE indica que há “milhares de pessoas” nessa situação e diz-se preocupado quanto a isso. Ainda assim, Rui Martins sublinha: “Temos alguma confiança de que as coisas não se venham a confirmar e que tudo venha a ser regularizado“. O representante dos pais apela a que essa regularização seja feita “de maneira a que as famílias não sejam prejudicadas“.

Esta questão é particularmente relevante uma vez que o agravamento da crise pandémica levou o Governo a forçar o encerramento de creches e ATL, entre 25 de dezembro e 9 de janeiro, e a decretar o adiamento do regresso às aulas pós a quadra festiva, o que obrigou milhares de pais a pedirem o apoio excecional à família.

O ECO questionou o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social a este respeito, mas, até ao momento, não obteve resposta.

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5 coisas que vão marcar o dia

Dia arranca com debate da rádio em emissão conjunta, mas sem presença de Rio. BdP lança estatísticas sobre o endividamento do setor não financeiro. Netflix divulga os mais recentes dados financeiros.

Esta quinta-feira fica marcada pelo Debate da Rádio, em emissão conjunta, onde os candidatos dos partidos com assento parlamentar discutem as suas propostas. A Câmara de Lisboa vai votar a proposta de Orçamento para 2022 do executivo de Carlos Moedas e o IGCP lança dados da dívida direta do Estado para o mês de dezembro de 2021.

Debate dos candidatos na Rádio, sem Rio

Vai ter lugar esta quinta-feira às 9h o Debate da Rádio, uma emissão conjunta da Renascença, TSF e Antena 1, onde os candidatos dos partidos com assento parlamentar vão discutir as suas propostas para o país. A moderar o debate vão estar as jornalistas Natália Carvalho da Antena 1, Judith Meneses e Sousa da TSF e Susana Madureira Martins da Renascença. Rui Rio já informou em nota à imprensa que dado a sua campanha em Bragança e Vila Real, não lhe será possível participar no debate. A emissão poderá ser acompanhada nos canais de streaming das rádios em questão, além dos canais informativos RTP3, SIC Notícias e CNN Portugal.

CML vota proposta do novo executivo para o Orçamento para 2022

A Câmara de Lisboa vai votar esta quinta-feira a proposta de Orçamento para 2022 apresentada pelo novo executivo, liderado por Carlos Moedas. Para o documento passar, a autarquia precisa de uma maioria, detida pela oposição. À Lusa, os vereadores do PS já afirmaram que se vão abster na votação para fazer passar o Orçamento. Neste artigo pode ver as várias medidas que Moedas preparou para os lisboetas.

Banco de Portugal lança dados sobre endividamento do setor não financeiro

O Banco de Portugal vai divulgar as estatísticas do endividamento do setor não financeiro atualizadas para novembro de 2021. Em outubro, o endividamento do setor não financeiro privado aumentou 1,0 mil milhões de euros em outubro. A dívida total dos particulares subiu 3,2% e o endividamento total das empresas privadas cresceu 2,4% em comparação ao período homólogo de 2020.

Netflix divulga dados financeiros do Quarto Trimestre de 2021

A Netflix anuncia o lançamento dos seus dados financeiros e perspetivas de negócio, às 9h de Lisboa, referentes ao quarto trimestre de 2021. Vai ainda ser divulgada uma entrevista vídeo ao co-CEO da Netflix Reed Hastings, o co-CEO e diretor de conteúdo Ted Sarandos, o CFO Spence Neumann, o diretor de operações e de produtos Greg Peters, e ao vice-presidente de RI e desenvolvimento corporativo Spencer Wang.

IGCP lança dados da dívida direta do Estado

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) vai divulgar os dados da dívida direta do Estado para o mês de dezembro de 2021. No mês de novembro este valor diminuiu 0,4% face a outubro para os 269.129 milhões de euros. A redução deveu-se, sobretudo, às amortizações da série de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável e Bilhetes do Tesouro.

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Portugal vai ter as primeiras lojas físicas de bitcoin

Espanhóis da BitBase já estão prontos a abrir portas na loja que vão inaugurar em Lisboa e estão a trabalhar na abertura de outra, no Porto. Terão caixas automáticas de criptomoedas e apoio à compra.

A BitBase, uma startup espanhola, planeia abrir duas lojas de compra e venda de criptomoedas em Portugal e instalar caixas automáticas para o mesmo efeito. A primeira fora de Espanha já encontrou “casa” em Campo de Ourique, Lisboa. A segunda ainda não saiu do papel, mas está decidido que será no Porto, disse ao ECO fonte oficial da empresa.

A inauguração da loja física em Lisboa está marcada para segunda-feira, 24 de janeiro, e o estabelecimento terá vários equipamentos do tipo “ATM” (equivalentes às caixas Multibanco convencionais) para compra de bitcoin e de outras sete criptomoedas. A startup diz que esta vai ser a primeira loja física focada em criptomoedas no país. Ainda não decidiu quantas caixas serão instaladas no início.

Nas lojas da marca, a BitBase promete ajudar os clientes a “darem os primeiros passos no mundo cripto”, contando com uma “equipa especializada” para dar “assistência na compra e venda de criptomoedas”, refere o site da empresa. Atualmente, já existem 25 lojas BitBase localizadas em 15 cidades espanholas, país onde gere também uma rede de 149 caixas “ATM” de criptomoedas.

Fachada da loja da BitBase em LisboaD.R.

“Este não será o único estabelecimento que a empresa terá em Portugal”, lê-se numa nota a que o ECO teve acesso. A empresa já deu início ao processo para encontrar um local onde instalará “outra loja” no Porto, e pretende ainda a “instalação de vários estabelecimentos com o modelo franqueado”.

A BitBase cita dados do site Radar Coin ATM para referir que “existem apenas quatro distribuidores de moedas digitais” em Portugal. É um número muito inferior ao de Espanha, nota a startup, “onde 149 já estão operando”. O mercado espanhol é, contudo, maior do que o português.

Portugal é apenas a primeira fase do plano de internacionalização da startup fundada por Álex Fernández (CEO) e Adria Llorens (COO). A empresa planeia levar o conceito até ao Reino Unido e Colômbia. A empresa quer também instalar mais 20 caixas “ATM” em Espanha.

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Resultados da banca não tiram Wall Street das perdas

Os principais índices norte-americanos terminaram a sessão em baixa, com os investidores a contrabalançarem os bons resultados do setor financeiro com a subida dos juros das obrigações dos EUA.

Wall Street terminou a sessão em baixa, com os investidores a contrabalançarem os bons resultados apresentados pelas cotadas do setor financeiro com os receios relacionados com a subida dos juros das obrigações norte-americanas.

O S&P 500 perdeu 1% para 14.342,30 pontos, enquanto o industrial Dow Jones caiu 0,98% para 35.022.32 pontos. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq desvalorizou 1,13% para 14.342,30 pontos, num movimento de correção.

Nesta sessão os investidores estiveram a digerir a “earning season” da banca norte-americana. A título de exemplo, o Morgan Stanley revelou que o lucro subiu 9% no quarto trimestre de 2021, para 3,7 mil milhões de dólares. Já os lucros do Bank of America aumentaram 28% entre setembro e dezembro de 2021, para 7,01 mil milhões de dólares, segundo a CNBC.

Neste contexto, as ações do Morgan Stanley avançaram 1,60%, para 95,73 dólares, enquanto os títulos do Bank of America somaram 0,39% para 46,44 dólares. Ainda pelo setor financeiro, em contrapartida, o Goldman Sachs manteve a tendência de queda, com os títulos a recuaram 2% para 347,32 dólares, depois de a instituição financeira ter revelado que os seus lucros subiram 129% para 21.635 milhões de dólares, no acumulado de 2021, ainda que o resultado líquido tenha recuado no quarto trimestre.

Os mercados acionistas estão a ter um arranque de 2022 difícil, dado o aumento dos juros das obrigações dos EUA, bem como os receios de que a Fed poderá tornar a sua política monetário mais agressiva, para tentar controlar o aumento da inflação. Esta sucessão de acontecimentos tem penalizado os títulos ligados à tecnologia. A Apple, por exemplo, caiu 2% para 166,23 dólares, enquanto a Amazon cedeu 1,65% para 3.125,98 dólares.

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Líderes dos Verdes alemães sob investigação por pagamento de bónus

  • ECO
  • 19 Janeiro 2022

O novo vice-chanceler e a ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha estão envolvidos nesta investigação.

Procuradores de Berlim abriram uma investigação sobre a liderança dos Verdes, da Alemanha, incluindo o novo vice-chanceler e a ministra dos Negócios Estrangeiros. Em causa está o pagamento de bónus pela pandemia no inverno passado, segundo avança a ABC (acesso livre, conteúdo em inglês).

A investigação, de uma suspeita preliminar de quebra de confiança, surge após uma reportagem do semanário Der Spiegel sobre o assunto. No cerne da questão está o papel da liderança do partido na aprovação do “bónus corona” de 1.500 euros por pessoa para funcionários da sede do partido e os próprios líderes.

O bónus terá sido concedido com o objetivo de compensar os inconvenientes causados ​​pelo trabalho em casa e pelas obras de renovação do prédio. O partido dos Verdes disse que a direção tinha o direito de tomar a decisão, mas entretanto devolveu os bónus.

O conselho de liderança de seis membros inclui os co-líderes Robert Habeck, que se tornou-se vice-chanceler da Alemanha e ministro da Economia e Clima quando os Verdes se juntaram ao novo governo do chanceler Olaf Scholz, e Annalena Baerbock, que assumiu a pasta dos Negócios Estrangeiros da Alemanha. Ambos vão deixar a liderança do partido no final deste mês.

Os procuradores sinalizaram que houve várias queixas criminais de particulares, que são obrigados a investigar, sendo que a investigação foi aberta a 6 de janeiro.

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Bilhetes para o Mundial 2022 no Qatar já estão à venda

Residentes e trabalhadores migrantes podem comprar bilhetes a partir dos 11 dólares, ou pouco menos de 10 euros, mas o preço dos bilhetes pode ir até aos 1.607 dólares, ou cerca de 1.416 euros.

Os bilhetes para o Mundial da Fifa de 2022, a realizar-se no Qatar, foram lançados a preços reduzidos, podendo os residentes e trabalhadores migrantes assistir aos jogos a partir dos 11 dólares, ou pouco menos de 10 euros, avançou a Agence France-Presse esta quinta-feira (acesso gratuito, e conteúdo em inglês).

A Fifa abriu um sorteio para a oferta de bilhetes individuais no valor de 69 dólares (cerca de 60 euros) para fãs internacionais, contudo, os preços podem ir até aos 1.607 dólares (cerca de 1416 euros). As autoridades ainda não anunciaram qual a lotação permitida nos estádios do Mundial a realizar entre 21 de novembro e 18 de dezembro.

Os fãs que se inscreverem agora para os diferentes pacotes disponíveis, jogos individuais, acompanhamento de uma equipa particular ou bilhetes especiais, ficam habilitados a um sorteio realizado a partir do dia 8 de fevereiro. Os resultados do sorteio serão divulgados aos vencedores até 8 de março.

Este vai ser o primeiro Mundial realizado num país árabe e os receios quanto à restrições de combate à Covid-19 mantêm-se. Em 2019, ainda antes da pandemia, a FIFA contratou uma cobertura de seguro para o Campeonato Mundial de 2022, contra o cancelamento, adiamento e/ou relocalização do evento, incluindo risco de doenças transmissíveis.

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Merkel rejeita oferta de Guterres de lugar na ONU

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2022

Guterres tinha convidado Merkel para assumir a presidência do Conselho Consultivo para os Bens Públicos Globais. A ex-chanceler recusou a oferta.

A ex-chanceler alemã Angela Merkel rejeitou uma oferta do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para ocupar um cargo nesta organização, segundo noticiaram esta quarta-feira os meios de comunicação social alemães.

Guterres propôs que Merkel assumisse a presidência do Conselho Consultivo para os Bens Públicos Globais, um órgão recentemente criado com o qual pretende contribuir para a transformação das Nações Unidas.

Os bens públicos globais são os que afetam o bem-estar da humanidade como um todo, desde os de natureza prática, como a regulação da aviação civil internacional, até aspirações de natureza universal, como a realização da paz mundial.

Merkel telefonou na semana passada a Guterres e agradeceu-lhe a oferta, que recusou, disse ao jornal Die Zeit um porta-voz da antiga chefe do Governo alemão.

Após 16 anos como chanceler da Alemanha, Merkel deixou o cargo que foi ocupado, após eleições, pelo social-democrata Olaf Scholz, em Dezembro passado, e ainda não decidiu ao que irá dedicar o seu tempo, embora tenha assegurado que não se dedicará à política ou a mediar conflitos.

Em Novembro, numa entrevista à emissora pública Deutsche Welle, anunciou que iria alternar o seu tempo entre a “leitura” e o “sono” e que, passados alguns meses, veria o que gostaria de fazer “voluntariamente”, uma vez livre da preenchida agenda dos últimos anos.

Merkel mantém um escritório com nove funcionários numa avenida central de Berlim, o mesmo que ocupou após a reforma o antigo chanceler Helmut Kohl.

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Feira internacional de calçado MICAM adiada para março

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2022

Inicialmente agendada para 20 a 22 de fevereiro, a feira internacional de calçado MICAM, em Milão, foi adiada para 13 a 15 de março para “oferecer a mais compradores a oportunidade de participar”.

A feira internacional de calçado MICAM, em Milão, onde vão participar 40 empresas portuguesas, foi adiada de fevereiro para 13 a 15 de março para “oferecer a mais compradores a oportunidade de participar”, anunciou esta quarta-feira a organização.

“Todos os eventos de moda e acessórios foram transferidos para março para atender os operadores de todo o mundo da melhor maneira possível e oferecer a mais compradores a oportunidade de participar”, lê-se num comunicado divulgado hoje pelos promotores.

Inicialmente agendada para os dias 20 a 22 de fevereiro, a MICAM Milano foi adiada para de 13 a 15 de março, assim como a feira internacional de artigos de couro e acessórios MIPEL (onde participará a portuguesa Malas Peixoto Soares) e o evento de moda ‘haut-à-porter’ The One Milano, que decorrem em paralelo, também no centro de exposições Fiera Milano.

Já o Homi Fashion&Jewels Exhibition, o evento dedicado à joalharia e acessórios, irá sobrepor-se parcialmente a estas datas, estando prevista a sua realização de 11 a 14 de março, no mesmo local.

Segundo a organização, “estas novas datas, solicitadas pelo mercado e pelos operadores do setor, visam sobretudo criar uma plataforma que reúna todo o sistema de moda e oferecer ao público internacional de visitantes profissionais uma única e grande oportunidade de negócios num momento de maior serenidade”.

“Cientes de que os desfiles físicos são indispensáveis no negócio da moda, os organizadores decidiram por unanimidade remarcar os eventos, de acordo com o mote #BetterTogether [adotado nesta edição] e, sobretudo, com as necessidades do mercado”, acrescenta.

Conforme salienta a organização, “nestas novas datas o mundo da moda e acessórios poderá destacar o espírito criativo de muitas empresas, cujas coleções continuam a oferecer os mais altos padrões de excelência, num evento que mostra a enorme qualidade existente em Itália e as propostas internacionais mais interessantes no mercado”.

“Um mix vencedor que – remata – atrairá operadores qualificados num clima de renovado entusiasmo”.

De acordo com a Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS), Portugal estará representado por 40 empresas nesta edição da MICAM, um crescimento de 17% face à edição anterior. Na MIPEL marcarão presença as Malas Peixoto Soares.

A feira mantém o formato de três dias e apresentará as propostas para o próximo outono-inverno 2022-2023. O horário será alargado (até às 19h00 nos primeiros dois dias do evento e até às 18h00 no terceiro dia).

O presidente da Assocalzaturifici (associação italiana da indústria de calçado) e da MICAM, Siro Badon, avança que, nesta edição, a feira terá uma maior oferta de produtos: “A próxima edição da MICAM estará de volta para dar um novo impulso ao mercado, graças à sua ampla oferta”, afirmou.

Na edição de setembro, a feira voltará ao formato normal de quatro dias, tendo realização prevista para de 18 a 21 de setembro de 2022.

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Quais as maiores seguradoras em 1952 e onde estão hoje

Só 3 das 30 maiores companhias em 1952 conservam as marcas, muitas foram integradas mas nenhuma desapareceu na história. Fidelidade teria hoje mais de metade do mercado. Veja o ranking.

O edifício do Largo do Chiado nº8, onde está hoje a Fidelidade Arte, era a sede de A Mundial, seguradora líder de mercado em 1952.

Depois de 70 anos de nacionalizações, fusões, privatizações e transferências de carteiras a Fidelidade é hoje a líder no mercado português com 28% de quota. Nem sempre foi assim, em 1952 a seguradora era a 4ª maior no mercado nacional e se, desde aí, muitas marcas desapareceram, ficaram as suas memórias e muitas vezes as apólices.

Este trabalho, que revela quais eram as maiores seguradoras do mercado em 1952 e o que lhes aconteceu, foi possível devido a um documento que nos foi facultado pelo nosso leitor José António Sousa a quem renovamos os agradecimentos. O documento impresso na tipografia da Companhia de Seguros A Mundial, provavelmente a fonte, lista por volume de produção as 30 principais companhias de seguros com atividade em Portugal em 1952.

O documento original, fonte principal para apurar ranking e dimensão das seguradoras em 1952

Para análise assumimos que as 30 maiores à época representavam 100% do mercado já que a diferença entre os 130 mil contos de produção da 1ª e os cerca de 10 mil contos da 30ª é de 13 vezes. Para converter em euros usámos a conversão oficial de 1 euro igual a 200, 482 escudos utilizado em 1 de janeiro de 2002. Para atualizar os valores desde 1952 até aos dias de hoje, usámos uma ferramenta existente sobre preços no site do INE e que indicou dever-se aplicar um coeficiente de 99,818 sobre o valor de 1952 para se obter um valor atualizado a 2022.

Com base nestes pressupostos procurou-se saber qual o destino das companhias listadas até hoje, através da consulta do Histórico das Empresas de Seguros estabelecidas em Portugal entre 1975 e 2020, editado pela ASF, da História dos Seguros em Portugal, do blog Restos de Coleção e de informações recolhidas por ECOseguros.

Uma primeira conclusão permite confirmar que na indústria seguradora portuguesa nada se perde, tudo se transforma. Não há histórico de lesados das seguradoras. Operadores e supervisor sempre resolvem os problemas antes de estes se tornarem difíceis de resolver. Logo, as 30 maiores de 1952 estão representadas em seguradoras atuais.

A pesquisa e cálculos realizados indicam que o PIB de Portugal continental em 1952 teve um valor de 46, 4 milhões de contos. Atualizado à data de hoje seriam 23 mil milhões de euros. Quase 70 anos depois o PIB de 2020 foi de 200 mil milhões de euros, 8 vezes mais. Já a produção de seguros das 30 maiores em 1952 foi de 934 mil contos. A preços de hoje seriam 464 milhões de euros, enquanto em 2021 a produção em Portugal atingiu 13,1 mil milhões de euros, um valor 28 vezes superior. Enquanto há 70 anos a produção seguradora significava 2% do PIB, hoje ronda os 5% e ainda tem terreno para crescer.

Fidelidade de há 70 anos teria 53% do mercado

A Fidelidade, líder do mercado em 2020 com 28%, era a quarta maior seguradora. Hoje integra diversas empresas do ranking de 1952 como A Mundial, Império, Comércio e Indústria, Ultramarina, Bonança, Soberana, Pátria, Alentejo, Confiança e Sagres. Todas juntas dariam à Fidelidade mais de metade do mercado. Só a Mundial, líder em 1952, detinha 13%. Esta seguradora foi fundada em 1913, na sequência da lei que pela primeira vez regulou a responsabilidade por acidentes de trabalho em Portugal e especializou-se no ramo. Foi promovida pela família Abecassis que tinha diversos interesses industriais como a Lusalite e Cel-Cat e vendida a Champalimaud, que já detinha a Confiança, em 1968. A Império era a 3ª maior, nascida para gerir os riscos complexos do grupo CUF, foi pioneira no lançamento de seguros populares de Vida e no final dos anos sessenta do século passado ultrapassava 1 milhão de contos em prémios.

A Tranquilidade, integrada no Grupo Generali em 2020, tem uma história longa ligada à família e ao Grupo Espírito Santo. Era a 2ª maior em 1952 com 11,9% de quota de mercado. A hoje Generali Seguros herdou negócios de 1952 através da O Trabalho, Nacional e Açoreana, marca ainda hoje utilizada a par com Tranquilidade.

O Grupo Ageas Portugal teria hoje 12% do mercado, e não 15,4% como tem, adicionando as companhias que, entre outras, lhe deram origem como a Tagus, Garantia ou Douro. A alemã Allianz já tinha uma presença forte no mercado nacional através da SPS e da Portugal Previdente entre outras.

De um modo menos agregador, por não terem passado pelas nacionalizações de 1975, já que eram propriedade de capital estrangeiro, estão hoje a Liberty que ficou com a Europeia, a Phoenix que muitas voltas depois está na Lusitania, a Nationale Vie que hoje se pode dizer que integra a UNA, a España está como estava e a Victoria que, depois de mexidas na casa mãe, continua muito ativa em Portugal.

O ranking das 30 maiores com valores de 1952 em escudos e atualizados a 2022 em euros, bem como a seguradora que hoje representa ou de alguma forma absorveu as seguradoras da época pode ser visto aqui:

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