Reforço do PART insuficiente para manter preço dos bilhetes em 2023

  • Lusa
  • 26 Outubro 2022

“Os 50 milhões permitem não haver aumento do preço dos passes. Não são suficientes para a bilhética ocasional. Estamos a discutir isto com o Governo”, indica a Área Metropolitana de Lisboa.

O reforço de 50 milhões de euros do Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART) nos transportes públicos é insuficiente para manter o preço dos bilhetes ocasionais em 2023, disse esta quarta-feira o primeiro secretário da Área Metropolitana de Lisboa.

Numa audição na Assembleia Municipal de Lisboa, Carlos Humberto, primeiro secretário da AML, considerou que a promessa do Governo de assegurar que não haverá aumento tarifário no próximo ano nos transportes públicos não consegue ser cumprida com o reforço de 50 milhões de euros (ME) para o PART, que constam na proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

Os 50 milhões permitem não haver aumento do preço dos passes. Não são suficientes para a bilhética ocasional. Estamos a discutir isto com o Governo”, disse. Carlos Humberto considerou que tem existido “um certo consenso político” à volta da redução tarifária dos transportes públicos, mas defendeu ser necessário que os partidos “procurem influenciar um reforço desta verba adicional, porque não faz sentido não aumentar os passes, mas aumentar a bilhética ocasional”.

Além dos 50 milhões extra para manter o preço dos transportes públicos para os utilizadores, a proposta de OE2023 contém ainda mais 60 milhões para cobrir o défice em caso de necessidade devido à pandemia de covid-19. Carlos Humberto destacou ainda que a procura de transportes públicos tem vindo a aumentar e em setembro atingiu um pouco mais de 90% relativamente ao mês homólogo antes da pandemia (setembro de 2019).

O responsável defendeu ainda que “é preciso estabilizar” os fundos atribuídos ao PART: “Estamos a conversar com o Governo sobre esta matéria. (…) Estou convencido de que em 2023 é possível montar uma solução de estabilização”, disse. Na proposta de OE2023, o Governo manteve um financiamento base de 138,6 milhões para o PART, com o reforço de uma verba até 50 milhões para garantir a manutenção do preço dos passes, “como medida excecional de mitigação dos efeitos da inflação”.

Segundo a proposta, a Área Metropolitana de Lisboa vai receber até 1.147.980 euros do Fundo para o Serviço Público de Transportes para financiamento das autoridades de transportes, enquanto a Área Metropolitana do Porto poderá receber até 912.420 euros, os mesmos valores previstos no OE2022.

O Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte PROTransP, para aumentar a oferta de transporte coletivo nas comunidades intermunicipais e nos territórios de baixa densidade, vai contar com um orçamento de 20 milhões de euros, um aumento de 4,5 milhões euros em relação ao OE2022, segundo a proposta de OE2023.

O PART, criado em abril de 2019, é um programa de financiamento das autoridades de transporte para a implementação e desenvolvimento de medidas de apoio à redução tarifária nos sistemas de transporte público coletivo de passageiros, visando reduzir a fatura das famílias com a mobilidade, bem como aumentar a oferta de serviço e a expansão da rede.

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Pedro Sanchéz declara apoio a candidatura de Lula da Silva

  • Lusa
  • 26 Outubro 2022

Depois de António Costa, também o líder espanhol apoiou a candidatura à presidência de Lula da Silva, "uma voz de abertura ao mundo e não de desconfiança. De esperança e não de medo".

O líder do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), Pedro Sanchéz, declarou esta quarta-feira apoio a Luiz Inácio Lula da Silva, que disputa no próximo domingo a segunda volta da eleição presidencial no Brasil contra o atual governante, Jair Bolsonaro. “No próximo 30 de outubro, o Brasil o elege seu futuro e quero enviar todo o meu apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva nesta eleição decisiva para o futuro de uma terra tão ligada à Espanha”, afirmou Sanchéz, identificado como secretário-geral do PSOE, num vídeo divulgado nas redes sociais de Lula da Silva.

“O Brasil é a maior economia da América Latina e a sua voz é essencial face aos grandes desafios globais que nos unem. Uma voz de abertura ao mundo e não de desconfiança. De esperança e não de medo, de compromisso com a igualdade e não da aceitação da desigualdade. Contra os que pregam o ódio e o negacionismo climático. Contra aqueles que querem um Brasil isolado e fechado”, acrescentou o chefe do Governo espanhol. Segundo Sanchéz, a eleição de Lula da Silva será um momento de abertura e esperança.

“O Brasil merece esta perspetiva de progresso. O Brasil merece Lula. A sua vitória, querido amigo, será a dos progressistas do mundo inteiro e também dos que esperam uma vitória aqui na Espanha. Um abraço muito grande de Madrid,” concluiu.

Na segunda-feira, António Costa, na qualidade de secretário-geral do PS, também apoiou Lula da Silva num vídeo divulgado pela candidatura do ex-presidente brasileiro. “O primeiro-ministro de Portugal, obviamente, não se pronuncia nem interfere nas eleições dos nossos irmãos brasileiros, mas o secretário-geral do PS, o amigo do Brasil, tem muitas saudades das relações de proximidade, de amizade, entre Portugal e o Brasil”, disse Costa.

“O mundo precisa de um Brasil forte, um Brasil que participe das grandes causas da humanidade, mas que combata a desigualdade, na luta pela saúde, para enfrentar as alterações climáticas. O Brasil e o mundo precisam de Lula da Silva. Lula conte comigo”, acrescentou Costa.

A média das últimas sondagens realizadas no país indica que Lula da Silva lidera a corrida presidencial com cerca de cinco pontos à frente de seu adversário, o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição.

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Bruxelas quer obrigar bancos a baixar comissão sobre transferências imediatas

A Comissão Europeia publicou um diploma que obriga todos os bancos a disponibilizarem transferências imediatas aos seus clientes a um preço não superior ao cobrado nas transferências normais.

Os bancos que cobram pela realização de transferências imediatas terão de, em breve, rever o seu preçário. E aqueles que não oferecem este serviço aos seus clientes terão de passar a disponibilizar. As instruções são da Comissão Europeia que adotou esta quarta-feira uma proposta legislativa para fomentar a realização de transferências e pagamentos instantâneos em euros para todos os cidadãos e empresas com uma conta bancária na União Europeia e nos países do espaço económico europeu.

A proposta visa assegurar que as transferências e os pagamentos instantâneos em euros sejam acessíveis, seguros e processados sem entraves em toda a União Europeia“, refere a Comissão, sublinhando que atualmente apenas 11% das transações realizadas no espaço do euro são feitas de forma imediata ou instantânea.

De acordo com dados da Comissão, todos os dias ficam presos entre transferências bancárias cerca de 200 mil milhões de euros, só no espaço da União Europeia.

“Não há razão para que muitos cidadãos e empresas na União Europeia não possam enviar e receber dinheiro de imediato, quando a tecnologia para gerar pagamentos instantâneos está em vigor desde 2017”, refere Mairead McGuinness, comissária para os serviços financeiros, a estabilidade financeira e da União dos Mercados de capitais.

De acordo com dados da Comissão, cerca de um terço dos prestadores de pagamentos no espaço da União Europeia ainda não disponibiliza pagamentos instantâneos e os bancos chegam a cobrar até 30 euros por transferências imediatas. A ideia da Comissão é não só obrigar bancos e prestadores a disponibilizarem pagamentos e transferências imediatas como também impedir que preço deste serviço ultrapasse o cobrado pelos pagamentos e transferências tradicionais.

Atualmente, muitos bancos já não cobram comissões por transferências bancárias (desde que sejam feitas pelo homebanking ou pelo ATM), embora os custos de transação não sejam nulos. Os bancos procuram subsidiar estes custos por outras fontes de receitas. Com este diploma haverá o risco de esta realidade mudar, por forma a aproximar os custos dos dois tipos de transferências.

“Espera-se, contudo, que a pressão competitiva, o escrutínio pelas organizações de consumidores e a pressão pública reduzam a probabilidade de tais aumentos de preços por parte dos bancos para antecipar o efeito das novas regras da União Europeia propostas hoje”, refere a Comissão em comunicado.

Uma ineficiência do mercado altamente dispendiosa para a economia

De acordo com dados da Comissão, todos os dias ficam presos entre transferências bancárias cerca de 200 mil milhões de euros, só no espaço da União Europeia. Trata-se de um valor próximo do PIB de Portugal que fica retido no sistema bancário no chamado “flutuador de pagamento” (payment float, do inglês) entre um e cinco dias para processamento bancário.

Conseguindo “libertar” mais rapidamente este dinheiro, mais facilmente o dinheiro chegará à economia e assim dinamizar de forma mais célere tanto o consumo como o investimento. No caso das empresas isto significará melhorar os seus fluxos de caixa e reduzir os custos operacionais.

A proposta de hoje irá reforçar a nossa economia, irá torná-la mais eficiente e ajudá-la a crescer”, refere Valdis Dombrovskis, vice-presidente executivo da iniciativa da Comissão Europeia “Economia que Trabalha para as Pessoas”. Para as pequenas e médias empresas, a Comissão estima que a aplicação dos pagamentos e das transferências instantâneas irá produzir ganhos de eficiência nas suas operações entre 1,34 mil milhões e 1,84 mil milhões de euros por ano.

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EDP Renováveis garante estar a superar previsões do plano de negócios. “Estamos confortáveis”

Miguel Stilwell garante que o plano de negócios da energética está "completamente financiado", estando previsto para o próximo ano um aumento de 4 GW na capacidade de energia instalada.

A EDP Renováveis revelou que está a “superar” as previsões relativamente à execução do plano de negócios. Segundo Miguel Stilwell d’Andrade, o plano de negócios da energética portuguesa está “completamente financiado”, estando previsto para o próximo ano um aumento de 4 gigawatts (GW) na capacidade de energia instalada.

Estamos confortáveis, neste momento“, começou por garantir o CEO durante uma chamada com analistas, esta quarta-feira, na sequência da divulgação dos resultados da EDP Renováveis dos últimos nove meses. “Temos, a curto prazo, por vezes, volatilidade e dívida, de trimestre para trimestre, mas precisamos pensar a médio prazo. Nesse sentido, enquanto estivermos a cumprir com o nosso plano de negócios, tanto em termos de EBITDA [resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] como de dívida líquida, não nos devemos preocupar muito com a volatilidade trimestral. Temos um plano de negócios totalmente financiado”, frisou.

Dos 20 gigawatts (GW) de capacidade previstos para serem instalados até 2025, a EDP Renováveis revela que 40% estão já instalados ou encontram-se em construção, ao passo que 10,8% dos projetos estão já assegurados. Ao todo, a EDP Renováveis já cumpriu 55% do plano previsto para os próximos três anos.

Questionado sobre a instalação anual, Miguel Stilwell garantiu que, até ao final do ano, para além dos 4,3 GW já em execução, estão previstos serem instalados mais 2 GW de capacidade — estando 700 megawatts (MW) já em desenvolvimento e outros 1,3 GW em construção. Até ao momento, as previsões indicam que sejam instalados mais de 4 GW no próximo ano, valor que deverá ser replicado todos os anos doravante.

De acordo com os resultados divulgados esta quarta-feira, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a EDP Renováveis obteve nos primeiros nove meses do ano um resultado líquido positivo de 416 milhões de euros, mais 181% do que em igual período de 2021. No mesmo documento, dão conta de que conseguiram aumentar a receita até setembro em 46% para 1,74 mil milhões de euros.

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Dona do Pingo Doce lucra 419 milhões, quase mais 30% até setembro

Grupo retalhista Jerónimo Martins, que tem também operações na Polónia e Colômbia, reforça ganhos nos primeiros nove meses do ano. Subida dos preços faz cair volumes e optar por artigos mais baratos.

A Jerónimo Martins acentuou os ganhos nos primeiros nove meses do ano, que ficaram marcados pelo início da guerra na Ucrânia e pela subida acentuada dos preços. A dona do Pingo Doce aumentou os lucros em 29,3% até setembro, com o resultado líquido a ascender a 419 milhões de euros. Compara com os 324 milhões que tinha registado no mesmo período em 2021 e que, na altura, já tinha representado um crescimento homólogo de 48%.

Entre janeiro e setembro, as vendas consolidadas do grupo retalhista de origem portuguesa, que tem operações também na Polónia e na Colômbia, ascenderam a 18,4 mil milhões de euros. Equivale a uma subida de 21% em termos homólogos, segundo a comunicação à CMVM feita esta quarta-feira, em que reporta um crescimento de 17,8% do EBITDA do grupo que em Portugal detém o Pingo Doce e o Recheio, para 1,3 mil milhões de euros.

“Com as acentuadas subidas dos preços dos alimentos e da energia a asfixiarem o poder de compra das famílias, tomámos a decisão, transversal a todas as companhias do grupo, de trabalhar para conter na medida do possível a subida dos preços nas prateleiras das nossas lojas, admitindo pressão adicional sobre as margens”, comenta o presidente e administrador-delegado, Pedro Soares dos Santos, para quem estes resultados “espelham essa opção e a agilidade e assertividade demonstradas pelas insígnias, que fecham o período com posições de mercado reforçadas e tráfego intenso nas lojas”.

Com as acentuadas subidas dos preços dos alimentos e da energia a asfixiarem o poder de compra das famílias, tomámos a decisão de trabalhar para conter na medida do possível a subida dos preços nas prateleiras das nossas lojas, admitindo pressão adicional sobre as margens.

Pedro Soares dos Santos

Presidente da Jerónimo Martins

Quando faltam pouco mais de dois meses para o final do ano, o líder da Jerónimo Martins frisa que “a elevada instabilidade geopolítica e as perturbações nas cadeias de abastecimento que resultaram da pandemia aumentam o nível de incerteza relativamente à evolução dos preços dos alimentos, da energia e dos combustíveis e à extensão dos seus impactos sobre o consumo, num inverno que se antecipa com um nível de dificuldade sem precedentes nas últimas largas décadas”. Neste contexto, “suportados pela solidez financeira do grupo”, acrescenta, a prioridade passa por “assegurar a liderança em preço e continuar a merecer a confiança dos clientes e parceiros de negócio”.

Pedro Soares dos Santos, presidente da Jerónimo MartinsTIAGO PETINGA/LUSA

No comunicado divulgado esta tarde, a Jerónimo Martins insiste que manterá o “esforço de contenção dos preços de venda”, apesar de a inflação ao nível dos custos estar a aumentar a pressão sobre as margens percentuais das várias insígnias. E destaca precisamente a solidez do balanço do grupo, que no final de setembro se traduzia numa posição líquida de caixa (excluindo responsabilidades com locações operacionais capitalizadas) de 763 milhões de euros. A dívida líquida ronda os 1,7 mil milhões de euros.

Queda de volumes e produtos de mais baixo custo em Portugal

Em Portugal, onde “a pressão da subida generalizada dos preços sobre o rendimento disponível das famílias levou à queda de volumes no consumo alimentar e a uma crescente tendência de trading-down, isto é, a escolherem produtos de mais baixo custo, o EBITDA do negócio da distribuição ascendeu a 241 milhões de euros, 12,5% acima do homólogo, mas com a respetiva margem a ficar em linha (5,9%). No terceiro trimestre, “ao investimento em preço acresceu a subida substancial dos custos de eletricidade, que pressionaram a margem EBITDA”.

Nos primeiros nove meses do ano, em que abriu sete novas lojas (quatro adições líquidas) e remodelou 25 localizações, as vendas do Pingo Doce cresceram 10,3% (+13,4% no 3T) para os 3,3 mil milhões de euros. Já o Recheio beneficiou da recuperação do canal HoReCa a acompanhar a recuperação do turismo em Portugal, o que fez com que as vendas do cash & carry crescessem 28,8% e atingissem 850 milhões de euros neste período.

Na Polónia, a rede de supermercados Biedronka aumentou 23% as vendas, em moeda local, o que corresponde a 12,7 mil milhões de euros em nove meses, refletindo igualmente a inflação registada no cabaz. Já a cadeia de beleza Hebe registou uma faturação que equivale a 252 milhões de euros, 30% acima do registado na mesma fase do ano anterior, subindo 33,6% em moeda local.

Finalmente, na Colômbia, onde a inflação alimentar se mantém acima dos 20% e “impactado significativamente o consumo”, a Ara “investiu consistentemente em preço para responder com assertividade à necessidade clara das famílias de ter acesso a oportunidades de valor”. Em resultado, as vendas aumentaram 66,2% em moeda local e levaram a insígnia retalhista a acelerar o plano de aberturas para este ano de 180 para 230 a 250 lojas.

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Chega vai pedir ao Ministério Público que investigue alegadas alterações de IBAN no Portal das Finanças

O Chega vai pedir ao Ministério Público que investigue as alegadas alterações de dados de IBAN efetuadas no Portal das Finanças sem o consentimento dos contribuintes, revelou André Ventura.

O Chega vai pedir ao Ministério Público (MP) que investigue as alegadas alterações de dados de IBAN efetuadas no Portal das Finanças sem o consentimento dos contribuintes, revelou André Ventura, esta quarta-feira no Parlamento, durante o debate na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).

Este Orçamento é “fraude, uma ilusão e está a enganar os portugueses”, afirmou o líder do Chega, fazendo referência aos alegados casos de alteração de IBAN “sob a chancela do Ministério das Finanças” sem o consentimento dos contribuintes, noticiado pelo Diário de Notícias.

Em causa está uma denúncia feita pelo Portal da Queixa, enviado esta quarta-feira às redações, que indica que a plataforma “está a receber inúmeras reclamações relacionadas com problemas no âmbito dos apoios extraordinários. A maioria dos queixosos alega que o IBAN presente nos dados pessoais não pertence a nenhuma conta bancária, e que o mesmo foi alterado sem o seu consentimento”, lê-se. Perante estas denúncias, André Ventura referiu que o Chega que vai pedir ao Ministério Público que investigue estes alegados casos.

Em causa está o cheque de 125 euros para os cidadãos não pensionistas com rendimentos até 2.700 euros mensais brutos, para ajudar a atenuar os efeitos do aumento dos preços. O pagamento é feito por transferência bancária e começou a ser feito pela Autoridade Tributária (AT) aos titulares de rendimentos a 20 de outubro e a partir desta segunda-feira aos beneficiários de algumas prestações sociais através da Segurança Social.

De acordo com o último balanço realizado pela AT, este cheque de 125 euros não chegou a 320 mil portugueses, isto é, cerca de 13% dos beneficiários, devido “um IBAN inválido no portal das Finanças”.

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Berlim autoriza empresa chinesa a comprar participação em porto alemão

O governo alemão autorizou a Cosco a comprar uma participação de 24,9% no porto de Hamburgo. Participação ficou abaixo da proposta inicial de 35%, mas oposição considera a medida um risco.

O governo alemão aprovou a compra de uma participação num terminal da empresa de logística HHLA, pela empresa chinesa Cosco, provocando protestos dentro da coligação no poder, avança esta quarta-feira a Reuters.

Em causa está a ‘luz verde’ dada, pelos social-democratas de Olaf Scholz, a uma participação de 24,9% da Cosco num dos três terminais da HHLA, no porto de Hamburgo, uma participação que ficou abaixo da previsão inicial de 35%. A participação não garante à Cosco qualquer poder de gestão ou de influência nas decisões estratégicas.

Em reação, a ministra alemã dos Negócios Estrangeiros já rejeitou a medida de Scholz, segundo o documento citado pela agência de notícias. O investimento “expande desproporcionalmente a influência estratégica da China na infraestrutura de transporte alemã e europeia, bem como a dependência da Alemanha em relação à China”, criticou Annalena Baerbock.

O documento sublinha ainda os “riscos consideráveis” da influência chinesa na infraestrutura europeia de transportes e destaca que o próprio país asiático não permite à Alemanha a participação em portos chineses. Apesar da discórdia dentro da coligação em poder na Alemanha, Scholz planeia fazer uma visita à China na próxima semana.

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Encontro de Macron e Scholz foi “amigável” e “construtivo”, dizem Paris e Berlim

  • Lusa
  • 26 Outubro 2022

O Presidente francês e o chanceler alemão "discutiram a relação franco-alemã num espírito de trabalho muito próximo a médio e longo prazo".

O encontro entre o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, esta quarta-feira em Paris, foi “muito construtivo”, levando à criação de grupos de trabalho nos domínios da energia, defesa e inovação, revelou a presidência francesa. O Presidente francês e o chanceler alemão “discutiram a relação franco-alemã num espírito de trabalho muito próximo a médio e longo prazo”, segundo a mesma fonte.

A mesma avaliação do encontro foi feita por uma fonte diplomática alemã, referindo que o encontro em Paris, resultou num diálogo “amigável” e “construtivo”. Esta reunião, que incidiu, entre outras, sobre questões de política energética ou de defesa, deverá levar nas próximas semanas a “uma cooperação muito boa e muito intensa”, disse a mesma fonte.

Os dois líderes concordaram, nomeadamente, com o facto de a União Europeia estar a enfrentar “uma das crises mais importantes da sua história”, o que os levou a discutir – entre outros – as questões da “segurança e defesa”, a questão da “energia, com foco nos elevados preços da energia e a oferta” e também a inovação, detalhou a fonte alemã.

Estes três temas são fontes de tensão entre os dois governos, que não têm as mesmas ideias sobre como lutar contra a subida dos preços da energia, por exemplo. “Sobre estes três temas foram criados grupos de trabalho de reflexão que levarão os dois governos a trabalhar em estreita colaboração nos próximos dias para os próximos passos”, referiu por seu turno fonte do Eliseu.

No entanto, a reunião não deu origem a qualquer declaração conjunta dos dirigentes, que apareceram apenas brevemente, antes do almoço de trabalho, perante os media no pátio do Eliseu. O encontro aconteceu num momento em que são conhecidas divergências entre Paris e Berlim em vários domínios-chave, incluindo a defesa e a energia, que podem ter estado na base do adiamento da cimeira dos dois governos que esteve agendada para hoje em Fontainebleau, embora oficialmente tenham sido invocados problemas de agenda de vários ministros.

Nas últimas semanas, França e Alemanha mantiveram posições muito divergentes, especialmente sobre a política energética da União Europeia após a invasão russa da Ucrânia. A França quer aplicar em toda a UE a chamada “exceção ibérica” para poder baixar o preço da eletricidade, algo a que a Alemanha se opõe.

Além disso, o governo alemão apoiou fortemente o projeto de gasoduto MidCat através dos Pirenéus entre Espanha e França, que beneficiaria também Portugal, que acabará por ser abandonado a favor de um subaquático para transportar hidrogénio que ligará Barcelona a Marselha.

Nas últimas semanas, várias questões de defesa, como o projeto antimíssil lançado por Berlim, ou algumas diferenças sobre o desenvolvimento dos futuros aviões de combate europeus (em que a Espanha também participa), complicaram ainda mais a relação entre as duas grandes potências da UE e o euro.

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Moody’s sobe notação do Montepio devido à melhoria de resultados do banco

  • ECO
  • 26 Outubro 2022

Decisão da agência de notação financeira reflete melhoria do perfil de risco do banco, “resultante do ajustamento operacional e da contínua redução do risco no balanço ao longo dos últimos anos”.

A Moody’s subiu esta quarta-feira a notação de risco das obrigações sénior não garantidas (Senior Unsecured Medium-Term Note Program) e da dívida sénior não preferencial (Junior Senior Unsecured Medium-Term Note Program) do Banco Montepio, emitidas ao abrigo do Programa de Euro Medium Term Note (EMTN), de (P)B3 para (P)B2.

Numa nota enviada à CMVM, a instituição financeira refere que esta subida das notações atribuídas pela Moody’s “reflete a melhoria do perfil de risco do Banco Montepio, resultante do ajustamento operacional e da contínua redução do risco no balanço ao longo dos últimos anos”.

“A agência de rating valorizou a melhoria das métricas de qualidade de ativos do Banco Montepio, o reforço dos níveis de solvabilidade e a tendência positiva de rendibilidade após a apresentação de resultados líquidos positivos nos últimos 4 trimestres consecutivos”, acrescenta no mesmo comunicado.

A agência de rating decidiu também fazer outras quatro revisões em alta:

  • Risco de rating de contraparte (Long-term Counterparty Risk Rating) de Ba3 para Ba2;
  • Rating de depósitos de longo prazo (Long-term Bank Deposits) de B1 para Ba3;
  • Rating intrínseco do Banco Montepio (Baseline Credit Assessment) de b3 para b2;
  • Dívida subordinada emitida ao abrigo do Programa de EMTN (Subordinate Seniority Medium-Term Note Program) de (P)Caa1 para (P)B3.

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Polónia declara Rússia como “regime terrorista”

  • Lusa
  • 26 Outubro 2022

“Os invasores russos” são “bandidos” que “aterrorizam os ucranianos bombardeando alvos civis: creches, escolas, teatros e conjuntos habitacionais”, indica o Senado polaco.

O Senado polaco aprovou esta quarta-feira uma resolução que declara a Rússia como um “regime terrorista” e pede à comunidade internacional que investigue os seus alegados crimes de guerra na Ucrânia. No texto, apoiado por todos os senadores, consta que “os invasores russos” são “bandidos” que “aterrorizam os ucranianos bombardeando alvos civis: creches, escolas, teatros e conjuntos habitacionais”, e que “torturam e assassinam prisioneiros de guerra” nos territórios ocupados.

A declaração da câmara alta do parlamento polaco é destinada a “todos os países do mundo livre” que “acreditavam que nunca seriam ameaçados por um genocídio”, mas a quem o Presidente russo, “Vladimir Putin, e a sua comitiva terrorista voltaram a apresentar as práticas cruéis dos estalinistas e dos regimes nazis”. O documento refere também o “sequestro de crianças ucranianas para as criar (como russas)” e a “deportação e realocação de cidadãos ucranianos para os ‘confins’ da Rússia”.

“O Senado da República da Polónia condena veementemente a agressão russa e pede a todos os países a favor da paz, democracia e direitos humanos que reconheçam o governo da Federação Russa como um regime terrorista”, afirma o documento. Varsóvia adotou em setembro impedimentos à entrada no seu território de cidadãos russos “por razões de segurança nacional” e “pelo aspeto moral da guerra”, admitindo como únicas exceções a receção de “dissidentes e casos humanitários, familiares, diplomatas e viajantes em trânsito de e para o enclave russo de Kaliningrado”.

Vários membros do Governo polaco e do partido no poder, o Lei e Justiça (PiS), manifestaram-se recentemente a favor da construção de um muro fronteiriço ao longo da fronteira com a região de Kaliningrado. O vice-ministro do Interior polaco, Bartosz Grodecki, afirmou, em 15 de setembro, que “a fronteira com a Rússia deve ser reforçada” porque aquele país é “um vizinho instável” que “comete atos de terrorismo contra os seus vizinhos”.

Já há duas semanas, a assembleia parlamentar do Conselho da Europa apelou aos 46 Estados-membros para que considerassem a Rússia como um “Estado patrocinador do terrorismo”. A resolução foi aprovada com apenas uma abstenção, minutos após um discurso emocionado do Presidente ucraniano, no qual Volodymyr Zelenskyy defendeu que a Rússia “só quer usar a linguagem do terror”.

O Conselho da Europa foi a primeira organização internacional a definir a Rússia como um Estado terrorista, tendo apelado também à criação de um tribunal internacional para julgar os crimes de guerra perpetrados pela Rússia na Ucrânia.

Mais recentemente, há cerca de uma semana, o parlamento da Estónia aprovou uma moção na qual declara a Rússia como Estado terrorista, alegando que, “com as ameaças de ataque nuclear, o regime russo transformou-se na maior ameaça à paz quer na Europa, quer no mundo”. No entanto, o primeiro país a acusar a Rússia de terrorismo foi a Letónia, que, em 11 de agosto, afirmou que o regime do Kremlin patrocinava o terrorismo “por utilizar o sofrimento e intimidação como instrumentos para tomar a Ucrânia”.

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Europa não precisa da diretiva Euro 7, defende CEO da Stellantis

Carlos Tavares considera que a Europa não precisa de restrições adicionais sobre os veículos com motor a combustão e defende não fazer sentido investir em tecnologia que será banida até 2035.

Carlos Tavares, o CEO do grupo automóvel Stellantis, defendeu que a Euro 7, a diretiva responsável por futuras restrições adicionais à emissão de gases poluentes, representa um “desvio do objetivo principal da eletrificação”, avançou esta terça-feira a Reuters.

Em declarações na conferência Automobilwoche Kongress, em Berlim, o presidente executivo considerou que a incerteza sobre a futura regulação europeia, prevista entrar em vigor já em 2025, dá aos concorrentes chineses uma vantagem adicional.

“Eu não acho que a Europa precise do Euro 7… Isso vai desviar parte do nosso poder de investigação e desenvolvimento para algo que não precisamos, enquanto os nossos concorrentes chineses entram no mercado unicamente com a tecnologia dos veículos elétricos a bateria”, disse Carlos Tavares. “Porque é que estamos a usar os nossos recursos numa tecnologia que queremos banir?”, acrescentou.

O CEO da Stellantis apelou ainda a um abrandamento na proibição de veículos movidos a combustíveis fósseis, alegando que se os motores a combustão forem banidos antes dos veículos elétricos se tornarem acessíveis, isto poderá levar à agitação social. Neste sentido, o CEO estima que os veículos elétricos a bateria se tornem acessíveis dentro de cinco a seis anos.

Segundo um projeto de lei a que teve acesso o jornal Politico, a Comissão Europeia não deverá exigir uma redução acentuada dos níveis de poluição emitidos pelos motores a combustão, através do Euro 7. No caso desta proposta avançar, o setor automóvel terá de investir menos que o inicialmente esperado na próxima geração, menos poluente, de veículos de motor a combustão – uma tecnologia que será banida até 2035.

A Comissão Europeia ressalva que, à luz das atuais circunstâncias geopolíticas e económicas, foi feita uma revisão no projeto de lei. Citando o impacto do aumento dos custos energéticos e matérias-primas, a CE avança que isto coloca “uma pressão sem precedentes na cadeia de abastecimento automóvel e levanta questões de acessibilidade para os consumidores, num contexto geral de inflação elevada”, cita o Politico.

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Arábia Saudita lança fundo sustentável de 1.500 milhões de euros

  • ECO
  • 26 Outubro 2022

A petrolífera estatal saudita Aramco pretende investir em tecnologias que suportem a sua ambição de até 2050 toda a sua operação ser neutra em carbono.

A maior petrolífera do mundo prepara-se para lançar um fundo sustentável de 1.500 milhões de euros, com o intuito de acelerar a transição energética das operações da empresa para que até 2050 as suas operações sejam neutras na produção de carbono.

Detida pelo governo da Arábia Saudita, a Aramco anunciou esta quarta-feira que o fundo irá investir em empresas de todo o mundo que se foquem no desenvolvimento de tecnologias que promovam a captura e o armazenamento de carbono, a emissão de gases com efeito de estufa, a eficiência energética e promovam soluções climáticas com base em meios naturais.

De acordo com a Reuters, numa fase inicial, o fundo da Saudi Aramco irá focar-se na sustentabilidade digital, na indústria do hidrogénio, do amoníaco e dos combustíveis sintéticos.

“O atual plano de transição tem falhas. Não está a dar resultados. O que precisamos é de um plano de transição ótimo e realista”, referiu Amin Nasser, CEO da Aramco, no fórum de negócios “Future Investment Iniciative” onde anunciou o novo fundo gerido pela Aramco Ventures.

A Arábia Saudita e outros países árabes do Golfo têm vindo a reforçar os seus investimentos em energias verdes. No ano passado, o reino da Arábia Saudita estabeleceu como meta 2060 como o ano que pretende atingir emissões líquidas nulas de gases com efeito de estufa, na sua maioria produzidos pela queima de combustíveis fósseis.

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