Inflação na Zona Euro acelera para 10,7% em outubro
A variação homóloga do índice de preços harmonizado na Zona Euro terá sido de 10,7% em outubro. Portugal ficou ligeiramente abaixo da média dos países do euro.
A taxa de inflação homóloga na Zona Euro terá acelerado para 10,7% em outubro, uma subida de 0,8 pontos percentuais face aos 9,9% registados no mês anterior, de acordo com a estimativa rápida divulgada esta segunda-feira pelo Eurostat. Portugal voltou a ficar abaixo da média dos países do euro, ao registar uma taxa de 10,6% (no indicador utilizado para a comparação europeia).
O encarecimento dos preços dos produtos energéticos (+41,9% em outubro face aos 40,7% em setembro) continua a ser o fator que mais contribuiu para a aceleração da taxa de inflação na região.
Segue-se a alimentação, álcool e tabaco (13,1% em setembro versus 11,8% em agosto), os bens industriais não energéticos (6% em outubro contra 5,5% em setembro) e os serviços (4,4% em outubro contra 4,3% em setembro), segundo as estimativas do gabinete de estatísticas europeu.
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O Eurostat disponibiliza os números do Índice Harmonizado de Preços do Consumidor (IHPC) dos Estados, que são utilizados para comparar a inflação entre os países europeus. Portugal terá registado um IHPC de 10,6% em outubro, pelo voltou a ficar abaixo da média da Zona Euro, à semelhança do que sucedeu em setembro.
França terá sido o país da Zona Euro a registar a menor subida de preços, com uma taxa de inflação de 7,1% em outubro, face ao período homólogo, seguida por Espanha (7,3%) e Malta. No polo oposto, e com a maior subida de preços, está novamente a Estónia (22,4%), seguida pela Lituânia (22%) e pela Letónia (21,8%), países bastante afetados pela guerra na Ucrânia.
Já no que toca à variação em cadeia, isto é, entre setembro e outubro, Estónia, Grécia, Espanha, Chipre, Lituânia, Holanda, Eslovénia e Finlândia foram os países a registarem uma desaceleração nas taxas de inflação.
Na quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) voltou a aumentar as taxas de juro em 75 pontos base para o nível mais elevado desde 2008, para tentar controlar a escalada dos preços. Esta subida já era amplamente esperada pelos investidores, que aguardam agora por sinais em relação a um eventual abrandamento do ritmo de aumentos das taxas já na próxima reunião de dezembro.
(Notícia atualizada pela última vez às 10h39)
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