Interpol diz que crimes financeiros e informáticos são as principais ameaças

  • Lusa
  • 19 Outubro 2022

Os delitos financeiros e informáticos são as principais ameaças criminosas no mundo, mas também são os que mais crescerão nos próximos três a cinco anos, declarou a Interpol.

Os delitos financeiros e informáticos são as principais ameaças criminosas no mundo, mas também são os que mais crescerão nos próximos três a cinco anos, declarou esta quarta-feira a Interpol, em comunicado.

O branqueamento de capitais é a ameaça “número 1”, referiu na nota a agência internacional de polícia criminal (Interpol, em inglês), ao explicar os resultados de um inquérito às polícias dos 195 países membros, indicando ainda que 67% das nações a consideram de “alto” ou “muito alto” risco.

O uso de programas de computador para realizar chantagem [‘ransomware’] ocupa a segunda posição, pois também é classificado como de risco “alto” ou “muito alto” por 66% dos membros. Além disso, é o crime que se espera que mais aumente nos próximos anos (72%).

Ainda mais preocupante para a Interpol é que 62% dos entrevistados antecipam que a exploração sexual e o abuso de crianças ‘online’ também estarão no topo da lista, em terceiro lugar, de ameaças criminais que mais aumentarão.

Esta previsão baseia-se na constatação de que a procura e produção de material para exploração sexual infantil aumentou “significativamente” durante a pandemia da covid-19.

Se tradicionalmente era o narcotráfico que dominava as listas de ameaças criminais, a Interpol sublinhou que o crime financeiro por meios informáticos cresceu “significativamente” nos últimos anos, principalmente durante a epidemia global da covid-19.

A razão é que durante e após os confinamentos, a digitalização se acelerou, com atividades profissionais e pessoais cada vez mais a decorrer em casa e ‘online’.

Isso permite uma ampla gama de crimes informáticos, como o comprometimento dos e-mails corporativos, fraude executiva (criminosos que se fazem passar por gerentes), golpes de comércio eletrónico ou fraudes de investimento, que cresceram em quase todas as regiões do mundo.

Para maximizar o benefício ilícito e o dano, são utilizadas técnicas como a dupla extorsão em que os dados são criptografados e as vítimas são ameaçadas de serem expostas publicamente, o que implica um risco de interrupção da atividade das empresas.

A Interpol observa que crimes financeiros e crimes informáticos “estão invariavelmente ligados”, pois uma parte significativa da fraude é realizada com tecnologias digitais e os criminosos também contam com fraudes financeiras para branquear os seus lucros.

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Verbas para apoiar compra de botija de gás reduzidas para metade

Segunda fase do programa conhecido como "Bilha Solidária" conta com orçamento máximo de dois milhões de euros, metade do financiamento da primeira fase.

O Governo reduziu para metade o orçamento do programa conhecido como “Bilha Solidária”. A despesa máxima com a medida para apoiar, com dez euros, a compra de botijas de gás, passou de quatro para dois milhões de euros, segundo o regulamento publicado nesta quarta-feira em Diário da República.

O apoio do Governo é de dez euros por cada botija, no limite de uma unidade por mês e por beneficiário. A segunda fase do programa arrancou em setembro e dura até 31 de dezembro ou até o orçamento esgotar-se.

Para beneficiarem do apoio, as famílias têm de se apresentar na sede da respetiva freguesia, munidas da fatura de eletricidade, da fatura da compra da botija, de um documento de identificação e do comprovativo de benefício de uma das prestações sociais mínimas. Se tudo estiver correto, o pagamento é feito em dinheiro vivo (numerário).

Criado em 30 de março, o programa Bilha Solidária destinava-se a beneficiários da tarifa social de energia elétrica (TSEE), mas a 11 de abril o Governo anunciou um alargamento deste apoio de dez euros a todas as famílias titulares de uma das prestações sociais mínimas, como complemento solidário para idosos, rendimento social de inserção, pensão social de invalidez, complemento da prestação social para a inclusão, pensão social de velhice ou subsídio social de emprego.

Na primeira fase da medida, entre abril e junho, o apoio apenas abrangeu 25.542 botijas, no montante de 255.420 euros, escreveu em agosto o Dinheiro Vivo. O orçamento máximo era de quatro milhões de euros. A medida é financiada através do Fundo Ambiental.

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Carlos Moedas classifica Marquês de Pombal para proibir cartazes

  • ECO
  • 19 Outubro 2022

Câmara de Lisboa abriu um processo de classificação do Marquês de Pombal e Parque Eduardo VII como conjuntos de “interesse municipal” para sustentar a decisão de retirar outdoors.

A Câmara Municipal de Lisboa avançou com um procedimento administrativo com o intuito de classificar a Praça Marquês de Pombal e o Parque Eduardo VII como conjuntos de interesse municipal, escreve o Diário de Notícias (acesso livre).

O processo foi iniciado a 6 de julho deste ano e o objetivo é sustentar a decisão de retirar os cartazes de propaganda política destes locais, dado que os coloca ao abrigo da lei que regula a afixação de mensagens de propaganda, e que estipula que esta afixação não deve “prejudicar a beleza ou o enquadramento de monumentos nacionais, de edifícios de interesse público ou outros suscetíveis de ser classificados pelas entidades públicas”.

Recorde-se que este foi um dos argumentos utilizados por Carlos Moedas para retirar os cartazes de propaganda política da rotunda do Marquês de Pombal. Além disso, o autarca invocou ainda um outro artigo que refere que “compete às câmaras municipais, ouvidos os interessados, definir os prazos e condições de remoção dos meios de propaganda utilizados”.

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Ministro da Economia admite subida dos preços médios do gás para 120 euros por MWH em 2023

António Costa Silva admitiu a necessidade de novas medidas de apoio, no próximo ano, para tentar ultrapassar os problemas da economia.

O ministro da Economia admite que os preços do gás vão continuar a subir e atingir preços médios de 100 a 120 megawatt hora, uma vez que o mundo vive uma “verdadeira caça ao gás”. Em entrevista ao “Tudo é Economia” da RTP3, António Costa Silva admitiu a necessidade de novas medidas de apoio, no próximo ano, para tentar ultrapassar os problemas da economia, dada a incerteza mundial.

“No caso do gás tivemos em 2021, um preço médio da ordem dos 23 euros por megawatt hora, este ano estamos a chegar aos 55/60 e podemos ter no próximo ano acima de 100 ou 120, em termos de preços médio. Em dois anos, o preço do gás poderá ter aumentado cinco a seis vezes e isso pesa substancialmente nas contas das empresas“, antecipou Costa Silva.

Quanto a eventuais problemas decorrentes de quebras no abastecimento de gás da Nigéria, o principal fornecedor nacional de gás, responsável por 49% das remessas — o ministro da Economia alinha com o discurso de serenidade do Executivo e garante que não há razões para preocupação acrescida por parte das empresas e opta por recordar as medidas adotadas para “proteger as empresas consumidoras de gás”, nomeadamente os três mil milhões de euros que serão injetados no sistema para baixar o valor das tarifas de gás e eletricidade. Além disso, o apoio por empresa intensiva em gás aumentou para 500 mil euros e a taxa de apoio que recai sobre a diferença entre os custos suportados em 2021 e em 2022, e que é hoje de 30%, passou para 40%. As empresas com maiores consumos podem ter vir a beneficiar de apoios de dois milhões ou cinco milhões para as que registam perdas operacionais, mas Bruxelas ainda não deu luz verde a estas medidas.

Costa Silva admite que a produção dos países da bacia atlântica pode substituir eventuais falhas de produção na Nigéria. Guiné Equatorial, Trinidad e Tobago, que presentemente fornece 10% do gás a Portugal e Estados Unidos (29%) são alguns dos fornecedores elencados “que podem substituir falhas que possam acontecer”. Questionado sobre se a Nigéria pode “simplesmente incumprir o contrato firmado com Portugal e vender a quem pagar mais, o ministro da Economia disse que o mundo vive “uma verdadeira caça ao gás”. “Não admira que no mundo o gás existam pressões e as empresas que estejam com grandes dificuldades se ofereçam para pagar as grandes penalidades que existam nos contratos de longa duração e focar com o gás.

Quanto à polémica em que esteve envolvido por ter defendido a descida transversal do IRC, uma hipótese descartada pelo ministro das Finanças e que o presidente da CIP diz não ter avançado porque António Costa Silva foi extemporâneo nas suas declarações, o ministro da Economia garante que nunca equacionou demitir-se. “Esse problema está ultrapassado”, disse. “A troca de ideias foi para procurarmos o compromisso e encontrar soluções para responder aos problemas do país. Penso que o Orçamento do Estado faz isso. Não sou homem de me demitir, vou sempre à luta”, concluiu, garantindo que não está arrependido de ter ido para o Governo.

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Reservas de gás natural “situam-se nos 108%”, garante Governo

  • ECO
  • 19 Outubro 2022

O Governo reitera que “não há escassez no mercado de gás” e garante que as reservas de gás natural em Portugal “situam-se nos 108%”.

O Governo reitera que “não há escassez no mercado de gás” e garante que as reservas de gás natural em Portugal “situam-se nos 108%”, adiantou fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Ação Climática ao Correio da Manhã (acesso pago).

Estas garantidas foram dadas depois de na segunda-feira, a Nigéria ter alertado a Galp para “uma redução substancial na produção e fornecimento de gás natural liquefeito” devido às chuvas e inundações registadas na África Ocidental e Central, que pode pôr em risco o abastecimento em Portugal.

Nesse sentido, o Executivo sublinha “que não existe, neste momento, qualquer confirmação de redução nas entregas de gás da Nigéria” e apenas assume que pode haver apenas um “deslize” no calendário de entregas. E mesmo que houvesse uma redução nas entregas de gás proveniente na Nigéria, “Portugal tem as reservas no máximo e não há escassez no mercado de gás”, referiu ainda o Ministério tutelado por Duarte Cordeiro, na terça-feira.

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Economistas apontam para fim da era de altas taxas de crescimento da China

  • Lusa
  • 19 Outubro 2022

Problemas estruturais, como o envelhecimento da população ativa, vão pesar “significativamente” no crescimento chinês ao longo dos próximos anos.

A era de acelerado crescimento económico da China está a terminar, preveem analistas, à medida que baixas taxas de produtividade coincidem com o envelhecimento da população e a estratégia de ‘zero casos’ de covid-19.

“A China enfrenta um conjunto de desafios sérios que, na nossa opinião, significam a entrada numa fase de crescimento significativamente mais lenta”, lê-se num relatório do BlackRock Investment Institute, grupo de reflexão (‘think tank’) sob alçada da multinacional BlackRock, o maior gestor de ativos do mundo.

O relatório, elaborado pelos economistas Alex Brazier e Serena Jiang, aponta que o foco nos “altos e baixos” da atividade económica da China, suscitados pelas medidas de prevenção epidémica, no âmbito da política de ‘zero casos’ de covid-19, distrai de outros problemas estruturais que vão pesar “significativamente” no crescimento chinês, ao longo dos próximos anos.

“O fator mais importante é a população em idade ativa, que depois de ter aumentado rapidamente, está agora a diminuir”, sublinham os analistas.

Menos trabalhadores significa que a economia não pode produzir mais sem gerar inflação, a menos que o crescimento da produtividade acelere”, nota o relatório.

“No entanto, as restrições internacionais a nível do comércio e tecnologia, e as regulações [internas] mais rígidas sobre [o setor privado] vão prejudicar o crescimento da produtividade”, acrescenta o documento.

Baixo crescimento já está na narrativa

Numa conferência de imprensa realizada no sábado, na véspera do 20º Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC), o porta-voz da organização frisou que o ritmo de crescimento económico do país deixou de ser a “única coisa que importa”.

“A velocidade do crescimento é de fato um importante parâmetro de desempenho económico, mas não é o único”, apontou Sun Yeli. “Vamos concentrar-nos antes em resolver os problemas de longo prazo na economia”, acrescentou.

Desde que ascendeu ao poder, em 2012, o líder chinês, Xi Jinping, devolveu ao PCC o papel de líder político, económico e social da China, priorizando o domínio do Estado, em detrimento do setor privado – uma reversão da trajetória da China desde que o ex-líder Deng Xiaoping lançou o período de “reforma e abertura”, em 1978.

Na leitura do relatório de trabalho que inaugurou o 20º Congresso do Partido, no domingo passado, Xi Jinping mencionou o termo “segurança” por 91 vezes, enquanto “economia” apareceu 60 vezes, sendo pela primeira vez eclipsada pelo primeiro desde que o Partido assumiu o poder, em 1949.

O ênfase em questões de segurança surge numa altura de crescente descontentamento popular, suscitado pelos frequentes confinamentos, no âmbito da política de ‘zero casos’ de covid-19, e de agudizar das relações com os Estados Unidos e a União Europeia.

Uma pesquisa conjunta do GeoEconomics Center, do Atlantic Council, um ‘think tank’ com sede em Washington, e da consultora Rhodium Group prevê que a China vai ter dificuldades em manter um crescimento anual acima dos 3% até 2025.

Helge Berger, chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a China, aponta também num relatório para o “entusiasmo cada vez menor por reformas económicas baseadas no mercado”.

“O potencial de crescimento da China pode ser substancialmente menor do que aquilo que estamos habituados”, nota.

A análise do FMI estima que o crescimento médio da produtividade foi de apenas 0,6% durante a década passada, sob a governação de Xi – um declínio acentuado da média de 3,5% alcançada nos cinco anos anteriores. A instituição estima que o nível de produtividade das empresas estatais chinesas é 20% menor do que no setor privado.

O BlackRock Investment Institute adverte para o impacto que o abrandamento económico da China vai ter no resto do mundo.

“No passado, quando enfrentavam uma desaceleração [económica], os países podiam contar com os consumidores e empresas chinesas para comprarem os seus automóveis, produtos químicos, máquinas e combustível e contar com a China para o fornecimento abundante de produtos baratos”, lê-se.

“Mas, isto vai deixar de ser assim”, afirma o relatório. “Uma recessão está a aproximar-se nos EUA, Reino Unido e Europa, e, desta vez, a China não virá em socorro”.

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Governo corta nas verbas para financiar obras de escolas mais degradadas

  • ECO
  • 19 Outubro 2022

Apenas haverá apoio quando a degradação do edifício for verificada pelo município, pelas comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) e pelo Ministério da Educação.

O Governo só está disponível para pagar oito euros por metro quadrado nas obras das escolas mais degradadas após haver três validações, noticia o Jornal de Notícias (acesso condicionado). Decisão apanhou de surpresa os autarcas.

Apenas haverá apoio quando a degradação do edifício for verificada pelo município, pelas comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) e pelo Ministério da Educação. Estas condições constam no projeto de decreto-lei que alterará as regras para a descentralização na educação.

Esta intenção apanhou de surpresa os autarcas. A Associação Nacional de Municípios (ANMP) esperava que o Governo financiasse as 451 escolas incluídas no mapeamento, acordado entre as autarquias e o Executivo em junho passado.

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Empresas têm de pagar 799 euros de salário mínimo para terem benefício no IRC

  • ECO
  • 19 Outubro 2022

Aumento de 55 euros do SMN terá de ser complementado com, pelo menos, mais 39 euros para as empresas beneficiarem do desconto no IRC. Ou seja, as empresas terão de pagar, pelo menos, 799 euros.

As empresas terão de pagar, pelo menos, 799 euros aos seus trabalhadores para beneficiarem do incentivo fiscal à valorização dos salários previsto no Acordo de Médio Prazo para a Melhoria dos Rendimentos, Salários e Competitividade, avança o Público (acesso condicionado).

Apesar de o aumento do salário mínimo nacional (SMN) passar dos atuais 705 euros para 760 euros mensais no próximo ano, o que representa um valorização salarial de 7,8%, esse acréscimo de 55 euros não conta para a majoração no IRC, dado que a lei impõe que a valorização mínima de 5,1% comece a contar para aumentos acima da retribuição mínima de 2023.

Contas feitas, o aumento de 55 euros do salário mínimo terá de ser complementado com, pelo menos, mais 39 euros para que as empresas beneficiem da descida seletiva do IRC. Ou seja, as empresas terão de pagar, pelo menos, 799 euros aos trabalhadores.

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Hoje nas notícias: IRC, escolas e gás natural

  • ECO
  • 19 Outubro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As empresas terão de pagar, pelo menos, 799 euros aos trabalhadores para beneficiarem da descida seletiva do IRC. O Governo garante que as reservas de gás natural “situam-se nos 108%”. A Câmara de Lisboa abriu um processo de classificação do Marquês de Pombal e Parque Eduardo VII como conjuntos de “interesse municipal” para sustentar a decisão de retirar outdoors. Conheça estas e outras notícias em destaque nos jornais nacionais.

Empresas têm de pagar 799 euros de salário mínimo para terem benefício no IRC

As empresas terão de pagar um mínimo de 799 euros aos seus trabalhadores se quiserem beneficiar do incentivo fiscal à valorização dos salários previsto no Acordo de Médio Prazo para a Melhoria dos Rendimentos, Salários e Competitividade. Ou seja, em 2023, o aumento de 55 euros do salário mínimo nacional (SMN) decretado pelo Governo (de 705 euros para 760 euros mensais) terá de ser complementado com, pelo menos, mais 39 euros, porque só assim ficam cumpridas as regras para aceder ao apoio.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Governo corta nas verbas para financiar obras de escolas mais degradadas

O Governo só está disponível para pagar oito euros por metro quadrado nas obras das escolas mais degradadas após haver três validações. Apenas haverá apoio quando houver verificação por município, pelas comissões de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR) e pelo Ministério da Educação. Os autarcas foram surpreendidos por esta situação, pois esperavam que todas as escolas incluídas no mapeamento teriam direito a oito euros por metro quadrado

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Reservas de gás natural acima dos 100%, garante Governo

As reservas de gás natural estão nos 108%, segundo informação do Ministério do Ambiente e da Ação Climática. O Governo argumenta que “não há escassez no mercado de gás” e apenas assume que pode haver apenas um “deslize” no calendário de entregas. As garantias foram dadas depois de a Galp ter alertado para potenciais problemas no fornecimento de gás natural devido às inundações na Nigéria.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Mário Ferreira vende hotel a espanhóis

A Pluris Investments, detida pelo empresário Mário Ferreira, vendeu o The Lodge Hotel ao fundo fundo espanhol Azora Capital. O negócio terá sido fechado pouco depois de o dono da Douro Azul ter desistido do empréstimo de 40 milhões de euros concedido pelo Banco de Fomento, âmbito do Programa de Recapitalização Estratégica, criado no âmbito do PRR. O negócio terá sido fechado por por um valor próximo do que iria receber do PRR, ou seja, 40 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Carlos Moedas classifica Marquês de Pombal para proibir cartazes

A Câmara Municipal de Lisboa avançou com um procedimento administrativo com o intuito de classificar a Praça Marquês de Pombal e o Parque Eduardo VII como conjuntos de interesse municipal. O objetivo é sustentar a decisão de retirar os cartazes de propaganda política destes locais, dado que os coloca ao abrigo da lei que regula a afixação de mensagens de propaganda, e que estipula que esta não deve “prejudicar a beleza ou o enquadramento de monumentos nacionais, de edifícios de interesse público ou outros suscetíveis de ser classificados pelas entidades públicas”.

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Netflix dispara 13% em dia vermelho em Wall Street

  • ECO
  • 19 Outubro 2022

Wall Street fechou em baixa, mas as ações da Netflix dispararam 13% depois de ter anunciado um crescimento de 5,9% das receitas no terceiro trimestre e 2,41 milhões de novos clientes.

Depois de duas sessões consecutivas de fortes ganhos, Wall Street fechou esta quarta-feira no vermelho, tal como as principais bolsas europeias. Apenas o principal índice bolsista nacional, o PSI, escapou à maré de perdas, valorizando 0,49%, com a NOS e o BCP em destaque nas negociações.

Os preços do petróleo aumentaram mais de 2%, num dia em que o Governo norte-americano anunciou que vai libertar mais 15 milhões de barris de crude das reservas estratégicas dos EUA para tentar controlar os preços da energia.

No Reino Unido, a taxa de inflação atingiu 10,1%, impulsionada pela subida dos preços do gás e da eletricidade, mas também da alimentação. Trata-se do valor mais elevado em 40 anos, que já tinha sido atingido em julho.

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5 coisas que vão marcar o dia

No dia em que o Eurostat publica dados da inflação em setembro, Pedro Nuno Santos é ouvido numa audição parlamentar para falar sobre a privatização da TAP.

No dia em que o Eurostat publica dados da inflação em setembro, Pedro Nuno Santos é ouvido numa audição parlamentar para falar sobre a privatização da TAP. Esta quarta-feira é ainda dia de audição da Comissão de Orçamento e Finanças sobre os nomeados para a CMVM.

Eurostat publica dados da inflação em setembro

O Eurostat vai publicar esta quarta-feira os dados relativos à inflação na Zona Euro e na União Europeia (UE) em setembro. De acordo com o gabinete de estatísticas europeu, o índice de preços do consumidor acelerou para 9,1% em agosto na Zona Euro e para 10,1% na UE. A variação em Portugal, de 9,3%, de acordo com o índice harmonizado de preços, fica, por isso, acima da média da Zona Euro, mas abaixo da média dos países do bloco.

Audição parlamentar do ministro Pedro Nuno Santos

O ministro das Infraestruturas vai ser ouvido esta quarta-feira na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, onde falará sobre a privatização da TAP e sobre a polémica em que esteve recentemente envolvido devido ao contrato assinado entre o Estado e a empresa do pai. O Governo já afirmou que tem intenções de privatizar a companhia aérea, mas até ao momento não se conhecem quaisquer detalhes sobre o processo.

Audição da COF de nomeados para a CMVM

Vai decorrer esta quarta-feira uma audição da Comissão de Orçamento e Finanças sobre os nomeados para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Luís Laginha, o presidente, será ouvido às 16h, seguindo-se Inês Drumond, administradora, às 17h. Às 18h é a vez de Juliano Ferreira e uma hora depois Teresa Gil.

Debate preparatório do Conselho Europeu com António Costa

Acontece esta quarta-feira, às 15h, o debate preparatório do Conselho Europeu, com a presença do primeiro-ministro português. Os líderes da União Europeia (UE) vão debater esta quinta e sexta-feira, em Bruxelas, vias para enfrentar a crise energética, tema com o qual o líder do Conselho Europeu considera ser necessário “agir com a máxima urgência”.

Leilão da linha de Bilhetes do Tesouro

O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública realiza esta quarta-feira um leilão de Bilhetes do Tesouro, com maturidade a um ano –setembro de 2023 — e um montante entre os 500 milhões e os 750 milhões de euros. Na passada quarta-feira, o IGCP colocou 1.000 milhões de euros, montante máximo indicativo, em Obrigações do Tesouro a três e a nove anos, a uma taxa superior às registadas este ano em maturidades similares.

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Fusões e aquisições caem para valores de 2009

O mercado nacional de fusões e aquisições está muito longe dos recordes alcançados em 2019 e 2020, contabilizando até ao momento um volume global de negócios 69% abaixo da média da última década.

Até ao momento foram realizados 89 operações de fusões e aquisições de empresas envolvendo companhias nacionais num montante global de 2,4 mil milhões de euros. É o valor mais baixo desde 2009, segundo dados da consultora Dealogic.

Se a dinâmica do mercado de fusões e aquisições é um bom indicador para medir o pulso à da saúde da economia de um país, Portugal está longe de estar em forma. Apesar de o número de negócios concretizados este ano não fugir muito à média dos últimos 10 anos (94 operações), o volume global de operações é três vezes inferior à média da última década e situa-se 52% abaixo dos montantes registados em 2021.

Fonte: Dealogic.

O maior negócio concretizado este ano teve lugar em abril e envolveu a compra de 47,8% do capital da empresa de energias renováveis TagEnergy pela Mirova, uma filial do Natixis Investment Managers, e pela empresa de capital de risco Omnes por 300 milhões de euros. Esta operação envolveu ainda o investimento de 150 milhões de euros no reforço do capital da empresa por parte do seu acionista maioritário, a Impala SAS Group, propriedade do empresário francês Jacques Veyrat.

Logo de seguida surge um negócio de 359 milhões de euros realizado pela Altri que envolveu a entrega de 39,64% da participação que detinha na Greenvolt aos seus acionistas, por troca do pagamento monetário de dividendos. Com este negócio, a Altri passou a deter 19,08% do capital de energias renováveis.

A fechar o pódio das maiores operações empresariais realizadas este ano em Portugal está a venda dos restaurantes Burger King pela Ibersol à Restaurant Brands Iberia, em agosto, num negócio avaliado em 260 milhões de euros.

Nos últimos 10 anos, o mercado de fusões e aquisições envolveu mais de mil operações em Portugal e um montante global de negócios de quase 80 mil milhões de euros, cerca de 36% do PIB.

Mercado a ressacar dos recordes de 2019 e 2020

À imagem do que tem acontecido por todo o mundo, o mercado nacional de fusões e aquisições de empresas está também a ressentir-se dos bons números alcançados nos últimos anos. A Dealogic revela que nos primeiros noves meses o volume global de negócios situa-se 14% abaixo do registado no ano passado.

“Depois de ter atingido um pico histórico em 2021, o mercado global de fusões e aquisições entrou em pausa este ano”, refere também a McKinsey, num relatório publicado no final de setembro.

A consultora norte-americana revela ainda que “no início de 2022, o valor dos grandes negócios (mais de 25 milhões de dólares) caiu 24% em relação ao ano anterior, com uma queda de 12% no volume de negócios.”

O mercado nacional não atingiu o pico em 2021 mas em 2020. Nesse ano foram realizadas 115 operações num valor global de 12 mil milhões de euros, onde se destaca a venda da Brisa por 4,1 mil milhões de euros (ou 2,4 mil milhões de euros excluindo a dívida) a um consórcio de nove investidores estrangeiros. Este foi mesmo o terceiro maior negócio de sempre envolvendo empresas portuguesas.

Nos últimos 10 anos, o mercado de fusões e aquisições envolveu mais e mil operações em Portugal e um montante global de negócios de quase 80 mil milhões de euros, cerca de 36% do PIB. Porém, somente os negócios realizados em 2012, 2014 e 2020, os melhores anos da última década, representaram 57% do valor total das operações e fizeram do capital brasileiro a nacionalidade com mais peso no mercado da compra e venda de empresas portuguesas neste período.

Nas cinco maiores operações de fusões e aquisições envolvendo empresas portuguesas desde 2000, três envolveram investidores brasileiros: a venda da Portugal Telecom por 7,4 mil milhões de euros (ou 5,4 mil milhões excluindo a dívida) à Altice por parte da Oi em 2014 (que também foi o maior negócio de sempre de empresas nacionais); e a venda da Cimpor, em 2012, por 4,1 mil milhões de euros (ou 2,4 mil milhões excluído a dívida) por parte de um grupo de investidores portugueses aos brasileiros da Camargo Correa.

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