Javier Martínez é o novo diretor-geral da Royal Canin para Portugal e Espanha

Entre os principais objetivos do novo diretor-geral está o reforço da categoria da saúde por meio da nutrição, da aliança com profissionais veterinários e da inovação da experiência de compra.

A Royal Canin nomeou Javier I. Martínez como o novo diretor-geral para os mercados de Espanha e Portugal. Com mais de trinta anos de experiência em cargos de liderança no setor de bens de consumo e nutrição animal, o profissional assumiu, nos últimos quatro anos, o cargo de diretor-geral para os mercados do norte e centro da Europa empresa.

“Assumo a direção-geral da Royal Canin Ibéria com o objetivo de dar seguimento ao grande trabalho iniciado por Carlos Andrés-Luna, continuando a nossa missão de fazer um mundo melhor para os animais de estimação, de uma forma que os respeite a eles, ao meio ambiente e às pessoas”, afirma Javier I. Martínez, que vem substitui Carlos-Andrés Luna, diretor-geral da Royal Canin Ibéria até ao passado setembro de 2022 e que agora ocupa o cargo de chief customer officer da Royal Canin Europa, citado em comunicado.

Entre os principais objetivos do novo diretor-geral da empresa está o fortalecimento da categoria da saúde por meio da nutrição, continuar a construir e reforçar a aliança com profissionais veterinários e o canal especializado para animais de companhia, e trabalhar na inovação da experiência de compra de quem tem animais de estimação.

Licenciado em Administração de Empresas pela Universidade Católica Argentina, Javier I. Martínez iniciou a sua carreira profissional em 1988 na indústria do tabaco, ocupando diversos cargos na British American Tobacco e na Philip Morris. Em 1994 deu o salto para o setor de bens de consumo, mais especificamente para a empresa Nabisco, primeiro na Argentina e depois nos Estados Unidos, como diretor de marketing internacional até 2000. Desde então e até 2016, quando ingressa na Royal Canin, Javier inicia a sua carreira no setor de nutrição animal, ocupando vários cargos de chefia. Em 2016 aceita o desafio como diretor-geral da Royal Canin Polónia, cargo que ocupa até junho de 2018, altura em que é nomeado diretor-geral para os mercados da Europa do norte e central e onde permanece até à sua atual nomeação.

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Aeroportos nacionais ainda não ultrapassaram níveis pré-pandemia

Em agosto, os aeroportos nacionais receberam 6,3 milhões de passageiros, o que representa um aumento de 63,1% face a igual período de 2021, mas estando ainda 1,9% abaixo dos valores pré-pandemia.

Em agosto, os aeroportos nacionais receberam 6,3 milhões de passageiros, o que representa um aumento de 63,1% face a igual período de 2021, mas ainda estão 1,9% abaixo dos valores pré-pandemia.

Naquele que é considerado um dos meses mais fortes do verão, entraram nos aeroportos nacionais 6,3 milhões de passageiros e 19,1 mil toneladas de carga e correio, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), “correspondendo a variações homólogas de +63,1% e +18,6%, respetivamente”.

Em agosto, aterraram nos aeroportos portugueses 22,9 mil aeronaves comerciais, menos 1,4% face a igual período de 2019. Em média, em agosto desembarcaram 99,4 mil passageiros por dia nos aeroportos portugueses (contra 104,3 mil em julho) “aproximando-se do valor observado em agosto de 2019 (101,3 mil)”.

Apesar de se aproximar, o nível de passageiros está ainda abaixo do pré-pandemia, comparando com agosto de 2019, o movimento de passageiros diminuiu 1,9%. Em contrapartida, o “movimento de carga e correio aumentou 12,5%”.

Número de passageiros triplica entre janeiro e agosto face ao ano passado

Já no que toca ao acumulado do ano, isto é, entre janeiro e agosto, o número de passageiros recebidos pelos aeroportos nacionais triplicou face ao período homólogo (+203,3%), mas ainda está 9,3% abaixo face a igual período de 2019.

Entre os aeroportos nacionais, o aeroporto Humberto Delgado recebeu quase metade (48,8%) chegados em território nacional no acumulado do ano, tendo recebido 18 milhões de pessoas e o que representa “um crescimento de 229,7% comparando com igual período de 2021 (-13,6% face ao mesmo período de 2019)”.

“Considerando os três aeroportos com maior tráfego anual de passageiros, Faro registou o maior crescimento face a 2021 (+272,9%) e Porto registou a maior aproximação aos níveis de 2019 (-6,8%)”, acrescenta ainda o INE.

No que toca aos países que operam para Portugal no acumulado do ano, “o Reino Unido foi o principal país de origem e de destino dos voos, com crescimentos de 416,4% no número de passageiros desembarcados e 450,8% no número de passageiros embarcados”, sublinha ainda o gabinete de estatísticas. No entanto, o INE justifica este disparo com o facto de o corredor aéreo entre Portugal e o Reino Unido ter estado encerrado durante o período em análise.

Segue-se França, “com aumentos de 143,6% nos passageiros desembarcados e 150,9% nos passageiros embarcados, face ao mesmo período de 2021” e Espanha.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h01)

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Desemprego jovem é mais alto em Portugal que na média da UE

As taxas de desemprego jovem mais altas concentram-se no sul da Europa. Portugal ficou acima da média comunitária, sendo a Madeira a região com a taxa mais elevada.

O desemprego jovem recuou em 2021 na União Europeia (UE), passando de 13,3% para 13% no ano passado. As taxas de desemprego jovem mais alto encontram-se no sul da Europa, sendo que em Portugal se fixou nos 15,9%, acima da média comunitária, segundo os dados divulgados pelo Eurostat esta segunda-feira.

O número de jovens entre os 15 e os 29 anos que se encontravam desempregados aumentaram no primeiro ano da pandemia, mas acabaram por cair no segundo, mais do que a taxa de desemprego geral.

Olhando para os países da UE, é possível perceber que as taxas de desemprego juvenil mais altas se concentraram no sul: havia 23 regiões onde 30,0% ou mais da força de trabalho de 15 a 29 anos estava desempregada. Os valores mais elevados registaram-se em regiões maioritariamente periféricas ou remotas: Cidade Autónoma de Ceuta (56,0%) e Cidade Autónoma de Melilha (41,9%) (ambas em Espanha), Macedónia Oriental, Trácia (45,1%) e Macedónia Ocidental (42,3%) (na Grécia), Maiote (43,0%) em França e Sicília (40,1%) na Itália.

Portugal também regista um desemprego entre os jovens mais alto que a média. É de 15,9% para todo o país, sendo que entre as regiões, é a Madeira que tem a taxa mais elevada (21,1%), seguindo-se o Algarve (19,4%) e os Açores (17,2%). Na Área Metropolitana de Lisboa a taxa é de 16,1%, enquanto nas restantes regiões do país ronda os 15%.

Por outro lado, as taxas de desemprego juvenil mais baixas em 2021 foram registadas nas regiões de leste da UE: quatro regiões na República Checa (como Jihozápad, que teve a taxa mais baixa entre as regiões de nível 2 da NUTS em 3,7%), três regiões na Hungria (incluindo Budapeste (4,8%)) e Wielkopolskie (4,0%) na Polónia.

Se compararmos com a taxa geral de desemprego (7% em 2021, na UE), a taxa de desemprego jovem da UE (13%) foi quase o dobro. Nas 192 regiões NUTS para as quais há dados, em quase metade (46,4%) a taxa de desemprego juvenil foi pelo menos duas vezes maior que a taxa geral de desemprego.

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Mais voos noturnos permitidos em Lisboa a partir de terça-feira até 28 de novembro

  • Lusa
  • 17 Outubro 2022

Na primeira semana, entre 18 a 23 de outubro, não podem exceder 168, na segunda semana 86 voos, na terceira 75, na quarta 45, na quinta 30 e na última semana, entre 21 e 28 de novembro, mais 20 voos.

O Governo autorizou mais voos noturnos no aeroporto de Lisboa a partir de terça-feira e até 28 de novembro, para mudar o sistema de gestão de tráfego aéreo, apesar do parecer negativo dos ambientalistas, segundo portaria publicada esta segunda-feira.

O diploma cria um regime excecional relativo à operação de aeronaves no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, durante o período temporal “estritamente necessário para assegurar o processo de mudança de sistema de gestão de tráfego aéreo, tendo início no dia 18 de outubro e não se prolongando para além” do dia 28 de novembro de 2022.

O limite de voos noturnos é derrogado pela portaria, permitindo a operação de aeronaves no Aeroporto Humberto Delgado entre as 00h00 e as 2h00 e entre as 5h00 e as 6h00, não sendo este movimentos aéreos contabilizados, mas os movimentos aéreos têm limites máximos semanais.

Na primeira semana, entre 18 a 23 de outubro, não podem exceder 168, na segunda semana 86 voos, na terceira 75, na quarta 45, na quinta 30 e na última semana, entre 21 e 28 de novembro, mais 20 voos.

O diploma introduz ainda a obrigação de comunicação à população, informando sobre a urgência e excecionalidade do processo, a duração temporal máxima da derrogação, a identificação das zonas sobrevoadas, relatórios semanais com indicação do número de voos abrangidos pela derrogação e as medidas de mitigação adotadas conducentes ao controlo das operações e desempenho das aeronaves.

À população deve ainda ser dado conhecimento do relatório final de implementação e acompanhamento do processo de migração do sistema de gestão de tráfego aéreo.

O Governo, no diploma, salienta que “não se trata de aumentar o número de movimentos aéreos diários já planeados, mas sim de permitir parte da sua redistribuição para o período noturno, de modo que as transportadoras que tenham a sua base operacional no Aeroporto Humberto Delgado possam realizar os night-stops planeados naquela infraestrutura, os últimos voos diurnos em período noturno e antecipar os primeiros voos do dia, possibilitando a realização de movimentos aéreos fora das faixas horárias previamente atribuídas, por razões que não lhes são diretamente imputáveis, evitando comprometer a operação e o planeamento subsequente de voos para os dias seguintes”.

A portaria, que entra em vigor na terça-feira, foi publicada apesar dos protestos de associações ambientalistas, como a Zero que considera “ilegítimo” que em nome da atualização de um sistema de controlo de tráfego aéreo “os cidadãos de Lisboa e Loures sejam chamados a ser sacrificados com níveis de ruído noturno intoleráveis”.

Em julho, a associação ambientalista Zero denunciou que os níveis de ruído no aeroporto de Lisboa ultrapassam os limites legais e alertou que o regime de restrição de voos noturnos também não é cumprido, citando medições feitas na semana iniciada a 11 de julho e que apontavam para um total de 140 movimentos entre as 00h00 e as 06h00.

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“Há um número muito importante de países que querem alargar o mecanismo ibérico a toda a UE”, diz Teresa Ribera

A vice-presidente do Governo espanhol diz que "há um número importante de países" que querem recorrer ao mecanismo ibérico, mas frisa que a solução pode não ser igualmente eficaz para todos os países.

A vice-presidente do Governo espanhol e ministra da Transição Ecológica revela que “há um número importante de países” que querem recorrer ao mecanismo ibérico, que fixou um teto no preço do gás para produção de eletricidade, mas sublinha que esta solução pode ser menos eficaz para os países “com uma percentagem muito alta de eletricidade gerada a partir de gás e carvão”.

É outro debate quente”, afirma a responsável, em entrevista ao Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol), quando questionada sobre a possibilidade de haver uma extensão do mecanismo ibérico a outros países da União Europeia (UE). “É necessária uma saída urgente para dissociar o preço da eletricidade e do gás no resto dos países. A exceção ibérica é a opção mais imediata. No entanto, é menos eficaz naqueles países com uma percentagem muito alta de eletricidade gerada a partir de gás e carvão, porque há menos almofada para uma redução de preço médio”, sublinha.

Não obstante, a vice-presidente do Governo espanhol sinaliza que “em nenhum caso” esta possibilidade “tem um efeito negativo”, mas antes, “no máximo neutro”. Já sobre as compras conjuntas de energia pelos 27, a ideia é “ter uma proposta operacional pronta até o início de 2023”, acrescenta.

Quanto à proposta da União Europeia (UE) para introduzir um teto máximo ao preço do gás no “Velho Continente”, a ministra sublinha que existe um “alto consenso sobre como referenciar as operações de gás a um indicador que não seja o TTF holandês. Ou seja, em vez de introduzir um preço máximo fixo, a ideia é que as operações de entrada e saída de gás na Europa ou comércio interno tenham como referência um novo índice”, explica.

Segundo a ministra, este índice seria “construído a partir de um conjunto de indicadores dos principais mercados de gás do mundo”, sendo que o objetivo é funcionar como um mecanismo de redução de preços e não gerar “distorções”.

Na quinta-feira, o Governo espanhol anunciou um novo pacote de medidas para enfrentar a crise energética, avaliado em 3.000 milhões de euros. O plano inclui o reforço do abono social térmico e da eletricidade, descontos na fatura da eletricidade para as famílias com rendimentos anuais até 28.000 euros ou subsídios para as caldeiras de aquecimento, sendo que esta última medida vai abranger “1,6 milhões de famílias”, sendo que “em princípio” todas estas medidas vão vigorar “até 31 de dezembro de 2023”, acrescentou.

Ao mesmo tempo, o Executivo espanhol vai também avançar com uma tarifa regulada da eletricidade, que substitua o Preço Voluntário para o Pequeno Consumidor (PVPC), sendo que a intenção do Governo espanhol é que a medida “possa ser aprovada até ao início de 2023”.

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Gás natural recua 7% com reservas quase cheias na Alemanha e uma reforma à vista

Preços do gás natural na Europa estão em queda depois de a Alemanha ter atingido a meta de 95% das reservas mais cedo do que o previsto e numa altura em que a Comissão prepara pacote de reformas.

Os preços do gás natural estavam a aliviar na Europa esta segunda-feira de manhã, prosseguindo a trajetória de queda que tem sido registada nas últimas sessões. Os futuros do TTF para entrega em novembro, o contrato de referência, caíam mais de 7%, para 132 euros por MWh (megawatt-hora), segundo dados da plataforma Barchart.

Os futuros acumulam uma descida de quase 15% nos últimos cinco dias. A queda acelerou depois de a Alemanha ter conseguido atingir na quarta-feira 95% das reservas de gás natural, uma meta crucial que só se previa que fosse alcançada a 1 de novembro, embora o regulador da energia alemão tenha alertado não ser suficiente para assegurar o combustível necessário para o próximo inverno.

Preços do gás natural em queda

Futuros do gás TTF para entrega em novembro | Fonte: Barchart

Em simultâneo, a Comissão Europeia prepara-se para propor uma reforma no mercado europeu de gás natural. O ramo executivo da União Europeia quer implementar um mecanismo para travar a volatilidade e prevenir a ocorrência de picos nos preços na negociação de derivados, devendo discutir a matéria com os líderes dos países do bloco no Conselho Europeu marcado para 20 e 21 de outubro.

Segundo a Bloomberg, que avançou a notícia, estará em causa um limite dinâmico nos preços, a ser aplicado nas transações do gás TTF. “Isso vai ajudar a evitar volatilidade extrema e subidas nos preços, assim como especulação que poderá levar a dificuldades no fornecimento de gás natural a alguns Estados-membros”, defende a Comissão Europeia num documento de trabalho citado pela agência.

Além disso, a proposta deverá incluir outro limite às subidas intradiárias nos preços, para “garantir um mecanismo de formação de preços mais sólido”. Em preparação está ainda um novo índice complementar para gás natural liquefeito (GNL), a ter início no final deste ano. Este combustível tem vindo a ganhar preponderância na Europa, importado de países como os EUA, numa altura em que o abastecimento a partir de Moscovo caiu de 40% para 7% no contexto da guerra.

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Rivais em Portugal, Altice e Vodafone juntam-se na Alemanha

Operadoras de telecomunicações criaram empresa de fibra ótica de sete mil milhões de euros para desafiarem Deutsche Telekom. Vodafone e Altice detêm 50% cada uma da nova companhia.

Rivais no mercado português, Altice e Vodafone juntaram forças na Alemanha. As duas empresas anunciaram a criação de uma operadora de fibra ótica para concorrer com a Deutsche Telekom. A FibreCo é um projeto a seis anos com um orçamento de sete mil milhões de euros, segundo o anúncio feito nesta segunda-feira.

A nova empresa será detida em partes iguais de 50% pela dona do Meo e pela Vodafone. A Altice vai tratar da construção da rede de fibra ótica até à casa dos consumidores; a Vodafone ficará responsável pela promoção e pelo marketing da nova operadora.

A Vodafone também irá receber transferências financeiras de até 1,2 mil milhões de euros, que ficarão acima das suas contribuições para esta parceria. Até 70% da nova companhia será financiada através da emissão de dívida.

“Esta parceria baseia-se na rede de próxima geração da Vodafone e no conhecimento industrial e capacidades de construção de fibra ótica até casa da Altice”, destaca o presidente executivo da Vodafone, Nick Read, citado pela Reuters.

Espera-se que a nova empresa possa entrar legalmente no mercado até ao final do primeiro semestre de 2023, depois da aprovação das entidades reguladoras.

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Sindicato dos Magistrados do Ministério Público tem uma nova sede em Lisboa

A mudança de instalações do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público para a Avenida Marquês de Tomar deveu-se a problemas graves na estrutura do edifício antigo.

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) tem uma nova sede na Avenida Marquês de Tomar, em Lisboa. A mudança de instalações deveu-se a problemas graves na estrutura do edifício antigo. A inauguração decorreu no passado dia 15 de outubro e reuniu mais de 60 pessoas.

“O presidente do SMMP, Adão Carvalho descerrou a placa a assinalar que o novo espaço, é inaugurado em homenagem a todos os que construíram a história do SMMP ao longo de quase meio século, e que contribuem, dia a dia, na construção do seu futuro. E realçou, no seu discurso, esperar que, no futuro, a nova sede seja usufruída, não só pelos associados mas também por investigadores, docentes, alunos e a sociedade civil em geral“, refere o Sindicato em comunicado.

Presentes na cerimónia estiveram presentes, entre outros, o Vice-Procurador-Geral da República, Carlos Adérito Teixeira, o bastonário da Ordem dos Advogados, Luís Menezes Leitão, o presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, Manuel Soares, o presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Acácio Pereira, o presidente do Sindicato de Oficiais de Justiça, Carlos Almeida, e o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, António Marçal.

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Debate entre Lula e Bolsonaro tem embate sobre pandemia, corrupção e fake news

  • Lusa
  • 17 Outubro 2022

O primeiro debate entre Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, que disputam a segunda volta das eleições do Brasil, ficou marcado por acusações de fake news, corrupção e má gestão da pandemia.

O primeiro debate entre Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, que disputam a segunda volta que definirá o próximo Presidente do Brasil, teve ataques e acusações sobre fake news, corrupção e má gestão da pandemia.

No início, o antigo presidente Lula da Silva lembrou que o Brasil registou 11% das mortes provocadas pela Covid-19 no mundo, embora possua 3% da população mundial, tentando expor o que considerou uma má gestão da saúde pública por parte do Governo liderado por Bolsonaro.

Lula da Silva chamou ao adversário de “Rei das ‘Fake News’” e “Rei da Estupidez” e disse que Bolsonaro “atrasou a vacina”, num ato de “negligência [que] causou a morte de 600 mil pessoas, quando mais de metade poderia ter sido salva.”

Rebatendo acusações de má gestão e frieza diante do sofrimento dos brasileiros infetados, Bolsonaro disse que “se comoveu a cada morte”, que no seu mandato foram compradas “mais de 500 milhões de [doses de] vacinas” e que o Brasil foi “o país que mais vacinou no mundo”.

Bolsonaro voltou a desvalorizar as recomendações públicas para o uso de medicamentos sem eficácia comprovada para combater a pandemia, como a cloroquina, alegando um suposto direito dos médicos de receitarem medicamentos “tendo ou não comprovação científica”.

O atual presidente alegou que o Partido dos Trabalhadores, de Lula da Silva, teria relação com lideranças de fações do crime organizado do Rio de Janeiro e de São Paulo e falou com ironia de um evento que a campanha dele fez num dos maiores conglomerados de favelas no Rio de Janeiro, o Complexo do Alemão.

“Vocês são amigos de bandidos. Na favela não tinha polícia ao seu lado, só traficantes”, disparou Bolsonaro a Lula da Silva, num dos momentos mais tensos do primeiro bloco do debate. Lula da Silva negociou ligações ao crime organizado, reiterou que foi ao Complexo do Alemão, que ao seu lado só tinha povo trabalhador e prometeu voltar àquela favela do Rio de Janeiro.

O vídeo de uma entrevista em que Bolsonaro fez comentários impróprios sobre uma visita a jovens venezuelanas numa favela, que os apoiantes de Lula da Silva consideraram demonstrar uma associação do Presidente à pedofilia, um assunto que foi muito discutido no final de semana, foi citado pelo próprio Presidente, que defendeu ter sido alvo de notícias falsas e afirmações mentirosas.

Bolsonaro fez questão de mencionar uma decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, que mandou a campanha de Lula da Silva retirar um vídeo sobre a polémica.

Lula da Silva disse que Bolsonaro teve que fazer uma transmissão ao vivo, nas redes sociais na madrugada de domingo, para explicar porque mentiu ao associar jovens venezuelanas à prostituição, mas lembrou que ele usou um ‘pin’ da campanha contra o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil.

Tanto Lula da Silva quanto Bolsonaro afirmaram não terem interesse em aumentar o número de juízes do Supremo Tribunal Federal (STF).

Este é um dos temas mais polémicos da eleição brasileira porque apoiantes de Bolsonaro revelaram um projeto de aumentar o número de juízes do STF, ideia que grande parte da opinião pública brasileira considerou uma ameaça e uma tentativa de cooptação do judiciário, como terá ocorrido na Hungria e na Venezuela.

“Já tivemos experiência na ditadura de mudar a Suprema Corte […] Não é democrático um presidente da República querer ter ministros da Suprema Corte como amigos“, disse Lula. “Da minha parte está feito o compromisso, não terá nenhuma proposta“, disse Bolsonaro.

Questionados por jornalistas sobre a relação que pretendem manter com o Congresso, já que ambos responderam por acusações de corrupção e uso de dinheiro público indevidamente em troca de apoio de parlamentares, os candidatos adotaram estratégias diferentes.

O atual Presidente afirmou não ter responsabilidade pelo orçamento secreto, uma prática iniciada em seu Governo que consiste em permitir que parlamentares indiquem, sem dar transparência, onde serão aplicados recursos do Executivo em troca de apoio em votações no Congresso, uma prática que está a ser investigada por suspeita de corrupção.

“Se eu comprar [um deputado], ele vai votar comigo. O orçamento foi criado por [pelo deputado] Rodrigo Maia, queria que isso estivesse nas minhas mãos. Jamais daria dinheiro para essa turma se não estivessem votando comigo”, disse Bolsonaro.

Já o antigo presidente Lula da Silva, cujo primeiro Governo foi envolvido no esquema de compra de votos conhecido como Mensalão, ressaltou a importância de lidar com o Congresso eleito pela população brasileira e disse que fará um orçamento participativo.

“É com quem tem mandato que o Governo executivo se relaciona. Vou tentar acabar com o orçamento secreto com um orçamento participativo, mandando para o povo dar opinião, dizendo o que quer efetivamente ver sendo feito”, propôs o antigo presidente.

Promovido pela TV Bandeirantes, o jornal Folha de S.Paulo, o portal UOL, e a TV Cultura, o primeiro debate da segunda volta das eleições teve três blocos, com perguntas de jornalistas e dois momentos, de 30 minutos cada, em que os candidatos puderam debater livremente.

Lula e Bolsonaro defrontam-se na segunda volta das eleições presidenciais em 30 de outubro. A última sondagem, divulgada na sexta-feira, indica que o ex-dirigente sindical Lula da Silva tem uma vantagem de cinco pontos em relação a Bolsonaro.

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Pandemia aumentou números de pobres pela primeira vez desde 2014

  • ECO e Lusa
  • 17 Outubro 2022

No primeiro ano de pandemia, o número de pessoas em risco de pobreza ou de exclusão social aumentou 12,5% face a 2019. Foi a primeira vez desde 2014 que este número cresceu.

Em 2020, o número de pessoas em risco de pobreza ou de exclusão social aumentou 12,5% face a 2019. O ano da chegada Covid-19 marcou o primeiro ano desde 2014 em que cresceu o número de desfavorecidos cresceu, segundo os dados da Pordata para o Dia Internacional da Pobreza, citados pelo Diário de Notícias (acesso livre), pelo Jornal de Negócios (acesso pago) e Público (acesso condicionado).

“Portugal desviou-se da trajetória de redução da pobreza que vinha a fazer desde 2014. Em 2020 houve um agravamento. Sem os apoios sociais, 4,4 milhões são pobres ou têm rendimentos abaixo do limiar da pobreza [554 euros mensais], o que passa para 1,9 milhões após as transferências sociais”, afirma Luísa Louro, diretora da Pordata.

Nesse sentido, Portugal está ainda longe de atingir a meta de ter menos 765 mil pobres até 2030. Já no que diz respeito ao risco de pobreza ou de exclusão social, Portugal recuou a níveis de 2017 (43,7 % contra 43,5 %). Em relação aos 27 países da União Europeia, Portugal é o segundo em que há mais pessoas a viverem em más condições materiais, isto é, em alojamentos com más condições, com 25% da população nesta situação.

Instituições recorrem mais ao Banco Alimentar para enfrentar aumento de famílias carenciadas

O aumento generalizado do preço dos alimentos, a par do gás e da eletricidade, está a ter impacto nas instituições sociais, que fazem mais pedidos ao Banco Alimentar para conseguirem apoiar o número crescente de famílias que pedem ajuda.

O fenómeno, apesar de ainda não estar quantificado, já é sentido no Banco Alimentar Contra a Fome (BA) desde há algum tempo, com um aumento de pedidos por parte das instituições, não só porque têm mais famílias a pedir-lhes ajuda, como as próprias instituições “precisam de mais dinheiro para fazer face ao custo dos consumos das suas próprias cozinhas”, adiantou a presidente do BA, Isabel Jonet.

A ‘Ajuda de Mãe’ é uma das instituições que recebe bens alimentares através do Banco Alimentar, que usa, não só para a confeção de refeições nas três residências, onde acolhem grávidas adultas e adolescentes ou mães adolescentes com os seus bebés, mas também para a entrega de cabazes com alimentos e confeção de refeições no refeitório.

Em declarações à agência Lusa, a presidente desta associação de solidariedade social contou que em 2021 prestaram apoio a 1.200 famílias de mães grávidas com bens de primeira necessidade, além do apoio social e psicológico.

Madalena Teixeira Duarte adiantou que a Segurança Social atualizou em 2022, e desde janeiro, o valor das comparticipações pagas às instituições e que o reforço da verba paga para os acolhimentos residenciais também foi superior ao habitual “para fazer face ao aumento do custo de vida”, mas garante que “não é suficiente”.

“Só para lhe dar um exemplo: noutro dia estava a falar com a responsável por uma das residências, que me dizia que tudo o que dantes gastávamos em carne dava para dois meses e agora não chega para um mês e meio”, exemplificou, admitindo que isso possa vir a ter como consequência que mães e bebés tenham que “comer ligeiramente diferente”.

Por outro lado, apontou que a ‘Ajuda de Mãe’ está a apoiar mais famílias – em 2021 ajudou cerca de 700 – com a entrega de produtos de higiene ou fraldas porque também estes bens ficaram mais caros e, por isso, difíceis de adquirir por estas pessoas.

C. Lopes chegou a Portugal com a família, vinda do Brasil, em novembro do ano passado. Desempregada desde o sétimo mês de gravidez, precisou de recorrer à ‘Ajuda de Mãe’ há cerca de quatro meses, quando soube que teria de comprar medicamentos específicos para a asma e pele atópica de um dos seus três filhos e percebeu que só com o salário de cerca de 740 euros do marido não seria possível fazer face a todas as despesas de uma família de quase seis pessoas.

Da ‘Ajuda de Mãe’ tem agora “bastante suporte na gestação, cuidados, ajuda de alimentação”, esta última na forma de um cabaz de alimentos que chega a casa de C. com “o básico”, desde arroz, massa, feijão, azeite, “às vezes biscoitos para as crianças”, iogurtes, entre outras coisas. Carne, peixe ou fruta já tem de ser a família a comprar.

“Economizamos em tudo, em gás, em água. Agora também comecei a receber um cabaz da junta de freguesia e juntando os dois, um pouquinho daqui, um pouquinho dali, dá para poder passar o mês”, contou. Quando chegou em novembro, C. encontrou os produtos alimentares com “valores bem diferentes do que estão agora”.

“Coisas que eu comprava para as crianças, não compro agora. Eles gostam de bastantes frutas, verdura. O que eu compro nesta semana, [na] semana que vem já não compro por conta do preço. Os biscoitos aumentaram, o pão aumentou. Tem muita coisa de que eles gostam que eu não compro como no inicio. Aumentou tudo, na verdade”, lamentou. Ainda assim, e apesar das dificuldades, a segurança e a qualidade da escola pública justificam a decisão de imigrar para Portugal.

Segundo a presidente da ‘Ajuda de Mãe’, a instituição recebe do Banco Alimentar produtos bens como arroz, massa ou enlatados, com os quais ajuda cerca de 60 famílias e fornece as residências, enquanto de outros parceiros vêm as fraldas ou os produtos de higiene. Uma grande superfície doava o peixe, mas outro tipo de alimentos, como carne, fruta, legumes ou ovos é a própria instituição que tem de comprar.

Para fazer face a essa, como a outras despesas, a instituição também tenta criar fundos próprios e Madalena Teixeira Duarte contou que foi criado um projeto de combate ao desperdício em que os excedentes alimentares, e alguns donativos, eram transformados em doces e compotas, que depois eram vendidos no Natal. “De repente, o açúcar passou de 0,89 euros para 1,29 euros. Agora de que maneira é que as nossas compotas vão ser vendidas”, questionou.

A responsável alertou que “isto são tudo dificuldades que as instituições enfrentam”, não só no que compram no dia-a-dia, mas também com o aumento do preço do gás ou da eletricidade, mas também porque lhes “restringe esta capacidade de angariação de fundos que depois iria contribuir para o apoio efetivo” de famílias.

Segundo a presidente da ‘Ajuda de Mãe’, o aumento do custo de vida vai obrigar a instituição a repensar gastos e se calhar a abdicar de alguns projetos, já que aliado ao aumento dos preços estará o aumento do salário mínimo nacional em 2023.

Madalena Teixeira Duarte receia que o futuro vá “ser um tempo difícil”, com cada vez mais pessoas a pedir ajuda junto das instituições, uma realidade que a presidente do Banco Alimentar constata diariamente, quando abre os mails que chegam à sua caixa de correio eletrónico.

Segundo Isabel Jonet, para já, há mais pedidos de ajuda, mas ainda não há redução no número de doações, tendo em conta que a mais recente campanha de recolha decorreu em maio e a próxima será no final de novembro. Ao mesmo tempo, o volume doado pela indústria e pela agricultura mantém-se inalterado, o que poderá querer dizer que ou ajustaram a produção ou mantêm o volume de vendas.

Defendeu que deve ser explicado às famílias que a conjuntura atual não é de curto prazo e alertou que a inflação vai refletir-se por largos meses nos orçamentos das famílias, com “maior incidência nas famílias mais carenciadas porque não têm folga orçamental”.

Para a presidente do BA, é, por isso, “muito previsível que vá aumentar o número de pessoas que vão ficar numa situação muito difícil e em pobreza”, tendo em conta o aumento dos preços dos alimentos, da energia e das taxas de juro em simultâneo.

(Notícia atualizada às 9h02 com mais informação)

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‘Almofada’ das pensões está 12% abaixo do valor de 2021

  • ECO
  • 17 Outubro 2022

Nos primeiros nove meses do ano, o valor do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social ficou cerca de 12% abaixo do registado no período homólogo de 2021, para 21,7 mil milhões de euros.

Nos primeiros nove meses do ano, o valor do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social ficou cerca de 12% abaixo do registado no período homólogo, para 21,7 mil milhões de euros, noticia o Jornal de Negócios (acesso pago).

Na proposta de Orçamento do Estado para 2023, o Governo conta que a ‘almofada’ das pensões atinja 26,5 mil milhões de euros, cobrindo mais de ano e meio em pensões. Para tal acontecer, será necessária a transferência de saldos e receitas adicionais e uma valorização dos ativos de 4%.

Contudo, para Miguel Coelho, ex-vice-presidente do Instituto de Segurança Social, poderá ser difícil alcançar essa meta a curto prazo. “Quais os pontos sensíveis? Por um lado, estarmos a assumir que haverá uma recuperação dos mercados já em 2023. O segundo ponto é assumir que há uma transferência de mais de três mil milhões do sistema para o FEFSS. São as duas questões discutíveis”, afirma, em declarações ao Jornal de Negócios.

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Amortização dos créditos à habitação sobe 30%

  • ECO
  • 17 Outubro 2022

Em causa estão 132.375 reembolsos de créditos à habitação, num total de 5,7 mil milhões de euros, de acordo com os dados do Banco de Portugal. Deste total, a maioria diz respeito a reembolsos totais.

No ano passado, os portugueses amortizaram mais de 5,7 mil milhões de euros de créditos à habitação, o que representa um aumento de 30% face a igual período de 2020 e de 19% face a 2019, escreve o Jornal de Notícias (acesso condicionado).

Em causa estão 132.375 reembolsos de créditos à habitação, num total de 5,7 mil milhões de euros, de acordo com os dados do Banco de Portugal. Deste total, a maioria (5,3 mil milhões) diz respeito a reembolsos totais, em que o crédito ficou liquidado (cerca de 89 mil contratos). Já os restantes 400 milhões são reembolsos parciais.

Ao Jornal de Notícias, Nuno Rico, economista da Deco Proteste, explica que esta situação se deve a alguma liquidez gerada pelas famílias na pandemia, somada à expectável subida das taxas de juro. Recorde-se que em 2021 a Euribor a seis meses ainda estava em valores negativos, mas já se antecipava que a política de juros baixos iria inverte-se, situação que neste caso sucedeu em junho de 2022.

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