Retalho é o setor com mais encerramentos em 2022 e recua na criação de empresas

Nos primeiros dez meses deste ano, o setor do retalho registou uma quebra de 10% na criação de novas empresas, face ao período homólogo, bem como um aumento de 7,7% nos encerramentos.

O setor do retalho é o setor que mais recua na criação de novas empresas, bem como, o que verifica o maior número de encerramentos, desde o início do ano. Até 31 de outubro, registou uma quebra de 10% na criação de novas empresas, face ao período homólogo, bem como um aumento de 7,7% nos encerramentos, segundo o barómetro da Informa D&B.

Nos primeiros dez meses deste ano nasceram 40.529 novas empresas em Portugal, o que representa um aumento de 16% face a igual período do ano passado, mas ainda 4% abaixo de 2019. Desde então, houve apenas três setores a registarem uma quebra no número de empresas constituídas.

O setor do retalho foi o mais penalizado, ao registar uma diminuição de 10% no número de novas empresas, com 3.816 empresas criadas desde o início deste ano (menos 422 face ao período homólogo). Segue-se a indústria, com uma quebra de 4,4% (foram criadas 1.786 empresas) e pela agricultura e outros recursos naturais com um recuo de 3,1% (1.292 empresas).

No polo oposto, o setor do transportes foi o que teve o maior crescimento, tendo constituído um total de 3.503 empresas até 31 de outubro, o que representa um aumento de 123% face ao período homólogo (mais 1.934 constituições do que em 2021), de acordo com a análise da Informa D&B. Já em termos absolutos, o setor dos serviços empresariais regista o maior número de empresas criadas (6.924, o que representa um aumento de 16% face a igual período do ano passado), seguido pelos serviços gerais, com 5.569 empresas criadas (+15%).

Desde o início do ano, um total de 10.078 empresas fecharam as portas, o que representa um aumento de 0,3% face a igual período de 2021 (mais 30 encerramentos). “Neste período, metade dos setores apresentam valores superiores a 2021”, sinaliza ainda a Informa D&B, em comunicado de imprensa.

Também neste âmbito, o setor do retalho foi o mais penalizado, com 1.550 empresas encerradas desde o início do ano, o que representa um aumento de 7,7% face ao registado no período homólogo (mais 110 encerramentos). Segue-se as atividades imobiliárias com 742 encerramentos (um aumento de 7,2% face a igual período do ano passado) e os serviços gerais (+3,1%).

Em contrapartida, a categoria da agricultura e outros recursos naturais foi a que registou a maior quebra em matéria de encerramentos, em termos percentuais (-9,5%), seguida pelo setor grossista (-6,3%) e pela construção (-5,2%).

Já as insolvências continuam a cair, tendo sido registadas 1.353 novos processos, isto é, menos 326 que durante os primeiros dez meses de 2021, e o que se traduz num decréscimo de 19%. “Esta descida nos processos de insolvências é transversal à maioria dos setores de atividade, com exceção dos transportes, agricultura e outros recursos naturais, e atividades imobiliárias, que registam aumentos, embora muito pouco expressivos”, adianta ainda a Informa D&B.

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