Desemprego registado volta a subir em outubro
É o terceiro mês consecutivo em que o desemprego registado sobe. Há 289 mil desempregados inscritos no IEFP e disponíveis para trabalhar. Menos do que há um ano.
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego do continente e regiões autónomas voltou a aumentar em outubro, face ao mês anterior. É o terceiro mês consecutivo em que o desemprego registado sobe, marcando uma inversão da tendência, já que, até agosto, o número de desempregados tendeu a diminuir, indicam os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). A maior subida em cadeia ocorreu no Algarve.
Face ao mês de setembro, verificou-se uma subida de 0,7%, com mais 1.885 pessoas, para um total de 289 mil desempregados inscritos no IEFP e disponíveis para trabalhar. Comparando com outubro do ano passado, continua a registar-se, no entanto, uma queda, com menos 62.542 inscritos, ou seja, uma diminuição de 17,8%.
“O total de desempregados registados no país foi inferior ao verificado no mesmo mês de 2021 (-62.542 ; -17,8%) e, em sentido contrário, face ao mês anterior (+1.885 ; +0,7%)”, refere a nota estatística.
Considerando os desempregados por grupos profissionais, os trabalhadores não qualificados são os mais representativos (20%), seguindo-se os especialistas das atividades intelectuais e científicas (11,7%) e o pessoal administrativo (11,6%).
Já no que diz respeito à atividade económica de origem do desemprego, dos 244.634 desempregados que, no final do mês em análise, estavam inscritos como candidatos a novo emprego nos serviços de emprego do continente, 72,5% já tinham trabalhado em atividades do setor dos serviços, com destaque para as atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (que representam 31,1% do total); 19,8% eram provenientes do setor secundário, com particular relevo para a construção (6,4%); e ao setor agrícola pertenciam 4,8% dos desempregados.
Por regiões, o maior aumento em cadeia deu-se no Algarve, com uma subida de 20%. “Já em relação ao mês anterior, as regiões dividiram-se entre decréscimos (3) e acréscimos (4) no desemprego, sendo a maior variação na região do Algarve (+20,7%)”, detalha o IEFP.
Menos ofertas de trabalho, menos colocações
Já as ofertas de emprego recebidas ao longo do mês de outubro totalizaram 9.529 em todo o país. O número é inferior ao apurado, tanto no mês homólogo de 2021 (registando-se uma queda de 360 ofertas, o equivalente a 26,1%), como no mês anterior, verificando-se menos 2.785 ofertas (22,6%).
As atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês (dados do continente), foram as atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (17,7%), o comércio por grosso e a retalho (14,1%) e a Administração Pública, educação, atividades de saúde e apoio social (10,6%).
Da mesma forma, os centros de emprego do país colocaram 6.756 pessoas durante o passado mês de outubro, menos 25% face a setembro e menos 15,7% relativamente face a outubro de 2021.
A análise das colocações efetuadas, por grupos de profissões mostra uma maior concentração nos trabalhadores não qualificados (28,2%), nos trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores (18,8%) e no pessoal administrativo (12,0%).
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