Remodelação no Governo “é a coisa mais natural do mundo”, diz Marcelo

Presidente da República lembra que tem uma intervenção limitada na apreciação dos novos membros do Governo e que o primeiro-ministro “vai adaptando as suas escolhas em função das lições da prática”.

Marcelo Rebelo de Sousa considera que a mini remodelação operada esta semana pelo primeiro-ministro “é a coisa mais natural do mundo”, pois “à medida que o tempo corre vai descobrindo que há coisas a corrigir na orgânica, no funcionamento ou nas pessoas”.

Em declarações aos jornalistas em Matosinhos, à margem de um encontro organizado pela COTEC, questionado sobre o facto de, em maioria absoluta, Costa perder quase um governante por mês, o Presidente da República começou por responder que a justificação para as mudanças tem de ser feita ao primeiro-ministro, uma vez que só intervém para “apreciar se os nomes propostos levantam alguma questão jurídica, constitucional ou ética, que suscite uma objeção”.

“Mas quem faz as mudanças, faz à espera de haver melhores soluções. E o povo vai tomando notas e depois votará. E como vamos ter [votações] nas europeias em 2024, nas autárquicas em 2025 e nas legislativas em 2026, no fim faz a soma do que se mudou ou não mudou e dá uma classificação”, resumiu o chefe de Estado.

São escolhas do primeiro-ministro, que vai adaptando as suas escolhas em função das lições da prática.

Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República

E a escolha de Mendonça Mendes reflete uma dificuldade no recrutamento de quadros para o Executivo socialista? “Não. Reflete uma escolha do primeiro-ministro. Decidiu escolher quem entendia para um cargo que é muito próximo dele, alguém que num tempo importante em termos económicos e financeiros, com fundos a aplicar, achou que era o colaborador direto [ideal]. Mas são escolhas do primeiro-ministro, que vai adaptando as suas escolhas em função das lições da prática”, respondeu.

Já sobre as ligações familiares no conselho de ministros – o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro é irmão da ministra dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes -, Marcelo sublinhou que “já estavam os dois no Governo há nove meses”. Salvaguarda que “como prática generalizada, em princípio toda a gente tem a ideia de que não é o ideal”, mas lembra que não é o caso e que pode entender-se que “cada um tem o seu mérito próprio”.

Bons sinais na inflação, sem OE retificativo

Por outro lado, no dia em que se ficou a saber que a inflação abrandou em novembro para 9,9%, taxa inferior em 0,2 pontos percentuais à do mês anterior, colocando fim à tendência verificada nos últimos meses, o Presidente da República referiu ser uma boa notícia, esperando para ver se “começamos a ter ao longo do primeiro trimestre de 2023 números que sejam muito mais próximos do desejável”.

No entanto, Marcelo Rebelo de Sousa, que só em meados de dezembro deve receber no Palácio de Belém o Orçamento do Estado (OE) para 2023 para efeitos de promulgação, crê que não será necessário haver um orçamento retificativo. É que “o OE é tão flexível, foi concebido para ser tão moldável a vários cenários, que prevê cenários mais e menos positivos e pode ajustar-se mais num setor ou outro, com mais ou menos dispêndio”, rematou.

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Grupo Inapa compra a francesa LOOS

  • ECO
  • 30 Novembro 2022

A compra enquadra-se no plano estratégico 2022-2024, que destaca como uma das prioridades explorar oportunidades de crescimento por aquisição nas áreas de embalagem e comunicação visual.

O Grupo Inapa concluiu a aquisição da LOOS, empresa especializada na comercialização de equipamento de impressão e consumíveis para comunicação visual (Viscom) em França.

Este é um passo importante na estratégia de diversificação para negócios complementares, através da aposta na comunicação visual e na LOOS. Reconhecemos neste segmento elevado potencial de criação de valor. Com a conclusão desta operação, aumentamos de forma relevante o volume de negócios em Viscom em França (atualmente feito através da Inapa France) e desenvolvemos condições para criação de sinergias comerciais e ao longo da cadeia de fornecimento”, afirma Diogo Rezende, CEO do Grupo Inapa, no comunicado enviado esta quarta-feira à Comissão do Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) no qual participam a compra da empresa fundada em 1964 em Mulhouse, França.

A compra, explica a Inapa, enquadra-se no plano estratégico para o triénio 2022-2024, que destaca como uma das prioridades explorar oportunidades de crescimento por aquisição nas áreas de embalagem e comunicação visual.

O grupo reforça assim esta área em França, onde está presente no setor da distribuição de papel através da Inapa France, e no setor da embalagem com a Inapa Packaging SAS, a Semaq e a Embaltec SAS, prossegue a empresa no comunicado enviado à CMVM.

Diogo Rezende, recorde-se, já tinha adiantado ao ECO, no início de outubro, que o grupo estava a analisar a compra de empresas nos setores das embalagens e da comunicação visual, sobretudo fora de Portugal, que permitissem “criar valor através do alargamento quer da presença geográfica, quer do portefólio de produtos”. Uma área de atividade em crescimento (ao contrário do que acontece no papel), mais fragmentada e onde o gestor antevê “mais oportunidades” de consolidação.

Para além de França, a Inapa tem empresas especializadas em comunicação visual na Alemanha (Inapa ComPlott) e em Portugal (Inapa Comunicação Visual), atuando em Espanha na área da comunicação visual a partir da Inapa España.

O valor da operação não foi comunicado ao mercado na nota publicada no site da CMVM. A LOOS tem cerca de 30 trabalhadores e gera um volume de negócios anual a rondar os oito milhões de euros.

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+M

Direito à diferença na campanha de Natal do Meo

  • + M
  • 30 Novembro 2022

Assinada pela Partners, produzida pela Blanch Filmes e realizada por Pedro Varela, a campanha vai estar presente em TV, rádio, redes de exterior, imprensa, meios digitais e em ponto de venda.

“Todos temos direito às diferenças e que isto não faça diferença” é o claim da campanha de Natal do Meo. Depois de, a propósito do Mundial do Qatar, ter lançado a campanha “Não esquecemos os Direitos Humanos”, a operadora lembra agora os artigos 18 e 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e lança uma campanha focada na aceitação e nas diferenças que nos tornam seres únicos e especiais.

“Vivemos de certa forma, uma crise de valores, num mundo em que a intolerância é crescente e com pouco respeito pela diversidade. A liberdade de pensamento, de consciência, de religião, de expressão e de opinião são direitos humanos, direitos de todos“, diz citado em comunicado João Epifânio, chief sales officer B2C da Altice Portugal, explicando a operadora que “chegados à época mais introspetiva e emotiva do ano, o Meo procura abordar esta temática através de mensagens simples, com o intuito de relembrar que a empatia e a tolerância são indispensáveis para a construção de uma sociedade melhor – mais Humana”.

Com um arranjo baseado num clássico de Natal composto há mais de 100 anos, pelo compositor ucraniano Mykola Leontovych, a campanha começa por retratar duas crianças que defendem as suas crenças, acabando por criar dois movimentos globais a favor e contra cada umas das posições.

“Observamos discursos, multidões pelas ruas, debates em televisão, capas de jornais e revistas, e protestos em centros comerciais. Cientistas fazem cálculos, comentadores dão a sua opinião e influenciadores invadem as redes sociais”, descreve a Meo, lembrando que o Natal “impele-nos a sermos mais humanos, a abrir o coração a outras formas de pensar, percebendo que todos temos direito à diferença, sem que tal faça a diferença”.

Assinada pela Partners, produzida pela Blanch Filmes e realizada por Pedro Varela, a campanha vai estar presente em TV, rádio, redes de exterior, imprensa, meios digitais e em ponto de venda, a partir de amanhã, 1 de dezembro.

 

 

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Crédito à habitação: amortização antecipada custa até 50 milhões ao Estado

Depois de suspender a comissão de reembolso antecipada dos créditos à habitação, Governo revela que a medida terá um custo orçamental entre 20 e 50 milhões pela não cobrança do imposto de selo.

Nas medidas de apoio às famílias, para mitigar o impacto da subida das taxa de juro, o Governo suspendeu a comissão de amortização parcial ou total do crédito à habitação indexados à taxa variável, atualmente cifrada em 0,5% sobre o capital amortizado. E também deixou de cobrar o imposto de selo associado.

A isenção do imposto de selo terá um impacto orçamental entre 20 milhões e 50 milhões de euros, “dependendo do comportamento das famílias na adesão à amortização antecipada”, esclarece o Governo, esta quarta-feira, num documento de perguntas e respostas sobre o diploma.

O Governo lembra que há cerca de 2,1 milhões de devedores com empréstimo à habitação, dos quais 90% têm contratos com taxa de juro variável. “Em 2021, o montante médio do crédito à habitação era de 126.580 mil euros.”

Esta medida, juntamente com todas as outras que o governo adotou para ajudar as famílias com crédito à habitação, entrou em vigor a 26 de novembro com a publicação do decreto-lei em Diário da República no dia anterior e vigorará até ao final do próximo ano.

Saiba tudo o que muda no crédito à habitação com o diploma do Governo através do descodificador que o ECO fez sobre esta matéria.

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Lisboa aprova orçamento para 2023 sem isenção de IMT e com subsídio de renda para jovens

  • Lusa
  • 30 Novembro 2022

Em alternativa, a câmara viabilizou as propostas do PS para a criação de um subsídio de arrendamento jovem com a mesma dotação orçamental prevista para a isenção do IM.

A Câmara de Lisboa aprovou esta quarta-feira a proposta de orçamento municipal para 2023, que prevê uma despesa de 1,3 mil milhões de euros, mas chumbou a isenção do IMT e, em alternativa, viabilizou um subsídio de arrendamento para jovens.

Em reunião privada, a proposta de orçamento municipal de Lisboa para 2023, apresentada pela liderança PSD/CDS-PP, que governa sem maioria absoluta – com sete eleitos da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) entre os 17 elementos que compõe o executivo camarário –, foi votada por pontos, tendo a maioria sido aprovada graças à abstenção dos cinco vereadores do PS.

A maioria dos pontos teve os votos contra da restante oposição, nomeadamente dois do PCP, um do BE, um do Livre e um da vereadora independente do Cidadãos por Lisboa (eleita pela coligação PS/Livre). Depois de aprovada em câmara, a proposta tem que ser submetida a votação na Assembleia Municipal de Lisboa, numa reunião agendada para 7 de dezembro.

Antes da votação do documento orçamental, o executivo votou as respetivas medidas inscritas na proposta, inclusive a isenção do Imposto Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis (IMT) a jovens até 35 anos para aquisição de habitação própria, no valor máximo de 250 mil euros, com um orçamento previsto de 4,5 milhões de euros, em que o vice-presidente da câmara, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), apresentou uma nova versão em que incluía as sugestões do PS e do BE neste âmbito, mas a mesma foi rejeitada, com os votos contra de todos os vereadores da oposição.

Em alternativa, a câmara viabilizou as propostas do PS para a criação de um subsídio de arrendamento jovem com a mesma dotação orçamental prevista para a isenção do IMT, e do BE, para um programa municipal de apoio a estudantes universitários deslocados, ambas aprovadas com os votos favoráveis de PS, BE, Livre e Cidadãos por Lisboa, e a abstenção do PCP e da liderança PSD/CDS-PP.

Contra a isenção do IMT, o PS propôs um programa municipal de apoio à habitação em Lisboa, para jovens até aos 35 anos, através de subsídio de renda, “até um limite máximo de 300 euros e 450 euros por mês, consoante se trate, respetivamente, de agregado composto por um ou dois ou mais elementos”, que será atribuído “por um período de 12 meses, renovável anualmente por deliberação da câmara municipal”, a quem arrenda casas no mercado livre, assegurando, assim, que “as rendas nunca serão superiores a 30% do rendimento líquido dos jovens inquilinos – a mesma taxa de esforço e escalões de rendimento em vigor na Renda Acessível”.

Segundo os socialistas, a dotação de 4,5 milhões de euros para 2023 “permite o financiamento de mais de 1.000 agregados”. A iniciativa do BE pretende a criação do programa “Viva a República!”, para “um apoio do município a associações de estudantes para fins habitacionais”, atribuindo um valor por cada pessoa que viva nestas habitações.

A proposta da equipa do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), de uma participação de 1,5% no Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), ou seja, a devolução de 3,5% do IRS aos munícipes, voltando a aumentar 0,5%, como aconteceu este ano, que passou de 2,5% para 3%, foi aprovada com a abstenção do PS e os votos contra da restante oposição.

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PME

Powerbanks para camiões de frio vencem Prémio PME Inovação da COTEC

Projeto desenvolvido pela Addvolt, empresa fundada em 2014 em Matosinhos e liderada por Bruno Azevedo, venceu a 18ª edição dos Prémios PME Inovação COTEC-BPI.

A Addvolt é a vencedora da 18ª edição dos Prémios PME Inovação COTEC-BPI. A empresa sediada em São Mamede de Infesta, no concelho de Matosinhos, apresentou-se com um projeto de powerbanks para camiões de frio, tendo sido escolhida entre as mais de 200 candidaturas.

O anúncio da empresa distinguida em 2022 foi feito esta quarta-feira por Pedro Barreto, administrador do BPI e presidente do júri, durante o 12.º Encontro PME Inovação COTEC, que se realiza no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões e que tem como tema “Em contra ciclo”.

Fundada em 2014 e liderada por Bruno Azevedo, a empresa nortenha desenvolveu, patenteou e comercializa em mais de dez mercados de três continentes um sistema pioneiro plug-in para alimentar o sistema de refrigeração em modo elétrico, reduzindo o desperdício no transporte, o consumo de combustível e as emissões.

Após receber o prémio das mãos do Presidente da República, Miguel Sousa, diretor de operações da Addvolt, destacou o orgulho e o “momento de felicidade” de ver reconhecida a tecnologia desenvolvida pela empresa, ao fim de “oito anos de esforço, de tanta iniciativa e energia”, agradecendo igualmente aos stakeholders que “acreditaram no projeto”.

Na lista de finalistas ao prémio estavam projetos para garantir a integridade da produção industrial (Controlar, de Braga), na área dos alimentos funcionais de alto valor (ITS-ETSA, de Coruche), para a produção de “vinhos perfeitos” (Casa Niepoort), de vestuário técnico desportivo para alta competição (P&R, de Barcelos) e um produto para transcrição automática da linguagem humana, da lisboeta Voice Interaction.

Finalistas do Prémio PME Inovação COTEC-BPI 2022Vítor Hugo Teixeira

Jorge Portugal, diretor geral da COTEC, explicou ao ECO que os critérios de seleção incluíram a robustez financeira, o investimento nas várias dimensões da inovação e o desenvolvimento económico. E as potenciais vencedoras tinham cinco características comuns: robustez nas exportações; ritmo de crescimento anual a rondar 10%; produção de riqueza acima da média das PME nacionais; salários acima da média; e investimento em conhecimento.

O Prémio PME Inovação COTEC-BPI distingue anualmente as empresas em todos os setores de atividade económica que se têm notabilizado pela sua liderança, cultura, boas práticas de gestão, crescimento e criação de valor assente na utilização de conhecimento e inovação, de acordo com a organização.

E as vencedoras deste prémio, criado em 2005, evidenciam uma “trajetória de crescimento robusto e sustentado ao longo da última década”, a uma taxa média de 10% ao ano, acrescenta a entidade liderada por António Rios Amorim. Em destaque estiveram já projetos na área das tecnologias de informação, engenharia, agroalimentar, mobilidade, têxteis técnicos, robótica, automação e farmacêutica.

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REN aprova dividendo extra de 6,4 cêntimos por ação

  • Joana Abrantes Gomes
  • 30 Novembro 2022

Os acionistas da REN aprovaram esta quinta-feira um dividendo extraordinário pelo valor bruto de 0,064 euros por ação, que será pago a partir de 23 de dezembro.

Os acionistas da REN aprovaram esta quarta-feira o pagamento de um dividendo extraordinário por ação de 6,4 cêntimos, a título de adiantamento sobre lucros, anunciou a empresa em comunicado. O dividendo intercalar relativo ao exercício de 2022 será pago a partir de 23 de dezembro.

De acordo com a informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o valor líquido do dividendo é de 4,608 cêntimos para os investidores tributados em sede de IRS (28%) e de 4,8 cêntimos para os tributados em sede de IRC (25%).

A partir de 21 de dezembro (inclusive), as ações representativas do capital social da REN serão negociadas sem direito a dividendos, informa ainda a empresa liderada por Rodrigo Costa.

A REN refere também que a decisão, aprovada esta quarta-feira pelo conselho de administração, está alinhada com “o plano estratégico anunciado pela empresa no dia 14 de maio de 2021”.

(Notícia atualizada às 17h52)

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+M

Irão x EUA é o jogo mais visto de ontem

  • + M
  • 30 Novembro 2022

Acompanhe as audiências de todos os jogos do campeonato mundial de futebol no Qatar, numa análise da agência de meios Carat para o ECO/+M, e confira os resultados desportivos.

O Irão x EUA, com transmissão na RTP1 e SportTV2, foi o jogo mais visto de ontem, última Jornada desta 1ª fase. Com 1 milhão e 350 mil telespectadores, 1 milhão e 285 mil pessoas acompanharam o jogo na RTP1, que registou neste período 13,6% de audiência média e 28,1% de share.

Até ao momento a RTP1 (12 transmissões) captou 58% dos telespectadores que estiveram sintonizados a ver o Mundial do Qatar. A SIC, com duas transmissões, captou 9% dos telespectadores e a TVI, com três jogos, regista 19%. A Sport TV1, que transmitiu 34 jogos, tem 14% e SportTV2, com dois jogos, 0,4%. A SportTV2, recorda a Carat, iniciou agora a transmissão dos jogos, que nesta última jornada têm a obrigatoriedade de ser transmitidos à mesma hora.

Ao fim das 36 partidas, analisa a Carat, a estrutura de audiência mantém o seu perfil maioritariamente masculino (58% dos telespectadores vs. 42% de feminino). Acima dos 55 anos continua a registar-se uma audiência de 56%.

No total, 23 milhões e 369 mil telespectadores acompanharam até ao momento os 10 dias de Mundial. Portugal, Uruguai, EUA e Brasil lideram as preferências dos telespectadores. Em contrapartida, as seleções menos vistas até ao momento são Camarões, Tunísia, Arábia Saudita e Coreia do Sul.

O Grupo H, onde está Portugal, lidera as preferências dos telespectadores com 6 milhões e 354 mil telespectadores. Segue-se o Grupo B (Inglaterra, Irão, EUA e País de Gales).

Audiência Jogo a Jogo – 1ª Fase

Fonte: CAEM TV / Yumi / Audiência: Total dia; Universo (4+ anos) Analise elaborada pela Carat

Audiência Jogo a Jogo – 1ª fase

Fonte: CAEM TV / Yumi / Audiência: Total dia; Universo (4+ anos) Analise elaborada pela Carat

 

Audiência por seleção

Fonte: CAEM TV / Yumi / Audiência: Total dia; Universo (4+ anos) Analise elaborada pela Carat

 

Audiência acumulada dia a dia

Fonte: CAEM TV / Yumi / Audiência: Total dia; Universo (4+ anos) Analise elaborada pela Carat

 

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Von der Leyen comete gafe ao avançar baixas no exército ucraniano

  • Joana Abrantes Gomes
  • 30 Novembro 2022

Von der Leyen afirmou, num discurso em vídeo, que "100.000 soldados ucranianos foram mortos" desde o início da guerra. Pouco depois, estas palavras foram cortadas do vídeo.

Mais de 100 mil oficiais militares ucranianos foram mortos até agora” na invasão russa da Ucrânia. Esta estimativa foi avançada pela presidente da Comissão Europeia num vídeo publicado esta manhã na rede social Twitter, no qual anunciou a proposta de estabelecer um tribunal especial para julgar os “crimes horríveis” da Rússia na Ucrânia. O vídeo foi entretanto apagado e posteriormente republicado, mas sem as declarações de Ursula von der Leyen sobre o número de ucranianos mortos desde o início do conflito.

Numa publicação na mesma rede social, a diretora para a Comunicação Política do Executivo comunitário clarificou as declarações de Von der Leyen sobre as baixas ucranianas na guerra, agradecendo “àqueles que assinalaram a inexatidão em relação aos números numa versão anterior do vídeo”. “A estimativa utilizada, de fontes externas, deveria referir-se a vítimas, ou seja, mortos e feridos, e pretendia mostrar a brutalidade da Rússia“, esclareceu Dana Spinant.

Na sequência das estimativas avançadas por Bruxelas, o jornal Ukrainska Pravda pediu um comentário ao Estado Maior General das Forças Armadas Ucranianas, que, na pessoa do chefe do departamento de Relações Públicas, Bohdan Senyk, reiterou a posição de sigilo operacional da Ucrânia em relação aos números de baixas.

Não podemos confirmar este número. Sublinhamos que as perdas do exército ucraniano são informações classificadas e estão sujeitas a restrições de publicação. Ao mesmo tempo, se a informação anunciada pela presidente da Comissão Europeia nos permitir levar o país agressor à Justiça, só podemos apoiar ações que contribuam para a punição legal daqueles que organizaram o genocídio do povo ucraniano”, afirmou Bohdan Senyk.

Bruxelas propõe aplicação de ativos congelados para financiar reconstrução da Ucrânia

No vídeo divulgado esta quarta-feira, Von der Leyen propôs também aos Estados-membros da União Europeia (UE) o arresto temporário dos ativos congelados a oligarcas russos, no âmbito das sanções adotadas contra Moscovo, e a respetiva aplicação para financiar a reconstrução da Ucrânia. A intenção é criar, a curto prazo, uma “estrutura para administrar” os bens confiscados e investi-los, usando os lucros para financiar a Ucrânia, explicou.

“A Rússia deve pagar pelos seus crimes horríveis. Iremos trabalhar com o TPI (Tribunal Penal Internacional) e ajudaremos a estabelecer um tribunal especializado para julgar os crimes da Rússia. Com os nossos parceiros, faremos com que a Rússia pague pela devastação que causou, com o congelamento de fundos de oligarcas e ativos do seu banco central”, lê-se na descrição que acompanha o vídeo.

De acordo com dados de Bruxelas, até 25 de novembro, o montante total dos bens privados russos congelados no âmbito da UE, ao abrigo da Política Externa e de Segurança Comum, ascendia a quase 18,9 mil milhões de euros.

As reservas em moeda estrangeira do banco central russo imobilizadas – tanto no G7 (grupo dos sete países mais ricos) como na UE – rondam um montante total estimado de 300 mil milhões de dólares (cerca de 289 mil milhões de euros, ao câmbio atual).

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Grupo Águas de Portugal aumenta salários em 1,2% com retroativos a janeiro

A decisão surge após os vários meses de negociações para revisão do Acordo Coletivo de Trabalho ainda não terem levado a um acordo entre as partes.

O grupo Águas de Portugal (AdP) decidiu proceder a uma atualização salarial de 1,2% para o ano ainda em curso e rever a base remuneratória mínima para os 732 euros (27 euros acima do Salário Mínimo Nacional). Será igualmente atualizada a base remuneratória da carreira profissional de Técnico Superior de 902 euros para 1.268 euros. As medidas terão efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2022, anunciou a empresa numa comunicação interna a que o ECO/Pessoas teve acesso.

A decisão surge após vários meses de negociações para revisão do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), com a participação ativa das estruturas sindicais subscritoras e do Grupo Águas de Portugal, e que ainda não levaram a um acordo entre as partes. Contudo, a companhia defende que não quis deixar de concretizar a atualização salarial para o corrente ano de 2022, considerando que esta decisão, além de necessária, defende a melhoria das condições de trabalho das pessoas.

A proposta dos sindicatos para o próximo ano está, no entanto, em valores superiores. Os trabalhadores das empresas do grupo AdP reclamam um aumento salarial de 90 euros a partir de 2023 e um salário base de 900 euros.

Sustentando que “em 2021 o grupo AdP lucrou 83,3 milhões de euros (um aumento de 6% face ao ano anterior) e mais de 400 milhões de euros nos últimos 10 anos, o que diz bem da sua saúde financeira”, os sindicatos denunciam que a empresa “insiste em praticar uma política de estagnação salarial, numa estratégia assente no conceito de ‘milhões para os acionistas, migalhas para os trabalhadores'”.

Ainda é reclamado o respeito pelas normas de segurança e saúde no trabalho, a melhoria das condições laborais, a aplicação do acordo de empresa da EPAL a todos os trabalhadores ao serviço desta empresa e um período de trabalho de sete horas diárias e 35 horas semanais no grupo AdP.

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BCP paga 8,75% para emitir dívida a 10 anos

  • ECO
  • 30 Novembro 2022

Através de uma operação de troca de dívida, o BCP vai emitir 133,7 milhões de euros em obrigações que vencerão em 2033. Nos primeiros cinco anos as obrigações pagarão uma taxa de cupão fixa de 8,75%.

O Banco Comercial Português BCP 0,00% vai emitir 133,7 milhões de euros em títulos de dívida com maturidade de 10,25 anos, como resultado da oferta de troca de dívida que anunciou a 22 de novembro sobre umas “notes” com data de maturidade em 2027, atualmente a negociar com um desconto de 14%.

Numa nota enviada esta quarta-feira à CMVM, o BCP revelou que as “new notes” pagarão uma taxa de cupão fixa de 8,75% durante os primeiros 5,25 anos e, a partir daí, os títulos de dívida pagarão uma taxa de juro variável indexada à taxa mid-swap de cinco anos prevalecente mais um spread de 6,051%, por ano.

O banco liderado por Miguel Maya tem ainda a opção de realizar um reembolso antecipado durante um período de três meses a partir do final do quinto ano. Caso não exerça essa opção, os títulos de dívida irão vencer em março de 2033.

A última vez que o BCP foi ao mercado para emitir dívida foi a 18 de outubro, tendo na altura pago 8,5% pela colocação de 350 milhões de euros em dívida sénior para reforçar o rácio de proteção do banco contra perdas.

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Líder da COTEC quer acabar com “complexo de que somos pequenos”

António Rios Amorim, que substituiu Isabel Furtado na COTEC, aposta em estimular a cultura de inovação empresarial, que diz ser a única receita para aumentar a escala e valor da produção nacional.

“Temos de perder o complexo de que somos pequenos, que ‘isto não é para nós’, como muitas vezes a gente ouve. Somos pequenos, mas podemos ser grandes. E só pela inovação é que conseguimos aumentar a dimensão, a escala e o valor daquilo que produzimos”, alertou esta quarta-feira o presidente da direção da COTEC Portugal.

Na abertura do 12º Encontro PME Inovação, que decorre esta tarde no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, em Matosinhos, António Rios Amorim sublinhou que “a escala é absolutamente fundamental para criar valor para a economia” portuguesa e pediu aos empresários que tenham a “crença de que é sempre possível questionar o que [fazem], procurar novas soluções e exceder as melhores expectativas”.

António Rios Amorim, presidente da direção da COTEC PortugalVítor Hugo Teixeira 30 novembro, 2022

Se uma cultura de inovação empresarial se faz com “uma liderança assente em ousadia, que recusa temores despropositados e tem orgulho nas vitórias, no sucesso e no reconhecimento”, notou o sucessor de Isabel Furtado na liderança da organização, a transferência de conhecimento exige um “diálogo contínuo” entre os centros de investigação e as empresas. Que, por seu lado e “sem reservas mentais”, devem abrir as portas aos investigadores.

Reconhecendo que “há muito a mudar para que as empresas possam produzir com ainda mais valor acrescentado” e atrair os investigadores para a “resolução de problemas práticos e objetivos das empresas”, salientou que a COTEC pode ter um “papel relevantíssimo na conversão de conhecimento científico em valor económico”, nomeadamente nas áreas da Indústria 4.0 ou da digitalização.

Na agenda do encontro estava prevista a presença do secretário de Estado da Economia, João Neves, que foi demitido na véspera. Apesar da ausência muito notada de membros do Governo – no encerramento estará Marcelo Rebelo de Sousa –, António Rios Amorim reiterou o “compromisso” da COTEC para “aprofundar a relação frutuosa construída com o Ministério da Economia”. Em particular, ajudando a que “as políticas públicas cheguem efetivamente ao terreno empresarial e as intenções políticas sejam implementadas na base”.

Apesar da ameaça de novos riscos, as empresas têm de prosseguir novos esforços de inserção em mercados globais mais exigentes. Com os pés assentes na terra e com o pragmatismo necessário.

António Rios Amorim

Presidente da COTEC

Numa alusão ao tema do encontro (“Em contraciclo”), que vai terminar com o anúncio do vencedor do Prémio PME Inovação COTEC-BPI 2022, o também presidente da Corticeira Amorim pediu aos empresários e gestores nacionais presentes na sala que “não tenham receio em afirmar-se em contraciclo”, mesmo admitindo que os próximos anos irão exigir um esforço constante de adaptação.

“Apesar da ameaça de novos riscos, as empresas têm de prosseguir novos esforços de inserção em mercados globais mais exigentes. Com os pés assentes na terra e com o pragmatismo necessário. Move-nos um sentimento de confiança e de otimismo nos empresários e nas suas equipas”, concluiu o presidente da COTEC Portugal.

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