Parvalorem fica com os ativos do Banco Efisa em liquidação
Criado em 1994, Banco Efisa entrou em liquidação, processo que durará cerca de um ano. Ativos serão absorvidos pela Parvalorem.
O Banco Efisa entrou em liquidação, processo que durará cerca de um ano até estar concluído. Durante este período, o património do banco (que pertencia ao grupo BPN) vai ser absorvido pela Parvalorem, incluindo aplicações no valor de 17,8 milhões que estavam na Caixa Geral de Depósitos (CGD), o principal ativo. Já quase não tem passivos, apenas contas de clientes que serão devolvidas aos mesmos.
O fim do Efisa precipitou-se depois de a Parvalorem não ter conseguido vender a instituição, ainda que tivesse arranjado compradores em duas ocasiões. Primeiro foi a Pivot – sociedade constituída por um grupo de investidores onde se incluía a Aethel, de Ricardo Santos Silva e Aba Schubert, ou o ex-ministro Miguel Relvas –, que chegou a oferecer quase 40 milhões, em 2015. Mais recentemente, o grupo árabe Bahrein IIBG Holdings deu 28 milhões de euros. Nenhum conseguiu selar o negócio.
Depois de ter caído a venda ao grupo árabe, também a sociedade portuguesa FIRMA mostrou interesse na licença bancária, mas o processo também não terá chegado a um bom porto.
Para avançar com um plano de liquidação do Efisa, a Parvalorem – veículo criado para gerir os despojos do BPN, nacionalizado em 2008 e vendido em 2012 ao Bic – obteve luz verde do Banco de Portugal algures em outubro. Fonte oficial da Parparticipadas – que é o veículo que detém o banco, detido, por sua vez, pela DGTF – perspetivou um período de 12 meses para a execução e conclusão do plano.
Com 15 trabalhadores, o Banco Efisa apresenta uma situação líquida bastante positiva, de mais de 30 milhões de euros. O capital próprio melhorou no ano passado, depois do lucro de 3,6 milhões, à boleia da reversão de imparidades para crédito na ordem dos cinco milhões. Ainda assim, nos anos anteriores, acumulou prejuízos de cerca de 15 milhões entre 2017 e 2020.
No seu ativo, o Banco Efisa contabilizava ainda participações na Nexponor, Fund Box e Portugal Ventures e outros fundos internacionais no valor de 3,8 milhões.
Agora, com a liquidação do banco, a Parparticipadas fica um passo mais perto da sua extinção por via da fusão na Parvalorem, seguindo o caminho da Parups (geria as obras de arte).
Para isso se concretizar, além da extinção do Banco Efisa, a Parparticipadas precisará ainda de vender a Imofundos e o fundo Imonegócios, processo que já está no mercado sob o nome Projeto Lisboa, num negócio conduzido pela Deloitte, avaliado em cerca de 250 milhões de euros.
O ECO contactou a Parvalorem na quarta-feira sobre a liquidação do Efisa, notícia avançada esta sexta pelo Expresso.
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