5 coisas que vão marcar o dia

A Moody's poderá mexer no rating de Portugal esta sexta-feira, dia em que será também conhecida a evolução das taxas de juro implícitas no crédito à habitação.

A Moody’s poderá mexer no rating de Portugal esta sexta-feira, dia em que será conhecida a evolução das taxas de juro implícitas no crédito à habitação. Nos mercados, há a divulgação de resultados da REN, enquanto nas ruas estarão os funcionários públicos, numa manifestação contra o empobrecimento.

Moody’s divulga rating de Portugal

A agência de notação financeira Moody’s vai reavaliar o rating de Portugal, depois de o ter subido em setembro, passando para o nível de investimento Baa2. Tanto a DBRS como a Fitch já melhoraram a perspetiva (outlook) do rating de Portugal em 2022, sendo que o ministro das Finanças já se mostrou otimista com evolução do rating este ano.

Como evoluem os juros da habitação?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga a evolução das taxas de juro implícitas no crédito à habitação em abril. As estatísticas de março revelaram que a taxa de juro implícita no crédito à habitação desceu pelo quarto mês consecutivo, fixando-se em 0,791%. Pelo contrário, o capital em dívida subiu, mas a prestação mensal média estabilizou.

REN apresenta resultados

A REN – Redes Energéticas Nacionais vai divulgar esta sexta-feira os resultados do primeiro trimestre deste ano, após o fecho do mercado. Em 2021, o lucro da REN caiu 11% para 97,2 milhões. De acordo com a empresa, os resultados foram penalizados “por um recuo no EBITDA e um aumento nos impostos, apesar do contributo positivo dos resultados financeiros”.

Função Pública reivindica atualização salarial

Realiza-se esta sexta-feira uma manifestação nacional convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, contra a atualização salarial de 0,9%, que “agrava a perda de poder de compra em 2022”. Além do aumento geral dos salários em 90 euros, a Frente Comum reivindica a correção da Tabela Remuneratória Única, o descongelamento efetivo das promoções e das progressões nas posições remuneratórias e a revisão do sistema de avaliação.

Medina e Centeno falam sobre OE

A Ordem dos Economistas organiza uma conferência apelidada de “O Orçamento do Estado para 2022”, cuja abertura vai contar com intervenções do bastonário da Ordem dos Economistas, António Mendonça e do ministro das Finanças, Fernando Medina. Já o encerramento ficará a cargo do governador do Banco de Portugal, Mário Centeno.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo vai pagar apoio de 60 euros a mais 280 mil famílias

A ministra Ana Mendes Godinho diz ao ECO que o apoio social para ajudar os mais pobres por causa da inflação será pago na sexta-feira, dia 27, e que o objetivo é “chegar às pessoas mais atingidas”.

O apoio dos 60 euros é uma das medidas de bandeira do Governo para ajudar as famílias mais carenciadas por causa do aumento do preço do cabaz de alimentação provocado pela guerra na Ucrânia. E segundo revela ao ECO a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, este apoio vai abranger muito mais pessoas do que tinha sido anunciado pelo Governo.

Quando a medida foi inicialmente anunciada, só estava previsto serem pagos os 60 euros às famílias que beneficiavam da tarifa social de eletricidade. Foram 762.320 os agregados familiares que receberam o cheque dos 60 euros no passado dia 29 de abril.

Entretanto, quando apresentou o programa de Governo, o primeiro-ministro anunciou que iria alargar o apoio “a todas as famílias titulares de prestações sociais mínimas” e que não tinham acesso à tarifa social de eletricidade: “Ou porque vivem num quarto, ou porque vivem num lar, ou porque vivem em casa de familiares e que não sendo beneficiárias da tarifa social não estavam a beneficiar desta medida de apoio”.

Na proposta do Orçamento do Estado para 2022, o Governo previa assim alargar esse apoio a mais 68 mil famílias. Na semana passada, no final da reunião da Concertação Social, a ministra Ana Mendes Godinho anunciou que afinal eram 200 mil as famílias que iam beneficiar deste apoio social, sem, no entanto, explicar a discrepância de números face à previsão inicial.

Agora, em declarações ao ECO, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social revela que afinal o universo dos vão receber o cheque dos 60 euros é ainda maior: serão “cerca de 280 mil”. Ana Mendes Godinho explica este salto com o “cruzamento de dados dos agregados que não têm tarifa social” e que resultou num número muito maior do que o previsto inicialmente pelo Governo.

Apoio será pago dia 27 de maio

Em declaração ao ECO, Ana Mendes Godinho refere que o “objetivo desta medida é chegar o mais eficazmente possível às pessoas mais atingidas, apoiando as pessoas mais vulneráveis face ao aumento dos preços”.

Com esta revisão em alta dos beneficiários, e considerando os 762.320 que já receberam o apoio em abril, serão 1.042.320 no total a receber o cheque de 60 euros para ajudar a pagar o cabaz mensal de alimentos.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Para o Estado, isto representa uma despesa total superior a 60 milhões de euros. O relatório do Orçamento do Estado para 2022 previa uma verba de 55 milhões.

A outra novidade revelada pela Segurança Social é a data de pagamento dos 60 euros às 280 mil famílias que não têm tarifa social de eletricidade, mas que beneficiam de prestações sociais mínimas. O cheque vai chegar na próxima sexta-feira, dia 27 de maio, revelou a ministra.

Sobre a possibilidade de continuar a pagar este apoio no futuro, — tendo em conta que as previsões não apontam para um aliviar imediato dos preços, — o Ministério da Segurança Social fecha-se em copas.

Na semana passada, em entrevista ao ECO, o ministro das Finanças respondeu o seguinte sobre este tema: “Não está tomada nenhuma decisão nem sobre a repetição, nem sobre a ampliação. Continuaremos a olhar atentos à situação e tomaremos as medidas em cada circunstância”.

Fernando Medida pedia aos deputados que se apressassem a aprovar o Orçamento de Estado para desbloquear o pagamento extra das pensões com retroativos a janeiro. Isto porque, segundo o ministro, “há uma grande sobreposição com os públicos mais vulneráveis que receberam o apoio autónomo dos 60 euros”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Wall Street no vermelho com S&P 500 perto de “bear market”

Retalho está a deixar os investidores ainda mais assustados, que já estavam a vender ações face à subida das taxas de juro pela Reserva Federal norte-americana Fed.

Wall Street encerrou em terreno negativo esta quinta-feira, prolongando as quedas observadas na sessão anterior. O principal índice de Nova Iorque está mesmo perto de entrar em bear market, numa altura em que o setor do retalho está a deixar os investidores ainda mais assustados, que já estavam a vender ações face à subida das taxas de juro pela Reserva Federal norte-americana (Fed) para domar a inflação.

O índice de referência S&P 500 caiu 0,56% para 3.901,80 pontos, quase 20% abaixo do máximo alcançado em janeiro, a partir do qual entra em território de bear market. O mesmo aconteceu com o industrial Dow Jones, que recuou 0,75% para 31.253,13 pontos, um dia depois de ter sofrido a maior queda diária desde 2020, e com o tecnológico Nasdaq, que perdeu 0,26% para 11.388,50 pontos no rescaldo de uma queda de quase 5%.

“A principal lição para os investidores é estarem preparados para uma volatilidade prolongada”, diz Greg Bassuk, CEO da AXS Investments, citado pela CNBC. “Acreditamos que a volatilidade será a narrativa do investidor para o saldo do segundo trimestre e, francamente, para o saldo de 2022”.

Os investidores continuaram preocupados com uma possível atitude mais agressiva por parte do banco central para conter a subida da inflação. Numa conferência de imprensa esta segunda-feira, o presidente da Fed, Jerome Powell, voltou a afirmar que “não haverá nenhuma hesitação” na hora de tentar reduzir a inflação.

As perdas foram ainda impulsionadas pela divulgação dos resultados trimestrais da Target e do Walmart, que mostraram custos mais altos com combustível e uma redução da procura por parte dos consumidores. As ações da Target caíram 4,98% para 153,56 dólares, depois de terem afundado mais de 20% na sessão anterior, enquanto o Walmart perdeu 2,74% para 119,08 dólares.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Charles Michel defende em Belgrado maior rapidez na integração dos Balcãs na UE

  • Lusa
  • 19 Maio 2022

O presidente do Conselho Europeu anunciou para junho uma reunião dos líderes dos países dos Balcãs ocidentais “para analisar como podemos avançar”.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, declarou esta quinta em Belgrado que a União Europeia (UE) pretende acelerar a integração dos países dos Balcãs ocidentais na sequência dos desafios motivados pela invasão militar russa da Ucrânia. “Os desafios hoje exigem novas formas de reflexão e de trabalho, devemos acelerar as integrações”, declarou Michel aos ‘media’ na sequência de uma reunião com o Presidente sérvio Aleksandar Vucic.

Michel assinalou que a UE deve promover um novo impulso para acelerar a integração europeia e para que o processo de alargamento seja mais rápido e eficaz, com benefícios imediatos para os países candidatos e “sem terem de aguardar pelo final da negociação” de integração no clube comunitário.

Nesse sentido, o presidente do Conselho Europeu anunciou para junho uma reunião dos líderes dos países dos Balcãs ocidentais “para analisar como podemos avançar”.

Em comunicado, o Conselho Europeu confirmou que os seis líderes dos países dos Balcãs ocidentais (Sérvia, Montenegro, Bósnia-Herzegovina, Macedónia do Norte, Albânia e Kosovo) foram convidados para uma reunião na manhã do dia 23 de Junho em Bruxelas, e que antecederá o encontro dos membros desta instância que define as orientações e prioridades políticas gerais da União Europeia. O objetivo do encontro consiste em promover o reforço dos compromissos entre a UE e os países balcânicos.

Nas suas declarações, Michel também adiantou que o objetivo consiste em organizar duas vezes por ano reuniões deste género “para construirmos juntos uma plataforma eficaz na qual possamos coordenar-nos politicamente”, e assinalou que a crise com a covid-19 “mostrou que é indispensável a rapidez na coordenação” e que agora será necessária no âmbito da crise da energia.

Michel e Vucic assistiram no Parque Científico de Belgrado à assinatura de um acordo de financiamento conjunto da UE e do Banco Mundial de 84,5 milhões de euros, dirigido a projetos de investigação e a empresas sérvias emergentes.

O presidente Conselho Europeu, que na sexta-feira se desloca à Bósnia-Herzegovina e Albânia, também defendeu nas suas declarações que a comunidade política europeia defendida pelo Presidente francês, Emmanuel Mácron, e que deverá englobar os países do continente, servirá para reforçar a cooperação com a UE e acelerar a adesão de candidatos.

O dirigente comunitário indicou que esta proposta se destina a “abordar desafios operativos” e aumentar a cooperação de forma imediata, evitando os longos processos de adesão que se prolongam durante anos até à formalização da adesão de um candidato.

Michel rejeitou, contudo, que esta nova plataforma, que será discutida pelo Conselho Europeu, contrarie a política de alargamento da UE, assegurando que “não devem existir dilemas”. “Não é uma ideia de Bruxelas para adiar [a integração]”, assegurou. O ex-primeiro-ministro belga também afirmou que este futuro fórum “ajudará” os países que pretendem aderir à União, pelo facto de poder discutir “de forma concreta” a forma de avançar nas reformas europeias.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lacerda Sales diz que varíola dos macacos “é uma doença de comportamentos de risco”

  • Lusa
  • 19 Maio 2022

“É uma doença autolimitada, ou seja, não tem ainda um tratamento específico”, explicou ainda o secretário de Estado.

O secretário de Estado Adjunto da Saúde afirmou esta quinta-feira, no Porto, que o vírus Monkeypox é “uma doença de comportamentos de risco” e não de “grupos de risco”, e que os casos confirmados em Portugal “estão todos estáveis”. Em declarações à margem do 1.º Encontro de Investigação Clínica, que decorreu na Reitoria da Universidade do Porto, António Lacerda Sales afirmou que o vírus Monkeypox “não é uma doença de grupos de risco”, mas sim “uma doença de comportamentos de risco”, à qual todos estão sujeitos.

O governante confirmou que os 14 casos da doença causada pelo vírus Monkeypox identificados até agora em Portugal “estão todos estáveis” e a serem seguidos. “É uma doença autolimitada, ou seja, não tem ainda um tratamento específico”, explicou o secretário de Estado, acrescentando que está a ser feita a monitorização “através da sequenciação e através do seguimento destes doentes”. O governante admitiu que se sabe ainda muito pouco acerca da doença e que é uma matéria que está em estudo.

O vírus Monkeypox é do género Ortopoxvírus (o mais conhecido deste género é o da varíola) e a doença é transmissível através de contacto com animais, ou ainda contacto próximo com pessoas infetadas ou com materiais contaminados.

A doença é rara e, habitualmente, não se dissemina facilmente entre os seres humanos. Esta é a primeira vez que é detetada em Portugal infeção pelo vírus Monkeypox. Em 2003 foram reportados nos Estados Unidos da América algumas dezenas de casos. Também o Reino Unido reportou, recentemente, casos semelhantes de lesões ulcerativas, com a confirmação de infeção por vírus Monkeypox.

A Direção Geral de Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) mantêm-se a acompanhar a situação a nível nacional e em articulação com as instituições europeias.

Mais de 12.600 idosos já foram vacinados com a segunda dose de reforço

António Lacerda Sales afirmou ainda que já foram vacinadas mais de 12.600 pessoas com mais de 80 anos com o segundo reforço da vacina contra a covid-19. “Estão mais de 12.600 pessoas vacinadas nas estruturas residenciais para idosos. Vamos com certeza acelerar este processo. Estamos a vacinar pessoas com mais de 80 anos que estão a ser chamadas aos centros de vacinação”, disse Lacerda Sales, manifestando confiança na forma como o processo evoluirá.

O membro do Governo acrescentou que haverá uma aceleração do processo a fim de que haja “um verão mais tranquilo, sem pressão” e, quando questionado, se no imediato, o processo de vacinação incluiria os profissionais de saúde, admitiu essa possibilidade, mas “só depois do verão”.

Da reunião na quarta-feira com os peritos, Lacerda Sales revelou que saiu a vontade de “reforçar e sensibilizar a população para um nível de responsabilização individual que as populações e as pessoas devem ter sobre as medidas que têm a ver com infeção”. “Acreditamos muito na nossa população, no seu nível de responsabilidade individual e da autoavaliação do risco que cada um faz”, prosseguiu o governante.

Considerando que a sociedade portuguesa está “num período de transição, de mudança de paradigma da própria doença, da própria infeção”, lembrou que se passou de “um período em que havia um alto nível de incidência, mas em que havia impacto sobre os serviços de saúde para um paradigma em que há uma alta incidência”.

“Relembro que estamos com 1.500 casos a sete dias por 100 mil habitantes e 1.2 de índice de transmissibilidade, mas que teve um não muito expressivo impacto sobre os serviços de saúde, nomeadamente sobre os internamentos convencionais e sobre os internamentos em unidades de cuidados intensivos”, prosseguiu.

Lacerda Sales reiterou que a doença tem um “nível intermédio de sintomatologia que não é, sequer, comparável com o passado inverno, de janeiro e fevereiro onde, de facto, a gravidade e a necessidade de recorrer a cuidados intensivos era grande”.

Sobre a procura intensa da Linha Saúde 24, o secretário de Estado disse que desde anteontem [terça-feira] que tem um algoritmo muito simplificado e que “as chamadas em espera, ontem [quarta-feira], foram reduzidas para cerca de 200, quando em níveis anteriores eram cerca de 1.000”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PSP e GNR vão contratar 2.600 novos efetivos este ano

  • Lusa
  • 19 Maio 2022

José Luís Carneiro diz que está previsto um investimento “muito significativo” para criar uma “forte atratividade das jovens gerações” e para a "qualificação e eficiência" das forças de segurança.

O ministro da Administração Interna disse esta quinta-feira, em Torres Novas, que está prevista a contratação, este ano, de 2.600 novos agentes da PSP e militares da GNR, cumprindo a prioridade do Governo de rejuvenescimento dos efetivos destas forças.

José Luís Carneiro visitou a Escola Prática de Polícia (EPP), em Torres Novas (Santarém), assistindo a treinos práticos, de simulação de ocorrências e de provas físicas, e a aulas, como a de simulação virtual de ocorrências, do 17.º curso de formação de agentes da PSP, frequentado por 946 jovens, 146 deles mulheres.

A visita serviu, ainda, para reconhecer a “grande qualidade na preparação para ameaças que são cada vez mais exigentes”, feita pelos professores da EPP, bem como para articular com a Câmara de Torres Novas a “cooperação” para a requalificação dos edifícios da escola e para “uma solução que complemente esta infraestrutura”, disse o ministro.

O presidente da Câmara de Torres Novas, Pedro Ferreira, disse à Lusa que o município prevê investir 700.000 euros no antigo colégio Andrade Corvo, pertença da diocese de Santarém, para permitir o alargamento da capacidade da EPP, em particular para acolher os cursos de chefes, aguardando apenas pela decisão do Governo.

Segundo José Luís Carneiro, o objetivo é contar com esta estrutura já para o curso de formação de 200 novos chefes, com início previsto para este ano. Como outros objetivos prioritários, o ministro apontou o investimento na melhoria das condições de trabalho das forças de segurança, que considerou “indispensáveis para uma maior atratividade desta função de serviço público”, a construção e requalificação de esquadras, aquisição de equipamento de proteção individual e de mobilidade e a modernização tecnológica.

Por outro lado, disse, está previsto um investimento “muito significativo” em alojamento, quer requalificando edifícios já existentes, quer construindo novas habitações, no âmbito do conjunto de medidas para uma “forte atratividade das jovens gerações” e para a “qualificação e eficiência” das forças de segurança.

Para José Luís Carneiro, as forças de segurança são impulsionadoras de mobilidade social, pois muitos jovens encontram aqui não só a realização “do seu sonho”, como ouviu de vários formandos, oriundos de todo o país, com quem hoje conversou, como também “oportunidades de vida”.

“É essencial criar condições para que o possam fazer com muita dignidade” e “fazer com que se sintam bem nas forças de segurança”, declarou. Ao curso que se iniciou em dezembro de 2021 e tem conclusão prevista para setembro próximo, seguir-se-á um outro, ainda este ano, para mais cerca de mil agentes e 200 chefes, adiantou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Menos de 5% dos casos Covid foram reinfeções

  • ECO
  • 19 Maio 2022

4,65% das notificações entre 1 de junho de 2020 e 10 de maio de 2022 são relativas a casos de reinfeção, valores semelhantes aos registados a nível internacional.

Nos últimos dois anos, menos de 5% dos casos de covid registados foram relativos a reinfeções, indica o relatório publicado esta quinta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS). A prevalência de casos de reinfeção é mais elevada no período em que a variante Ómicron foi mais frequente.

Entre 1 de junho de 2020 e 10 de maio de 2022 foram registados 3.982.250 novos casos de Covid, dos quais 194.244 foram episódios de reinfeção, o equivalente a 4,65% do total, indicam os dados disponíveis. Estes valores são semelhantes aos registados a nível internacional, refere a DGS.

Durante o período de maior prevalência da variante Delta (que se estima ter alcançado uma frequência relativa de 50% na semana de 7 a 13 de junho de 2021), a percentagem diária de reinfeções foi, em média, de 1,91%. A partir do momento em que se estima que a variante Ómicron se tenha tornado mais prevalente (semana de 20 a 26 de dezembro de 2021), a percentagem diária de reinfeções foi, em média, de 6,05%.

“A prevalência de casos de reinfeção é mais elevada no período em que a variante Ómicron é mais frequente, com uma proporção de 6,10%, superando a proporção de cerca de 2% no período em que as variantes Delta e Alfa eram mais frequentes, e de apenas 0,35% no período da variante original (wild-type) identificada em Wuhan (China)”, lê-se no relatório.

Num comunicado enviado esta quinta-feira, a DGS refere que os relatórios e publicações de monitorização da pandemia vão passar a incluir os dados relativos a reinfeções. “Sabe-se que o risco de infeção é menor entre as pessoas com dose de reforço”.

(Notícia em atualização)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo prevê abrir em junho avisos de candidaturas ao Fundo para a Transição Justa

  • Lusa
  • 19 Maio 2022

O fundo visa apoiar empresas que queiram fazer novos investimentos no Médio Tejo, empregando trabalhadores como os afetados pelo encerramento da unidade a carvão da Central do Pêgo.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, apontou esta quinta-feira o mês de junho como a data prevista para a abertura das candidaturas ao Fundo para a Transição Justa para apoio ao emprego e investimento no Médio Tejo. “Sim, estimo que seja em junho a abertura dos avisos”, respondeu a governante, depois de questionada pela agência Lusa sobre se a abertura das candidaturas ao Fundo para a Transição Justa será em junho deste ano.

Este fundo visa apoiar empresas que queiram fazer novos investimentos no Médio Tejo, empregando trabalhadores da região, especialmente os afetados pelo encerramento da unidade a carvão da Central Termoelétrica do Pêgo.

Reconhecendo a existência de um “relativo atraso” em relação ao que estava inicialmente previsto, a ministra justificou esta demora com a alteração das regras dos auxílios do Estado e com as negociações em curso do próximo programa Portugal 2030.

“As regras que regulam o apoio às empresas através de fundos europeus alteraram-se e, portanto, nós tivemos também que nos adaptar”, explicou. Por outro lado, segundo a governante, o Fundo para a Transição Justa “será aplicado no âmbito do Portugal 2030” e, atualmente, o Governo português encontra-se “a acabar as negociações com a Comissão Europeia”.

“Estamos a fechar a negociação e os programas operacionais regionais serão submetidos no início de junho. A partir daí, poderemos abrir os avisos, estando simultaneamente a trabalhar nos avisos”, afirmou a titular da pasta da Coesão Territorial.

Ana Abrunhosa lembrou que já foi feito “um primeiro aviso para as empresas fazerem a sua expressão de interesse”, considerando este procedimento foi “muito importante” para sinalizar as que estão interessadas em investir nos territórios. “O Fundo para a Transição Justa visa, nas regiões onde tivemos que encerrar centrais e onde houve encerramento de unidades produtivas, diversificar a base económica e promover a criação de emprego”, sublinhou.

No início deste mês, a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo enviou um ofício ao Governo para manifestar a sua preocupação com o atraso na abertura das candidaturas ao Fundo de Transição Justa.

Os autarcas dos 13 municípios desta sub-região centravam as suas preocupações na concretização das intenções de candidatura apresentadas numa primeira fase, que ascendem a 266 milhões de euros, e no atraso no compromisso de abertura do aviso de concurso, que havia sido anunciado para o primeiro trimestre de 2022 e que ainda não se efetivou.

A governante falava aos jornalistas à margem da inauguração da exposição “Aromas que nos guiam”, em Évora, organizada pela Direção Regional de Cultura do Alentejo em parceria com a Fundação Nossa Senhora da Esperança. De Évora, a ministra seguiu para Mértola, no distrito de Beja, para inaugurar o 11.º Festival Islâmico de Mértola.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Real Madrid anuncia acordo estratégico que lhe garante 360 milhões de euros

  • Lusa
  • 19 Maio 2022

O acordo com a ‘Sixth Street’ e a ‘Legends’ permitirá uma receita de 360 milhões de euros ao clube merengue,

O Real Madrid anunciou esta quinta-feira um “acordo estratégico” com a empresa de investimentos ‘Sixth Street’ e a empresa ‘Legends’, especializada na gestão de estádios, para tornar o Santiago Bernabéu “uma referência mundial em lazer e entretenimento”.

Numa operação já ratificada pelo seu conselho de administração, o Real Madrid oficializou um acordo que lhe trará uma receita aproximada de 360 milhões de euros, conforme anunciado pelo clube ‘merengue’ em comunicado.

O Real Madrid informou que, com a aliança ‘selada’, a empresa Sixth Street “adquire o direito de participar na exploração de novos negócios no estádio Santiago Bernabéu por um período de vinte anos”.

Entretanto, o Legends vai contribuir com o seu longo percurso em grandes estádios e centros de lazer, para “otimizar a gestão” do novo Bernabéu, de tal modo que o clube assegura que “vai haver um antes e um depois desta obra na história do Real Madrid”.

O presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, pretende com esta parceria “aumentar muito significativamente as receitas do estádio quer em eventos desportivos quer não desportivos”, confiando que os novos parceiros, líderes mundiais nas respetivas áreas, vão proporcionar “experiências únicas num estádio onde múltiplos eventos podem ser organizados ao longo do ano”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Juan Carlos aterrou em Espanha depois de dois anos em “exílio dourado”

  • Lusa
  • 19 Maio 2022

O rei emérito pisa o solo espanhol depois de ter passado 655 dias nos Emirados Árabes Unidos. Juan Carlos regressa aos Emirados Árabes Unidos na próxima segunda.

O rei emérito espanhol, Juan Carlos I, chegou esta tarde ao aeroporto de Vigo (Galiza), para uma breve visita a Espanha, depois de quase dois anos de um “exílio dourado” em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos).

O antigo soberano tinha à sua espera a sua filha Elena, que o vai acompanhar nos próximos dias, em que ficará alojado na casa de um amigo que é empresário e presidente de um clube náutico onde Juan Carlos conta assistir, talvez participar, numa regata de barcos à vela durante o fim de semana.

O rei emérito pisa o solo espanhol depois de ter passado 655 dias nos Emirados Árabes Unidos, país para onde se mudou naquela que foi uma decisão histórica, na sequência da controvérsia causada pelos relatos dos seus negócios no estrangeiro e da decisão da Procuradoria do Supremo Tribunal de Justiça de abrir uma investigação.

A expectativa é muito grande no município de Sanxenxo (Pontevedra), principalmente à volta da marina da cidade, a base da regata a que o monarca irá assistir, havendo mais de 100 meios de comunicação social que já se acreditaram para cobrir a visita de Juan Carlos I.

Depois da decisão em 2 de março passado do Ministério Público de encerrar os casos pendentes, o rei emérito escreveu ao filho, Felipe VI, cinco dias depois, para expressar o seu desejo de regressar a Espanha e “lamentar sinceramente” a forma como conduziu a sua vida privada.

Juan Carlos irá a Madrid na segunda-feira para se encontrar com o seu filho, a sua mulher, Rainha Sofia, e outros membros da sua família no Palácio da Zarzuela, nos arredores da capital espanhola, e no mesmo dia está previsto o seu regresso a Abu Dhabi, onde “fixou residência de forma permanente e estável”.

O regresso a Espanha faz parte do desejo do rei emérito de “viajar frequentemente a Espanha para visitar a família e amigos, e organizar a sua vida pessoal e o seu local de residência em âmbito de caráter privado”, segundo um comunicado da Casa Real publicado na quarta-feira.

Juan Carlos vive em Abu Dhabi depois de um escândalo financeiro relacionado com o recebimento de alegadas comissões milionárias, sendo um dos casos ligado ao alegado recebimento de 65 milhões de euros em comissões para a construção do comboio de alta velocidade Medina-Meca, outro a alegadas doações não declaradas e um terceiro a suspeitas de ter escondido fundos em paraísos fiscais.

Apesar de o antigo monarca de 84 anos ter visto as investigações judiciais contra si encerradas, as revelações sobre a origem duvidosa da sua fortuna minaram a imagem desta personalidade, durante décadas foi muito respeitada e de uma grande popularidade, devido ao seu papel essencial durante a transição democrática de Espanha, após a morte do ditador Franco em 1975.

“A informação que temos tido nos últimos anos” sobre Juan Carlos “é muito preocupante […] para a instituição [monárquica]” e “penso que ele terá de dar explicações sem qualquer dúvida”, insistiu esta quinta a ministra da Economia e número dois do governo, a socialista Nadia Calviño.

Mas a voz mais crítica no Governo espanhol liderado pelo Partido Socialista espanhol (PSOE) vem do seu parceiro minoritário na coligação, o Unidas Podemos, de extrema—esquerda, que não poupa críticas a Juan Carlos nem à monarquia espanhola. “Qualquer pessoa que regressasse ao nosso país com a história do rei Juan Carlos I seria detida na fronteira e levada à justiça”, denunciou hoje o Unidas podemos através da rede social Twitter.

À direita, o líder do Partido Popular Alberto Núñez Feijóo defendeu o “direito” de Juan Carlos a “regressar a Espanha” depois de os tribunais terem encerrado as suas investigações.

Numa tentativa para tentar restaurar a imagem da monarquia espanhola desde a sua ascensão ao trono em 2014, Felipe VI tem-se distanciado do seu pai, tendo mesmo, em março de 2020, anunciado que renunciava à herança de Juan Carlos e retirava-lhe o seu subsídio anual de quase 200.000 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ageas Portugal inaugurou oficialmente o novo edifício no Parque das Nações

  • ECO Seguros
  • 19 Maio 2022

São 17.400 metros quadrados de escritórios desenhado a pensar no futuro da empresa enquanto organização. Fica no Parque das Nações, Lisboa.

O Grupo Ageas inaugurou oficialmente o novo edifício Ageas Tejo. “Totalmente adaptado às circunstâncias de trabalho atuais e futuras, teve como foco a preocupação ambiental, a sustentabilidade, e a responsabilidade social”, diz a companhia.

Steven Braekeveldt salientou os parceiros que vão cohabitar o edifício Ageas Tejo: Café Joyeux, CRESCER e Semear.

São 17.400 metros quadrados de escritórios desenhado a pensar no futuro da empresa enquanto organização. Fica no Parque das Nações, Lisboa., CEO do Grupo refere que “o Ageas Tejo espelha os nossos valores – Care, Dare, Share e Deliver. Trata-se de um edifício no qual as pessoas se sentem em casa, onde paira a criatividade e a inovação e onde trabalhamos para uma colaboração radical com parceiros como o Café Joyeux, a CRESCER e a Semear”. O grupo salienta que através destas parcerias foi possível ao Grupo Ageas Portugal posicionar-se como a primeira empresa em Portugal a ter duas associações de cariz social a explorar dois dos espaços comuns do seu edifício.

“Esta casa reflete em grande medida também o que é a cidade de Lisboa”, afirma Filipe Anacoreta Correia, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Lisboa. “Lisboa é uma cidade de emoções, de luz, de cultura, de inovação e que pretende ser sustentável. E encontrarmos em Lisboa uma casa que procura ser isso tudo, faz com que nos sintamos aqui também em nossa casa”, declarou.

Já Carlos Ardisson, presidente da Junta de Freguesia do Parque da Nações, referiu “que este novo edifício que já contém vários prémios no seu currículo”, acrescentando felicitações à forma como a Ageas desenhou, implementou e o envolveu com a comunidade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

JSD propõe primárias para eleger presidente do PSD e mudança de sede

  • Lusa
  • 19 Maio 2022

Os jovens sociais-democratas propõem também a mudança da sede nacional do PSD, atualmente situada na Rua São Caetano, em Lisboa, para um “lugar mais central da cidade”.

A Juventude Social-Democrata defendeu esta quinta-feira que o PSD deve adotar o método de eleições primárias na escolha do seu presidente e a mudança da atual sede, num documento com várias propostas que será entregue aos candidatos à liderança.

No texto intitulado “Contributos para colocar o PSD na Linha da Frente” – que será entregue a Jorge Moreira da Silva e a Luís Montenegro no Conselho Nacional da JSD que se realiza este sábado, em Chaves – esta juventude propõe uma “reforma interna” do PSD, considerando que o partido “não conseguiu apresentar a alternativa reformista que os portugueses exigiam e Portugal precisava” nas eleições legislativas de janeiro.

Entre as propostas desta estrutura – liderada pelo deputado social-democrata Alexandre Poço – está uma revisão estatutária que permita a instituição de “eleições diretas primárias para a escolha do presidente do PSD e restante direção nacional do partido, dando o direito de voto aos cidadãos que quiserem participar na eleição, sendo ou não militantes do PSD”.

Em consequência desta proposta, a JSD defende o fim da obrigatoriedade do pagamento de quotas para poder participar na escolha do líder do partido, exigindo-se apenas um “compromisso de adesão aos princípios e valores do PSD”.

A JSD quer ainda um “novo papel” para os congressos nacionais, que atualmente se realizam após as eleições diretas, já com um líder eleito. Para os jovens sociais-democratas, com a instituição das eleições primárias, o Congresso Nacional do PSD “deve ser em momento prévio a essa eleição”, permitindo que estas reuniões magnas “voltem a ter interesse político e mediático, com discussão de projetos políticos alternativos, apresentação de equipas e das linhas gerais de cada moção de estratégia global”.

“Neste Congresso Nacional prévio às eleições diretas primárias seriam eleitos pelos Congressistas os demais órgãos nacionais do partido”, acrescentam, sugerindo que os militantes votem num presidente e na sua equipa ao mesmo tempo, “realidade que hoje não acontece, com a eleição do Presidente a acontecer nas diretas e a da direção nacional a acontecer no Congresso Nacional, esta última numa eleição de lista única”.

Os jovens sociais-democratas propõem também a mudança da sede nacional do PSD, atualmente situada na Rua São Caetano, em Lisboa, para um “lugar mais central da cidade” por considerarem que o atual espaço é “pouco apelativo e pouco convidativo a quem deseje entrar em contacto físico com o partido”.

Num documento com cerca de 20 páginas, esta juventude defende a criação da figura do diretor-geral do PSD “responsável por toda a transformação organizacional do partido, tendo a confiança política máxima do presidente e da Secretaria-Geral da Comissão Política Nacional” e uma “reformulação do Instituto Francisco Sá Carneiro”, transformando-o num grande think thank, “que permita a qualquer pessoa interessada a inscrição” e que faça, por exemplo, parcerias com escolas e instituições de ensino superior.

A JSD propõe que o PSD crie “uma estrutura interna de sondagens, análise de dados, estatísticas que tenha como objetivo fundamentar e auxiliar as tomadas de posição e propostas, através de estudos quantitativos e qualitativos da população com base em modelos científicos testados” e “uma equipa profissional de apoio” ao líder do PSD, que o auxilie no trabalho diário.

É sugerida a profissionalização do Conselho Estratégico Nacional (CEN), para que tenha uma equipa dedicada às suas funções a 100%, e um programa de formação regular e transversal a todas as áreas da governação, desde o âmbito local ao internacional, passando pelo patamar nacional”, aberto a todos os cidadãos e “de frequência recomendada a todos os militantes do PSD e obrigatória para todos os candidatos externos do partido, com um sistema de avaliação”.

Um “projeto piloto para testar a consagração do voto eletrónico em eleições internas”, a resolução de problemas na filiação de novos militantes, uma “comunicação digital concertada” ou até um podcast e uma loja com produtos do partido (a ‘PSD store’) estão também entre as propostas deixadas pelos jovens. As eleições diretas no PSD realizam-se em 28 de maio e o Congresso está marcado para entre 1 e 3 de julho, no Porto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.