Comissão Europeia “preparada” para discutir teto ao preço do gás na eletricidade

  • Lusa
  • 5 Outubro 2022

"Preços elevados do gás estão a fazer subir os preços da eletricidade, [pelo que] temos de limitar este impacto inflacionário (...) em toda a Europa", disse Ursula von der Leyen.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, garantiu esta quarta-feira que a instituição está “preparada” para discutir tetos ao preço do gás para produção de eletricidade na União Europeia (UE), naquele que é um “primeiro passo” para reformar o mercado elétrico.

“Os preços elevados do gás estão a fazer subir os preços da eletricidade, [pelo que] temos de limitar este impacto inflacionário do gás na eletricidade em toda a Europa. É por isso que estamos prontos a discutir um limite ao preço do gás que é utilizado para gerar eletricidade”, disse von der Leyen.

Intervindo num debate na sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo, a líder do executivo comunitário apontou que este teto, semelhante ao que existe já em Portugal e Espanha com o mecanismo ibérico, “seria também um primeiro passo no caminho para uma reforma estrutural do mercado da eletricidade”.

“Mas também temos de olhar para os preços do gás para além do mercado da eletricidade” e, por isso, “trabalharemos também em conjunto com os Estados-membros para reduzir os preços do gás e limitar a volatilidade e o impacto da manipulação dos preços pela Rússia”, indicou Ursula von der Leyen, sem concretizar.

A posição surge numa altura em que os Estados-membros — como Itália, França, Espanha e Bélgica — pressionam a Comissão Europeia para intervir no mercado do gás, colocando tetos gerais nos preços, medida que conta porém com a oposição da Alemanha. O executivo comunitário já deveria, inclusive, ter colocado em cima da mesa um documento de trabalho com estes possíveis tetos aos preços do gás (por exemplo, no caso das importações russas), mas isso ainda não aconteceu.

Num documento de trabalho divulgado em 07 de setembro, a Comissão Europeia chegou a sugerir um limite de preços para importações de gás por gasoduto da Rússia para a UE para contornar os “valores extremamente elevados”, mas uma semana depois a comissária europeia da tutela, Kadri Simson, apontou serem “necessários mais estudos” sobre os impactos, nomeadamente em países mais dependentes, como é o caso da Alemanha.

Certo é que, desde meados de junho passado, está em vigor um mecanismo temporário para limitar o preço de gás na produção de eletricidade na Península Ibérica até 2023, orçado em 8,4 mil milhões de euros e dos quais 2,1 mil milhões são referentes a Portugal. Em causa está o mecanismo temporário ibérico para colocar limites ao preço médio do gás na produção de eletricidade, a cerca de 50 euros por Megawatt-hora (MWh), que foi solicitado por Portugal e Espanha em março passado devido à crise energética e à guerra da Ucrânia, que pressionou ainda mais o mercado energético.

“Em março, já oferecemos isto como uma opção. […] A situação tem evoluído de forma crítica desde então e hoje, em comparação com março, mais Estados-membros estão abertos a essa medida e nós estamos mais bem preparados”, elencou Ursula von der Leyen. Para a responsável, “um tal limite para os preços do gás deve ser concebido adequadamente para garantir a segurança do aprovisionamento”.

Assinalando que o atual índice de referência para o gás, o Title Transfer Facility (TTF), “já não é representativo do mercado [europeu], que inclui também o gás natural liquefeito hoje em dia”, Ursula von der Leyen adiantou que um teto ao preço do gás para a luz seria então “uma solução temporária até que se desenvolva um novo índice de preços da UE que garanta um melhor funcionamento do mercado”.

“A Comissão deu o pontapé de saída para o trabalho nesta matéria”, concluiu. As tensões geopolíticas devido à guerra na Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu, desde logo porque a UE depende dos combustíveis fósseis russos, como o gás, e teme cortes no fornecimento este outono e inverno.

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Países da UE chegam a acordo para novo pacote de sanções à Rússia

Oitavo pacote deverá entrar em vigor na quinta-feira como “forte resposta” à anexação de territórios ucranianos.

Os Estados-membros da União Europeia (UE) chegaram esta quarta-feira a acordo político sobre novas sanções à Rússia pela invasão da Ucrânia, um oitavo pacote que deverá entrar em vigor na quinta-feira como “forte resposta” à anexação de territórios ucranianos.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, promulgou esta quarta-feira a anexação à Rússia das regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, de acordo com dois decretos publicados no portal oficial russo de informações jurídicas.

Esta quarta-feira, o fluxo de gás russo entre a Rússia e a Itália através do território austríaco foi restabelecido, depois de vários dias de suspensão devido a recentes alterações regulamentares na Áustria, confirmaram as empresas Gazprom (russa) e ENI (italiana).

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OE2023: Escalões do IRS devem subir entre 3,53% e 4,43%

  • ECO
  • 5 Outubro 2022

Subida acontece em linha com a atualização das pensões e tem como objetivo assegurar a neutralidade fiscal dos acréscimos de rendimento.

A proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), que vai ser apresentada na próxima segunda-feira ao Parlamento, deverá prever um aumento dos escalões de IRS entre os 3,53% e os 4,43%, avança o Jornal de Notícias. Esta subida acontece em linha com a atualização das pensões e tem como objetivo assegurar a neutralidade fiscal dos acréscimos de rendimento.

De acordo com os cálculos feitos por aquele jornal, com base numa subida média de 4%, o primeiro escalão (taxado a 14,5%) poderá ser alargado dos 7.116 euros de rendimento coletável para os 7.400 euros; o segundo escalão (taxa de 23%), a partir dos 7.400 euros e até 10.736 euros, poderá crescer para um teto de 15.824 euros. Isto permite acomodar, de algum modo, os aumentos salariais, evitando perda de rendimentos.

O documento deverá apresentar ainda uma subida dos tetos dos atuais nove níveis de rendimento do imposto. A meta do Governo é que, no privado, as remunerações dos trabalhadores se traduzam numa valorização anual média de 4,8% entre 2023 e 2026. Já o salário mínimo deverá subir de 705 para os 759 euros — um aumento de 7,7%, em linha com a inflação.

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OPEP+ corta produção de petróleo em dois milhões de barris por dia

  • ECO
  • 5 Outubro 2022

Aliança de produtores de petróleo decidiu reduzir a sua produção em dois milhões de barris por dia, o que representa o maior corte desde a pandemia.

A Organização Mundial do Comércio (OMC) reduziu drasticamente a sua previsão de crescimento do comércio mundial em 2023, num contexto de uma economia global sobrecarregada por múltiplos choques, tais como a guerra na Ucrânia e a política monetária restritiva.

A aliança dos produtores de petróleo OPEP+, liderada pela Arábia Saudita e Rússia, decidiu esta quarta-feira, em Viena, reduzir a sua produção em 2 milhões de barris por dia, o que representa o maior corte desde a pandemia.

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Incompatibilidades de ministros devem cessar “imediatamente”, diz Marcelo

  • Lusa
  • 4 Outubro 2022

Se existe uma incompatibilidade há que resolver esse problema "imediatamente", diz o Presidente, que acrescenta que ou deixa "de exercer a função pública" ou a "função privada".

O Presidente da República considerou esta terça-feira, questionado sobre o caso do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que as incompatibilidades com o exercício de cargos governativos devem cessar logo que há a perceção da sua existência.

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas na sede da União das Misericórdias Portuguesas, em Lisboa, afirmou não conhecer e não querer comentar em concreto o caso de Manuel Pizarro, que segundo uma notícia da TVI ainda é sócio-gerente de uma empresa de consultoria na área da saúde.

“Em abstrato é muito simples: se alguém tem uma incompatibilidade que é verdadeiramente incompatibilidade – eu não sei se é verdade, se não – por exercer funções que são incompatíveis com o exercício de uma função pública, qualquer que ela seja, o que deve fazer imediatamente, se o não fez antes, é resolver esse problema. E há duas maneiras de o resolver: uma é deixar de exercer a função pública, outra é deixar de exercer a função privada”, acrescentou o chefe de Estado.

O Presidente da República admitiu que alguém possa tomar posse de um cargo governativo sem se aperceber de uma incompatibilidade com atividades privadas: “Se não o fez antes, logo que tenha a noção de que realmente há incompatibilidade, ou cessa a função pública, ou cessa a função privada”.

Se não houve a perceção antes de que havia incompatibilidade, é simples: desde o momento em que há a perceção, retiram-se as consequências“, reforçou, quando questionado se esta incompatibilidade de Manuel Pizarro não devia ter sido evitada de início. De acordo com a TVI, o ministro da Saúde comunicou por escrito estar “ciente de que o exercício de funções como ministro é incompatível com a integração em corpos sociais de pessoas coletivas de fins lucrativos”.

Assumindo-se como sócio-gerente da empresa Manuel Pizarro – Consultadoria, Lda., o ministro declarou à TVI que o processo de dissolução da mesma “já se iniciou” e “não se encontra ainda concluído por ser necessário proceder à venda de um ativo da empresa”, um imóvel no Porto, cuja escritura “está marcada para os primeiros dias de outubro”.

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Sindicato alerta que enfermeiros perderam 17% do poder de compra em 12 anos

  • Lusa
  • 4 Outubro 2022

A base da carreira especial de enfermagem, em 2010, tinha uma remuneração ilíquida de 1.201 euros e, passados doze anos, aumentou para os 1.216 euros, ou seja, 14 euros.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses lamentou esta terça-feira que a proposta do Governo de aumentos salariais resulte numa “perda de rendimentos”, alertando que esses profissionais de saúde já perderam 17% do poder de compra entre 2010 e 2022.

A proposta apresentada pelo Governo para os aumentos na administração pública mantém a lógica da perda de rendimentos e do poder de compra de todos os trabalhadores, também dos enfermeiros”, adiantou o sindicato (SEP) em comunicado.

De acordo com a estrutura sindical, ainda que os impactos das medidas anunciadas pelo Governo atinjam os 1.200 milhões de euros no próximo ano, prevê-se um “retorno aos cofres do Estado de cerca de metade daquele valor depois da dedução dos impostos”.

Na segunda-feira, a ministra da Presidência disse à Lusa que as medidas de valorização da administração pública, incluindo aumentos salariais, promoções e progressões e a revisão da tabela remuneratória, terão um impacto orçamental de 1.200 milhões de euros em 2023. No final da ronda negocial, Mariana Vieira da Silva adiantou que existe margem para melhorar a proposta de aumentos salariais, admitindo “pequenos acertos”, mas destacou o esforço orçamental que a proposta já contempla.

O Governo propôs aos sindicatos da administração pública aumentos salariais entre 8% e 2%, com garantia de um mínimo de cerca de 52 euros. Na reação a esta proposta, o SEP considerou esta terça “inaceitável” que o Governo proponha aumentos de 2% para trabalhadores com salário bruto acima dos 2.700 euros, “penalizando-os duplamente já que são estes que também mais pagam IRS, face à progressividade deste imposto”.

O sindicato apresentou dados da evolução das remunerações dos enfermeiros entre 2010 e 2022, alegando que, nesses 12 anos, a remuneração base média mensal líquida dos enfermeiros aumentou 95 euros – passando de 1.462 para 1.557 euros –, mas o vencimento base médio ilíquido aumentou, em termos nominais, “apenas um euro”, de 1.075 para 1.076 euros. “Considerando que os preços aumentaram 20,4% entre 2010 e 2022 (inclui a subida de preços de 8% para este ano), a remuneração base média mensal líquida de 2022 (a preços de 2010) é apenas de 889 euros, ou seja, diminuiu 17%”, assegurou o SEP.

De acordo com o SEP, a base da carreira especial de enfermagem, em 2010, tinha uma remuneração ilíquida de 1.201 euros e, passados doze anos, aumentou para os 1.216 euros, ou seja, 14 euros. Quando um dos “problemas do Serviço Nacional de Saúde é a dificuldade na retenção de enfermeiros”, o SEP considera que “este problema vai manter-se com a atual proposta de aumentos salariais do Governo”.

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NFP reinventa duas empresas adquiridas

  • ECO Seguros
  • 4 Outubro 2022

A NFP anuncia a renovação de duas das suas empresas irlandesas - Aiken Insurances e ReSure Corporate Brokers - como parte de uma iniciativa global de reorganização da sua presença.

O grupo global de mediação de seguros NFP anunciou a intenção de reformular duas das suas empresas recém-adquiridas – Aiken Insurances e ReSure Corporate Brokers. Em comunicado, a corretora afirmou que a combinação dos conhecimentos e capacidades das empresas em matéria de seguros comerciais irá simplificar as operações e criar uma solução integrada para os clientes.

Tanto a Aiken Insurances como a ReSure Corporate Brokers serão totalmente renomeadas como NFP até ao final de outubro de 2022. A NFP continuará a operar a partir dos seus escritórios em Dublin.

A renovação da marca das empresas sediadas em Dublin está alinhada com a estratégia a longo prazo da NFP na Europa. A NFP observou que as alterações também a ajudariam a estabelecer ainda mais as suas operações na Irlanda, uma vez que continua a expandir-se por todo o continente.

Até à data, as operações irlandesas da NFP têm colocado com sucesso políticas comerciais para clientes globais que conduzem negócios na Europa.

Matt Pawley, presidente da NFP Europe disse que “a adoção da marca NFP reúne os ativos irlandeses em benefício tanto dos empregados como dos clientes. A equipa da Aiken Insurances e da ReSure Corporate Brokers provaram ser fortes acréscimos à NFP” disse, e irá prosseguir o crescimento sob uma marca unificada.

As operações da NFP na Irlanda estão solidamente posicionadas para apoiar a nossa ambição de expansão por toda a Europa”, disse Pawley. “Estamos a recrutar ativamente profissionais de seguros na Irlanda, e agora é um grande momento para nos juntarmos à equipa NFP. Estamos empenhados em assegurar que o NFP seja um ótimo local para trabalhar e construir uma carreira gratificante“.

 

 

 

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Conceção e Inovação de Produtos nos Seguros é o novo curso da APS

  • ECO Seguros
  • 4 Outubro 2022

A Associação Portuguesa de Seguradores vai realizar o curso Conceção e Inovação de Produtos nos Seguros nas manhãs de 25 a 28 de outubro de 2022. O processo de inscrições está a decorrer.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) abriu as inscrições para a formação digital (com formador online) Conceção e Inovação de Produtos nos Seguros, a ter lugar nas manhãs de 25 a 28 de outubro de 2022.

Em comunicado, a APS explica que “uma das preocupações centrais que acompanhou a transposição da Diretiva da Distribuição de Seguros consistiu na definição de políticas de conceção e aprovação de produtos de seguros por parte das seguradoras”.

O recurso a metodologias de Design Thinking e o desenvolvimento de competências de criatividade e de inovação estratégica aplicadas ao desenho de novos produtos de seguros contribuem de forma eficaz para a implementação dessas políticas.

A formação, de 15 horas no total, é composta por dois módulos principais. O primeiro, Conceção e Aprovação de Produtos, será lecionado na manhã de 25 de outubro e terá uma duração de 4 horas. Será conforme a transposição da Diretiva da Distribuição de Seguro e irá analisar os temas Política de Conceção e Aprovação de Produtos de seguros; Antecedentes: Direito Europeu e Requisitos Legais a Cumprir.

O segundo módulo, Inovar nos Seguros, será lecionado nas manhãs dos dias 26, 27 e 28 de outubro e terá duração total de 11 horas. Centrar-se-á nos temas de Inovação e Design Thinking; Processo de Design Thinking; Inspiração – Entender o Desafio, o Contexto e o Mercado, e encaminha os formandos a preparar a pesquisa, mapear a jornada do cliente, interpretar problemas e oportunidades, as How migth we questions; Ideação – gerar ideias para produto/serviço, priorizar as ideias; Experimentação – criar o protótipo, testar e receber feedback e Implementação – passar das ideias à ação.

Os objetivos da formação passam por dar a conhecer as preocupações quanto à definição de políticas de conceção e aprovação de produtos de seguros, decorrentes da Lei que transpõe a Diretiva da Distribuição de Seguros. Pretende-se ainda dotar os participantes de conhecimentos básicos sobre metodologias de inovação e a sua aplicação aos Seguros. O curso promete ainda uma compreensão do que é o Design Thinking e de que forma pode ser aplicado na criação de novos produtos e fomentar uma cultura de inovação nas empresas, ao abrir espaço para a partilha, para a geração de ideias e para a criação de soluções inovadoras e humanas.

O curso é dirigido a colaboradores do setor segurador com funções ligadas à gestão, desenvolvimento e inovação de produtos.

A formação está a cargo de Teresa Carvalho, jurista e consultora independente especializada em seguros, compliance e proteção de dados e Carmen Almeida, HR Consultant, Employee Experience Designer, Problem Solving Facilitator e Design Thinking Facilitator.

 

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Supervisor quer reforço de medidas de gestão e monitorização

  • Lusa e ECO Seguros
  • 4 Outubro 2022

A presidente da ASF reage aos desafios atuais com um apelo ao reforço das medidas de gestão e monitorização dos riscos no setor segurador.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) defende um reforço das medidas de gestão e monitorização dos riscos pelos operadores do setor devido aos “importantes desafios” levantados pela subida da inflação e dos juros.

“Esta mudança de paradigma a que se assiste em 2022, ainda que, em parte, estruturalmente benéfico para os setores segurador e dos fundos de pensões, nomeadamente pelo afastamento do ambiente de baixas taxas de juro, introduz importantes desafios sobre estes setores”, sustenta a presidente da ASF numa mensagem constante do Relatório do Setor Segurador e dos Fundos de Pensões (RSSFP) relativo a 2021, hoje divulgado pelo supervisor.

Margarida Corrêa de Aguiar destaca “os riscos de desvalorização adicional dos preços dos ativos, com potencial impacto sobre a valorização das carteiras detidas pelas empresas de seguros e pelos fundos de pensões, e sobre a respetiva solvabilidade e níveis de financiamento”.

A presidente aponta “os riscos associados aos menores rendimentos e, consequentemente, à menor capacidade de poupança dos particulares, que tenderá a repercutir-se numa menor geração de novo negócio e, eventualmente, num incremento dos resgates”.

A presidente salienta ainda o “risco de agravamento dos custos com sinistros dos ramos Não Vida mais expostos à inflação de sinistros”. E explica que é “fundamental, para a garantia de um setor segurador e um setor de fundos de pensões resilientes, o reforço, pelos operadores, das suas medidas de gestão e monitorização dos riscos, incluindo a identificação e mitigação das vulnerabilidades específicas e a manutenção de níveis de fundos próprios prudentes e consentâneos com o quadro de incerteza a que se assiste”.

Sobre gestão de riscos, a líder refere os desafios da digitalização que “tem como efeito, entre outros, uma cada vez maior dependência de soluções remotas e digitais nas operações diárias e na relação entre as empresas e os consumidores”.

A presidente aponta que “uma das consequências associadas à aceleração do processo de digitalização é o crescimento dos riscos cibernéticos”, que são uma das principais fontes de riscos operacionais a que as empresas financeiras estão expostas.

Para as seguradoras, os riscos cibernéticos atingem “numa dupla vertente. Por um lado, enquanto operadores do mercado que estão expostos a riscos operacionais, e, por outro lado, enquanto entidades que assumem responsabilidades, através da emissão de contratos de seguro que visam cobrir esses mesmos riscos”.

A ASF diz já ter iniciado, este ano, “um processo de monitorização dos riscos cibernéticos que contempla estas duas vertentes, tendo como objetivo o acompanhamento circunstanciado”.

Margarida Corrêa de Aguiar refere que “a relevância do combate às alterações climáticas e a implementação de medidas de transição para uma economia sustentável e de baixo carbono, que constituem um risco de central importância económica e social e também para a estabilidade financeira”.

“Neste âmbito, o setor segurador e o setor dos fundos de pensões têm um papel relevante a desempenhar, quer por via da canalização de investimentos, quer pelo desenvolvimento de produtos de cobertura dos riscos subjacentes, que permitam ainda a implementação de políticas de subscrição ativas para a mitigação desses riscos pelos tomadores de seguros”, sustenta.

A presidente do regulador nota que os fenómenos climáticos “vieram também expor, ou acentuar, a importância de se identificar e colmatar o protection gap”, referindo-se à insuficiência de cobertura seguradora na proteção de riscos a que as famílias e as empresas se encontram expostas.

“A penetração de seguros em Portugal com coberturas de riscos catastróficos é reconhecidamente baixa, amplificando a vulnerabilidade social e da economia para riscos desta natureza. Adicionalmente, prevê-se um aumento da severidade e da frequência de ocorrência de fenómenos naturais adversos, em resultado das alterações climáticas, o que reforça as preocupações com as limitações na disponibilização de coberturas de seguros ou da sua oferta a tarifas economicamente viáveis”, diz.

A responsável refere que “a resolução dos protection gaps em vários riscos só é possível através de uma resposta abrangente e concertada em termos de políticas públicas, envolvendo não só o setor segurador, mas também o Estado, potenciando a criação de ferramentas e mecanismos de identificação, monitorização, mensuração e de partilha de riscos”.

Segundo o Relatório do Setor Segurador e dos Fundos de Pensões relativo a 2021, a produção global das empresas de seguros em Portugal aumentou 38%, para 12.400 milhões de euros face a 2020, invertendo a quebra dos dois anos anteriores sobretudo impulsionada pelo ramo Vida.

O relatório explica que “esta evolução foi materialmente influenciada pelo comportamento do ramo Vida que, após dois anos consecutivos de quebra, registou, em 2021, um aumento de 73,1%, alcançando um nível de produção próximo do registado em 2018”, numa recuperação “justificada pela captação de um maior volume de investimento/poupança através de produtos de seguros ligados a fundos de investimento (unit linked)”.

Já a produção dos ramos Não Vida “manteve o padrão contínuo de crescimento registado nos últimos anos, com uma variação de 6% em 2021 face ao ano anterior”.

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Montepio vende Finibanco Angola a banco da Nigéria

Depois de falhado o negócio com Mário Palhares, o Banco Montepio tem agora um acordo para vender o Finibanco Angola ao nigeriano Access Bank, sem revelar ainda o impacto da transação.

O Banco Montepio chegou a um acordo para vender o Finibanco Angola ao Access Bank, da Nigéria, confirmando o nome já avançado pelo ECO em junho, isto depois de falhado o negócio com Mário Palhares.

Sem revelar ainda o impacto do negócio nas suas contas, enquanto aguarda pelo aval dos reguladores e pelo desfecho do processo, o banco português adianta apenas que o valor da venda terá como referência a proporção que lhe é atribuível nos capitais próprios do Finibanco Angola, os quais totalizavam os 70 milhões de euros, e “os ajustamentos que vierem a ser apurados no âmbito de uma auditoria” que estará concluída no segundo trimestre de 2023.

Mas qual é a participação que o Banco Montepio detém no Finibanco Angola? Há dois valores divergentes atribuídos ao Montepio, uma situação que o banco liderado por Pedro Leitão terá de resolver.

Nas contas de 2021, a instituição angolana revelava que o Montepio, através da sociedade Montepio Holding, detinha apenas 51% das ações, enquanto Mário Palhares, dono do BNI e ex-vice-presidente do BNA, era detentor de 35%, estando o restante capital distribuído por um conjunto de cinco acionistas, incluindo Francisco Simão Júnior, João Avelino dos Santos e a Iberpartners.

Por seu turno, o Montepio diz ser dono de mais de 80%, depois de ter passado a consolidar novamente o Finibanco Angola no ano passado, quando deixou de ser considerado um ativo em descontinuação para efeitos contabilísticos.

A confusão na estrutura acionista do Finibanco Angola surge na sequência do processo de tentativa de venda da instituição iniciado em 2015, quando o então presidente do Montepio, Tomás Correia, anunciou um acordo para vender cerca de 30,57% da instituição angolana a “parceiros locais” por 26,3 milhões de dólares (cerca de 22 milhões de euros). Ficou então decidido que os compradores pagariam depois, embora ficassem imediatamente com “os direitos associados à detenção das ações ficaram na posse do grupo, incluindo o direito de voto e o direito ao dividendo”.

Contudo, a transação acabou por não ser bem-sucedida. A mutualista acabou por receber apenas cerca de 1,2 milhões dos 26 milhões até 2020, por cerca de 1,35% das ações do Finibanco Angola.

O Finibanco Angola entrou no grupo Montepio em 2010, aquando da aquisição do Finibanco por 350 milhões de euros, 100 milhões acima do valor de mercado.

Em comunicado enviado esta terça-feira ao mercado, o Banco Montepio diz que, não sendo possível “estimar com exatidão o impacto em resultados”, espera que a transação venha a ter um efeito no rácio de capital total “tendencialmente neutro a positivo, compreendido entre 1 a 18 pontos base, que será reconhecido no final do processo”. Acrescenta que o desreconhecimento contabilístico da participação financeira no Finibanco Angola se deverá a verificar no segundo trimestre de 2023.

O banco tem em curso um profundo plano de reestruturação, que abrange a saída de centenas de trabalhadores e a reformulação de alguns negócios, como a saída de Angola e a absorção do Banco Empresas Montepio.

Sobre o Access Bank, o Montepio adianta que se trata de “um banco comercial com sede em Lagos, na Nigéria, com uma expressiva presença no continente africano”.

(Notícia atualizada às 20h46)

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ANA diz que reduziu taxas nos aeroportos na pandemia e devolveu este ano 13 milhões

  • Lusa
  • 4 Outubro 2022

"Um aumento de médio de 10,81% que seguem genericamente o aumento da taxa de inflação e as regras estabelecidas pelo Contrato de Concessão com o Estado Português”, indica a ANA.

A ANA disse esta terça-feira que fez “reduções substanciais” nas taxas aeroportuárias durante a pandemia, tendo devolvido este ano 13 milhões de euros às companhias aéreas, numa altura em que propôs um aumento de 10,81% para 2023.

Numa nota, no mesmo dia em que a TAP criticou o aumento das taxas, a ANA – Aeroportos de Portugal confirmou que “apresentou uma proposta de atualização das taxas aeroportuárias reguladas com data de entrada em vigar a 01 de fevereiro de 2023, seguindo o novo modelo previsto no contrato de concessão para o período 2023 até ao final da concessão”.

De acordo com a concessionária, “ao abrigo do modelo, que vigorou nos primeiros 10 anos da concessão, a ANA fez reduções substanciais das taxas praticadas durante o período da covid que resultaram na devolução de um valor total de cerca de 54 milhões de euros aos seus clientes em 2020 e 2021”. Além disso, refere, “a ANA devolveu mais de 13 milhões de euros às companhias aéreas referente a acertos da receita cobrada em 2021, nomeadamente em Lisboa e em Faro”.

Assim, destacou a gestora dos aeroportos, “durante o período pandémico as medidas tomadas pela ANA” resultaram na redução de 26% em Lisboa, de 18% no aeroporto do Porto e de 45% em Faro. Na mesma nota, a empresa referiu que “os valores propostos para 2023 apresentam acréscimos por passageiro de 0,35 euros nos Açores, 0,79 euros na Madeira, 0,81 euros no Porto, 0,80 euros em Faro e 1,53 euros em Lisboa”, adiantando que “a proposta representa um aumento de médio de 10,81% que seguem genericamente o aumento da taxa de inflação e as regras estabelecidas pelo Contrato de Concessão com o Estado Português”.

A concessionária garantiu ainda que “as taxas propostas para 2023 estão em linha com o benchmark internacional em aeroportos comparáveis”. De acordo com a concessionária, “este ano, a ANA introduziu uma modulação das taxas em todos os aeroportos para promover a utilização, pelas companhias, de aeronaves menos ruidosas, seguindo a metodologia mais recente utilizada em vários aeroportos internacionais”, acrescentando que “as companhias com frotas mais eficazes ao nível ambiental pagarão menos do que as companhias que apresentem aeronaves mais ruidosas” e que “esta taxa de ruído é neutra em termos de receitas para a ANA”.

A gestora disse ainda que “esta proposta será agora sujeita a consulta e terá de ser aprovada pela ANAC [Autoridade Nacional da Aviação Civil]”. A TAP criticou hoje a intenção da ANA de aumentar as taxas aeroportuárias em 2023, defendendo que a iniciativa seria “desproporcionada”, tendo em conta a falta de investimento nas infraestruturas.

Em comunicado, a transportadora disse que “está bastante preocupada com a anunciada intenção de aumentar as taxas aeroportuárias revelada pelo concessionário dos principais aeroportos portugueses”. A TAP garantiu que “esta medida seria desproporcionada, dada a ausência de investimentos significativos nos aeroportos portugueses nos últimos anos e as ineficiências e constrangimentos recorrentes, que afetam em particular o nível de serviço prestado às companhias aéreas e a todos os passageiros que utilizam o aeroporto de Lisboa”.

“Caso estes aumentos se concretizassem, somados ao forte aumento do preço dos combustíveis, significariam um aumento dos custos das companhias aéreas com impacto nos preços das viagens para os residentes em Portugal, assim como reduziriam a competitividade de Portugal como destino turístico”, alertou a TAP.

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KLM aumenta oferta para 163 destinos no inverno

  • Lusa
  • 4 Outubro 2022

A companhia aérea afirma que a partir de Portugal se registará um acréscimo nas frequências superior a 30% face ao mesmo período de 2019.

A KLM vai aumentar a oferta para 163 destinos, 92 europeus e 71 intercontinentais, entre 28 de outubro de 2022 e 25 de março de 2023, foi anunciado esta terça-feira.

Em comunicado, a KLM afirma que a partir de Portugal se registará um acréscimo nas frequências superior a 30% face ao mesmo período de 2019 (pré-pandemia).

Os novos destinos da KLM para o programa de inverno via hub da companhia em Amesterdão-Schiphol são Nantes, em França, Rovaniemi, na Finlândia, Aarhus, na Dinamarca, e Katowice, na Polónia.

“Este inverno, a KLM também vai continuar a operar os voos para Austin (Texas) nos EUA, que foram introduzidos no verão”, refere o comunicado, adiantando que, “face a 2019, a KLM vai oferecer mais lugares nos voos para a América do Norte”.

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