Tribunal de Contas considera que injeção na TAP não se destina a produzir retorno financeiro

O Tribunal de Contas afirma no Parecer sobre a Conta Geral do Estado que a injeção de capital na TAP deveria ter sido contabilizada como despesa efetiva e não como ativo financeiro.

O Tribunal de Contas afirma no Parecer da Conta Geral do Estado de 2021 que o aumento de capital da TAP deveria ser contabilizado como despesa efetiva e não como ativo financeiro, porque a operação não se destina a produzir retorno financeiro.

O relatório identifica omissões e erros materialmente relevantes, que levam o Tribunal de Contas a deixar uma série de reservas e ênfases à Conta Geral do Estado de 2021. Uma dessas ênfases aponta a classificação “de ativos financeiros, sem expressão na despesa efetiva mas com um impacto significativo na dívida, que visam prosseguir essencialmente objetivos sociais e de política pública e não se destinam a produzir retorno financeiro”. A entidade destaca como exemplo o aumento de capital da TAP SA, no valor de 998 milhões de euros.

Mesmo a fechar o ano passado, a assembleia geral da TAP aprovou um aumento de capital da transportadora aérea, com a injeção de 536 milhões de euros pelo Tesouro e a conversão em capital de um financiamento público de 1.200 milhões. Em resultado da operação, a companhia passou a ser detida a 100% pelo Estado. O valor injetado na companhia em 2021 passou a somar 998 milhões de euros, soma que o Tribunal de Contas considera que devia ser contabilizada como despesa efetiva e não como investimento financeiro.

O primeiro-ministro anunciou, na semana passada, durante um debate no Parlamento, que o Governo tem planeada a reprivatização da TAP nos próximos 12 meses. Questionado por Carlos Guimarães Pinto, deputado da Iniciativa Liberal, sobre se o Estado iria perder dinheiro com a operação, António Costa respondeu que “só se fosse irresponsável” é que poderia dar essa garantia, mas que esperava “que não”.

O Tribunal de Contas (TdC) contesta também a contabilização integral da injeção de 998 milhões como medidas relacionadas com a pandemia. “No que se refere ao aumento de capital da TAP SA, apenas 640 milhões de euros devem ser considerados como despesas covid-19, que foi o valor aceite pela Comissão Europeia a título de compensações à TAP por prejuízos resultantes das restrições à circulação de passageiros entre 19/03/2020 e 30/06/20213″.

A Direção Geral do Orçamento contestou esta interpretação, alegando que “o plano de reestruturação da TAP (…) decorre do agravamento da situação financeira da empresa, devido dos impactos da pandemia (…) sem a qual não teria existido o plano de reestruturação e a correspondente injeção de capital”.

O TdC observa, no entanto, que a parcela sobrante, de 358 milhões, consta no plano como “compensação pelo desreconhecimento nas contas da TAP SA de dívida da TAP, SGPS constituída até 2015, valor que também a Comissão Europeia distingue das compensações relativas à COVID-19”.

O plano de reestruturação da TAP aprovado por Bruxelas prevê uma injeção de até 3,2 mil milhões de euros pelo Estado. A última tranche, de 990 milhões, entrará na companhia aérea até ao final do ano.

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TAP está contra proposta de aumento de taxas aeroportuárias da ANA

  • Lusa
  • 4 Outubro 2022

Companhia aérea considera desproporcionada a proposta de aumento de taxas aeroportuárias pela ANA, dada a ausência de investimentos significativos nas infraestruturas.

A TAP criticou hoje a intenção da ANA – Aeroportos de Portugal de aumentar as taxas aeroportuárias, defendendo que a iniciativa seria “desproporcionada”, tendo em conta a falta de investimento nas infraestruturas.

Em comunicado, a transportadora disse que “está bastante preocupada com a anunciada intenção de aumentar as taxas aeroportuárias revelada pelo concessionário dos principais aeroportos portugueses”.

A TAP garantiu que “esta medida seria desproporcionada, dada a ausência de investimentos significativos nos aeroportos portugueses nos últimos anos e as ineficiências e constrangimentos recorrentes, que afetam em particular o nível de serviço prestado às companhias aéreas e a todos os passageiros que utilizam o aeroporto de Lisboa”.

De acordo com a transportadora “os valores propostos pela ANA Aeroportos para entrar em vigor a 1 de janeiro de 2023 representariam aumentos por passageiro de 35 cêntimos nos Açores, 79 cêntimos na Madeira, 80 cêntimos em Faro, 81 cêntimos no Porto e 1,53 euros em Lisboa”.

“Caso estes aumentos se concretizassem, somados ao forte aumento do preço dos combustíveis, significariam um aumento dos custos das companhias aéreas com impacto nos preços das viagens para os residentes em Portugal, assim como reduziriam a competitividade de Portugal como destino turístico”, alertou a TAP.

Segundo a companhia, os aumentos “contribuiriam também para agravar a situação económica da TAP Air Portugal, principal cliente dos aeroportos nacionais, dos passageiros aéreos em geral e dos passageiros portugueses em particular, especialmente os que vivem nas regiões autónomas”.

A TAP considera que “mesmo antes destes aumentos, as taxas cobradas aos passageiros dos voos domésticos entre aeroportos portugueses ou com escala no hub de Lisboa são já significativamente mais elevadas do que as cobradas nos aeroportos e ‘hubs’ das principais companhias aéreas europeias” concorrentes da transportadora, alertando que “também as taxas aeroportuárias cobradas aos passageiros que viajam da Europa para o Brasil, Estados Unidos ou África são já significativamente mais elevadas em Portugal do que as cobradas aos passageiros que fazem escala nos principais ‘hubs’ europeus”.

A companhia referiu que “será parte ativa no processo de consulta lançado pela ANA Aeroportos e informará a ANAC [Autoridade Nacional da Aviação Civil] e outras autoridades competentes da sua oposição determinada a estes aumentos das taxas aeroportuárias em Portugal e da necessidade de encontrar uma abordagem diferente em relação às taxas aeroportuárias que possa funcionar como fator competitivo para a economia portuguesa”.

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+M

Delta Q “desafia a gravidade” com nova máquina de café

  • + M
  • 4 Outubro 2022

A marca arranca esta terça-feira com uma campanha multimeios para comunicar a nova imagem e um posicionamento Expressialista.

“Hoje o futuro ganha um novo sentido. Apresentamos uma das maiores inovações da história da Delta mantendo o nosso compromisso de proporcionar uma experiência superior de consumo e desafiando o mercado com uma novidade revolucionária para as casas dos portugueses. Esta é a grande inovação Delta Q depois da cápsula e com ela queremos virar o mundo ao contrário”, afirma Rui Miguel Nabeiro, CEO do Grupo Nabeiro, sobre a RISE, nova máquina de café apresentada esta terça-feira pela Delta que incorpora um sistema de extração de café invertido.

“Uma inovação tecnológica mundial da Delta que desafia a gravidade e dá um novo sentido à experiência de consumo de um café expresso Perfeitamente ao contrário”, explica a marca.

O sistema RISE – Reverse Injection System Experience, que resulta de um trabalho de investigação e desenvolvimento tecnológico, onde se incluem cerca de 20 patentes, chega ao mercado nacional incorporado numa nova máquina Delta Q desenhada criador francês Philippe Starck. “O novo RISE Delta Q with Starck é um milagre tecnológico, uma máquina revolucionária de café que desafia a gravidade. De baixo para cima, quando o café da manhã já não está sujeito à gravidade, é possível começar a sonhar com a vida e o futuro”, diz Philippe Starck, citado em comunicado.

A ideia nasceu no Centro de Inovação do Grupo Nabeiro – a Diverge – e foi “provocada pela procura constante de novas experiências de consumo de café. Todo o sistema de extração de café foi redesenhado e reconstruído, sendo único nesta indústria. Esta forma disruptiva de extração reforça o lado inovador de Delta Q”, prossegue a empresa.

Hoje foi também o dia escolhido pela Delta Q para o arranque de uma campanha multimeios, assinada pela Label, para comunicar a nova imagem e um posicionamento Expressialista. “O Expresso feito com perfeição”, que reflete um conhecimento de marca sobre cada detalhe do café, desde a baga até à chávena mas também toda a paixão pela arte do café, é a nova assinatura da marca.

 

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Espanha mantém atualização das pensões segundo inflação em 2023

  • Lusa
  • 4 Outubro 2022

O governo espanhol estima que a atualização das pensões ronde os 8,5%, o que se traduzirá num aumento de 11,4% nas verbas destinadas ao pagamento de pensões e reformas em 2023.

Espanha vai manter o aumento das pensões indexado à inflação em 2023, confirmou esta terça-feira a ministra espanhola das Finanças, María Jesús Montero, no dia em que o executivo aprovou a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano. O Conselho de Ministros espanhol aprovou uma proposta de Orçamento do Estado para 2023 com um teto de gasto de 198.211 milhões de euros, mais 1,1% do que o destinado a este ano, e o valor mais alto de sempre, como já havia sido anunciado em julho.

Na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros, María Jesus Montero disse que Espanha vai aumentar as pensões em 2023 em função da inflação, tal como prevê a legislação espanhola. O valor final da atualização das pensões depende da inflação de novembro, porque resulta de um cálculo médio, mas a ministra estimou que ronde os 8,5%, o que se traduzirá num aumento de 11,4% nas verbas destinadas ao pagamento de pensões e reformas em 2023.

A proposta de orçamento do Estado para 2023 foi aprovada pelo Conselho de Ministros e resultou de um acordo fechado durante a última madrugada entre os dois partidos na coligação de governo, o socialista (PSOE) e a Unidas Podemos (extrema-esquerda). O documento inclui um aumento de 25% da despesa na área da Defesa, para cumprir metas assumidas no seio da NATO, a que a Unidas Podemos colocava obstáculos.

Por outro lado, há medidas de “despesa social” para responder à inflação, como acontece com a atualização das pensões, extensão da gratuitidade de alguns transportes públicos e outros apoios a famílias e desempregados. A acompanhar o aumento da despesa, há também um aumento das receitas estimadas de 7,7%, com o qual o executivo espanhol espera manter os objetivos para o défice público: 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023, menos 1,1 pontos do que o previsto para este ano. A previsão do executivo espanhol de crescimento do PIB para 2023 é 2,1%, menos seis décimas do que havia estimado em julho.

O Governo espanhol anunciou na quinta-feira um pacote fiscal que incluiu reduções no IRS para rendimentos baixos e médios e um imposto novo temporário sobre as grandes fortunas. As reduções no imposto sobre o rendimento singular (o IRS, que na sigla em espanhol é IRPF) vão abranger os contribuintes que ganham até 21.000 euros brutos anuais, o valor do rendimento médio em Espanha.

Em paralelo, haverá um agravamento do IRS sobre as mais valias e outros ganhos resultantes de investimentos, ações ou dividendos quando forem superiores a 200.000 euros anuais. A nível das empresas, haverá redução de impostos para as mais pequenas, as que faturam menos de um milhão de euros por ano, o que o Governo espanhol prevê que abranja cerca de 400.000.

Por outro lado, confirma-se a criação de um novo “imposto de solidariedade” sobre as grandes fortunas, superiores a três milhões de euros, durante dois anos, em 2023 e 2024, que o executivo espanhol justifica com a necessidade de financiamento da resposta à crise gerada pela guerra na Ucrânia e a inflação.

O imposto sobre as grandes fortunas junta-se a outros também extraordinários já anunciados anteriormente, para taxar, durante dois anos, a banca e as empresas do setor da energia, com o mesmo fim de financiar medidas para responder à crise atual. A nível do consumo, o pacote prevê a descida do IVA dos produtos de higiene feminina, de 10% para 4%.

Entre as subidas e descidas de impostos, o Governo espanhol estima uma receita líquida positiva para o Estado de 3.114 milhões de euros nos próximos dois anos, que considera resultar de “um modelo mais justo” de distribuição de esforço financeiro pelo conjunto da sociedade. Este será o último orçamento da legislatura do atual governo espanhol e é também o terceiro consecutivo com aumento da despesa.

A proposta de orçamento vai ser agora entregue nas Cortes espanholas (Congresso de Deputados e Senado) para debate, negociação e votação. Os partidos da direita (Partido Popular, Cidadãos e Vox) já rejeitaram a proposta e possibilidades de negociação.

PSOE e Unidas Podemos não contam com maioria absoluta nas Cortes, mas partidos mais pequenos, que viabilizaram orçamentos anteriores e a própria tomada de posse do Governo, já manifestaram abertura para negociar. Este é o último orçamento da atual legislatura em Espanha, que tem eleições nacionais previstas para o final de 2023.

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EDP paga 3,875% por 500 milhões em green bonds

  • ECO
  • 4 Outubro 2022

A EDP obteve 500 milhões de euros através de dívida verde a vencer em março de 2030, pela qual vai pagar uma taxa de juro de 3,875%.

A EDP obteve 500 milhões de euros através de dívida verde a vencer em março de 2030, pela qual vai pagar uma taxa de juro de 3,875%, informa a empresa liderada por Miguel Stilwell d’Andrade em comunicado enviado à CMVM.

A EDP Finance BV fixou hoje [terça-feira, dia 4 de outubro] o preço de uma emissão de títulos representativos de dívida (“notes”) no montante de €500.000.000 com vencimento em março de 2030 e cupão de 3.875%” lê-se.

Esta emissão tem como objetivo o “financiamento ou refinanciamento, no todo ou em parte, do portfólio de projetos “Green” elegíveis do grupo EDP, que consiste em projetos renováveis, tal como definido no “Green Finance Framework” da EDP, disponível no website da empresa”, acrescenta a nota de imprensa.

Esta operação acontece um dia depois de a elétrica portuguesa ter emitido 500 milhões de dólares (cerca de 510 milhões de euros à taxa de câmbio atual) em dívida verde com maturidade em outubro de 2027 e uma taxa de juro de 6,3%, tal como consta no comunicado ao mercado, na segunda-feira.

(Notícia atualizada pela última vez às 19h07)

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Alemanha rejeita pedido milionário da Polónia de reparações de guerra

  • Lusa
  • 4 Outubro 2022

Baerbock disse em Varsóvia que a questão monetária está encerrada e que a Alemanha terá de enfrentar o “dever perpétuo” de recordar o sofrimento que infligiu à Polónia.

A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, rejeitou proceder ao pagamento do pedido feito na segunda-feira pela Polónia de reparações multimilionárias pelos danos sofridos às mãos da Alemanha nazi durante a Segunda Guerra Mundial.

Baerbock, de visita a Varsóvia para participar numa conferência sobre segurança, sublinhou que a questão monetária está encerrada e que a Alemanha terá de enfrentar o “dever perpétuo” de recordar o sofrimento que infligiu à Polónia em meados do século passado, durante o segundo conflito à escala mundial (1939-1945).

“A Alemanha mantém a sua responsabilidade histórica sem nenhuma atenuante”, declarou a MNE alemã, salientando a vergonha que Berlim sente pela “desumana campanha de opressão” e de “pura aniquilação” que o regime nazi impôs ao país vizinho. “É percetível quão presente está essa dor até hoje, não só entre os que têm 90 anos, como também entre os de nove, porque a dor se herda de geração em geração”, disse Baerbock ao seu homólogo polaco, Zbigniew Rau.

O Governo da Polónia reiterou na segunda-feira os seus pedidos à Alemanha de reparações pelos danos sofridos durante a Segunda Guerra Mundial e assinou uma nota diplomática que já vai a caminho de Berlim, na qual solicita uma “compensação por danos materiais e imateriais causados ao Estado polaco”.

Embora o chefe da diplomacia polaco não tenha revelado o montante exato pedido, o Governo de Varsóvia apresentou a 1 de setembro, no 83.º aniversário do início da guerra, um extenso relatório estimando que os danos económicos causados pela Alemanha nazi ao país correspondam atualmente a 6,2 biliões de zlótis (1,3 biliões de euros).

A divulgação do relatório esteve no centro das cerimónias nacionais para assinalar o aniversário do início da guerra, que começou a 1 de setembro de 1939, com o bombardeamento e a invasão da Polónia pela Alemanha nazi, a que se seguiram cinco anos de ocupação que causaram a morte de seis milhões de pessoas, incluindo três milhões de judeus.

Berlim considera o assunto encerrado e argumenta que a compensação foi paga às nações do Bloco de Leste nos anos após a guerra, ao passo que os territórios que a Polónia perdeu no leste, quando as fronteiras foram redesenhadas, foram compensados com alguns dos territórios que pertenciam à Alemanha antes da guerra. Mas o Governo da Polónia rejeita uma declaração de 1953, feita pelos então líderes comunistas do país, sob pressão da União Soviética, concordando em não fazer mais reivindicações à Alemanha.

Segundo Rau, a nota enviada na segunda-feira a Berlim expressa o seu ponto de vista de que os dois lados devem agir “sem demora” relativamente aos efeitos da ocupação alemã de 1939-1945 de uma “forma duradoura e complexa, além de jurídica e materialmente vinculativa”.

Isso inclui reparações monetárias alemãs, além da devolução de obras de arte, arquivos e depósitos bancários saqueados, precisou o MNE polaco, considerando que Berlim devia também esforçar-se por informar a sociedade alemã da “verdadeira” dimensão da guerra e dos respetivos desastrosos efeitos na Polónia.

Varsóvia afirma que o pagamento de reparações fortaleceria as relações bilaterais, fazendo-as assentar na verdade e na justiça, além de encerrar dolorosos capítulos do passado. O Governo polaco argumenta ainda que o país foi a primeira vítima da guerra e nunca foi totalmente compensado pela vizinha Alemanha, que agora é um dos seus principais parceiros na União Europeia.

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Nova Expressão de Pedro Baltazar reforça na Inapa para 10%

Grupo especializado na distribuição de papel, que emprega 1.600 pessoas e lucrou 16 milhões no semestre, tem como outros acionistas qualificados a sociedade estatal Parpública, o BCP e o Novobanco.

A Nova Expressão notificou a Inapa sobre a aquisição em bolsa de 4.230 ações deste grupo especializado na distribuição de papel. A transação foi realizada a 30 de setembro, de acordo com a informação prestada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“Em conjunto com as ações que já detém, perfaz um total de 52.622.600 ações, que correspondem à constituição de uma participação qualificada, representativa de 10% dos direitos de voto da sociedade”, detalha o comunicado do grupo liderado desde 2015 por Diogo Rezende.

A holding liderada por Pedro Baltazar já era um dos maiores acionistas qualificados da Inapa – a par da sociedade estatal Parpública, do BCP e do Novobanco –, que no primeiro semestre deste ano passou de prejuízos para lucros de 16 milhões. Soma presença em dez mercados, com o grosso das vendas na Alemanha (quota superior a 60%) e em França (27%).

Portugal pesa menos de 5% na faturação do grupo e garante cerca de 200 empregos – num total de 1.600 colaboradores a nível global –, com destaque para o centro de serviços partilhados na área tecnológica e financeira, cujo efetivo cresceu 40% nos últimos três anos, como referiu, em entrevista recente ao ECO, o presidente executivo, que sucedeu no cargo a José Félix Morgado.

Diogo Rezende adiantou ainda que o grupo está a analisar a compra de empresas nos setores das embalagens e da comunicação visual, sobretudo fora de Portugal, que permitam “criar valor através do alargamento quer da presença geográfica, quer do portefólio de produtos”. Uma área de atividade em crescimento (ao contrário do que acontece no papel), mais fragmentada e onde o gestor antevê “mais oportunidades” de consolidação.

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Operadora Oi nega incumprimento de contrato sobre venda de ativos no Brasil

  • Lusa
  • 4 Outubro 2022

A operadora brasileira Oi frisa que "não houve qualquer incumprimento do Contrato de Compra e Venda" na venda dos seus ativos.

A operadora brasileira Oi informou esta terça-feira que não recebeu comunicação sobre o pedido de instauração da arbitragem imposto pela TIM, Claro e Vivo e negou incumprimento do contrato de compra e venda dos seus ativos.

A Oi informa que ainda não recebeu comunicação da Câmara de Arbitragem do Mercado sobre o pedido de instauração da arbitragem e frisa que não houve qualquer incumprimento do Contrato de Compra e Venda de sua parte”, lê-se num facto relevante da Oi divulgado pela Pharol na Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) de Portugal.

“Previamente ao recebimento da notificação acima referida, a Oi apontou o incumprimento contratual por parte das Compradoras e, na forma do Contrato, tomou as medidas necessárias à preservação de seus direitos, requerendo, em sede cautelar, o depósito do valor retido, enquanto se julga a questão do mérito”, acrescentou.

Na segunda-feira, as operadoras brasileiras TIM, Vivo e Claro iniciaram procedimento arbitral contra a Oi pelo que consideram ser incumprimento do contrato assinado em janeiro de 2021 de venda dos ativos de comunicações móveis da Oi às suas três principais concorrentes. As empresas alegam discordâncias encontradas no contrato de venda dos seus ativos móveis assinado em abril deste ano.

No facto relevante divulgado pela Pharol, a Oi afirma que “o juízo da 7.ª Vara Empresarial da comarca da capital do estado do Rio de Janeiro deferiu o pedido cautelar requerido pela Oi, determinando a intimação das Compradoras para o depósito, no prazo de 48h”, no valor de 1,5 mil milhões de reais (cerca de 290 milhões de euros).

“O juízo da recuperação Judicial também determinou a imediata instauração de procedimento de mediação, com vista à tentativa de composição amigável do litígio entre a Oi e as compradoras, a ser realizada e concluída no prazo de até 60 dias”, diz o mesmo documento.

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Anacom ainda não foi notificada sobre compra da dona da Nowo pela Vodafone Portugal

  • Lusa
  • 4 Outubro 2022

Quatro dias depois da Vodafone ter anunciado a compra da dona da Nowo, o regulador do setor ainda não foi notificado.

A Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) ainda não foi notificada sobre o acordo de compra da Cabonitel, dona da Nowo, pela Vodafone Portugal, disse esta terça-feira à Lusa fonte oficial do regulador. Na sexta-feira, a Vodafone Portugal anunciou que tinha celebrado um acordo para a compra da Cabonitel, que detém a Nowo, numa operação que deverá estar concluída na primeira metade do próximo ano.

Questionada pela Lusa se tinha sido notificada desta operação, a Anacom disse que ainda não foi notificada. A Vodafone Portugal “celebrou com a Llorca JVCO Limited, acionista da Másmóvil Ibercom, S.A., um acordo para a compra da empresa Cabonitel S.A., detentora da Nowo Communications, o qual se encontra sujeito à necessária aprovação regulatória”, adiantou a operadora, em comunicado na semana passada.

A Nowo é o quarto maior operador convergente em Portugal, com cerca de 250 mil subscritores do serviço móvel e 140 mil clientes do acesso fixo (televisão paga e banda larga) em aproximadamente um milhão de casas cobertas com a sua infraestrutura de comunicações, segundo a empresa.

A Vodafone, que não divulgou o valor envolvido na aquisição, destacou ainda que a aquisição da operação da Nowo “vem reforçar a sua competitividade no mercado, dotando-a de maior escala e de maior cobertura, com benefícios para os atuais e para os futuros clientes, bem como para o setor”, acrescentando que “cria ainda as condições para investimentos mais eficientes em redes de conectividade de elevado débito, bem como no desenvolvimento de produtos e serviços inovadores”.

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Andrea Andrade é a nova diretora de compliance do Banco Português de Fomento

No Site do banco, a Bolsa de emprego apresenta esta terça-feira 12 ofertas de emprego: nove no Porto e três que tanto podem ser desempenhados no Invicta como em Lisboa.

Andrea Andrade é a nova diretora de compliance do Banco Português de Fomento, apurou o ECO junto de várias fontes. Depois de João Martins ter pedido a demissão do cargo, no início de junho, tal como o ECO avançou, agora é a vice-diretora da IM Gestão de Ativos que passa a ser responsável por garantir que o banco segue a legislação em vigor.

O anúncio inicial de candidaturas para o diretor de conformidade explica que as funções passavam pela prevenção de branqueamento de capitais, coordenação da conformidade regulatória, acompanhando as alterações legislativas ou regulamentares e as orientações dos órgãos de supervisão, aconselhando os órgãos de administração e fiscalização em matéria de cumprimento regulamentar. Além disso, é-lhe pedido que faça a identificação e mapeamento dos riscos de conformidade, bem como dos procedimentos e controlos implementados.

Era pedida uma pessoa com, pelo menos, cinco anos de experiência, “excelente capacidade de análise e interpretação da legislação”, “capacidade de liderança, coordenação e de trabalho em equipa” e “forte sentido crítico e de responsabilidade”.

O ECO pediu a confirmação oficial desta informação ao Banco Português de Fomento, mas não obteve resposta até à publicação deste artigo.

A instituição ainda liderada por Beatriz Freitas tem atravessado um período de grande renovação de quadros, com saídas constantes de colaboradores das diversas equipas. Aliás, no site o banco a Bolsa de emprego, apresenta esta terça-feira 12 ofertas de emprego: nove no Porto e três que tanto podem ser desempenhados no Invicta como em Lisboa (técnico de auditoria interna, gestor de capital e controller de fundos sob gestão).

Para se ter uma ideia da rotatividade dos quadros de pessoal, a posição de controller de fundos sob gestão não estava disponível a 23 de setembro, data em que o ECO consultou a bolsa de emprego do banco.

A disparidade salarial entre os novos colaboradores e os que foram integrados no banco a partir da fusão da PME Investimento e da IFD por incorporação da SPGM ajuda a explicar as saídas, já que as novas contratações são feitas “ao valor de mercado”, como explicou ao ECO uma fonte. Por outro lado, a instabilidade no banco também não ajuda à fixação de quadros.

A CEO Beatriz Freitas está de saída. O ministro da Economia, António Costa Silva avançou no Parlamento, a semana, passada, que apenas aguardava luz verde do Banco de Portugal no processo de fit and proper relativamente aos novos nomes da nova equipa para que esta tomasse posse.

Em causa está a chairman Celeste Hagaton, a presidente executiva Ana Carvalho e um terceiro elemento para substituir Susana Berardo, a diretora de risco que não vai renovar o mandato. “Assim que o processo estiver concluído, a nova administração entrará em funções e estará mais perto do tecido empresarial, vai rever mecanismo como o time to market, ou seja minimizar o tempo entre o anúncio das medidas e o momento em que estas chegam ao terreno”, sublinhou o ministro da Economia.

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Líder da Shell admite que governos taxem mais as energéticas

  • Lusa
  • 4 Outubro 2022

"De uma forma ou de outra é preciso uma intervenção governamental que se traduza [...] na proteção dos mais pobres", disse Ben van Beurden.

O líder da Shell, Ben van Beurden, considerou esta terça-feira que os governos vão provavelmente taxar mais as empresas de energia para proteger os mais pobres numa altura de crise energética. “Não podemos ter um mercado que se comporta desta maneira […] que inflige danos a uma parte importante da sociedade”, afirmou, na sessão de perguntas e respostas de uma conferência sobre energia (Energy Intelligence Forum), que decorre em Londres.

De uma forma ou de outra é preciso uma intervenção governamental que se traduza […] na proteção dos mais pobres e isso provavelmente quer dizer que os governos devem taxar mais as pessoas que estão nesta sala para que paguem [essa proteção], afirmou perante uma assistência de executivos e dirigentes de empresas energéticas.

“Creio que devemos aceitar essa realidade social”, insistiu, para depois acrescentar que “isso pode ser feito de forma inteligente ou não”. As declarações de Ben van Beurden foram feitas numa altura em que se discute uma taxa adicional para as empresas de energia que têm registado um aumento dos seus lucros, após o início da guerra na Ucrânia, que levou a um aumento dos preços do petróleo e do gás nos últimos meses.

O presidente executivo da Shell, que anunciou que vai deixar as suas funções no fim deste ano, manifestou dúvidas quanto à ideia de se impor um valor limite ao preço do petróleo russo, uma iniciativa que os países do G7 defendem com o argumento de impedir que Moscovo se financie dessa forma para a intervenção militar na Ucrânia.

“Tenho dificuldade em perceber que um teto nos preços do petróleo russo possa ser eficaz”, declarou, segundo comentários publicados no Twitter e citados pela AFP.

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Twitter aceita vender rede social a Elon Musk

  • ECO
  • 4 Outubro 2022

O empresário voltou a propor comprar a rede social por 54,20 dólares por ação, o mesmo valor da oferta inicial. O Twitter já respondeu que aceita a proposta.

O Twitter aceitou esta terça-feira vender a rede social ao empresário Elon Musk por 44 mil milhões de dólares, como tinha sido acordado anteriormente, uma decisão que deve pôr termo ao processo judicial entre as duas partes.

“A intenção da empresa é fechar a transação por 54,20 dólares por ação”, anunciou o Twitter, em reação à oferta do multimilionário, enviada horas antes à empresa e à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC).

As ações do Twitter foram suspensas a meio da sessão, mas chegaram a disparar 12,67% para 47,93 dólares, depois de Elon Musk ter proposto avançar com a compra da rede social por 54,20 dólares por ação, ou seja, nos termos originais, segundo a Bloomberg.

O multimilionário tinha enviado uma carta à administração do Twitter a propor a compra desta rede social pelo mesmo valor da oferta inicial, isto é, 54,20 dólares por ação, de acordo com fontes próximas do processo que pediram para não serem identificadas, de acordo com a agência de notícias.

Em abril, o CEO da Tesla tinha avançado com uma proposta de aquisição do Twitter por 44 mil milhões de dólares. Contudo, meses depois quis desistir da compra alegando que não era possível que os bots representassem apenas menos de 5% dos utilizadores da rede social. O negócio está há vários meses num impasse, sendo que para dia 17 de outubro está marcado o início do julgamento, que opõe as duas partes.

(Notícia atualizada pela última vez às 21h56, com a resposta do Twitter)

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