📹 Do cheque às rendas. O que tem o pacote de ajuda às famílias?

Está tudo mais caro. Na hora de atestar o carro ou de ir à mercearia, os portugueses sentem bem o impacto da escalada da inflação. O Governo apresentou um pacote de medidas para ajudar as famílias.

Está tudo mais caro por causa da escalada da inflação e a tendência deverá continuar. Criticado por esperar pelo fim das férias, o Governo lá apresentou um pacote de medidas de 2.400 milhões de euros para ajudar as famílias portuguesas. Saiba como vão ser os apoios — e quais se aplicam a si.

http://videos.sapo.pt/dmnvda03BocdLjtf2m60

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Bruxelas pede prudência orçamental em “período intensamente exigente” de inflação

  • Lusa
  • 10 Setembro 2022

Valdis Dombrovski avisa países da UE que a política orçamental em 2023 tem de ser "prudente” e "dar prioridade à sustentabilidade orçamental e ser coerente com a tarefa do BCE de reduzir a inflação”.

O vice-presidente executivo da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis pediu este sábado aos Estados-membros da União Europeia (UE) prudência orçamental perante o atual “período intensamente exigente”, dada a elevada inflação e a acentuada crise energética.

“Todas as economias da UE estão a atravessar um período intensamente exigente. Como sabemos, as pressões vêm de muitos lados: inflação recorde e questões de fornecimento de energia, entre outras, que estão a travar o crescimento e a restringir o espaço de manobra política e, por isso, é importante que atravessemos o período difícil com as políticas corretas e de forma coordenada”, declarou Valdis Dombrovskis.

Falando em conferência de imprensa no final de uma reunião informal dos ministros das Finanças da UE, em Praga, no âmbito da presidência checa do Conselho, o responsável europeu vincou que, “no próximo ano, a política orçamental tem de ser prudente”.

“Tem de dar prioridade à sustentabilidade orçamental e ser coerente com a tarefa do Banco Central Europeu de reduzir a inflação”, acrescentou Valdis Dombrovskis, depois de o BCE ter decidido aumentar em 75 pontos base as suas três taxas de juro diretoras, o segundo aumento consecutivo deste ano.

Tem de dar prioridade à sustentabilidade orçamental e ser coerente com a tarefa do Banco Central Europeu de reduzir a inflação.

Valdis Dombrovskis

Vice-presidente executivo da Comissão Europeia

E após os governos da zona euro terem admitido já na sexta-feira que a guerra na Ucrânia e a crise energética aumentaram o risco de recessão, o vice-presidente executivo da Comissão Europeia disse, ao mesmo tempo, ser necessário “ajudar as pessoas e empresas que mais sofrem, pelo que as medidas de apoio têm de ser bem direcionadas e temporárias”.

“Isto é importante para conter os impactos orçamentais, tendo em conta a grande escala do choque e os limitados meios disponíveis”, adiantou.

Valdis Dombrovskis exortou ainda a “progressos na revisão do futuro quadro de governação económica da UE”, apontando que a Comissão Europeia irá avançar com orientações sobre essa matéria este outono e que “parece haver uma ampla convergência sobre estas prioridades”.

Em concreto, o responsável afirmou ser necessário “assegurar que a dívida pública está efetivamente a diminuir”, prestar “a devida atenção à composição e qualidade das finanças públicas”, bem como reduzir “a complexidade e melhorando o cumprimento” das regras orçamentais.

Os governos da zona euro já vieram admitir que a guerra na Ucrânia aumentou o risco de recessão, mas descartam que a economia esteja inevitavelmente condenada a cair e prometem tomar medidas para combater a inflação e mitigar o seu impacto.

A subida dos preços da energia agravada pela invasão empurrou a inflação na zona euro para um recorde de 9,1% em agosto e obrigou a baixar as previsões de crescimento para os 19 países, a ponto de o BCE antecipar uma recessão no caso de um corte total do gás russo.

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Casalinho alerta socialistas para “alguma dor” no controlo da inflação

  • Lusa
  • 10 Setembro 2022

Perante uma plateia de jovens socialistas, a antiga presidente do IGCP avisou que na atual conjuntura a prioridade máxima é “evitar que a inflação fique entrincheirada e se enraíze”.

A ex-presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), Cristina Casalinho, avisou este sábado os socialistas que evitar o “entrincheiramento” da inflação terá custos ao nível do produto e provocará dor social.

“Para controlar a inflação vamos ter custos ao nível do PIB (Produto Interno Bruto), ou seja, vamos ter alguma dor”, declarou Cristina Casalinho, atual administradora da Fundação Calouste Gulbenkian, durante a Academia Socialista, uma iniciativa do PS que decorre na Batalha, no distrito de Leiria.

De acordo com Cristina Casalinho, a prioridade máxima, na atual conjuntura, passa por “evitar – é isso que os bancos centrais estão a fazer – que a inflação fique entrincheirada e se enraíze”.

“Temos de evitar a espiral preços salários”, apontou, a título de exemplo, tendo pela sua frente uma plateia de jovens socialistas, num debate moderado pelo dirigente do PS Porfírio Silva e que também teve como orador o eurodeputado e ex-ministro Pedro Marques.

Para a ex-presidente da IGCP, a partir dos aumentos registados na energia e no setor alimentar, “os preços começam a ter efeitos secundários relevantes e as pessoas começam a ter comportamentos que reforçam a ideia de indexação para reposição do seu poder de compra, o que se deve evitar”.

“Estamos num ponto de inflexão, em risco de uma mudança de paradigma”, advertiu, antes de apontar uma via em termos de resposta pública: “A prioridade deve ser a contenção da inflação e isso deve ser feito através de políticas que protejam o impacto nos cidadãos mais vulneráveis”.

As taxas de juro estão a subir, é verdade, mas em Portugal estamos ainda longe de alguns máximos, por exemplo se pensarmos na taxa a 10 anos.

Cristina Casalinho

Ex-presidente da IGCP

Durante a sua intervenção, Cristina Casalinho apontou que “o aumento dos juros por via do aumento das taxas de juro é menor do que as componentes da inflação, do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e do agravamento da despesa pública”.

“As taxas de juro estão a subir, é verdade, mas em Portugal estamos ainda longe de alguns máximos, por exemplo se pensarmos na taxa a 10 anos”, observou, antes de aludir ao fator mercado de trabalho para manifestar aqui alguma apreensão.

“O mercado de trabalho, hoje, sobretudo nos Estados Unidos, encerra algumas incertezas, porque está muito apertado, o que significa que o crescimento dos salários nominais está a acontecer e então provoca uma espiral inflacionista”, disse ainda.

No caso de Portugal, a economista assinalou a previsão de um nível de dívida pública no final do ano menor do que 120% do Produto Interno Bruto (PIB). “Quando comparamos a fatura dos juros com o efeito do crescimento do PIB nominal, verificamos que o PIB nominal cresce mais do que o efeito dos juros. Por outro lado, como havia previsões de um saldo primário positivo, isso dá folga orçamental para medidas de aumento da despesa para facilitar que a reposição de rendimentos seja alcançada”, afirmou.

Numa primeira fase, segundo Cristina Casalinho, o facto de a inflação aumentar é favorável à receita pública, dando flexibilidade orçamental.

Cristina Casalinho apresentou igualmente alguns dados sobre a evolução das principais economias mundiais quando confrontadas com os choques petrolíferos de 1973 e de 1979. A subida de preços agora é menor do que nesses dois anos, embora se tenha partido de uma base mais baixa. “Mas o ritmo de aceleração tem sido agora mais elevado. As taxas de juro reais são atualmente bem mais baixas do que na década de 70”, completou.

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Fabricantes de carros elétricos desmentem Governo no acordo com Nissan

  • ECO
  • 10 Setembro 2022

Citroën e Peugeot negam ter recebido contacto do Governo para a cedência gratuita de veículos elétricos, como resultou do acordo assinado com a Nissan. BMW alega que violaria as regras de compliance.

O primeiro-ministro e o ministro do Ambiente fazem deslocações oficiais em veículos elétricos cedidos gratuitamente pela Nissan, ao abrigo de um protocolo celebrado em 2018 que suscita dúvidas aos especialistas em Direito Administrativo no que toca ao respeito pelos princípios da concorrência e da transparência.

O Governo garante que também contactou por telefone a Citroën, a Peugeot, a Tesla e a BMW para assinar acordos semelhantes. No entanto, segundo noticia o semanário Novo na edição deste sábado, as duas primeiras marcas não têm registo de qualquer contacto, enquanto a BMW, que diz não conseguir confirmar essa informação, partilha o entendimento de que ceder veículos gratuitamente ao Governo violaria as regras de compliance.

Em 2021, a Nissan foi a marca que mais ganhou com o cheque do Estado para a compra de veículos 100% elétricos. Das 849 candidaturas de pessoas singulares que receberam o incentivo de três mil euros, 158 adquiriram automóveis da fabricante japonesa. Com carros elétricos a partir dos 29.400 euros, liderou também a compra de veículos ligeiros de mercadorias 100% elétricos no ano passado, representando 23 em 77 candidaturas apoiadas pelo Fundo Ambiental.

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Carlos III foi proclamado oficialmente Rei do Reino Unido

  • Lusa
  • 10 Setembro 2022

Sucessor de Isabel II comprometeu-se a "seguir o exemplo inspirador" da mãe, manifestando-se "profundamente consciente da grande herança, deveres e pesada responsabilidade" da monarquia.

O Rei Carlos III foi proclamado em público como novo monarca do Reino Unido às 11h em ponto, um ritual precedido pelo toque de trombetas na varanda do palácio de St. James, em Londres.

Foi nesse local que o rei de armas da Jarreteira anunciou a Proclamação Principal redigida no interior do palácio pelo Conselho de Adesão, um órgão que se reúne com o fim expresso de confirmar o novo soberano do Reino Unido.

A seguir à leitura, uma companhia de guardas reais saudou com três “vivas” o novo Rei, depois de se ouvir o hino do Reino Unido, “God Save the King” (“Deus salve o Rei”), tocada pela banda do regimento dos Guardas de Coldstream, o mais antigo regimento das forças armadas britânicas.

Junto à Torre de Londres, soaram salvas de canhão, bem como nas outras capitais do reino, como Edimburgo e Cardiff, onde se lia igualmente em público a proclamação em cerimónias semelhantes.

Lutarei por seguir o exemplo inspirador que me precede, mantendo o governo constitucional, e procurando a paz, harmonia e prosperidade dos povos destas ilhas.

Carlos III

Novo monarca do Reino Unido

Ao assinar o juramento pelo qual se torna Rei, Carlos III comprometeu-se a “seguir o exemplo inspirador” da sua mãe, manifestando-se “profundamente consciente da grande herança, deveres e pesada responsabilidade” da monarquia.

“Ao tomar estas responsabilidades, lutarei por seguir o exemplo inspirador que me precede, mantendo o governo constitucional, e procurando a paz, harmonia e prosperidade dos povos destas ilhas”, declarou o novo Rei.

A Rainha Isabel II morreu aos 96 anos no Castelo de Balmoral, na Escócia, após mais de 70 anos do mais longo reinado da história do Reino Unido.

Elizabeth Alexandra Mary Windsor nasceu em 21 de abril de 1926, em Londres, e tornou-se Rainha de Inglaterra em 1952, aos 25 anos, na sequência da morte do pai, George VI, que passou a reinar quando o seu irmão abdicou.

Após a morte da monarca, o seu filho primogénito assume aos 73 anos as funções de rei como Carlos III.

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Escalada de preços na energia “não se resolve com taxas” sobre lucros das empresas

  • Lusa
  • 10 Setembro 2022

Numa altura em que a Comissão Europeia tenciona destinar lucros inesperados das energéticas para apoios sociais, Fernando Medina avisa que "a questão dos preços da energia não é resolvida com taxas”.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, defendeu hoje que a escalada dos preços da energia “não se resolve com taxas”, numa altura em que a Comissão Europeia tenciona destinar lucros inesperados das energéticas para apoios sociais.

“A questão dos preços da energia não é resolvida com taxas”, disse Fernando Medina, em declarações à chegada ao segundo dia de uma reunião informal dos ministros das Finanças da União Europeia (UE), no âmbito da presidência checa do Conselho, em Praga.

Um dia depois de os ministros da Energia da UE terem discutido em Bruxelas medidas de emergência a aplicar a nível comunitário para mitigar os efeitos da escalada de preços no setor energético, o responsável português pela tutela das Finanças apontou que “as taxas são uma forma de utilizar receitas excecionais para um determinado fim de política pública, [mas] a questão central é como é que se colocam os preços” da energia, dada a atual crise, agravada pela guerra da Ucrânia.

“A questão central que está em debate nestes Conselhos é o problema de como é que se encontra uma solução – na medida em que a Europa tomou uma decisão de se preparar e de se precaver para a suspensão do fornecimento do gás que vem na Rússia. E todo este quadro coloca uma necessidade de encontrar outros fornecedores, que tem colocado uma pressão sobre os preços da energia e do gás”, elencou Fernando Medina.

Para o governante, “esta é a área mais importante, em que é preciso agir, porque, aliás, quando esses preços forem controlados e se conseguirem diminuir também as receitas extraordinárias, diminuem as receitas extraordinárias dessas empresas”.

Nas declarações aos jornalistas portugueses, Fernando Medina referiu ainda que “duas medidas que constam da proposta do fundo, da decisão dos ministros de pedir à Comissão agora para desenvolver as propostas legislativas, são medidas que já estão a ser executadas em Portugal”.

“Em primeiro lugar, a separação do gás na determinação do preço da eletricidade” através do mecanismo ibérico temporário e, em segundo lugar, “a existência de um mercado de uma tarifa regulada do gás, isto é, conseguir fazer uma tarifa que no fundo fique protegida por contratos”, concluiu.

Os ministros da Energia da UE realizaram na sexta-feira um Conselho extraordinário, em Bruxelas, para discutirem possíveis medidas de emergência a aplicar a nível comunitário para mitigar os efeitos da escalada de preços no setor energético.

No final, a Comissão Europeia prometeu “medidas sem precedentes para uma situação sem precedentes” na UE de crise energética, que abrangerão “todas as frentes” e serão apresentadas na próxima semana para aliviar os preços dos serviços energéticos.

Já Portugal concordou de forma genérica com as medidas de emergência discutidas em Bruxelas para fazer face aos preços no setor da Energia, embora considerando que algumas ainda podem ser “afinadas”, disse o ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro.

Antes, na quarta-feira, a Comissão Europeia já colocou algumas ideias sobre a mesa, entre as quais a imposição de um teto máximo para os lucros das empresas produtoras de eletricidade com baixos custos e uma “contribuição solidária” das empresas de combustíveis fósseis, assim como estabelecer um limite de preços para importações de gás por gasoduto da Rússia para a União Europeia.

As tensões geopolíticas devido à guerra da Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu, já que a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros. Em Portugal, o gás russo representou, em 2021, menos de 10% do total importado.

Pedro Marques vê margem para aprofundar tributação de lucros excessivos

Já o eurodeputado do PS, Pedro Marques, considerou este sábado que Portugal tem margem para aprofundar a tributação às empresas de energia com lucros excessivos, apesar de entender que o Governo já deu uma “primeira machadada” nesse sentido.

Esta posição foi transmitida pelo ex-ministro das Infraestruturas e cabeça de lista do PS nas últimas eleições europeias na iniciativa Academia Socialista, na Batalha, distrito de Leiria, durante a abertura de um debate em que também participou a ex-presidente da IGCP (Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública) Cristina Casalinho e que foi moderado pelo dirigente socialista Porfírio Silva.

Se não houver nada para cobrar, é porque não houve lucro excessivo; se houver lucro excessivo, então deve ser carreado para o financiamento de apoio às famílias.

Pedro Marques

Eurodeputado do PS

“Temos defendido a tributação de lucros excessivos na nossa família política de forma muito significativa desde há meses. No nosso caso, em Portugal, já conseguimos conter particularmente esses lucros excessivos, mas temos margem para ir mais longe e implementarmos uma contribuição extraordinária desta natureza”, sustentou Pedro Marques perante uma plateia de jovens socialistas. “Estamos a defender na Europa e é claro que também defenderia aqui em Portugal”, frisou.

Depois, procurou desdramatizar as consequências económicas e jurídicas se essa medida avançar no país e respondeu a alguns argumentos que têm sido invocados em sentido contrário. “É verdade que temos menor margem para tributar lucros excessivos, porque já tomámos duas medidas para os diminuir. Mas devemos aprovar a contribuição. Se não houver nada para cobrar, é porque não houve lucro excessivo; se houver lucro excessivo, então deve ser carreado para o financiamento de apoio às famílias”, justificou o eurodeputado.

(Notícia atualizada às 12h50 para acrescentar declarações de Pedro Marques)

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RTP fecha acordo com SportTV para dar futebol português aos emigrantes

Canais internacionais vão transmitir um jogo por jornada da liga portuguesa de futebol nos próximos dois anos. Cumpridos "objetivos de sustentabilidade da situação económica e financeira da RTP".

A RTP e a SportTV chegaram a acordo para a continuidade da transmissão de um jogo por jornada da Liga Bwin para os próximos dois anos, nos canais internacionais da RTP (RTP internacional e RTP África), de acordo com um comunicado enviado este sábado às redações.

O presidente da estação de televisão pública, Nicolau Santos, fala num “acordo importante [que] permite satisfazer as comunidades de emigrantes em todo o mundo e todos os que seguem a partir de África a transmissão dos jogos das equipas portuguesas, cumprindo ao mesmo tempo os objetivos de sustentabilidade da situação económica e financeira da RTP”.

Garantimos uma solução concreta e realista aos desafios financeiros apresentados pela RTP que pudesse cumprir o objetivo de levar o melhor do futebol nacional a todos os emigrantes.

Nuno Ferreira Pires

CEO da SportTV

“A SportTV fez todos os esforços para assegurar que os pedidos dos emigrantes não ficassem sem resposta, garantindo uma solução concreta e realista aos desafios financeiros apresentados pela RTP que pudesse cumprir o objetivo de levar o melhor do futebol nacional a todos os portugueses emigrantes espalhados pelo mundo”, acrescentou o CEO do canal de desporto, Nuno Ferreira Pires.

Em junho, durante uma audição parlamentar, o presidente do conselho de administração da RTP admitiu que “provavelmente” a empresa “vai ter prejuízos” este ano, sublinhando que os encargos “têm vindo a crescer”. Na altura, Nicolau Santos garantiu, no entanto, que o grupo público “não está à beira do cataclismo”.

O gestor aludiu a um “aumento brutal dos custos de energia”, três milhões de euros acima do previsto e três vezes mais do que inicialmente tinha orçamentado. Outro fator de pressão sobre os custos é a guerra na Ucrânia, em que as “diversas equipas de rádio e de televisão presentes [naquele país] têm obviamente de ser apoiadas financeiramente pela RTP”. “A situação, como calculam, é de enorme custo”, disse.

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Governo manda cortar água e temperatura nas torneiras, sanitas e piscinas

  • ECO
  • 10 Setembro 2022

Medidas previstas no Plano Nacional de Poupança de Energia são obrigatórias para os serviços da Administração Pública, incluindo as escolas, mas deixam de fora os hospitais e os lares.

Reduzir o caudal e a temperatura da água que sai das torneiras, diminuir a quantidade de água utilizada na lavagem de pavimentos, minimizar o número de lavagens de veículos e adotar estratégias de redução do consumo de água nos sanitários através de mecanismos de descarga dupla e diminuição do volume disponível dos reservatórios. Estas são algumas das medidas previstas no chamado Plano Nacional de Poupança de Energia, aprovado esta semana pelo Governo.

Segundo adianta o Público na edição deste sábado, estas medidas vão ser obrigatórias para os serviços da Administração Pública, incluindo as escolas, mas deixam de fora os hospitais e os lares por razões de saúde pública. O cumprimento das normas que constam deste plano, que foi aprovado em Conselho de Ministros para vigorar este ano e no próximo — e com o qual o Executivo prevê poupar 5% no consumo de gás –, vai ser monitorizado pela Agência para a Energia (Adene).

Além das instruções para os serviços públicos, este documento inclui recomendações dirigidas às autarquias e também ao setor privado, como é o caso da temperatura da água das piscinas. A regra de reduzir o consumo energético em piscinas e complexos desportivos passa pela regulação da temperatura da água das piscinas cobertas para 26°C e diminuição de 2°C na temperatura de aquecimento ambiente onde se inserem as piscinas (para 28°C), de acordo com a mesma fonte.

No final da reunião em que este plano foi aprovado, o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, já tinha adiantado que inclui também medidas de redução de consumo de eletricidade quando os estabelecimentos não estão a funcionar, a diminuição das horas que luzes decorativas estão ligadas fora do que são os horários considerados normais – por exemplo a partir da meia-noite – e tudo o que sejam temperaturas dentro dos estabelecimentos (climatização interior com máximos de temperatura no inverno e mínimo no verão).

O titular da pasta do Ambiente esclareceu ainda nesta conferência de imprensa que, por outro lado, não há nenhuma medida prevista de redução de horários, uma hipótese que mereceu a resistência pública do setor do retalho antes de ser avançado o plano. No que toca à iluminação de Natal, haverá apenas limites nas horas em que estão ligadas. “São medidas simples, mas que fazem muita diferença se forem implementadas”, notou Duarte Cordeiro.

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Portugal junta-se a cinco países para tributação mínima às empresas avançar na UE

  • Lusa
  • 10 Setembro 2022

Medina alinha com posição de França, Espanha, Itália, Alemanha e Holanda para "acabar com situação de profunda injustiça e desregulação" com taxa mínima de 15% sobre lucros das grandes empresas.

O Governo português admite juntar-se à posição de França, Espanha, Itália, Alemanha e Holanda para avançar conjuntamente, perante falta de consenso, para tributação mínima de 15% sobre lucros das empresas de maior dimensão, embora esperando retrocesso do bloqueio húngaro.

“Nós estaremos sempre ao lado de todas as propostas que permitam que este modelo avance o mais rapidamente possível, estaremos sempre ao lado disso. Houve um bloqueio da Polónia numa primeira fase, que foi ultrapassado, e agora aparece o da Hungria e esperamos que seja possível resolver esse bloqueio da Hungria, mas se o caminho se mostrar inultrapassável estaremos sempre na linha da frente da implementação de uma solução desta natureza”, afirmou Fernando Medina.

Em declarações à chegada ao segundo dia de uma reunião informal dos ministros das Finanças da União Europeia (UE), no âmbito da presidência checa do Conselho, em Praga, o governante português descreveu esta taxação mínima como “essencial para a Europa, para o bem-estar e para o sentido de justiça também dentro das comunidades”.

Para Fernando Medina, esta é uma proposta “da maior importância que a Europa adote e a adote com rapidez porque, no fundo, é uma proposta que vai permitir que os Estados nacionais acrescentem uma tributação perante empresas que estão, no fundo, a usar jurisdições em que a tributação não existe ou é mais baixa que os 15% para que todos paguem pelo menos esses 15%”.

Vai permitir acabar com uma situação de profunda injustiça e de profunda desregulação dentro das nossas sociedades.

Fernando Medina

Ministro das Finanças

No dia em que os ministros das Finanças discutem esta matéria, Fernando Medina lembrou que “Portugal tem sido um grande defensor do avanço desse dossiê”. “Demos um apoio grande durante a presidência francesa para pudesse ser aprovado porque vai permitir acabar com uma situação de profunda injustiça e de profunda desregulação dentro das nossas sociedades, que é o facto de haver empresas que, utilizando de forma mais capciosas as suas possibilidades, acabam por escapar à tributação nas várias jurisdições a que estão sujeitas, isto é, têm atividades altamente lucrativas e que escapam dessa forma”, observou o governante.

E reforçou: “É preciso que cada um pague a sua parte certa de impostos para o nosso bem coletivo”.

França, Espanha, Itália, Alemanha e Holanda apresentaram na sexta-feira uma posição conjunta para avançar, perante falta de consenso, com cooperação reforçada para resolver o bloqueio da Hungria à aplicação, na UE, da tributação mínima de 15% sobre os lucros das empresas de maior dimensão a aplicar em 2023.

A proposta destes cinco países visa então garantir a aplicação desta tributação mínima, apesar do bloqueio húngaro à medida, através do mecanismo de cooperação reforçada, que possibilita a um número mínimo de nove Estados-membros avançar se a UE, como um todo, não alcançar consenso num prazo razoável.

Os ministros das Finanças da UE não conseguiram ainda chegar a um consenso para que as empresas multinacionais paguem pelo menos 15% de imposto sobre os lucros no espaço comunitário, na sequência do acordo alcançado na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) para tal tributação, dado o bloqueio da Hungria.

A Comissão Europeia propôs, em dezembro passado, uma tributação mínima de 15% sobre os lucros das multinacionais na UE, como acordado na OCDE, visando equidade e estabilidade fiscal no espaço comunitário.

A proposta apresentada estabelecia uma taxa de imposto efetiva de 15% na UE, como acordado por 137 países na OCDE, e prevê que as regras sejam aplicáveis a qualquer grande grupo, tanto nacional como internacional, com uma empresa-mãe ou uma filial situada num Estado-membro da UE.

Desde há vários anos que a OCDE discute uma proposta relativa a impostos adaptados a uma economia globalizada e digitalizada, visando então exigir impostos às multinacionais, que os pagam onde lhes é mais favorável.

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Estados Unidos limitam preços do petróleo russo

  • Lusa
  • 10 Setembro 2022

Companhias de seguros e empresas financeiras que facilitam o comércio internacional de petróleo a garantir que crude russo é adquirido a preço igual ou inferior a um limite estabelecido por EUA.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos emitiu na sexta-feira diretrizes a impor um preço máximo ao petróleo russo, a partir de 5 de dezembro, apesar das ameaças da Rússia de cortar o fornecimento.

As diretrizes obrigam companhias de seguros e empresas financeiras que facilitam o comércio internacional de petróleo a garantir que o crude russo é adquirido a um preço igual ou inferior a um limite estabelecido pelos Estados Unidos, juntamente com outros membros do G7.

O preço máximo entrará em vigor a 5 de dezembro para o petróleo bruto e a 5 de fevereiro de 2023 para produtos derivados do petróleo.

“O limite de preços procura criar incentivos que reduzam as receitas da Rússia enquanto o seu petróleo continua a fluir”, refere, num comunicado, o Departamento do Tesouro.

“Estamos a avançar com esta proposta extraordinária porque é essencial que a comunidade global tome medidas para negar ao Kremlin as receitas que está a usar para sustentar a sua economia e travar a sua guerra injustificável na Ucrânia”, sublinhou o comunicado.

“A conclusão é que todos ganham menos o Kremlin”, garantiu o departamento, liderado pela secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen.

Na quarta-feira, o Presidente russo Vladimir Putin ameaçou cortar o fornecimento de gás, petróleo e carvão, em resposta às propostas apresentadas pelo G7 e pela União Europeia (UE) destinadas a limitar os preços do petróleo e gás russos.

O grupo dos sete países mais industrializados do mundo, o G7, tinha levantado a possibilidade de permitir o transporte global de petróleo russo e respetivos derivados apenas se os produtos forem vendidos abaixo de um preço máximo.

A proposta tem como pano de fundo a tentativa de cortar o financiamento da campanha militar russa na Ucrânia, numa altura em que a UE adquiriu 54% de todos os combustíveis fósseis exportados pela Rússia desde o final de fevereiro por um valor de 85,1 mil milhões de dólares.

Embora não existam números oficiais disponíveis, estima-se que a Rússia tenha investido cerca de 100 mil milhões de euros no financiamento da guerra contra a Ucrânia, de modo que a receita da exportação de combustíveis se tornou o “fator chave” para a campanha militar russa.

A ofensiva lançada a 24 de fevereiro na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

A ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.

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Medina vê “caminho estreito” no combate à inflação perante receios de recessão

  • Lusa
  • 10 Setembro 2022

"É evidente que esta atuação [para combater subida dos preços] tem de ser ponderada com aquilo que vai acontecer do ponto de vista da frente económica”, afirma o ministro das Finanças.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, defendeu hoje um “caminho estreito” de combate à inflação, admitindo que os atuais níveis são “um problema central” na Europa, numa altura de receios de recessão económica na zona euro.

“As duas matérias estão ligadas. É natural que os ministros das Finanças expressem a sua posição de prudência, de cautela. Os bancos centrais têm a responsabilidade relativamente à gestão da política monetária e, hoje, a inflação é um problema central na Europa e em Portugal também”, disse Fernando Medina, em declarações à chegada ao segundo dia de uma reunião informal dos ministros das Finanças da UE, no âmbito da presidência checa do Conselho, em Praga.

Depois de os governos da zona euro terem admitido já na sexta-feira que a guerra na Ucrânia e a crise energética aumentaram o risco de recessão, o ministro português da tutela defendeu “um caminho estreito que é preciso prosseguir de uma estratégia de redução da inflação, quando uma parte importante do efeito da inflação, aliás, não decorre da circunstância da procura interna na União Europeia, mas decorre nos preços da energia”.

“Entende-se que haja aqui uma necessidade de uma atuação, mas é evidente que esta atuação tem de ser ponderada com aquilo que vai acontecer do ponto de vista da frente económica”, acrescentou.

Para Fernando Medina, os países do euro devem prosseguir então “um caminho entre estes dois lados, entre aquilo que acontece do lado da economia e aquilo que acontece com a inflação”. E avisou: “Se não atacamos já a inflação, mais tarde é mais difícil de debelar”.

Os governos da zona euro admitiram que a guerra na Ucrânia aumentou o risco de recessão, mas descartam que a economia esteja inevitavelmente condenada a cair e prometem tomar medidas para combater a inflação e mitigar o seu impacto.

“O risco aumentou, mas a recessão não é inevitável”, disseram o presidente do Eurogrupo, Paschal Donohe, e o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, em conferência de imprensa após o primeiro dia da reunião informal dos ministros da Economia e das Finanças zona euro, em Praga, que se centrou em como responder à crise devido à guerra na Ucrânia.

A subida dos preços da energia agravada pela invasão empurrou a inflação na zona euro para um recorde de 9,1% em agosto e obrigou a baixar as previsões de crescimento para os 19 países, a ponto de o Banco Central Europeu antecipar uma recessão no caso de um corte total do gás russo.

Além da política orçamental e monetária, os países do euro já vieram concordar que a solução para a crise energética deve passar pela intervenção no mercado que os ministros da energia também discutiram na sexta-feira em Bruxelas, onde começaram a ser desenhadas medidas para dar liquidez às empresas de energia ou limitar os lucros das empresas que produzem energia a baixo custo.

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Subida do rating “é boa notícia” para famílias e empresas

  • Lusa
  • 10 Setembro 2022

Fernando Medina valoriza a decisão de subida de rating da Standard & Poor's. "O financiamento da economia portuguesa está ligado, em primeiro lugar, àquilo que acontece na República Portuguesa".

A decisão da Standard & Poor’s de subir o ‘rating’ da dívida soberana portuguesa de ‘BBB’ para ‘BBB+’, com perspetiva estável, é uma “excelente notícia” perante o aumento das taxas de juro na zona euro, afirma o ministro das Finanças. “A subida do ‘rating’ [notação] português ontem [sexta-feira] pela pela S&P é uma boa medida para Portugal, é aliás uma excelente notícia para as famílias e empresas portuguesas”, declarou Fernando Medina, reagindo ao anúncio da maior agência de notação financeira, a S&P.

Isto assegura que Portugal está a fazer a sua parte para que os encargos com os juros subam menos do que aquilo que conseguiria se não tivéssemos a disciplina orçamental que temos tido”, acrescentou o governante, falando na chegada ao segundo dia de uma reunião informal dos ministros das Finanças da UE, no âmbito da presidência checa do Conselho, em Praga.

Depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter decidido aumentar em 75 pontos base as suas três taxas de juro diretoras, o segundo aumento consecutivo deste ano, o governante apontou que o anúncio agora feito pela S&P significa que, “num momento em que as taxas sobem”, Portugal consegue assegurar “níveis mais baixos que outros países ou até ganhar margem para que os juros subam menos do que aquilo que está a acontecer noutros países”.

“Isto é de grande importância porque isso é um benefício que depois se traduz de forma direta nas empresas e nas famílias, porque, no fundo, o financiamento da economia portuguesa está ligado, em primeiro lugar, àquilo que acontece na República Portuguesa e, por isso, esta é uma boa notícia para as famílias, uma boa notícia para as empresas e uma boa notícia para o país”, reforçou.

Para Fernando Medina, este “é também o reconhecimento de que a estratégia orçamental de redução da dívida que Portugal está a seguir é a estratégia correta”. “A S&P reconhecer esta melhoria do ‘rating’, isto é, a melhoria da credibilidade da nossa dívida, é uma melhoria para uma situação que já não acontecia há mais de 10 anos”, sendo “resultado não só do crescimento forte da economia portuguesa, mas também da trajetória de sustentada redução da dívida que temos vindo a prosseguir, mais rápida e mais intensa que a dos restantes países europeus e também das perspetivas de investimento relativamente à utilização de fundos comunitários”, justificou o ministro da tutela, nestas declarações aos jornalistas portugueses em Praga.

A agência de notação financeira S&P subiu na sexta-feira o ‘rating’ da dívida soberana portuguesa de ‘BBB’ para ‘BBB+’, com perspetiva estável.

A avaliação da S&P tem lugar depois de, em 26 de agosto, a DBRS ter subido a avaliação da dívida soberana portuguesa para ‘A’ (baixo), com perspetiva estável.

O ‘rating’ é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito.

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