Alemanha confirma acordo de 28 milhões com famílias de mortos em ataque em Munique

  • Lusa
  • 2 Setembro 2022

O valor representa um aumento significativo em relação à oferta inicial de 10 milhões de euros às famílias, 50 anos depois do ataque aos atletas israelitas em Munique.

O Governo alemão confirmou esta sexta-feira que as famílias dos 11 atletas israelitas mortos por militantes palestinianos nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972 receberão um total de 28 milhões de euros em indemnizações. O valor – que inclui pagamentos já feitos – já havia sido divulgado anteriormente pelos meios de comunicação alemães e israelitas, mas não havia sido comunicado oficialmente pelo Governo da Alemanha.

É um aumento significativo em relação à oferta inicial de 10 milhões de euros às famílias, 50 anos depois do ataque aos atletas israelitas em Munique, que é assinalado na segunda-feira.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, “está muito feliz com o acordo alcançado com as famílias das vítimas”, disse o porta-voz do Governo da Alemanha, Steffen Hebesteit, aos jornalistas em Berlim. “A Alemanha está a enfatizar a sua responsabilidade pelos erros que foram cometidos em 1972, mas também nas décadas que se seguiram”, acrescentou.

Como parte de um acordo com as famílias, a Alemanha concordou em reconhecer as falhas que as autoridades cometeram na época e permitir que historiadores alemães e israelitas revisem os eventos que cercaram o ataque.

Membros do grupo palestiniano Setembro Negro invadiram a Vila Olímpica, mataram dois atletas da seleção nacional de Israel e fizeram mais nove reféns em 05 de setembro de 1972. Os atacantes esperavam forçar a libertação de prisioneiros palestinianos mantidos por Israel, bem como dois extremistas de esquerda que estavam presos na Alemanha Ocidental.

Todos os nove reféns e um polícia alemão morreram durante uma tentativa de resgate pelas forças de segurança da Alemanha. Familiares dos atletas acusam a Alemanha de não proteger a Vila Olímpica, recusar a ajuda de Israel e depois conduzir mal a operação de resgate.

Imediatamente após o ataque, a Alemanha efetuou pagamentos aos familiares das vítimas no valor de cerca de 4,19 milhões de marcos (cerca de dois milhões de euros), segundo o Ministério do Interior do país. Em 2002, os familiares sobreviventes receberam mais três milhões de euros, informou a agência de notícias alemã DPA.

Questionado se a Alemanha aceitaria um pedido de desculpas pelo ataque da atual liderança palestiniana, Hebestreit disse: “Sim, gostaríamos”. O porta-voz declarou que a questão não foi discutida numa recente reunião em Berlim com o Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, que rejeitou perguntas sobre um possível pedido de desculpas e acusou Israel de cometer “50 holocaustos” contra palestinianos, provocando indignação na Alemanha e em outros países.

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Exposição do Novobanco a grandes devedores era de 1.993 milhões no final de 2021

  • Lusa
  • 2 Setembro 2022

A maior exposição no final de 2021 era de 801 milhões de euros, num caso de participações de capital, e uma de 241 milhões de euros, por um grande devedor do Novobanco.

A exposição do Novobanco a grandes credores atingiu 1.993 milhões de euros no final de 2021, de acordo com informação divulgada esta sexta pelo Banco de Portugal (BdP). A instituição, que publicou uma atualização “da informação agregada e anonimizada sobre as grandes posições financeiras do Novobanco”, indicou que a instituição tinha, no final de 2021, uma exposição de 1.352 milhões de euros em participações em instrumentos de capital e de 642 milhões de euros em grupos de devedores de crédito.

O BdP recorda ainda que a exposição original a estes credores era de 7.598 milhões de euros, com 509 milhões de euros em capital reembolsado, 399 milhões de euros em imparidades e 3.552 milhões de euros em outras perdas, no final de 2021.

Na sua nota, o BdP explicou que “disponibiliza hoje, em cumprimento da Lei n.º 15/2019, de 12 de fevereiro de 2019, a atualização da informação agregada e anonimizada sobre as grandes posições financeiras do Novo Banco”, que se enquadra “no pagamento efetuado pelo Fundo de Resolução ao Novo Banco no ano passado, ao abrigo e em cumprimento do disposto no Acordo de Capitalização Contingente, celebrado a 18 de outubro de 2017. Assim, a presente informação, com dados relativos a 31 de dezembro de 2021, integra e complementa agora a divulgação efetuada na altura sobre a mesma lista de grandes posições financeiras do Novo Banco com referência a 31 de dezembro de 2020”.

A maior exposição no final de 2021 era de 801 milhões de euros, num caso de participações de capital, e uma de 241 milhões de euros, por um grande devedor, segundo o documento. Os dados divulgados são da responsabilidade do Novobanco, e o documento não identifica os devedores.

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Governo lança aviso específico para equipamentos sociais de 12 milhões

  • Lusa
  • 2 Setembro 2022

O aviso será lançado no âmbito do PRR e destina-se a apoiar respostas na área do envelhecimento nas regiões abrangidas pela Resolução do Conselho de Ministros relativa aos incêndios.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social disse esta sexta-feira que o Governo vai lançar este mês um aviso específico para equipamentos sociais em áreas atingidas pelos incêndios, no valor de 12 milhões de euros. Segundo Ana Mendes Godinho, o aviso será lançado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e destina-se a apoiar respostas na área do envelhecimento nas regiões abrangidas pela Resolução do Conselho de Ministros relativa aos incêndios.

“Nós identificámos como prioritário, nas zonas mais afetadas pelos incêndios em Portugal, acelerarmos de alguma forma, e temos aqui um apoio específico para o investimento social em respostas sociais. E, por isso, aquilo que decidimos, foi, no âmbito do PRR, lançar um aviso específico para os concelhos que sejam abrangidos pela Resolução do Conselho de Ministros que decretou a calamidade, mas que também reconheceu a especificidade dos concelhos que têm uma grande área ardida”, declarou a governante, à agência Lusa.

Nesse âmbito, adiantou que este mês vai ser aberto um aviso específico do PRR para equipamentos sociais nos concelhos que estão abrangidos pela Resolução do Conselho de Ministros que foi aprovada “exatamente reconhecendo que o investimento social é determinante, também, como uma forma de recuperação, mas também de dinamização e de fixação das populações”.

A ministra admitiu que o aviso será “um momento de oportunidade” para as instituições e que o devem aproveitar, no contexto da “prioridade e preocupação” que o Governo tem tido em “acelerar o investimento social”. Ana Mendes Godinho falava no final da sessão de divulgação e entrega de contratos dos projetos aprovados, no âmbito do PRR, para Requalificação e Alargamento da Rede de Equipamentos e Respostas Sociais nos distritos de Castelo Branco, Coimbra, Guarda e Viseu, realizada no auditório dos Serviços Centrais do Instituto Politécnico da Guarda.

Esta sexta, foram entregues cinco contratos a entidades e instituições para creches, outros cinco para respostas a idosos e sete para a área da deficiência. Entre as instituições contempladas estão a Fundação Bissaya Barreto, o município de Vila de Rei, a Santa Casa e Hospital de São João da Vila da Lousã, a Santa Casa da Misericórdia de Celorico da Beira, a Fundação Gaspar Emanuel Cardoso e a Associação Sócio Terapêutica de Almeida.

Na região Centro, no âmbito do PRR, já foram aprovados 31 projetos, para 36 respostas e 1.119 lugares com intervenção, e um investimento global de 25,3 milhões de euros, sendo 18,9 milhões de financiamento público e 6,4 de financiamento privado.

A nível nacional, segundo a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, no âmbito do PRR e do Programa PARES, estão aprovados 589 projetos para equipamentos sociais, que abrangem cerca de 35 mil lugares de pessoas, sendo o valor de investimento público de 437 milhões de euros e o investimento total na ordem dos 675 milhões de euros.

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PSD congratula-se com recusa do Governo de imposto sobre lucros extraordinários

  • Lusa
  • 2 Setembro 2022

"Criar novos impostos nesta altura era um sinal absolutamente errado que nós vamos dar aos investidores", disse Luís Montenegro.

O presidente do PSD congratulou-se esta sexta-feira com a eventual decisão do Governo de recusar um imposto sobre os lucros extraordinários das empresas, embora considerando que vem “uma vez mais a reboque” dos sociais-democratas.

Só posso congratular-me com isso e dizer ao primeiro-ministro que está no bom sentido porque criar novos impostos nesta altura era um sinal absolutamente errado que nós vamos dar aos investidores, aqueles que queremos que possam trazer para Portugal o seu capital e o seu risco para poderem apostar na nossa capacidade produtiva”, afirmou Luís Montenegro aos jornalistas, durante uma visita à AgroSemana – Feira Agrícola do Norte, na Póvoa de Varzim, no distrito do Porto.

O líder social-democrata alegou, porém, que também neste caso “o Governo vem a reboque daquilo que é a posição do PSD”. O presidente social-democrata reagia a uma notícia do jornal Público segundo a qual o Governo recusa avançar com um imposto sobre lucros extraordinários das empresas.

Luís Montenegro salientou que o PSD apresentou um programa de emergência social e o Governo “veio a reboque”, entendeu que o IVA da eletricidade, do gás e dos combustíveis deve baixar para a taxa mínima e, aparentemente, o Governo “virá a reboque” e no caso da criação de um novo imposto sobre lucros também “veio a reboque”.

O social-democrata disse esperar que, de futuro, o Governo possa ter uma capacidade de iniciativa “mais célere” e que não seja preciso estar à espera do principal partido da oposição para decidir.

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Procuradora-Geral defende “medidas decisivas e corajosas” contra arrastamento de processos

  • Lusa
  • 2 Setembro 2022

"O consecutivo arrastar de investigações, instruções e julgamentos coloca em risco a credibilidade das instituições", disse Lucília Gago.

A Procuradora-Geral da República (PGR) apelou esta sexta-feira para a adoção de “medidas decisivas e corajosas” que evitem o arrastar dos processos, os incidentes, os recursos e as manobras dilatórias nos processos da criminalidade económico-financeira mais grave e complexa.

“Num significativo conjunto de processos, especialmente emblemáticos em razão da qualidade dos visados (…) os temas da escassez de meios, da dificuldade de resposta em tempo útil, da sucessão arrastada dos incidentes e recursos, dos constrangimentos ao nível informático e das plataformas digitais ou da cadência insustentavelmente lenta da marcha processual, amiga do deslaçamento da confiança na Justiça e do inexorável avanço na contagem dos prazos prescricionais dos ilícitos em presença rumo ao esquecimento e à impunidade, vem ganhando indesmentível acuidade, gera profundo desconforto e desafia, com irrecusável insistência, à implementação de medidas incisivas e corajosas”, disse Lucília Gago na tomada de posse do novo diretor do Departamento Central de Investigação Criminal (DCIAP), Francisco Narciso.

A PGR admitiu que “o consecutivo arrastar de investigações, instruções e julgamentos coloca em risco a credibilidade das instituições”, aludindo à necessidade de “cirúrgicas intervenções” nas leis processuais penais para travar as “manobras dilatórias” e a “constante violação da lei penal” que ameaça a “paz social”.

“O inconclusivo arrastar das investigações, ano após ano, o não raro arrastar das instruções, ano após ano, e dos julgamentos e dos recursos, ano após ano, coloca em crise a credibilidade das instituições que será incapaz de sobreviver a tais tempos excessivamente longos”, advertiu.

Para Lucília Gago, o “reforço de meios alocados à investigação criminal – em particular do Ministério Público (MP) e da Polícia Judiciária – e cirúrgicas alterações nas leis de processo, capazes de por termo a manobras dilatórias que extravasam largamente o legítimo exercício de direitos processuais, mostram-se ademais cruciais para conferir expressão inequívoca e concretizada à autonomia do MP, restaurar a confiança na capacidade investigatória do Estado e repor com efetividade a paz social sucessivamente abalada pela reiterada violação da lei penal”.

No final da cerimónia, a PGR precisou aos jornalistas que o que pretendeu afirmar foi que “os responsáveis máximos não podem e não devem ficar indiferentes a um clamor relativamente generalizado (dos cidadãos) a respeito de alguma lentidão e morosidade” da justiça. Numa outra dimensão, acrescentou, pelos mesmos responsáveis máximos devem ser “estudadas medidas que contrariem essa insatisfação (social)”, porque “em múltiplos casos, o sistema (judiciário) se vem revelando incapaz de punir tempestiva e exemplarmente, não obstante as expectativas comunitárias nele depositadas”.

Na sua intervenção na cerimónia, Lucília Gago aludiu também ao resultado do inquérito realizado aos magistrados em que estes percecionam que a corrupção é hoje um “problema que grassa no seio da própria magistratura”. “De acordo com um relatório recente da Rede Europeia dos Conselhos de Justiça de que muito se tem falado nos últimos dias, a corrupção é hoje percecionada, por cerca de um quarto dos magistrados judiciais nacionais, como um fenómeno que grassa corrosivamente no seio da própria magistratura”, assinalou.

Face a esta “relevante e preocupante” perceção dos próprios magistrados, a PGR disse que se impõe “apurar se tal convicção está ancorada em dados existentes sobre esse fenómeno criminal que é a corrupção”. Em declarações aos jornalistas, Lucília Gago acrescentou que, mais uma vez, os responsáveis máximos devem tirar ilações desse estudo/inquérito feito aos magistrados e equacionar eventuais medidas em consonância.

Lucília Gago reiterou ainda aos jornalistas que “a corrupção está longe de se situar nos patamares mínimos que são sempre aqueles que se deve almejar atingir”. Face à perceção e à realidade que existe em Portugal relativamente à corrupção e ao número de processos, a PGR defendeu que isso “não permite tranquilizar e baixar a guarda no combate” a esse fenómeno criminal.

Francisco Narciso, que foi nomeado para exercer as funções de diretor do DCIAP, por deliberação do Conselho Superior do Ministério Público de 11 de maio de 2022, reconheceu aos jornalistas que a sua tarefa “é difícil”, prometendo cumprir as atribuições deste departamento de investigação criminal segundo os mais rigorosos critérios de “legalidade e objetividade” relativamente a “interferências de qualquer espécie”.

A importância das equipas de investigação multifacetadas e a cooperação estreita com os órgãos de polícia criminal foram outros vetores do discurso do novo diretor do DCIAP, que substitui Albano Pinto (que se aposentou) à frente daquele braço do Ministério Público que investiga a corrupção e a criminalidade organizada mais grave, complexa e sofisticada.

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Número de mortes por Covid-19 volta a subir ao fim de três meses

Número de novos casos diminuiu mas houve mais cinco óbitos do que na semana anterior, segundo dados da DGS até 29 de agosto.

Na última semana com máscaras nos transportes públicos, houve menos casos de Covid-19 mas mais óbitos. Entre 23 e 29 de agosto, registaram-se 18.567 novos casos confirmados, menos 750 do que na semana anterior. Houve 44 óbitos, mais cinco do que no período anterior, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Os óbitos estiveram concentrados nas faixas dos 70-79 anos (10) e dos 80 ou mais anos (27). Registaram-se ainda cinco mortes com 60-69 anos, uma com 50-59 anos e também uma com 40-49 anos.

O valor do R(t) — risco de transmissibilidade — voltou a ficar acima de 1, passando para 1,02 — na semana anterior, tinha sido de 0,95.

Na passada segunda-feira contavam-se 470 pessoas internadas com Covid, um recuo de 29 doentes face à semana anterior. Relativamente ao número de internamentos em unidades de cuidados intensivos, este desceu para 36, menos três do que na semana anterior.

Na semana anterior, entre 16 e 22 de agosto, a DGS tinha identificado um total de 19.314 novos casos de Covid-19, mais 4.175 face aos registados nos sete dias anteriores. Na altura, foi a primeira vez no espaço de três meses que o número de novos casos subiu.

(Notícia atualizada às 18h56 com mais informação)

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Poiares Maduro acusa PS de se preocupar mais com “ocupação do Estado” do que com crescimento económico

  • Lusa
  • 2 Setembro 2022

Antigo ministro do Desenvolvimento Regional do Governo PSD/CDS disse ver com preocupação “a confusão crescente que o PS faz entre Estado, Governo e partido”.

O ex-ministro do PSD Miguel Poiares Maduro acusou esta sexta-feira o PS de se preocupar mais com o “crescimento da ocupação do Estado pelo seu partido” do que com o crescimento económico do país.

Numa aula na Universidade de Verão do PSD, que decorre até domingo em Castelo de Vide (Portalegre) sobre o tema “Portugal: Novas Desigualdades”, o antigo ministro do Desenvolvimento Regional do Governo PSD/CDS liderado por Pedro Passos Coelho disse ver com preocupação “a confusão crescente que o PS faz entre Estado, Governo e partido”.

Os socialistas a única preocupação que têm com o crescimento é o crescimento da ocupação do Estado pelo seu partido, isso é uma inibição democrática que é uma inibição ao crescimento económico”, considerou.

Para Poiares Maduro, quanto mais os cidadãos entenderem que “o Estado não é isento e imparcial, mas que reflete as preferências de um partido político, menor a qualidade democracia e menor as suas condições de crescimento económico”.

No mesmo painel, participou também a vice-presidente do PSD Inês Palma Ramalho, que acusou os governos do PS de serem “os melhores amigos dos privados”.

“Nunca houve tantas pessoas com seguro de saúde ou crianças inscritas no ensino privado”, apontou.

A advogada e membro da nova direção social-democrata de Luís Montenegro defendeu igualmente que “nada se vai fazer sem crescimento económico”, considerando que Portugal não tem “riqueza suficiente para o Estado social” que quer oferecer.

“As desigualdades têm aumentado sob a égide do ‘estamos a defender o Estado social de direito’. As políticas que têm sido feitas não são pelo crescimento, é pelo subsídio, é pelo financiamento. É tudo na base da reação, zero estratégia política de crescimento”, acusou.

Questionada pelos alunos sobre as pensões futuras, Inês Palma Ramalho afirmou que “já não há sustentabilidade da Segurança Social, não há autossuficiência”, uma vez que parte das pensões já é paga pelo Orçamento do Estado, defendendo a necessidade de se discutir o atual modelo.

A dirigente social-democrata não quis comprometer-se com propostas concreta do PSD, dizendo trabalhar “em equipa”, mas prometeu muitas para promover o crescimento económico.

“A questão é como é que todos podemos ficar mais ricos, O resultado das políticas dos governos socialistas é o nivelamento por baixo, se não podemos todos ficar mais ricos, temos de ficar todos mais pobres”, criticou.

Mudança do sistema político

Em resposta a um aluno de Portalegre, que lamentou que o sistema eleitoral não tivesse permitido aproveitar os 23% dos votos no PSD nas últimas legislativas neste círculo (o PS elegeu os dois únicos deputados), Miguel Poiares Maduro defendeu que as desigualdades territoriais e geracionais não se corrigem sem alterar o sistema político.

“Uma hipótese um bocadinho provocadora seria um sistema bicameral, com uma segunda câmara [do parlamento] que assegurasse igualdade territorial e geracional. Não defendo que tenha o mesmo poder do parlamento, mas devia forçar a um debate adicional no sistema político”, apontou.

Na área fiscal, o antigo governante sugeriu que se poderia ponderar um sistema “muito mais atrativo para os jovens e para a retenção de talento”, tal como existe atualmente para os residentes estrangeiros.

A 18.ª edição da Universidade de Verão do PSD, iniciativa de formação política de jovens que se realiza desde 2003 (com dois anos de paragem em 2020 e 2021 devido à pandemia de covid-19), decorre em Castelo de Vide (Portalegre) desde segunda-feira e até domingo, com o encerramento a cargo do presidente do partido, Luís Montenegro.

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Nord Stream, afinal, continua fechado. Gazprom culpa fugas de óleo

Os trabalhos de manutenção revelaram a existência de fugas de óleo no gasoduto, que estava previsto reabrir este sábado. Fornecimento de gás russo à Europa deve manter-se suspenso.

A Gazprom terá detetado fugas de óleo durante os trabalhos de manutenção no Nord Stream 1, argumentando que a falta de condições técnicas na estação de compressão de Portovaia, na cidade de Viburgo, na Rússia, iria obrigar a uma interrupção completa no fornecimento de gás. O principal gasoduto que liga a Rússia à Europa encontra-se suspenso desde o dia 31 de agosto por motivos de manutenção e devia reabrir amanhã, dia 3 de setembro.

Na rede social Telegram, a empresa estatal russa revela esta sexta-feira que “durante os trabalhos de manutenção da unidade compressora de gás Trent 60 (GPA nº 24) da estação compressora de Portovaya, realizado em conjunto com os representantes da Siemens, foram detetadas fugas de óleo”, anunciando, por isso, ser “necessário tomar as medidas apropriadas” e interromper por completo o fornecimento de gás através do Nord Stream.

“Até que os alertas sobre a manutenção do equipamento fiquem resolvidos, o transporte de gás através do gasoduto Nord Stream será completamente interrompido“, lê-se no comunicado da Gazprom. A empresa não indica qualquer previsão sobre quando o problema estará resolvido e quando o transporte de gás será retomado.

Este comunicado vem assim por em causa o anúncio divulgado durante a manhã desta sexta e que dava conta de que a Rússia iria retomar no sábado o fornecimento de gás à Europa através do Nord Stream. Os trabalhos começaram na passada quarta-feira e o grupo russo Grazprom justificou a suspensão nas entregas de gás com a necessidade de manutenção numa estação de compressão da conduta, situada na Rússia.

Esta é a segunda vez no ano que o envio de gás através do Nord Stream para o bloco europeu são suspensos por motivos de manutenção, isto depois de vários países terem sentido sucessivas reduções no volume de gás enviado de Moscovo, desde o início da guerra. Itália e França foram as vítimas mais recentes deste corte no gás.

A Siemens, antiga responsável pela manutenção do gasoduto, já veio indicar que este tipo de fugas não costumam ser uma “razão técnica” para desligar uma turbina e podem ser vedadas numa operação de rotina. Ao mesmo tempo, a empresa alemã acredita que há turbinas suficientes na estação de Portovoya para o Nord Stream voltar a reabrir.

Numa primeira reação, o porta-voz da Comissão Europeia acusou a Rússia de “cinismo” e utilização de “falsos pretextos” para suspender o fluxo de gás para a União Europeia. “O anúncio da Gazprom esta tarde de que encerrará novamente o Nord Stream 1 sob pretextos falsos é mais uma confirmação da sua falta de confiabilidade como fornecedor”, escreveu Eric Mamer, no Twitter.

(Notícia atualizada às 18h06)

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Câmara de Coimbra quer criar taxa turística municipal

  • Lusa
  • 2 Setembro 2022

A autarquia de Coimbra vai analisar na próxima segunda-feira uma proposta para avançar já em 2023 com uma taxa turística.

A Câmara de Coimbra vai analisar na segunda-feira uma proposta para avançar já em 2023 com uma Taxa Turística Municipal. Na reunião do executivo, será votada uma proposta de abertura de um procedimento com vista à elaboração do regulamento da Taxa Municipal Turística, revelou esta sexta-feira a Câmara de Coimbra, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.

“O objetivo é amenizar o impacto social e ambiental deixado por quem visita a cidade”, justificou a autarquia, que assume o objetivo de taxar as dormidas no concelho já em 2023. Depois de aprovada a abertura do procedimento, haverá “um período de 10 dias úteis para constituição de interessados e apresentação de contributos”.

A Taxa Turística Municipal visa “assegurar que tal objetivo seja prosseguido sem comprometer a competitividade do concelho no contexto da região, do país e mesmo a nível internacional”, referiu.

A informação técnica assinala que foram registadas 709.504 dormidas em 2019, apontando que este setor, embora “promova o desenvolvimento económico e social, também implica uma sobrecarga da atuação pública e na própria prestação de serviços municipais”.

“Importa responder na medida do crescimento da procura e promover concomitantemente políticas públicas que sejam direcionadas para a disponibilização de um ambiente sustentável e adequadamente infraestruturado”, salientou. A eventual taxa, isenções e reduções a considerar, entre outros elementos, “serão definidos, posteriormente, pelo executivo municipal”.

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Primeiros sinais de inflação ocorreram em 2021 e razões foram claras, diz Centeno

  • Lusa
  • 2 Setembro 2022

"Volto a apelar é para que não se promovam políticas pró-cíclicas que depois possam vir a ter que ser corrigidas com outras políticas”, disse Mário Centeno.

O governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, apontou esta sexta-feira, em Cascais, que os primeiros sinais de um aumento na inflação começaram em 2021, com razões claras, e alertou para os riscos de contágio. “Tivemos os primeiros sinais de inflação já durante 2021 e a partir daí aumentou muito rapidamente. As razões foram muito claras […], como as dificuldades de recuperação da pandemia de covid-19”, afirmou Mário Centeno, que falava na sessão ‘Inflation is Rising: What’s Next?’, no âmbito das Conferências do Estoril, na Nova School Business & Economics (SBE), em Carcavelos, Cascais.

O antigo ministro das Finanças sublinhou que não foi possível ter sucesso no que concerne a atingir uma taxa máxima de 2%, notando que até à covid-19 esta tinha um valor baixo. Contudo, assinalou que, houve um grande sucesso na resposta à pandemia de covid-19, com as políticas dirigidas a mitigar o respetivo impacto.

A economia “é um mundo muito complexo, uma rede complexa com milhões de conexões e vértices. A certo ponto, percebemos que algo não está a correr bem, mas não fomos capazes de fazê-la recuperar. É fácil desligá-la, mas difícil colocá-la, novamente no lugar”, acrescentou.

Nesta sessão, Centeno lembrou que, quando se trata de um choque que, à partida, é temporário, os agentes económicos antecipam uma recuperação. Porém, quando o choque deveria ser temporário e acaba por não ser, “os efeitos de contágio começam a ocorrer”.

O governador do BdP referiu também que o problema, durante uma crise, não é a própria, mas a forma como é feita a preparação para a enfrentar. Neste sentido, Mário Centeno assinalou que, “felizmente”, os portugueses “preparam-se melhor para enfrentar as crises”.

Centeno quis ainda deixar uma visão “otimista” ao assinalar a recuperação económica em Portugal, com destaque para o crescimento do consumo privado. “Uma economia que está a passar por um momento muito mau não demonstra já este tipo de sinais”, disse.

Ainda assim, pediu “precaução”, vincando que o nível dos preços constitui um indicador fundamental no que concerne à tomada de decisões. Na quinta-feira, Centeno já tinha defendido que não se devem implementar medidas pró-cíclicas para responder ao impacto da inflação.

“Aquilo que eu volto a apelar é para que não se promovam políticas pró-cíclicas que depois possam vir a ter que ser corrigidas com outras políticas”, disse Mário Centeno em declarações aos jornalistas à margem das conferências do Estoril.

Questionado, na altura, sobre o impacto da inflação, quando o Governo se prepara para aprovar na próxima segunda-feira o pacote de medidas de apoio ao rendimento das famílias, o responsável do supervisor bancário disse: “não devemos ser exuberantes quando a economia cresce, quando o desemprego está em mínimos históricos, quando os salários crescem mais do que cresceram nos últimos anos, quando a economia está em recuperação”.

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FC Porto arrisca exclusão das provas da UEFA por violação do “fair play” financeiro. SAD diz que já cumpre

Comité de Controlo Financeiro de Clubes da UEFA considera que FC Porto "incumpriu ligeiramente" as metas acordadas. SAD garante que chegará lá com as contas deste ano.

A Primeira Câmara do Comité de Controlo Financeiro de Clubes (CFCB, na sigla em inglês) concluiu que o FC Porto não cumpriu integralmente os objetivos acordados sobre o fair play financeiro e decidiu multar o clube em 100 mil euros. Dragões arriscam ainda ser excluídos das competições da UEFA.

A organização que rege o futebol europeu afirma num comunicado divulgado esta tarde que, após a reabertura do processo, o CFCB concluiu que o FC Porto “incumpriu ligeiramente o principal objetivo” do acordo sobre o cumprimento das regras de fair play financeiro. Em resultado, foi decidido “impor uma multa de 100 mil euros e excluir o clube das competições da UEFA para as quais se qualificar nas próximas três épocas”. Isto se o clube não cumprir as metas de equilíbrio financeiro agregadas para os anos de 2019, 2020, 2021 e 2022.

Em comunicado, a SAD portista afirma que “tendo em conta os bons resultados da época finda, a FC Porto, SAD congratula-se por poder informar que já conseguiu superar as metas estabelecidas pelo acordo, o que será formalmente transmitido às instâncias competentes no próximo mês de outubro“. No primeiro semestre do exercício de 2021/2022, a SAD teve um resultado operacional positivo de 1,67 milhões.

O FC Porto e o CFCB chegaram a um acordo em junho de 2017 para pôr fim ao processo contra o clube, tendo em conta os passos entretanto dados pela SAD e o plano de negócio apresentado que conduzia ao cumprimento das regras até 2020, nomeadamente não apresentar despesas revelantes superiores às receitas (break-even). O Comité vem agora dizer que o caso foi reaberto porque o clube não atingiu o objetivo, ainda que por curta margem.

Os Dragões não foram o único clube português sancionado. O Santa Clara foi multado em 10 mil euros por “infrações menores” às regras do fair-play financeiro.

Paris Saint-Germain pode ter de pagar 65 milhões

Há mais multas e bem mais pesadas. AC Milan, AS Mónaco, AS Roma, Beşiktaş, Inter de Milão, Juventus, Olympique de Marseille e Paris Saint-Germain também não cumpriram o requerimento relativo ao equilíbrio entre despesas e receitas. A análise abrangeu os anos de 2019 a 2022. Devido à pandemia, os anos de 2020 e 2021 foram considerados como um só e foi permitido aos clubes fazer alguns ajustes, diz o comunicado.

Aqueles oito clubes poderão ter de pagar 172 milhões de euros, através da retenção de receitas da participação em provas da UEFA ou pagas diretamente. Daquele montante, 26 milhões terão de ser pagos na íntegra, ficando os restantes 146 milhões dependentes do cumprimento dos objetivos acordados.

O Paris Saint-Germain é o clube com a maior coima, tendo de pagar à cabeça 10 milhões de uma fatura que pode pode chegar aos 65 milhões. A Roma tem uma multa de 35 milhões, dos quais 5 milhões incondicionais. O Inter de Milão surge em terceiro com 26 milhões (4 milhões obrigatórios).

O Lille e o Başakşehir da Turquia vão ver limitado o número de jogadores que podem inscrever nas competições, por não terem cumprido na íntegra as metas para a época 2021/2022.

(notícia em atualização)

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Levantamento dos prejuízos na Serra da Estrela pronto na segunda-feira

  • Lusa
  • 2 Setembro 2022

Os prejuízos setoriais serão depois “entregues à CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro], que fará um relatório final global”, diz ministra da Coesão.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, disse esta sexta-feira, na Guarda, que os levantamentos dos prejuízos do incêndio na serra da Estrela foram antecipados em relação ao prazo inicial e ficarão prontos na segunda-feira.

No final de uma reunião com autarcas da região, realizada no edifício dos Paços do Concelho da Guarda, a ministra disse aos jornalistas que no encontro foi comunicado que os levantamentos dos prejuízos setoriais ficarão prontos na segunda-feira e que depois serão “entregues à CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro], que fará um relatório final global”.

“Antecipámos, face ao que era previsto na Resolução do Conselho de Ministros, o prazo para o levantamento dos prejuízos, porque nós começámos a trabalhar logo no território com os autarcas, estou a falar nos vários setores, nesse levantamento”, declarou. Ana Abrunhosa disse que o relatório será conhecido logo que o Governo o possua e depois da aprovação da Resolução do Conselho de Ministros, “que vai, no fundo, validar esses danos e as medidas” para fazer “face aos danos” do incêndio.

A governante falava aos jornalistas no final de uma reunião com os presidentes dos municípios da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) para uma análise conjunta da situação resultante dos recentes incêndios. No encontro também participaram a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, a secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, o secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel, e a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar.

A serra da Estrela foi afetada por um incêndio que deflagrou no dia 6 de agosto em Garrocho, no concelho da Covilhã (distrito de Castelo Branco) e que foi dado como dominado no dia 13. O fogo sofreu uma reativação no dia 15 e foi considerado novamente dominado no dia 17 do mesmo mês, à noite.

As chamas estenderam-se ao distrito da Guarda, nos municípios de Manteigas, Gouveia, Guarda e Celorico da Beira, e atingiram ainda o concelho de Belmonte, no distrito de Castelo Branco. No dia 25, o Governo aprovou a declaração de situação de calamidade para o PNSE, afetado desde julho por fogos, conforme pedido pelos autarcas dos territórios atingidos. A situação de calamidade foi já publicada em Diário da República e vai vigorar pelo período de um ano, para “efeitos de reposição da normalidade na respetiva área geográfica”.

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