Partido de Macron perde maioria absoluta no Parlamento francês

A coligação das esquerdas (Nupes), de Jean-Luc Mélenchon, terá ficado com 141 lugares, passando a ser a segunda força na Assembleia Nacional francesa. 

O partido de Emmanuel Macron terá perdido a maioria absoluta no Parlamento francês. As primeiras projeções apontam para a vitória da coligação Ensemble!, embora com 234 deputados, número inferior aos 289 lugares necessários para a maioria absoluta, segundo números divulgados pela France Info.

De acordo com as mesmas projeções, a coligação das esquerdas ( Nupes), liderada por Jean-Luc Mélenchon, terá ficado com 141 lugares, passando a ser a segunda força na Assembleia Nacional francesa.

O partido União Nacional, de Marine Le Pen, terá conseguido o melhor resultado de sempre, com 90 deputados. Isto permitirá ao partido de extrema-direita, por exemplo, ao partido apresentar moções de censura no Parlamento.

O partido de direita Os Republicanos terá ficado com 75 assentos no Parlamento francês, menos 25 lugares do que há cinco anos.

Confirmando-se as projeções, Macron poderá obter a maioria absoluta na Assembleia Nacional caso forme uma coligação com Os Republicanos, num total de 309 lugares.

A atual primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, conseguiu ser eleita na circunscrição pela qual estava a concorrer, vencendo Noé Gauchard, da coligação Nupes.

A taxa de abstenção situou-se nos 54%, mais elevada face à primeira volta da semana passada mas abaixo dos números da segunda volta de 2017. Na altura, registou-se um máximo histórico na abstenção deste tipo de eleição em França, fixando-se em 57,36%.

De acordo com os resultados finais da primeira volta, divulgados em 13 de junho, a coligação Ensemble!, de Emmanuel Macron, obteve 5.857.557 votos (25,75%), seguida de perto pela coligação de esquerda Nova União Popular Ecologista e Social (Nupes), com 5.836.116 votos (25,66%). Significa que apenas 21.441 votos separam as duas coligações.

Segundo os dados do Ministério do Interior de França, em terceiro lugar ficou a União Nacional, de Marine Le Pen, extrema-direita, com 4.248.600 votos (18,68%).

(Notícia atualizada pela última vez às 22h33 com as projeções mais recentes)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

APROSE tem inquérito em curso para conhecer melhor os mediadores

  • ECO Seguros
  • 19 Junho 2022

A associação dos mediadores de seguros quer conhecer melhor os seus membros e lançou um questionário que já obteve mais de 600 respostas. Entretanto anunciou e mostrou um site institucional renovado.

A APROSE tem em curso um inquérito Quem Somos lançado aos seus membros para conhecer melhor as suas atividades. Segundo a direção da associação liderada por David Pereira, o conjunto de perguntas terá respostas tratadas com confidencialidade e visa obter resultados de conjunto, procurando as características principais da forma como os mediadores de seguros desenvolvem o seu negócio.

O Inquérito já obteve mais de 600 respostas, principalmente dos maiores operadores e agora a APROSE pretende cativar a adesão de operadores individuais ou empresas de mediação de menor dimensão de forma a conseguir construir um quadro mais preciso de interesses dos já mais de 2 mil associados, para “melhor orientar a sua atuação”, diz a direção.

Entretanto a APROSE renovou o seu site institucional modernizando a imagem e reforçando conteúdos dirigidos aos associados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

📹Construir uma casa é cada vez mais caro

  • ECO
  • 19 Junho 2022

O preço dos aços, produtos cerâmicos, gasóleo e madeiras e seus derivados tiveram em abril crescimentos homólogos acima dos 60%.

Os custos da construção de nova habitação continuam a subir e, em abril, aumentaram 14,3% em termos homólogos, mais 2,7 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Subida do preço dos materiais e do custo da mão-de-obra são os dois principais fatores que explicam porque é cada vez mais caro construir uma casa. Os materiais estão 20% mais caros e a mão-de-obra subiu 5,8%.

http://videos.sapo.pt/3QDhgPSsU2U3nvJbibjU

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

SCOR opera mudanças na chefia executiva de resseguro P&C

  • ECO Seguros
  • 19 Junho 2022

Michel Blanc, atual CEO de resseguro na companhia francesa, vai reformar-se em janeiro de 2023. Para assegurar a sucessão, a resseguradora já anunciou duas nomeações.

SCOR nomeou Stuart McMurdo para substituir Michael Blanc, atual CEO Reinsurance P&C. Para a vaga deixada por Stuart, Catherine Fassi assume já em julho chefia executiva da região EMEA e Canadá.

A SCOR SE, quarta maior em volume de negócio entre as resseguradoras globais, nomeou Stuart McMurdo para suceder a Michel Blanc no cargo de Chief Executive Officer (CEO) de Resseguro P&C (Property & Casualty).

Após 31 anos ao serviço do grupo de resseguro, Blanc vai cessar atividade em janeiro de 2023. Para o substituir e assegurar transição sem sobressaltos na chefia executiva do negócio de resseguro (não Vida), a companhia francesa nomeou Stuart McMurdo para CEO de Reinsurance P&C, pelo que durante os próximos meses o eleito irá trabalhar em conjunto com Blanc.

Enquanto decorre processo para encontrar um outro CEO para a Scor UK e Scor Syndicate (funções até à data exercidas pelo sucessor de Blanc) e até que o novo recrutamento seja concluído, Stuart McMurdo mantém estas áreas.

Entretanto, a partir de 1 de julho de 2022, Catherine Fassi assumirá a pasta de McMurdo, como CEO para a EMEA e Canadá, avança o grupo de resseguro em comunicado.

Acumulando 25 anos de experiência, Stuart McMurdo está desde 2018 como CEO da Scor UK, dirigindo também o Scor Syndicate, funções que passou a acumular com o cargo de CEO da resseguradora para a região EMEA em 2020, acumulando responsabilidades pelo negócio P&C, nomeadamente tratados de resseguro e acordos de facultativo e seguros de especialidade, nos mercados do Reino Unido e da região Europa, Médio Oriente e África (EMEA).

Antes de integrar e evoluir no grupo francês, Stuart chefiou a área de resseguro do grupo sul-africano Santam Limited, onde contribuiu para a criação da Santam Re. Anteriormente à sua passagem pela Santam esteve 11 anos na Hannover Re, com atividade repartida pela África do Sul e pela Alemanha.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Asisa fatura mais 8% no 1ºT e reafirma estratégia de crescimento

  • ECO Seguros
  • 19 Junho 2022

Com ambição de reforçar presença internacional, transformação digital e sustentabilidade social e ambiental, o grupo cooperativo de saúde continua apostado em diversificar oferta seguradora.

O grupo Asisa, integralmente detido pela cooperativa Lavinia, terminou 2021 com faturação consolidada a rondar 1,57 mil milhões de euros, mais 8,8% comparativamente com o exercício precedente e a acelerar crescimento face à variação de 3,9% conseguida em 2020. No último ano inteiro, apesar das dificuldades da pandemia, a atividade seguradora do grupo gerou 1,3 mil milhões de euros em prémios, mais 4,6% do que em 2020.

Nos primeiros três meses (1T) de 2022, a Asisa continuou tendência de crescimento e realizou 350,5 milhões de euros em prémios de seguro, mais 8,1% face a igual trimestre do ano anterior, segundo números apresentados na 46ª Assembleia Geral anual da cooperativa Lavinia, sob o mote “Ganas de crescer”, objetivo que o grupo assume com foco em cinco eixos:

  • Avançar no desenvolvimento de oferta seguradora multirramo;
  • Fortalecer rede hospitalar e assistencial própria;
  • Aumentar presença internacional;
  • Acelerar transformação digital;
  • Reforçar compromisso com a sustentabilidade;

Com soluções de seguro saúde, dentário, acidentes, morte, assistência em viagem e pet, a estratégia de diversificar e englobar ramos é para continuar, refere em comunicado, afirmando intenção de “dar um novo impulso” ao projeto de “internacionalização em busca de novas oportunidades de investimento e crescimento no estrangeiro”, um processo até agora “retardado pela evolução da pandemia”, nota o grupo espanhol com operações em Portugal, Itália, Suíça, Brasil, México, Nicarágua e Emiratos Árabes Unidos.

No âmbito da transformação digital, recorda que também é competitiva em software de gestão hospitalar (solução Green Cube) comercializado em vários países. Além disto, a Asisa promete novas versões das aplicações para dispositivos móveis, por forma a simplificar a gestão de segurados e pacientes. Também quer desenvolver novos projetos para melhorar gestão e qualidade dos dados de clientes e progredir na personalização da sua oferta de produtos e serviços.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Canais de denúncia obrigatórios. Estarão as empresas já preparadas?

Desde sábado que as empresas são obrigadas a ter as regras internas conformes ao novo Estatuto do Denunciante. Canais de denúncia obrigatórios para empresas com mais de 50 colaboradores.

Desde sábado que as empresas com mais de 50 colaboradores têm de ter canais de denúncia para onde serão reportados comportamentos suspeitos dos colegas de trabalho. Seja a nível de suspeitas de corrupção, peculato ou mesmo situações de assédio.

Assim, no âmbito do Estatuto do Denunciante — publicado ainda no mandato de Francisca Van Dunem — torna-se vinculativa a adoção por todas as entidades públicas e privadas com mais de 50 trabalhadores de um programa de compliance, que inclua “a elaboração de um plano de prevenção da corrupção, a aprovação de um código de conduta, a disponibilização de um canal de denúncia”.

E estarão as empresas preparadas para isso?

A Advocatus falou com alguns advogados que falaram da situação, em concreto, dos seus clientes empresariais.

“Sim, creio que podemos dizer que, de um modo geral, os nossos clientes estão cientes dessa obrigação”, explica a advogada da Miranda, Catarina Veiga Ribeiro. “Desde o ano passado que temos desenvolvido um conjunto de iniciativas – partilha de informações jurídicas, questionários, formações one-to-one – com o objetivo de alertar e sensibilizar os nossos clientes para estas obrigações”.

“Não só os clientes da DLA Piper Portugal estão cientes disso e desejam atuar em conformidade com a Lei, como (ainda) estamos a desenvolver todos os esforços para os ajudar nesse processo”, segundo explicou Paulo Saragoça da Matta, sócio da DLA Piper. “Desenhámos um programa e um protocolo específicos para tal propósito, que disponibilizamos não só aos nossos clientes como a todas as empresas que queiram implementar as novas obrigações legais“, concluiu.

“Acreditamos que os nossos clientes cumprirão as obrigações durante este mês de junho (estamos aliás com vários projetos em mãos e a serem ultimados) sendo que alguns de entre eles já tinham instalada uma política interna de denúncias – que naturalmente requer alguma adaptação a este novo pacote legislativo – na medida em que são filiais nacionais de pessoas coletivas com sede em países estrangeiros, onde esta obrigação (por força do US Foreign Corrupt Practices Act, do UK Bribery Act ou outra legislação semelhante) já era aplicada de forma consistente”, concluiu Catarina Veiga Ribeiro.

“Grande parte dos nossos clientes empresariais de maior dimensão vinha já adotando mecanismos que visavam a possibilidade de apresentação de denúncias e a proteção de quem as fazia”, explica João Lima Cluny, advogado sénior da Morais Leitão. A resposta à Lei 93/2021 foi, assim, nestes casos, uma reanálise dos sistemas já implementados e um reforço das medidas necessárias à proteção daqueles que apresentam denúncias. Estou convencido e tenho verificado que, em especial das grandes empresas, existe uma preocupação relevante e que as consciências estão alerta para esta matéria. Já em empresas de média dimensão admito que, apesar do esforço que se tem verificado na divulgação desta legislação, ainda haja algum desconhecimento/alheamento”, concluiu.

O que diz o Estatuto do Denunciante?

  • As matérias que podem fazer parte destas futuras denúncias reportam-se a casos como utilização indevida de meios financeiros, furto, violação de qualquer dever de confidencialidade, fraude, peculato ou suborno;
  • Já a própria relação de trabalho do colaborador, como violações de orientações internas, licenças médicas (baixas) não estão, à partida, incluídas no sistema de proteção de denunciantes.
  • Se a denúncia se referir a situações como, por exemplo, delitos graves ou condições do próprio local de trabalho, como seja o assédio sexual e outros conflitos graves, já podem ser alvo destas denúncias;
  • Este canal pode ainda funcionar como uma forma interna de gestão de riscos, condições de trabalho, segurança e mesmo expectativas e liberdade de todos aqueles que diariamente colaboram para o futuro da organização.

Quem pode ser considerado denunciante?

  • A pessoa singular que denuncie ou divulgue publicamente uma infração com fundamento em informações obtidas no âmbito do seu trabalho (mesmo que entretanto tenha saído dessa empresa), independentemente da natureza desta atividade e do setor em que é exercida.
  • Bem como as infrações baseadas em informações conhecidas durante o processo de recrutamento ou durante outra fase de negociação pré-contratual;
  • Neste contexto, poderão ser considerados denunciantes, designadamente: os trabalhadores do setor privado, social ou público, os prestadores de serviços, contratantes, subcontratantes e fornecedores, bem como quaisquer pessoas que atuem sob a sua supervisão e direção, os titulares de participações sociais e as pessoas pertencentes a órgãos de administração ou de gestão ou a órgãos fiscais ou de supervisão de pessoas coletivas, incluindo membros não executivos. E ainda voluntários e estagiários, remunerados ou não remunerados.

Que ‘castigo’ terão as empresas incumpridoras?

  • A lei estabelece um quadro punitivo para o incumprimento das medidas previstas nesta Lei, com contraordenações graves e muito graves, puníveis com coimas que podem chegar aos 250 mil euros no caso de pessoas coletivas e 25 mil euros no caso de pessoas singulares.

Como é o denunciante protegido contra eventuais retaliações?

  • A Diretiva sobre Proteção de Denunciantes (Whistleblower) exige a proibição total de qualquer forma de retaliação.
  • Uma denúncia não deve originar um tratamento desfavorável ou reações contra o denunciante.
  • Nem os denunciantes (ou quaisquer outros) que cumpram as condições da lei podem ser objeto de retaliação, tentativa de retaliação ou ameaças de retaliação. Caso isso aconteça, os próprios denunciantes terão direito a uma indemnização;

Quem gere este canal de denúncia?

  • O empregador pode optar por ser responsável pelo canal internamente. Neste caso, deve ser selecionada uma pessoa independente da empresa (ou departamento) que recebe os alertas e se encarrega do contacto com o denunciante;
  • Ou então ter uma entidade externa responsável pelo canal. Será essencial garantir o conhecimento e experiência na área do Direito Laboral e RGPD, para além do domínio da própria Diretiva e Lei do Whistleblower.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

IFRS 17: Custo global para indústria seguradora revisto em alta para 20 mil milhões

  • ECO Seguros
  • 19 Junho 2022

Enquanto ASF acompanha preparação das supervisionadas, análise da WTW junto de 270 seguradoras internacionais de 45 países revela 60% das maiores com trabalho atrasado e custo global agravado em 20%.

A implementação da norma internacional de relato financeiro no setor dos seguros (IFRS 17) terá custo global estimado entre 18 mil milhões e 24 mil milhões de dólares (sendo que o ponto médio do intervalo corresponderá a 20,13 mil milhões de euros ao câmbio corrente), estima a WTW com base em inquérito global junto de 270 seguradoras de 45 países.

Além da estimativa, que representa um agravamento de 20% relativamente ao custo projetado um ano antes, o estudo da consultora anteriormente designada Willis Towers Watson salienta que a adoção efetiva do normativo contabilístico internacional ainda se confronta com desafios de grande dimensão e que o setor precisa de acelerar etapas, dado que muitas companhias não estão em condições de uma aplicação efetiva da IFRS 17 na data prevista (janeiro de 2023).

Entre outros aspetos preocupantes, após avaliar o estado de preparação e adaptação de processos no universo inquirido, a WTW afirma que apenas 40% de 26 dos maiores grupos internacionais e 20% das restantes 244 companhias estarão plenamente preparadas para a implementação da norma no prazo estabelecido. Por outro lado, além da necessidade em capital humano, anteriormente noticiada, de recrutamento adicional superior a 10 mil pessoas nos próximos dois anos, as áreas de dados, sistemas e processos são as mais preocupantes para as seguradoras mais atrasadas na transição contabilística.

Portugal com preparação “em curso” ou num grau “intermédio”

Depois da apresentação (em maio de 2021) do draft de alteração do Plano de Contas das Empresas de Seguros (PCES), a implementação da norma internacional emitida pela IASB cumpre, em Portugal, programa e calendário definidos pela ASF, esperando-se neste 2ºT a conclusão do segundo questionário ao mercado supervisionado.

Faltava cerca de um ano para a entrada em vigor do novo normativo internacional de reporte, a Autoridade de Seguros – salientando necessidade de preparação (pelas empresas do setor) da IFRS 17 já a partir de janeiro de 2022 -, publicou, em dezembro passado, um diagnóstico de situação com base nos resultados do primeiro questionário qualitativo para aferir sobre o andamento do processo de implementação do novo normativo contabilístico para contratos de seguro.

Numa apreciação global, o organismo de Supervisão verificou na altura que a maioria das entidades (26 das 38) classificava o seu “grau de preparação como em curso, portanto intermédio”. No entanto, nove empresas sinalizam um “nível de preparação meramente inicial, e uma empresa Não Vida descreve a sua preparação como não iniciada. Em sentido contrário, duas empresas, integrantes do subconjunto Mistas e Vida, avaliaram a sua preparação “como em estágio avançado.” Entre outros aspetos, a ASF salientou que a preparação atempada da transição e o envolvimento das empresas de seguros no processo de implementação “constitui um fator determinante para garantir que a aplicação da IFRS 17 decorrerá de forma adequada.”

A terminar, a Supervisão que através do diagnóstico afirma ter sido possível aferir que, “em termos globais, o mercado segurador nacional, à data da realização do questionário, se encontrava numa fase intermédia do seu processo de implementação”.

Assim, além de entidades num estágio mais avançado do processo, no extremo oposto existiam empresas de seguros “ainda numa fase bastante embrionária e incipiente” de preparação. Quanto à evolução das empresas nas diferentes componentes da IFRS 17, a Autoridade destacou de forma positiva, “a classificação dos contratos”, bem como, o reconhecimento e desreconhecimento dos mesmos. Em sentido contrário, notou, “a transição, em conjunto com a informação comparativa, apresenta algum atraso” face às restantes áreas do normativo.

O atraso demonstrado relativamente à informação comparativa “deve ser especialmente assinalado, na medida em que, será exigido que os dados apresentados no primeiro ano de reporte tenham pelo menos um ano de informação comparativa,” apontou a ASF no final de 2021.

Vídeo da apresentação pública do relatório pode ser revisto aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ucrânia proíbe emissão de música russa e importação de livros russos

  • Lusa
  • 19 Junho 2022

A restrição será suspensa assim que a guerra terminar e os territórios ocupados pela Rússia regressarem ao controlo ucraniano. Haverá uma "lista branca" para artistas que se distanciaram do Kremlin.

O parlamento ucraniano aprovou neste domingo uma lei que proíbe a transmissão na rádio e na televisão e a apresentação em espaços públicos de música de artistas russos, assim como a importação de livros russos, noticia a imprensa ucraniana.

Por lei, será proibida a reprodução de obras de cantores que sejam cidadãos de um estado agressor ou que estejam legalmente registados na Federação Russa, explicou Pavel Frolov, deputado do Partido Servo do Povo, na sua conta no Telegram.

Artistas russos também não poderão apresentar-se em digressões pela Ucrânia, com exceção daqueles que condenaram publicamente a invasão russa, indicam os meios de comunicação.

Esta exceção também se aplica a obras divulgadas em rádio e televisão, devendo ser criada uma “lista branca” de artistas que se distanciaram do Kremlin, que será gerida pelo Conselho de Segurança e Defesa Nacional e será pública.

A restrição será suspensa assim que a guerra terminar e os territórios ocupados pela Rússia regressarem ao controlo ucraniano, informou o diário “Ukrainskaya Pravda”.

Além disso, a lei, que foi apresentada no parlamento por vários partidos, entre os quais o do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prevê quotas mínimas de músicas em idioma ucraniano, que deverão representar pelo menos 40% dos emitidos nos meios.

Ao mesmo tempo, pelo menos 75% do conteúdo de informação e entretenimento da rádio deve usar o idioma oficial do país.

Por outro lado, Frolov anunciou que o parlamento também ratificou a proibição de importação e distribuição de produtos impressos, principalmente livros, da Rússia, Bielorrússia e dos territórios ocupados na Ucrânia, referindo-se à península da Crimeia e às repúblicas separatistas de Donbass.

Segundo a mesma informação, para importar livros impressos no “idioma do agressor” de outros países, será necessário obter uma licença especial.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Secretária do Tesouro considera que recessão nos EUA não é “inevitável”

  • Lusa
  • 19 Junho 2022

Considerando a atual taxa de inflação como "inaceitável", Janet Yellen espera que "a economia desacelere" no quadro de uma transição para um "crescimento lento e estável".

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, também antiga presidente da Reserva Federal (Fed), disse que uma recessão no país não é “inevitável”, depois da histórica subida das taxas de juro na quarta-feira.

“Não penso que uma recessão seja inevitável”, disse Janet Yellen à televisão ABC News, citada neste domingo pela agência France-Presse, admitindo, porém, que espera que “a economia desacelere” no quadro de uma transição para um “crescimento lento e estável”.

A hipótese de uma recessão nos Estados Unidos ganha força após a decisão da Fed de subir acentuadamente as suas taxas diretoras, de forma a conter a inflação galopante.

A Reserva Federal norte-americana decidiu na quarta-feira subir a sua taxa de juro de referência em 75 pontos base, o terceiro aumento desde março e o maior desde 1994.

A decisão de aumentar a taxa de juro para um intervalo de entre 1,50% e 1,75% foi anunciada em comunicado após uma reunião de dois dias do comité de política monetária do banco central norte-americano.

O presidente [da Fed, Jerome] Powell declarou que o seu objetivo era o de reduzir a inflação mantendo um mercado de trabalho forte. Será preciso talento e sorte, mas creio que é possível“, disse hoje Janet Yellen, qualificando o nível de inflação de “inaceitável”.

A responsável do Governo norte-americano sublinhou ainda, sobre a inflação, que “é a prioridade do Presidente [Joe] Biden reduzi-la”.

A economia dos EUA já desacelerou com uma contração de 1,5% no PIB no primeiro trimestre, e o início do segundo trimestre parece mostrar que a desaceleração continua em alguns setores, como indústria transformadora, imobiliário e vendas a retalho.

Um inquérito do instituto Conference Board revelou recentemente que 76% dos 750 patrões questionados consideravam que uma recessão estava a surgir no horizonte ou que já estava em vigor.

No entanto, a secretária do Tesouro vê motivos para esperar que uma recessão não se concretize, especialmente porque os gastos do consumidor continuam “muito fortes”.

“É claro que a maioria dos consumidores – mesmo as famílias de baixos rendimentos – continuam a ter economias que podem atuar como um amortecedor e permitir que continuem a gastar”, disse Janet Yellen à ABC News.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Património subaquático dos Açores vale prémio da Comissão Europeia

  • Lusa
  • 19 Junho 2022

Desde a década de 1970, foram detetados, através de sucessivos trabalhos arqueológicos em todo o arquipélago, mais de uma centena de naufrágios, registados na Carta Arqueológica dos Açores.

O Património Subaquático dos Açores foi distinguido pela Comissão Europeia com a Marca do Património Europeu, um prémio que se destina a “manifestações culturais e sítios de elevado interesse na área do património cultural”, anunciou o Governo Regional neste domingo.

De acordo com uma nota publicada na página da Internet do Governo açoriano, de coligação PSD/CDS-PP/PPM, a distinção ocorreu “numa cerimónia realizada esta semana em Bruxelas”.

Segundo a secretária regional da Educação e dos Assuntos Culturais, Sofia Ribeiro, o prémio da Comissão Europeia destina-se a “manifestações culturais e sítios de elevado interesse na área do património cultural, que conjuguem a herança histórica, arqueológica e imaterial da identidade europeia”.

“Desde a década de 1970, foram detetados, através de sucessivos trabalhos arqueológicos em todo o arquipélago, mais de uma centena de naufrágios, registados na Carta Arqueológica dos Açores, existindo cerca de um milhar de sítios documentados”, adiantou a governante.

O arquipélago dos Açores corresponde “a um dos sítios, ao nível mundial, com maior potencial patrimonial nas suas águas”.

A estratégia em curso passa por “valorizar e capitalizar esses ativos, ao nível turístico e económico, com parcerias com centros de investigação, e protegê-los, através da criação de ferramentas legais para os devidos efeitos”, lê-se ainda na nota.

A titular da pasta dos Assuntos Culturais, citada na nota divulgada, explica ainda que a Marca do Património Europeu é “a distinção de maior relevo, a nível europeu, no âmbito do património cultural, pretendendo aumentar o sentimento de pertença à União Europeia”.

“Os Açores foram notificados em 2019 com esta distinção, contudo, devido à pandemia, a cerimónia de entrega dos prémios foi adiada para este ano, tendo sido premiados também os lugares distinguidos em 2021”, acrescentou Sofia Ribeiro.

O processo foi iniciado em 2018, “na sequência da criação do Roteiro do Património Cultural Subaquático dos Açores”, candidatando ao prémio “todo o Património Subaquático do arquipélago inventariado até então”, indicou.

A par da distinção dada aos Açores em 2019, foram também premiados espaços em França, Itália, Alemanha, Luxemburgo, Países Baixos, Áustria, Hungria, Republica Checa, Polónia e Eslovénia, informou também o Governo Regional.

Ainda de acordo com o executivo, a Marca do Património Europeu “já distinguiu 60 sítios da União Europeia” e “Portugal é distinguido agora pela quarta vez”.

O Património Subaquáticos dos Açores junta-se agora à Carta de Lei de Abolição da Pena de Morte em Portugal, à Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra e à Ponta de Sagres.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comissão de acompanhamento quer “maior coordenação” entre hospitais quando serviços fecham

  • Lusa
  • 19 Junho 2022

Além de "arranjar soluções para o verão”, comissão de acompanhamento vai começar “a pegar nos problemas mais estruturais e tentar alterações aí", segundo Diogo Ayres de Campos.

A comissão de acompanhamento criada em resposta à crise nos serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia vai arranjar uma fórmula para que exista “maior coordenação” entre os hospitais quando a maternidade ou o bloco de partos está encerrado.

“Vamos tratar sobretudo arranjar uma fórmula para que haja maior coordenação entre os hospitais quando há contingências e tentar que sejam bem claros para a população os tipos de contingência que existe”, disse à agência Lusa o coordenador nacional da comissão, o médico Diogo Ayres de Campos.

A comissão de acompanhamento de resposta em urgência de ginecologia, obstetrícia e bloco de partos foi anunciada na semana passada pela ministra da Saúde, Marta Temido, e é constituída por seis elementos, designadamente o coordenador nacional e outros cinco clínicos em representação por cada região do país.

Diogo Ayres de Campos, diretor do serviço de obstetrícia do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e presidente da Associação Europeia de Medicina Perinatal, considerou que deve existir uma maior coordenação entre hospitais quando um bloco de partos ou uma urgência encerra para que não aconteça em simultâneo e de forma desorganizada, como tem sucedido nos últimos dias.

“Às vezes fecha o bloco de partos, outras vezes as urgências e quando passa para a comunicação social nem sempre é muito claro o que está fechado e isso pode trazer alguma confusão às grávidas”, disse, sublinhando que as utentes têm de saber para onde se devem dirigir.

Diogo Ayres de Campos sublinhou que a “primeiro prioridade” da comissão “é arranjar soluções para o verão”, mas ao mesmo tempo e já que está a lidar com “estes problemas agudos” terá também de começar “a pegar nos problemas mais estruturais e tentar alterações aí, porque senão está apenas a reagir e não a planear”.

O médico disse também que, neste momento, não há um tempo fixo de duração da comissão de acompanhamento, que terá também como tarefa rever o mapa de referenciação hospitalar em saúde materna e infantil.

Questionado sobre se os serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia e bloco de partos de vários pontos do país vão continuar a ter problemas nos próximos dias, Diogo Ayres de Campos afirmou não ter condições para responder a isso neste momento.

A comissão de acompanhamento, que foi nomeada na passada sexta-feira, vai reunir-se, na segunda-feira de manhã, com a ministra da Saúde, e à tarde com as administrações regionais de saúde (ARS).

Nos últimos dias, vários serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia e bloco de partos de vários pontos do país tiveram de encerrar por determinados períodos ou funcionaram com limitações, devido à dificuldade dos hospitais em completarem as escalas de serviço de médicos especialistas.

Na quarta-feira passada, Marta Temido anunciou a criação de uma comissão para acompanhar a resposta das urgências de ginecologia e obstetrícia e bloco de partos dos hospitais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sindicato da aviação civil inicia plenários em aeroportos após falhanço da negociação na ANA

  • Lusa
  • 19 Junho 2022

Sindicato fala num “ano em negociação do AE [Acordo de Empresa] sem resultados”, marcado por “uma ‘não’ negociação dos aumentos salariais”.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Sintac) disse neste domingo que se atingiu “o limite do aceitável” na negociação do Acordo de Empresa da ANA – Aeroportos de Portugal, tendo já iniciado plenários e reuniões para “definir ações” a tomar.

Em comunicado, o Sintac fala num “ano em negociação do AE [Acordo de Empresa] sem resultados”, marcado por “uma ‘não’ negociação dos aumentos salariais”.

O sindicato denuncia ainda “a suspensão de contribuição para fundo de pensões, um sistema de avaliação irrealista e aplicado injustamente apenas com o fito de obstar à progressão na carreira dos seus trabalhadores, a falta recursos humanos nas operações, com potenciais efeitos na segurança aeroportuária, e a intenção de extinguir as tabelas salariais e carreiras profissionais”.

Um cenário que, sustenta, impõe “que se diga que foi atingido o limite do aceitável”.

Neste contexto, o Sintac diz ter já começado plenários e reuniões com os trabalhadores para “definir quais as ações a prosseguir no futuro muito próximo”.

O primeiro encontro aconteceu na passada sexta-feira no aeroporto da Horta, estando marcadas novas reuniões para segunda-feira (às 10:30) no aeroporto de Ponta Delgada; terça-feira (às 10:30) no aeroporto do Porto; quinta-feira (às 14:00) no aeroporto de Lisboa; dia 28 (às 14:00) no aeroporto de Faro; dia 01 de julho (às 10:30) no aeroporto Santa Maria; e dia 06 de julho, (às 14:00) no aeroporto do Funchal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.