Bolsas europeias caem após BCE confirmar subida de juros em julho

As bolsas europeias registaram quedas superiores a 1% esta quinta-feira. Praça lisboeta também teve perdas, mas menos expressivas.

A bolsa de Lisboa fechou a penúltima sessão da semana em queda, seguindo a tendência das congéneres europeias, apesar de ter registado perdas menos expressivas. Mercados reagem assim ao anúncio do Banco Central Europeu de que irá subir os juros em julho e setembro e pôr fim ao programa de compra de ativos em julho.

Pela Europa, as perdas superam 1%, com o pan-europeu Stoxx 600 a recuar 1,4%. Já o alemão Dax perdeu 1,7%, o britânico FTSE 100 caiu 1,5%, o francês Cac 40 desvalorizou 1,4% e o espanhol Ibex 35 cedeu 2,7%.

Já o índice de referência nacional, o PSI, caiu 0,52% para os 6.301,73 pontos. Entre as 15 cotadas, apenas três fecharam a sessão em terreno positivo, enquanto as restantes registaram desvalorizações.

A liderar as quedas ficou a Semapa, que perdeu 3,75% para os 14,90 euros, e a Navigator, que caiu 2,73% para os 3,99 euros. Nota também para as retalhistas, numa sessão em que a Jerónimo Martins recuou 0,75% para os 18,54 euros e a Sonae deslizou 0,53% para os 1,12 euros.

No vermelho ficou ainda a família EDP, com a casa-mãe a perder 0,38% e a subsidiária EDP Renováveis a recuar 0,64%, bem como a Galp Energia, que desvalorizou 0,16%.

No extremo oposto, nos ganhos, encontra-se apenas a Corticeira Amorim, que ganhou 0,77% para os 10,52 euros, o BCP, que subiu 0,41% para os 0,1951 euros e a Greenvolt, que somou 0,13% para os 7,50 euros.

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IGCP realiza leilão de BT a três meses no dia 15 de junho

  • Lusa
  • 9 Junho 2022

No último leilão comparável, em 20 de abril, o IGCP colocou 451 milhões de euros em BT a três meses à taxa média de -0,655%.

O IGCP vai realizar na próxima quarta-feira um leilão de Bilhetes do Tesouro (BT) a três meses, com o objetivo de angariar até 500 milhões de euros, foi esta quinta-feira anunciado.

“O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 15 de junho pelas 10:30 horas um leilão da linha de BT com maturidade em 23 de setembro de 2022, com um montante indicativo de EUR 500 milhões“, refere a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP).

No último leilão comparável, em 20 de abril, o IGCP colocou 451 milhões de euros em BT a três meses à taxa média de -0,655%, com a procura a atingir 1.379 milhões de, 3,06 vezes o montante colocado.

O anúncio do IGCP revela ligeiras alterações face às linhas de atuação para o segundo trimestre, as quais são sempre indicativas e dependente da avaliação da instituição presidida por Cristina Casalinho. Segundo o programa de financiamento de 2022, o IGCP previa em 15 de junho um leilão a três meses e a 11 meses, com um montante indicativo entre mil milhões de euros e 1.250 milhões de euros.

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Cinemas somam até maio aumento superior a 600% de assistência

  • Lusa
  • 9 Junho 2022

Dos 17,8 milhões de euros de receita de bilheteira, 6,9 milhões de euros dizem respeito a filmes distribuídos pela NOS Lusomundo Audiovisuais.

As salas portuguesas de cinema registaram este ano, até maio, um aumento de mais de 600% em assistência e receitas face a 2021, totalizando 3,1 milhões de espectadores e 17,8 milhões de euros de bilheteira, foi esta quinta-feira anunciado.

De acordo com as estatísticas mensais divulgadas pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), entre janeiro e maio, as salas de cinema acolheram 3,1 milhões de espectadores, quando em igual período de 2021 tinham sido 412.848 espectadores.

Em termos de bilheteira, a exibição de cinema contabilizou 17,8 milhões de euros nos primeiros cinco meses deste ano, ou seja, quase oito vezes mais do que no período homólogo de 2021, ainda afetado pelas restrições decorrentes da pandemia da covid-19.

Em termos de distribuição, este ano foram estreados 164 filmes e, embora a NOS Lusomundo Audiovisuais continue a ser líder do mercado, as maiores subidas em termos de receita de bilheteira foram da Cinemundo, que passou de 50 mil euros, em 2021, para 5,6 milhões de euros, e da Lanterna de Pedra Filmes, que passou de uns residuais 45 euros, para cerca de 50.000 euros em 2022.

Dos 17,8 milhões de euros de receita de bilheteira, 6,9 milhões de euros dizem respeito a filmes distribuídos pela NOS Lusomundo Audiovisuais. Do total de 3,1 milhões de espectadores contabilizados entre janeiro e maio, o cinema português somou 42.366 espectadores e 208 mil euros de receitas de bilheteira.

O filme português mais visto em sala foi “Salgueiro Maia – O Implicado”, de Sérgio Graciano, com 15.498 espectadores. “Uncharted”, de Ruben Fleischer, foi o filme mais visto pelos portugueses até maio, com 33.1845 espectadores

De janeiro a maio de 2019, o último período homólogo, não afetado pela pandemia de covid-19, as salas portuguesas de cinema somaram 5,6 milhões de espectadores, com um total de 29,8 milhões de euros de receita de bilheteira, segundo os números divulgados em junho desse ano, pelo ICA.

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Gás natural sobe 7% após incêndio em terminal de exportação nos EUA

Em causa está um incêndio numa instalação de gás natural liquefeito no Texas, que segundo representa cerca de um quinto de todas as exportações americanas do combustível.

Os futuros de referência do gás natural na Europa dispararam após um incêndio num grande terminal de exportação nos EUA, que vai permanecer fechado por três semanas. Preços sobem cerca de 7% para os 85 euros por MWh (megawatt-hora), numa altura em que o fornecimento da Rússia está limitado.

O contrato Dutch TTF Gas para entrega em julho, que nas últimas sessões tinha vindo a recuar, está agora a subir 7,32% para 85,22 euros por MWh, depois de já ter chegado a atingir os 92,05 durante esta quinta-feira.

Em causa está um incêndio numa instalação de gás natural liquefeito da Freeport no Texas, que segundo a Bloomberg representa cerca de um quinto de todas as exportações americanas do combustível. Devido ao incidente, a instalação permanecerá fechada por pelo menos três semanas, resultando em cerca de dez cargas perdidas.

A causa da explosão e a extensão dos danos ainda são incertas, sendo que a Freeport confirmou que “um incidente” ocorreu por volta das 11h40, hora local, acrescentando que não houve feridos e não houve risco para a comunidade vizinha. Localizado na costa do Golfo do Texas, este é um dos apenas sete terminais em operação nos EUA.

Esta situação ocorre numa altura em que as preocupações com o abastecimento de gás natural já estavam em alta, devido a limitações no fornecimento com origem na Rússia e também constrangimentos na Noruega. Os Estados Unidos têm estado a tentar aumentar as exportações para a Europa enquanto o continente procura reduzir a dependência das importações russas.

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Britânicos a residir na UE “perderam os seus direitos”, diz Tribunal Europeu de Justiça

Decisão do Tribunal Europeu de Justiça decreta que britânicos residentes num dos 27 Estados-membros “não usufruem mais do estatuto de cidadão da UE”, e perdem o direito ao voto.

O Tribunal Europeu de Justiça informou os cidadãos britânicos a viver na União Europeia “perderam os seus direitos” no pós-Brexit, avançou esta quinta-feira a Bloomberg (acesso condicionado).

Segundo a decisão do tribunal europeu, com a saída do Reino Unido da União Europeia em 2016, os cidadãos britânicos residentes num dos 27 Estados-membros “não usufruem mais do estatuto de cidadão da UE”, esclareceu a entidade. Com esta decisão, os cidadãos britânicos a residir num país da UE deixam de ter direito ao voto e a candidatarem-se a eleições municipais.

A decisão do tribunal sediado no Luxemburgo surge no seguimento de um caso onde esteve envolvida uma ex-funcionária pública britânica, residente em França desde 1984. Esta ex-funcionária indicou que viu ser restringido o seu direito ao voto tanto no país de origem, como na França.

A cidadã britânica alegou que o seu país de origem a impediu de votar nas eleições por viver no estrangeiro há mais de 15 anos, e que se encontra agora também impedida de votar em França. O Tribunal Europeu de Justiça acrescentou que se trata de uma “consequência automática da decisão soberana, tomada pelo Reino Unido, de se retirar da União Europeia”.

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Costa falha comemorações do 10 de junho por motivos de saúde

O gabinete do primeiro-ministro adiantou que António Costa não poderia participar nas comemorações do 10 de junho por "motivos de saúde". Presidente diz que doença "não é grave".

António Costa não vai participar nas cerimónias oficiais do dia de Portugal em Braga, nem em Londres, por “motivos de saúde”, segundo adianta o gabinete do primeiro-ministro. Presidente da República adiantou que “não é uma doença grave”, mas o primeiro-ministro foi recomendado a descansar. Ainda não é certo quem irá substituir o governante nas celebrações.

“O Primeiro-Ministro não poderá estar presente nas Comemorações Oficiais do 10 de junho por motivos de saúde”, diz apenas a nota do gabinete de António Costa. Na agenda estavam celebrações em Braga, seguindo-se comemorações em Londres, no Reino Unido, junto das comunidades portuguesas.

O Presidente da República, por sua vez, já está presente nas comemorações em Braga, e falou sobre a situação de António Costa, apontando que “o primeiro-ministro voltou de Paris e sentiu-se adoentado”. “O médico disse que precisaria de dois a três dias para recuperar, não é uma doença grave mas está doente e portanto era uma insensatez ter um grande esforço”, explica Marcelo Rebelo de Sousa.

“Amanhã o dia era muito intenso com cerimónia de manha e depois partir para Londres”, salientou o Presidente, apontando que o programa era “muito pesado”. “O médico entendeu que o primeiro-ministro ficasse a repousar e recuperar”, reforçou, apontando que não era aconselhável viajar.

Já sobre quem irá tomar o lugar de Costa nas comemorações, Marcelo aponta que “o primeiro-ministro é substituído por membro de Governo que indica”, acrescentando que ainda não sabe quem é mas em várias circunstâncias a escolha tem recaído sobre a ministra da Presidência, “que é a número 2 do Governo”.

Já os restantes membros do Governo vão assinalar o 10 de Junho ao participar em atividades promovidas pela rede diplomática e consular portuguesa por todo o mundo. O ministro das Finanças, Fernando Medina, participará na cerimónia de comemoração do Dia de Portugal na Embaixada de Portugal em Paris.

(Notícia atualizada às 16h40)

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CSM diz que impôr prazo para o GES não belisca independência de Ivo Rosa

O Conselho Superior da Magistratura (CSM) deu ao juiz Ivo Rosa um prazo de oito meses para terminar a fase de instrução do processo BES/GES.

No inicio de Junho, o Conselho Superior da Magistratura (CSM) deu ao juiz Ivo Rosa um prazo de oito meses para terminar a fase de instrução do processo BES/GES.

Em resposta à Advocatus, o CSM garantiu ainda que este prazo “é adequado atenta a complexidade e dimensão do processo, considerando também que o prazo legal de quatro meses é manifestamente insuficiente”. Mais: que, “sendo esta uma das competências do CSM, considera-se que a fixação do prazo em nada belisca a independência dos Juízes”.

O processo BES/GES conta com 30 arguidos (23 pessoas e sete empresas), num total de 361 crimes. Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro. Segundo o Ministério Público (MP), cuja acusação contabilizou cerca de quatro mil páginas, a derrocada do Grupo Espírito Santo (GES), em 2014, terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euro.

A figura central desta investigação é Ricardo Salgado, ex-líder do Banco Espírito Santo (BES), acusado de 65 crimes: associação criminosa (um), burla qualificada (29), corrupção ativa (12), branqueamento de capitais (sete), falsificação de documento (nove), infidelidade (cinco) e manipulação de mercado (dois).

É composto por 767 volumes, entre autos principais, arrestos, incidentes de oposição e apensos bancários e 171 volumes de autos principais, processados até à data da distribuição em 687.398 folhas. Mais todos os apensos bancários, de buscas e diversos (mais de duas centenas) e equipamentos informáticos apreendidos. A acusação conta com 3.552 folhas, assinadas por sete procuradores.

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Comair, franchise da British Airways na África do Sul, anuncia liquidação

  • Lusa
  • 9 Junho 2022

A Comair já tinha anunciado que iria manter as operações suspensas a partir de 31 de maio, incluindo a low-cost kulula.com.

A companhia aérea Comair, um ‘franchise’ da British Airways na África do Sul, vai entrar em liquidação depois de o plano de salvamento da companhia ter falhado, na sequência da interrupção da atividade por problemas técnicas.

De acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP), os diretores da empresa “apresentaram ao tribunal um pedido para converter o processo de recuperação da empresa em processo de liquidação”.

A Comair já tinha anunciado que iria manter as operações suspensas a partir de 31 de maio, incluindo a low-cost kulula.com, enquanto procurava um novo financiamento. “Infelizmente, não foi possível obter o financiamento necessário para permitir à empresa continuar as suas operações”, escreveu a direção numa declaração citada pela AFP, na qual admitem que “já não há qualquer razão para acreditar que a empresa possa ser salva”.

A empresa, que existe desde 1946, foi colocada em processo de recuperação em maio de 2020, e em fevereiro tinha recuperado a quota de mercado e conseguiu também retomar a maioria dos voos.

No entanto, em março, o regulador da aviação civil da África do Sul impôs à companhia uma suspensão de cinco dias por motivos de segurança, após uma série de incidentes com aeronaves.

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Ordem dos Advogados com reservas à proposta do Governo sobre metadados

  • Lusa
  • 9 Junho 2022

OA defende que se deveria elencar os crimes cuja investigação garante o acesso aos dados, em vez de se remeter para crimes previstos no Código de Processo Penal.

A Ordem dos Advogados colocou reservas à proposta do Governo sobre metadados, considerando que se deveria elencar os crimes cuja investigação garante o acesso aos dados, em vez de se remeter para crimes previstos no Código de Processo Penal.

Esta posição consta de um parecer da Ordem dos Advogados (OA) sobre metadados enviado ao presidente da Comissão Parlamentar de Assuntos Consttucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, após pedido para que a OA se pronunciasse sobre a proposta de lei entregue no parlamento.

Segundo o parecer, a que a Lusa teve acesso, a opção do legislador relativamente ao catálogo dos crimes que podem fundamentar o acesso a dados para efeitos de investigação criminal em remeter para os crimes previstos nos nº1 e 2 do artigo 187.º do Código de Processo Penal (CPP) “não se afigura correta”.

“Ao invés, deveria optar-se por elencar os crimes cuja investigação pode fundamentar o acesso aos dados”, defende a OA.

A OA alerta ainda que, embora o diploma do Governo refira que se atribui de “forma clara e inequívoca” às autoridades judiciárias a competência para solicitar à empresa que oferece redes e ou serviços de comunicações eletrónicas, “não resulta evidente do texto da proposta de lei a autoridade judiciária que, em cada fase processual, pode determinar a solicitação dos dados”.

Do mesmo modo, a OA observa que o diploma do Governo determina que “os dados remetidos que não servirem como meio de prova são destruídos após o trânsito em julgado da decisão que puser termo ao processo”, mas nada diz “quanto à forma, ao tempo e termos em que tal destruição ocorrerá”.

“Deverá ainda deixar-se expressa a necessidade de fundamentação, designadamente, das razões pelas quais o acesso aos dados se mostra indispensável para a descoberta da verdade ou que a prova seria, de outra forma, impossível ou muito difícil de obter”, propõe o parecer da OA.

O parecer defende ainda que “deve estar previsto o meio de que o visado (pela investigação) pode socorrer-se em ordem a garantir a tutela efetiva dos seus direitos” e acrescenta que se afigura, igualmente, “desejável, determinar os sujeitos relativamente aos quais é admissível o acesso aos dados pelas autoridades de investigação criminal”

Por outro lado, a OA refere que, embora “se conceda que as condições técnicas para a transmissão de dados sejam densificadas em portaria, não se mostra aceitável a falta de fixação dos critérios e condições da sua transmissão, designadamente, em matéria de segurança”

Pelo exposto, a OA entende que a proposta do Governo sobre metadados “suscita reservas, designadamente, no que “concerne à sua conformidade com a Lei Fundamental e com o Direito da União Europeia (UE).

O parecer da OA está assinado por Angela Cruz, vogal do Conselho Geral da OA.

A iniciativa legislativa do Governo visa estabelecer as regras de acesso, para fins de investigação criminal, a dados tratados pelas empresas que oferecem redes e ou serviços de comunicações eletrónicas, alterando a lei de 2004 sobre “Tratamento de dados pessoais e proteção da privacidade no setor das comunicações eletrónicas” e revoga a lei de 2008 relativa à conservação de dados gerados ou tratados no contexto da oferta de serviços de comunicações eletrónica.

O diploma do governo surgiu na sequência do acórdão do Tribunal Constitucional em que foi declarada a inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, de normas relacionadas com a obrigação de conservação de dados para fins exclusivos de investigação criminal.

O parecer da OA alude ainda às implicações resultantes do Regulamento do Parlamento Europeu e Conselho Europeu no sentido de ser proibida a conservação de dados com o único intuito de investigar, detetar e reprimir a prática de crimes, considerando que deve ser possível garantir o acesso a tais dados, com o propósito de proteção do interesse público e realização da Justiça e da segurança e paz públicas, mas ressalvado que estes valores “que não podem deixar de ser coadunados com os direitos fundamentais de cada cidadão, em cumprimento do princípio constitucional da proporcionalidade”.

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Preço do petróleo desce em abril, mas combustíveis sobem

Apesar de um alívio nas cotações internacionais de petróleo, os preços de venda ao público de combustíveis como o gasóleo, gasolina e GPL Auto aumentaram em abril.

A Entidade Reguladora do Setor Energético (ERSE) indica que, em abril, o preço do barril de petróleo diminuiu no mercado spot face ao mês anterior. No entanto, o preço médio de venda ao público da gasolina e gasóleo subiram nesse mesmo mês e, no caso do gasóleo, o regulador indica que a margem de comercialização pesou.

O preço do West Texas Intermediate, barril de referência em Nova Iorque, diminuiu em abril 6%, para um valor médio de 102,03 dólares, por comparação ao barril negociado em março. Em Londres, a cotação do barril de referência Brent, teve um comportamento idêntico, diminuindo 10,4% no mesmo período, para um valor médio de 105,22 dólares.

Já “o valor médio das cotações internacionais de gasolina e gasóleo permaneceu relativamente em linha com os valores verificados no mês anterior”, indica a ERSE. Mais acentuada foi a diminuição na cotação do GPL Auto, que caiu 6,4%. A exceção do jet fuel, combustível usado nos aviões, que aumentou 4%.

Contudo, os preços de venda ao público médios do gasóleo e da gasolina registaram subidas de 4,1% e 2,3%, respetivamente, em abril, face ao mês anterior, estima o regulador. A alteração na gasolina foi motivada “pelas componentes de incorporação de biocombustíveis e de cotação e frete”, mas, no caso do gasóleo, o regulador justifica também com as componentes de incorporação de biocombustíveis, mas acrescenta os “custos e margem de comercialização”.

Os custos de operação e margem de comercialização, a incorporação de biocombustíveis, a logística e a constituição de reservas estratégicas representam, em conjunto, cerca de 13,6% do preço de venda ao público médio do gasóleo simples, atrás dos 42,2% referentes a impostos e dos 44,2% referentes ao valor da cotação internacional e frete.

Onde fica mais barato abastecer?

Na mesma análise, o regulador deteta que os distritos de Castelo Branco, Braga e Aveiro registaram os preços de gasóleo e gasolina mais baixos em Portugal continental. No extremo contrário, Bragança, Beja e Faro apresentaram os preços mais altos.

Os hipermercados continuam a apresentar as ofertas mais competitivas de gasóleo e gasolina: 1,5% abaixo dos operadores do segmento low cost e 5% inferiores aos dos postos de abastecimento que operam sob a insígnia de uma companhia petrolífera, representando uma diferença de 10,2 cêntimos por litro.

Gás de garrafa encarece

Em abril, o preço médio de venda ao público nas garrafas mais comercializadas de gás propano e butano (as G26), que também é influenciado pelas cotações internacionais de petróleo, sofreu uma variação de 6,4% e de 5,5%, respetivamente.

No final de contas, “prevê-se que o aumento dos preços possa ter um efeito dissuasor no consumo de petróleo no segundo semestre de 2022”, conclui a ERSE. O consumo de combustíveis derivados do petróleo, considerando a gasolina, o gasóleo, o jet e o GPL, diminuiu significativamente face a março, depois do aumento expressivo verificado entre fevereiro e março.

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Ir de férias em segurança: as novas tendências e os riscos do futuro. Assista aqui

  • ECO Seguros
  • 9 Junho 2022

A análise dos riscos, da assistência e das novas tendências em contexto de férias será o tema principal desta webtalk ECOseguros, que pode acompanhar hoje, 23 de junho, pelas 15h.

O que é que os viajantes mais prezam enquanto segurança? A que novos (e habituais) riscos estão sujeitos? E qual o papel dos seguradores e das empresas turísticas na mitigação destes riscos?

Estas são algumas das questões que estarão a debate na webtalk “Ir de férias em segurança: as novas tendências e os riscos do futuro”, organizada pelo ECOseguros em parceria com a Europ Assistance, e que poderá acompanhar hoje, 23 de junho, pelas 15h, no site do ECOseguros e Facebook do ECO.

Partindo dos resultados da 21ª edição do Holiday Barometer, um estudo internacional realizado pela IPSOS e a Europ Assistance, estará em análise o panorama dos riscos, da assistência e dos atuais desafios em contexto de férias, quer do ponto de vista das companhias de seguros, dos players do setor do turismo, e também dos próprios segurados.

O debate será animado pela participação João Horta e Costa, Diretor Comercial da Europ Assistance Portugal, Gonçalo Rebelo de Almeida, Administrador do Grupo Vila Galé e Rui Guerreiro, Head of Affinity, SME & Digital da Aon, após uma apresentação do estudo por Maria João Matos, diretora de desenvolvimento de negócio da Europ Assistance Portugal.

Registe-se na webtalk “Ir de férias em segurança: as novas tendências e os riscos do futuro”

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Caixa Geral de Depósitos paga esta quinta dividendo de 0,491 euros

  • Lusa
  • 9 Junho 2022

A CGD aprovou, em assembleia-geral, o pagamento de um dividendo adicional de aproximadamente 137,2 milhões de euros ao Estado, a que se somam aos 241 milhões anteriormente anunciados.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) paga a partir desta quinta-feira um dividendo de 0,491 euros por ação, adiantou o banco público em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Assim, indicou, “de acordo com o deliberado em Assembleia Geral de 31 de maio de 2022, no dia 9 de junho [hoje], irá ocorrer o pagamento do dividendo, sendo o valor unitário de 0,491957859895 [euros] por ação”.

A CGD aprovou, em assembleia-geral, o pagamento de um dividendo adicional de aproximadamente 137,2 milhões de euros, que se somam aos 241 milhões de euros anteriormente anunciados.

De acordo com a informação remetida à CMVM, os acionistas aprovaram a proposta de aplicação dos resultados de 2021, que inclui “a distribuição de um montante adicional no valor de 137.160.380 euros nos mesmos termos e condições da deliberação do passado dia 29 de novembro de 2021”.

Esta proposta abrange ainda a transferência de 88.306.848 euros para a reserva legal, 241.070.965 euros para dividendos e 112.156.425 euros para incorporação na rubrica outras reservas e resultados transitados. Em 2021, o lucro consolidado da CGD ascendeu a 583 milhões de euros, mais 18,3% face a 2020.

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