Governo espera receitas recorde de 20 mil milhões no Turismo em 2022
Portugal teve em 2019 o melhor ano de sempre no turismo com 27 milhões de hóspedes e 18,4 mil milhões em receitas. Mas, em novembro, este marco já tinha sido superado. 2022 passa a ser recorde.
O ministro da Economia anunciou, esta terça-feira, que Portugal bateu um novo recorde no setor do Turismo. O ano de 2022 terá terminado com um novo recorde de receitas – 20 mil milhões de euros.
Portugal tinha em 2019 o melhor ano de sempre no turismo com 27 milhões de hóspedes e 18,4 mil milhões de receitas. Mas, em novembro de 2022, esse marco já tinha sido superado, com as receitas a ascender a 18,6 mil milhões de euros. Afinal, os resultados foram ainda melhores. António Costa Silva disse aos deputados que as receitas do Turismo devem ascender a 20 mil milhões de euros no final de 2022.
O ministro da Economia sublinhou ainda que “o desenvolvimento do turismo acontece em todas as regiões do país sem exceção” e, por isso, defende que é necessário “tratar deste setor com toda a prudência porque é crucial para o futuro do país”.
Sublinhando que “Portugal é uma das economias que venceu em 2022”, citando dois estudos feitos pela OCDE e pela The Economist, Costa Silva garante que enfrenta o futuro com confiança, não só pela capacidade exportadora — o setor têxtil muito afetado pela guerra deverá ter terminado o ano com exportações no valor de seis mil milhões de euros — capacidade de continuar a atrair investimento estrangeiro, nomeadamente centro de desenvolvimento tecnológico, como o da Nokia, e já não apenas call centers, e a inflação em dezembro já ter sido mais baixa face ao mês anterior. No primeiro semestre de 2022 o investimento empresarial atingiu cerca de 16 mil milhões de euros, “um comportamento muito bom”, diz Costa Silva, acrescentando que a economia não deverá ter registado uma quebra no último trimestre do ano, tal como alguns economistas anteciparam. Recorde-se que o Governo reviu em alta as suas previsões de crescimento para 6,8%, igualando assim as previsões do Banco de Portugal.
O ministro da Economia fez questão de sublinhar o desempenho das exportações, do setor do calçado, que em 2022 exportou cerca de 80 milhões de pares de sapatos, para mais de 170 países, com receitas na ordem dos dois mil milhões de euros, e da metalomecânica. Recordando que a economia portuguesa é, muitas vezes, “uma caixa de surpresas”, fruto da “sua resiliência”, Costa Silva diz que após o pico de IDE atingido em 2021 de 2,7 mil milhões de euros em 2022 ficou ligeiramente abaixo com 2,4 mil milhões de euros. Foram atraídos 47 novos investimentos e estão a ser feitos todos os esforços para que sejam “contratualizados em breve”, sendo que 19% vieram dos Estados Unidos, 15% do Reino Unido, 15% da Suíça, 15% dos Países Nórdicos e 13% da Alemanha. O ministro da Economia defende que “o paradigma está a mudar”.
Mas também porque “algo se está a passar no mundo”, porque afinal as perspetivas da economia alemã são melhores, a recessão, caso se confirme, “será superficial” e os preços da energia até estão num nível inferior ao que se verificava antes da invasão russa da Ucrânia.
Ainda assim, o ministro da Economia recordou que “há incertezas grandes geopolíticas. A China esteve adormecida nos últimos dois anos, o que permitiu à Europa recuperar os seus níveis de reservas”.
Portugal está a desenvolver com Espanha um programa inédito de promoção transfronteiriça do Turismo, cuja ideia é “promover as valências locais”, estando para já previsto um roteiro das fortalezas ao longo da raia, anunciou Costa Silva. O ministro da Economia sublinhou ainda que o objetivo é ter um “turismo com cada vez mais valor” e tentar diversificar a oferta e desenvolver vários tipos de oferta como o turismo termal, de saúde, etc, sempre a privilegiar a excelência, associadas à sustentabilidade.
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