Arábia Saudita criou um visto para quem faz escala no país

  • Servimedia
  • 2 Fevereiro 2023

O visto é gratuito, válido por três meses e permite aos viajantes visitar a Arábia Saudita para fins turísticos ou de peregrinação durante quatro dias.

Como parte do seu compromisso com o turismo, a Arábia Saudita lançou um novo serviço eletrónico que permite aos passageiros com escala no país obterem um visto de entrada para visitar o país durante quatro dias, noticia a Servimedia.

Com esta opção, os viajantes em trânsito podem acrescentar uma paragem extra na sua viagem e explorar a Arábia Saudita para fins turísticos ou de peregrinação. O sítio arqueológico de Al-Hijr na província de Medina, o distrito de At-Turaif em Diriyah e o centro histórico de Jeddah, a porta de entrada para Meca, estão entre os sítios culturais declarados Património Mundial pela Unesco.

O visto para tais passageiros é uma autorização gratuita válida por três meses e pode ser solicitada através das companhias aéreas locais Saudia Airlines e Flynas. O visto é, então, processado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino e enviado imediatamente ao passageiro via correio eletrónico.

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros do país, o visto eletrónico para passageiros em trânsito contribui para alcançar os objetivos da Visão Saudita 2030, reforçando a posição do país e impulsionando o seu potencial como destino turístico internacional.

Durante 2022, o turismo internacional ganhou ímpeto, com a Europa e o Médio Oriente a liderar a recuperação. De acordo com o último barómetro da Organização Mundial do Turismo (UNWTO), as chegadas internacionais ao Médio Oriente aumentaram quase quatro vezes em Janeiro-Julho de 2022 (+287%), ultrapassando os níveis pré-pandémicos em Julho (+3). A peregrinação a Meca na Arábia Saudita, que a mesma agência classificou como o destino turístico de mais rápido crescimento dentro do G20, foi um dos fatores que impulsionaram estes resultados.

A Arábia Saudita tornou o turismo num dos principais pilares da Visão Saudita 2030, o roteiro do governo para diversificar a sua economia e transformar o país. O objetivo é que o turismo seja responsável por mais de 10% do PIB do país até 2030 e crie um milhão de empregos.

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Mais de 2.700 pessoas estavam em vigilância eletrónica no final de 2022

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2023

Mais de 2.700 pessoas estavam no final de 2022 em vigilância eletrónica, mais 6,7% do que no mesmo período de 2021 e mais de metade por violência doméstica, revelam dados da DGRSP.

Mais de 2.700 pessoas estavam no final do ano passado em vigilância eletrónica, mais 6,7% do que no mesmo período de 2021 e mais de metade por violência doméstica, revelam dados da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).

As estatísticas da DGRSP indicam que em 31 de dezembro de 2022 se encontravam em execução 2.770 penas e medidas fiscalizadas com recurso à vigilância eletrónica, o que representou 4.452 pessoas monitorizadas diariamente entre arguidos, condenados e vítimas.

Aquele organismo do Ministério da Justiça avança que o número de pessoas em vigilância eletrónica (VE) aumentou 6,74% comparativamente com os 2.595 casos em execução a 31 de dezembro de 2021.

A DGRSP precisa que em 2022 foi observada uma diminuição nas solicitações em execução das medidas de flexibilização das penas de prisão, nomeadamente na Adaptação à Liberdade Condicional (-33,33%) e na Modificação da Execução da Pena de Prisão (-42,11%).

Segundo os números da DGRSP, “apesar da pouca expressão, a vigilância eletrónica por crime de incêndio florestal registou um crescimento de 22,22%“, estando sujeitos a pulseira eletrónica 11 arguidos no final e 2022.

A vigilância eletrónica por violência doméstica voltou a registar também um crescimento de 11,92% no ano passado face a 2021, estando a ser alvo de monitorização 1.662 agressores, refere o relatório, dando conta que mais de metade (60%) das pessoas que tinha como sanção a vigilância eletrónica em 2022 era arguida por este tipo de crime.

“Em dezembro de 2022, a VE por crime de violência doméstica, com 1.662 casos em execução, representou 60% do total, continuando a aumentar o número de medidas em execução face a dezembro de 2021, ou seja, mais 177 casos e um crescimento de 11,92%”, escreve o documento.

A DGRSP indica também que, do total de 2.770 penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica em execução no final do ano passado, 1.005 (36,28%) respeitaram ao conjunto de equipas de vigilância eletrónica da região Norte, seguidas pelas do Centro, com 773 solicitações (27,91%) e Lisboa Vale do Tejo (23%).

As estatísticas indicam igualmente que durante o ano de 2022 o número total de solicitações recebidas pela DGRSP para execução de penas e medidas fiscalizadas por vigilância eletrónica foi de 2.722, o que, comparativamente com o ano de 2021, “parece apontar para uma estabilização, com uma diminuição inferior a 1%”.

De acordo com o relatório, a maioria das pessoas em vigilância eletrónica era homem e o grupo etário mais vigiado tinha entre os 40 e os 49 anos.

Das 2.770 solicitações judiciais recebidas pela DGRSP em 2022, a maioria foi pelo crime de violência doméstica (1.377), seguido da condução sem habilitação legal (306), condução sob o efeito do álcool (204) e tráfico de droga (199).

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Shell duplica lucros para 38,455 mil milhões de euros em 2022

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2023

A companhia destaca que a situação foi compensada por níveis mais altos relativos ao comércio de vendas de gás natural liquefeito.

A companhia petrolífera Shell atingiu um recorde de lucros anuais em 2022 ao registar ganhos na ordem dos 42.309 milhões de dólares (38.455 milhões de euros), mais 110% em relação a 2021.

Este resultado é atingido após o último trimestre do ano passado, tendo a empresa registado lucros superiores aqueles que os analistas tinham previsto, alcançando os 19.409 milhões de dólares (9.450 milhões de euros), um aumento de 54% em relação ao trimestre anterior.

Num comunicado enviado à Bolsa de Valores de Londres, a Shell assinala nesta quinta-feira que os ganhos totais anuais alcançaram os 386.201 milhões de dólares (350.832 milhões de euros) face aos 272.567 milhões de dólares (247.749 milhões de euros) do ano anterior, mais 29,5%.

Apesar da descida dos preços do petróleo e do gás, comprados no terceiro trimestre, a companhia destaca que a situação foi compensada por níveis mais altos relativos ao comércio de vendas de gás natural liquefeito (mais 7% por volume).

A Shell também anunciou nesta quinta-feira a recompra de ações, prevendo concluir o processo antes do anúncio dos resultados do primeiro trimestre de 2023.

Em virtude dos resultados, a petrolífera britânica reduziu a dívida (valores brutos) de 52.556 milhões de dólares (47.791 milhões de euros) para 44.838 milhões de dólares (40.784 milhões de euros), menos 15%.

Em 2022, a empresa repartiu dividendos por ação que correspondem a um valor 16% superior aos números de 2021, após a passagem de 0,8935 dólares por ação para 1,0375.

O presidente do Conselho de Administração da Shell, Wael Sawan, considerou que os resultados do quarto trimestre e do conjunto do ano “demonstram a força da carteira diferenciada da Shell” assim como “a capacidade de repartir energia vital aos clientes”, num contexto de volatilidade.

Sawan comprometeu-se, por isso, a avançar para a simplificação da companhia e a distribuir os lucros aos acionistas.

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Lucro do Santander Totta duplica para 568,5 milhões em 2022

O Santander Totta registou lucros de 568,5 milhões de euros em 2022, uma subida de 90% em relação ao ano anterior.

O Santander Totta registou lucros recorrentes de 568,5 milhões de euros em 2022, uma subida de 90% em relação ao ano anterior. Foram os melhores resultados de sempre. Ajudaram a subida de 7% da margem financeira e de 10% das comissões, segundo anunciou a instituição esta quinta-feira.

Contabilizando mais-valias relativas a operações feitas dentro do grupo, o lucro foi de 606 milhões de euros.

Por outro lado, os resultados de 2021 registaram um impacto negativo de 165 milhões de euros relacionados com custos de reestruturação, cujo efeito base se faz sentir com um disparo dos resultados em 2022.

“São resultados muito bons”, disse o CEO do banco português, Pedro Castro e Almeida, aos jornalistas, afastando a ideia de que sejam lucros excessivos. “É a primeira vez que temos resultados cuja rentabilidade ultrapassa o custo de capital. Ter uma rentabilidade de capital de 12% não é lucro excessivo”, apontou.

O banco prepara-se para dar novo dividendo à casa-mãe espanhola. O administrador financeiro Manuel Preto não revelou qual vai ser o valor, mas lembrou que o banco dispõe de “excesso de capital” e que irá fazer uma proposta “adequada” à assembleia geral de maio.

Olhando para a operação, a margem financeira aumentou 7,3% para 782,9 milhões de euros (com o banco já a notar o efeito da subida dos juros do banco central) e as receitas líquidas de comissões subiram 10,2% para 470,3 milhões de euros (com a reabertura da economia a traduzir-se em mais transações). O produto bancário atingiu os 1.258,6 milhões de euros, um aumento de 2,2% em relação a 2021. E isto sobre uma base de volume de negócio que contraiu: o crédito a clientes (bruto) cedeu 0,3% para 43,3 mil milhões e a carteira de depósitos encolheu 2,4% para 45,8 mil milhões.

“País está parado”, alerta

Castro e Almeida começou a sessão de apresentação de resultados com uma observação mista sobre a economia portuguesa: vai escapar a uma recessão este ano, mas lembrou que “combustível” do motor da economia está a mudar. “Era o investimento e está a mudar para o consumo. Faz lembrar tempos antigos e não é muito bom“, afirmou.

Neste ponto, o líder do Santander Totta explicou que uma das razões de o investimento não estar a aumentar tem a ver com o nível de execução do PPR. “Não está a chegar às empresas”, disse.

Em relação ao crescimento, crescer entre 0,2% e 0,4% nos últimos quatro trimestres não é um bom sinal para o país: “Não estamos a crescer, o país está parado. Se continuarmos neste modo do dia a dia não vai correr bem para ninguém”.

Mais tarde, instado a comentar se a coleção de casos no Governo atrapalha a governação do país, Castro e Almeida diz que “com muito barulho no dia-a-dia é muito difícil” o Executivo ter “alguma clarividência para resolver os problemas”.

“O Governo está no segundo ano do seu mandato de maioria. Espero que nos próximos meses possa haver mais tranquilidade para olhar para o que são os problemas de burocracia, não questão de é colocar mais dinheiro em cima dos problemas da saúde e educação, mas é uma questão de gestão, de fiscalidade, atração de talento”, enumerou.

Sem alteração relevante no nível de incumprimento

A subida muito rápida das taxas de juro está a colocar pressão sobre muitas famílias. Mas Castro e Almeida adianta que ainda não está a assistir a um aumento do nível de incumprimento dos clientes. “Não vemos nenhuma alteração relevante do incumprimento do credito à habitação em comparação com os meses e anos anteriores“, assegurou.

“Para já [as renegociações de contratos] estão ao nível que estavam antes da subida dos juros. Temos muitos pedidos, mas não temos situações alarmantes em termos de incumprimentos”, disse. Mais tarde revelou que o banco está a analisar cerca de 2.000 casos que se enquadram no Plano de Ação para o Risco de Incumprimento (PARI). “São casos que não foram necessariamente reestruturados, estamos a analisar soluções e os clientes depois pode não querer reestruturar”, adiantou Castro e Almeida, referindo que a realidade será a mesma nos outros bancos. “Anda tudo à volta destes números”.

O gestor considerou ainda as queixas levantadas pela Deco sobre o comportamento de alguns bancos na renegociação do crédito como se tratando apenas de casos pontuais. “Fala de um outro caso, e a realidade que temos nos bancos é outra”, considerou Castro e Almeida.

(Notícia atualizada às 11h20)

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Von der Leyen e comitiva de 15 comissários europeus estão em Kiev para reuniões bilaterais

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2023

Comitiva que inclui Margrethe Vestager e Valdis Dombrovskis chegou a Kiev com a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, para um conjunto de reuniões bilaterais com o Governo ucraniano.

Um total de 15 comissários europeus, incluindo os vice-presidentes Margrethe Vestager e Valdis Dombrovskis, chegaram esta quinta-feira a Kiev com a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, para um conjunto de reuniões bilaterais com o Governo ucraniano.

Até esta quinta-feira de manhã não havia informação sobre quantos comissários viajariam com Von der Leyen por uma questão de segurança e depois de consultadas as autoridades ucranianas.

A vice-presidente e comissária para a transição digital Margrethe Vestager, o vice Valdis Dombrovskis e o alto-representante para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, encabeçam a comitiva, da qual também fazem parte os vice-presidentes Maros Sefcovic (Relações Interinstitucionais), Vera Jourová (Valores e Transparência) e Margaritis Schinas (Promoção do Estilo de Vide Europeu).

O resto da delegação europeia é composta pelos comissários Nicolas Schmit (Empregos e Direitos Sociais), Paolo Gentolini (Economia), Janusz Wojciechowski (Agricultura), Didier Reynders (Justiça), Ylva Johansson (Assuntos Internos), Janez Lenarcic (Gestão de Crises), Olivér Várhelyi (Vizinhança e Alargamento), Virginijus Sinkevicius (Ambiente, Oceanos e Pescas) e Mairead McGuinness (Serviços e Estabilidade Financeiros).

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Hong Kong oferece meio milhão de bilhetes de avião para atrair turismo e negócios

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2023

Hong Kong vai oferecer meio milhão de bilhetes de avião para atrair turistas e empresários de todo o mundo, no âmbito da campanha "Hello Hong Kong".

Hong Kong anunciou esta quinta-feira que vai oferecer meio milhão de bilhetes de avião para atrair turistas e empresários de todo o mundo, no âmbito da campanha “Hello Hong Kong”. “Hong Kong está agora perfeitamente ligada ao continente chinês e a todo o mundo internacional. E não haverá isolamento, nem quarentena“, disse o chefe do Governo, na cerimónia de apresentação da campanha.

“Este é o momento perfeito para turistas, viajantes de negócios e investidores, de perto e de longe, virem dizer ‘Olá, Hong Kong'”, acrescentou John Lee, lembrando que os visitantes também vão poder desfrutar de ofertas e vales especiais, entre outros incentivos.

O diretor executivo da Autoridade Aeroportuária, Fred Lam Tin-fuk, disse ao jornal South China Morning Post que a campanha de oferta de bilhetes de avião terá início a 1 de março e vai durar cerca de seis meses. Fred Lam Tin-fuk explicou que os bilhetes vão ser distribuídos através dos escritórios e agentes das companhias aéreas no estrangeiro, nos principais mercados.

O mesmo responsável afirmou que cada visitante deverá trazer dois a três outros visitantes, o que significa que a oferta de 500.000 bilhetes poderá eventualmente atrair 1,5 milhões de visitantes extra, estimando que tal representaria 10% dos viajantes entre março e setembro.

Cerca de três quartos dos bilhetes serão entregues aos visitantes asiáticos, com base no padrão de origem dos visitantes que chegavam antes da pandemia. A promoção será primeiramente dirigida aos países do Sudeste Asiático, incluindo Tailândia, Filipinas, Indonésia, Singapura e Malásia, seguindo-se territórios do Nordeste Asiático e da China continental.

Durante a pandemia, a cidade permaneceu alinhada com a estratégia “zero covid” seguida na China continental. Num momento de competição feroz regional ao nível económico e turístico, Hong Kong demorou mais tempo do que Singapura, Japão e Taiwan a aliviar as restrições fronteiriças. E mesmo depois de ter reaberto a fronteira com a China continental em janeiro, a recuperação do turismo tem sido lenta.

Antes da pandemia, em 2019, e apesar da instabilidade criada pelos protestos antigovernamentais, Hong Kong recebeu 56 milhões de visitantes, mais de sete vezes a sua população. As rigorosas restrições contra a Covid afastaram os visitantes nos últimos três anos, devastando o setor do turismo e a economia da região administrativa especial chinesa. Em 2022, a cidade recebeu apenas 1% dos visitantes registados em 2019.

O PIB da cidade no ano passado caiu 3,5% em relação a 2021, de acordo com os dados provisórios do Governo. Depois de abandonar a obrigatoriedade de quarentenas nos hotéis e de testagem dos viajantes, Hong Kong registou um ligeiro aumento de turistas, mas, ainda assim, longe do número de turistas nos anos pré-pandémicos.

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Sorteio “Fatura da Sorte” será retomado em breve e contará com concursos de janeiro

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2023

Está em curso renovação do protocolo entre a Autoridade Tributária e Aduaneira e a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública.

O sorteio “Fatura da sorte”, que se encontra temporariamente suspenso, vai ser retomado em breve e nessa altura serão feitos os sorteios relativos ao mês de janeiro, disse à Lusa o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Nuno Félix.

“A ‘Fatura da sorte’, na atual modalidade que consiste em títulos de dívida pública, pressupõe uma articulação entre a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e o IGCP [Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública], havendo protocolos que têm de ser renovados com alguma regularidade e, estando neste momento em curso essa renovação, brevemente será retomado o concurso”, afirmou, em resposta à Lusa, o governante.

Nuno Santos Félix precisou ainda que, assim que o concurso for retomado, “serão feitos os sorteios relativos ao mês de janeiro com os cupões correspondentes às faturas desde o início do ano”.

Desta forma, haverá semanas em que serão realizados dois sorteios deste concurso que atribui aos contribuintes Certificados do Tesouro no valor de 35 mil euros.

Em 27 de janeiro, numa comunicação publicada no Portal das Finanças, a AT informava que “o sorteio ‘Fatura da Sorte’ encontra-se temporariamente suspenso, aguardando o necessário preenchimento dos requisitos legais relacionados com o respetivo procedimento”.

A mesma informação adiantava que o último sorteio deste concurso, que atribui todas as semanas 35 mil euros em Certificados do Tesouro a consumidores que inserem o seu NIF nas faturas, foi realizado em 29 de dezembro, data em que ocorreu também o sorteio extraordinário.

Numa informação enviada à Lusa, no início deste mês, a Autoridade Tributária e Aduaneira referiu que a “Fatura da Sorte” distribuiu quase 18,7 milhões de euros em prémios desde a sua criação, em 2014, até dezembro passado.

O sorteio “Fatura da Sorte” foi criado em 2014 pelo governo PSD/CDS-PP de Passos Coelho, para premiar “a cidadania fiscal dos contribuintes” e combater a economia paralela, anunciou então o executivo.

Para serem elegíveis, os consumidores têm de pedir para que o seu NIF seja inserido nas faturas das suas compras, sendo o valor destas depois fracionado em cupões.

De início eram sorteados carros de alto valor e, em 2016, o governo socialista de António Costa manteve o sorteio, mas deixou de atribuir carros e passou a distribuir Certificados do Tesouro Poupança Mais, no valor de 35 mil euros.

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Meta surpreende investidores e anuncia recompra de ações

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2023

Grupo teve quebra de 1% na receita anual em 2022 para 116,61 mil milhões de dólares, a primeira desde a entrada na bolsa. Ainda assim, resultados foram melhores do que o esperado pelos analistas.

A Meta, empresa-mãe do Instagram e Facebook, apresentou na passada quarta-feira lucro e receita mais baixos no quarto trimestre de 2022, prejudicada pela desaceleração no mercado de publicidade online e pela concorrência de rivais como o TikTok.

A gigante das redes sociais registou uma quebra na receita anual em 2022 para 116,61 mil milhões de dólares (cerca de 106,16 mil milhões de euros), menos 1% em relação a 2021 e a primeira quebra na receita anual desde a entrada na bolsa, em 2012.

As ações da Meta subiram quase 18% nas negociações alargadas, após o fecho do mercado, com os dados económicos a superarem as expetativas dos analistas e a empresa com sede em Menlo Park, no Estado da Califórnia, anunciou uma recompra de ações de 40.000 milhões de dólares (cerca de 36.400 milhões de euros).

Nos últimos três meses de 2022, a Meta revelou que ganhou 4,65 mil milhões de dólares (cerca de 4,23 mil milhões de euros), ou 1,76 dólares por ação (cerca de 1,60 euros), uma quebra de 55% em relação ao período homólogo do ano anterior. Analistas esperavam ganhos de 2,26 dólares (cerca de 2,06 euros) por ação, de acordo com pesquisa da FactSet.

A receita caiu 4%, para 32,17 mil milhões de dólares (cerca de 29,29 mil milhões de euros), enquanto os analistas esperavam 31,55 mil milhões de dólares (cerca de 28,36 mil milhões de euros).

Este é o terceiro trimestre consecutivo de queda na receita da gigante da tecnologia, que demitiu 11.000 trabalhadores, ou cerca de 13% da sua força de trabalho, em novembro.

O CEO, Mark Zuckerberg, atribuiu as demissões ao processo de contratações agressivas durante a pandemia de covid-19, quando os negócios da Meta cresceram porque as pessoas estavam em confinamento em casa, a utilizar os seus smartphones ou computadores. Com o fim dos confinamentos, as pessoas voltaram a sair de casa e o crescimento da receita começou a diminuir.

A mega recompra de ações da Meta pareceu aliviar as preocupações dos investidores sobre os gastos da empresa no “metaverso”, um universo digital imersivo, que Zuckerberg prevê que eventualmente substitua os smartphones como a principal forma das pessoas utilizarem a tecnologia.

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Mecanismo ibérico baixou inflação e preço da luz em 31,8% em Espanha

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2023

O mecanismo ibérico que tornou 31,8% mais barata a luz dos consumidores com tarifa regulada em Espanha e reduziu a inflação espanhola de 2022, segundo um estudo.

O mecanismo ibérico que limitou o preço do gás usado para produzir eletricidade tornou 31,8% mais barata a luz dos consumidores com tarifa regulada em Espanha e reduziu a inflação espanhola de 2022, segundo um estudo publicado esta quinta-feira.

Este mecanismo, acordado por Espanha e Portugal com a União Europeia, está em vigor desde 15 de junho de 2022 e, até ao final do ano passado, a tarifa regulada espanhola foi 31,8% “mais barata do que seria num mundo sem a exceção ibérica”, conclui o estudo da escola de negócios ESADE, com sede em Barcelona, que assinam quatro investigadores, Manuel Hidalgo-Pérez, Ramón Mateo Escobar, Natalia Collado Van-Baumberghen e Jorge Galindo.

“Segundo a nossa estimativa, a poupança em todo 2022 foi de cerca de 209 euros por família“, escrevem os investigadores no estudo a que a Lusa teve acesso.

Atendendo ao número de contratos de luz em Espanha em que há impacto do mecanismo ibérico, “a poupança total” no ano passado, para estes consumidores, foi de entre 1,88 e 2,1 mil milhões de euros, segundo o mesmo estudo. Esta diminuição dos preços da eletricidade em Espanha acabou por ter impacto na inflação espanhola no ano passado, segundo as conclusões dos investigadores.

Assim, a inflação média de 2022 em Espanha “teria sido 0,3 pontos mais alta” sem o mecanismo ibérico, ou seja, teria sido 8,7% e não 8,4%. A inflação é o indicador que revela o aumento dos preços num país em relação ao mesmo período do ano anterior. Nos países da Zona Euro (os que têm a moeda única europeia), a inflação média em 2022 foi 8,38%, fixando-se no final de dezembro, em 9,2%.

A tarifa regulada da eletricidade em Espanha, ou Preço Voluntário para o Pequeno Consumidor (PVPC), está indexada ao preço do gás no mercado grossista, ou seja, aquele que as elétricas pagam quando compram gás para produzir eletricidade.

Com o mecanismo ibérico foi definido um preço máximo para o gás usado para produzir eletricidade e as empresas produtoras são compensadas pela diferença em relação do valor real no mercado. A compensação é partilhada, em Espanha, pelos consumidores que têm a tarifa regulada, a que se vão juntando os novos clientes e os consumidores que têm outras tarifas e renovam os seus contratos.

Os investigadores da ESADE Business School concluem, no estudo divulgado, que a aplicação deste mecanismo teve também um “lado negativo”, como o maior consumo de gás para produzir eletricidade, contra os objetivos nacionais e europeus de haver uma redução.

Ainda nesse lado negativo, estão os preços mais baixos da eletricidade em Espanha comparando com países vizinhos, o que poderá ter “facilitado o aumento das exportações” para França de eletricidade subsidiada de forma favorável para os consumidores franceses, mas “à custa dos espanhóis”.

Em 2022, sublinha o estudo, as exportações de eletricidade de Espanha para França “mais do que duplicaram as de 2021 e as importações diminuíram para menos de metade, invertendo totalmente o saldo tradicional entre os dois países”, ao mesmo tempo que o intercâmbio global aumentou 56,3%. “É bastante provável” que sem o mecanismo ibérico “não tivéssemos observado níveis similares de exportações”, concluem os autores do estudo.

Sobre o maior consumo de gás para produzir eletricidade em Espanha no ano passado, os investigadores dizem que, porém, “o maior incremento se deu nos meses de verão”, o que sugere uma influência também da seca, que impediu, por exemplo, a geração hidroelétrica, que depende da água armazenada em barragens.

Medidas como o mecanismo ibérico “respondem à urgência” da situação atual, gerada pela guerra na Ucrânia, “de forma aparentemente ágil”, deixando, no entanto, para segundo plano o debate sobre “as mudanças estruturais a nível espanhol e europeu”, embora “a reforma estrutural e a ação pontual não sejam, em teoria, incompatíveis”, defendem os autores do estudo do ESADE.

“A sensação de eficácia a curto prazo sem dados específicos alimenta o incentivo para os decisores políticos manterem medidas que inicialmente se destinavam a ser temporárias”, acrescentam. O mecanismo ibérico está em vigor até maio, mas Portugal e Espanha já pediram o prolongamento da medida à Comissão Europeia.

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Pequenos investidores já pesam 15% das negociações na bolsa de Lisboa

  • ECO
  • 2 Fevereiro 2023

Nas restantes geografias do grupo Euronext já houve um regresso à normalidade pré-pandemia, com o retalho a ter um peso residual na negociação. Em Portugal, participação tem aumentado desde a Covid.

Os pequenos investidores reforçaram a presença na bolsa de Lisboa durante os confinamentos da pandemia e terão vindo para ficar. O peso do retalho nas negociações de ativos atingiu os 15% no ano passado, triplicando face aos 5% verificados no início de 2020, segundo dados da Euronext Lisbon noticiados esta quinta-feira pelo Jornal de Negócios (acesso pago).

A procura dos investidores de retalho pelo mercado de capitais na pandemia não foi uma tendência exclusiva de Portugal. Por toda a Europa e Estados Unidos houve um reforço da presença nas bolsas dos investidores de retalho, que foram os impulsionadores do fenómeno das meme stocks.

Mas se em Portugal estes se têm mantido ativos, nas restantes geografias do grupo Euronext já houve um regresso à normalidade pré-pandemia. “A média do peso na negociação dos investidores de retalho nos outros países Euronext, que subiu para 4% a 6% em 2020, sofreu alguma erosão, para 3% a 4% em 2022″, refere a presidente da Euronext Lisbon, Isabel Ucha, em declarações ao mesmo jornal.

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Como as grandes empresas pedem “tréguas” para o emprego jovem

Em dezembro, havia 69 mil jovens desempregados em Portugal. 50 grandes empresas assinaram Pacto para reduzir estes números. Bial, CGD, BCP, NOS, SIBS e Critical Software explicam estratégias.

É a “geração mais qualificada”, mas é também aquela onde o desemprego não parece dar tréguas. Em dezembro, em Portugal havia 69 mil jovens até 25 anos desempregados, com a taxa de desemprego a fixar-se nos 18,5%. Um status quo, aliado à precariedade do emprego, que 50 empresas se comprometeram a contribuir para alterar até 2026, com o “Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens”, promovido pela Fundação José Neves.

Bial, Caixa Geral de Depósitos, Critical Software, NOS, SIBS e Millennium BCP dizem-se bem posicionadas para atingir as metas daqui a três anos: aumentar, de forma agregada, em 10% o recrutamento jovem e em 19% os jovens com contratos sem termo, entre outras.

Mas não só há um longo caminho a percorrer, como revelam os dados do desemprego, como os números do Eurostat de dezembro evidenciam que o tema do desemprego jovem (pessoas abaixo dos 25 anos) não é, claramente, apenas um assunto nacional.

Na União Europeia, o desemprego nesta faixa etária atingia no final do ano passado 2,862 milhões de pessoas, das quais 2,311 milhões da Zona Euro. O que representa um aumento de 30 mil na UE e de três mil na Zona Euro do número de pessoas desempregadas. E, quando comparado com dezembro de 2021, registou-se, uma vez mais, uma subida: 209 mil na UE e 156 mil na Zona Euro. Quanto à taxa de desemprego, em dezembro, fixou-se nos 15% na UE e 14,8% na Zona Euro.

Portugal não só não revela uma evolução positiva, como compara mal com a Europa. Apesar da ligeira descida da taxa de desemprego face a novembro (0.5 p.p.), o valor registado em dezembro, 18,5%, está acima da média da Zona Euro e da União Europeia. E quando olhamos para o número de jovens sem emprego, 69 mil, não só esse valor se mantém inalterado face a novembro, como vê engrossar em mais de 2 mil o contingente de jovens sem trabalho em relação a dezembro de 2021.

Acresce a tudo isto a precariedade do emprego, problema reconhecido pelo Governo. “A taxa de precariedade nos jovens era de 70% em 2015 e, neste momento, está em 59%, mas é má. Diminuiu, mas é má”, admitiu Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, durante a apresentação do Pacto para o emprego jovem.

Retrato que 50 grandes empresas querem contribuir para se alterar. Até 2026 querem aumentar, de forma agregada, os seus níveis de recrutamento junto a jovens até 29 anos em 10%; em 8% o número de jovens que permanecem nas empresas dois anos consecutivos; em 10% nos jovens com ensino superior com remuneração acima do salário de entrada na carreira geral de técnico superior; em 19% nos jovens com contratos sem termo e, em 7% o número de jovens com ensino superior em funções adequadas ao seu nível de qualificação.

Os números das empresas

As empresas ouvidas pela ECO Pessoas dizem-se bem posicionadas para garantir que as metas serão atingidas daqui a três anos. Na Critical Software, o tema do emprego jovem “sempre foi de grande relevância” ou não atuasse a companhia no setor tecnológico.

Mais de 85% dos jovens com ensino superior na Critical Software recebem acima de 1.320 euros brutos, sendo que 97% tem um contrato sem termo. 100% está a desempenhar funções qualificadas e compatíveis com formação superior e têm acesso a um catálogo de aprendizagem diversificado, quer técnica, quer ao nível de soft skills. (…) No longo prazo, queremos garantir que aumentemos a percentagem de jovens a receber pelo menos o salário de entrada na carreira de Técnico Superior de 85% para 100%.

Filipa Carmo

People director da Critical Software

“Tendo em conta que a Critical Software opera no mercado de desenvolvimento de software, uma área com um número elevado de jovens, garantir as melhores condições de trabalho é uma das nossas maiores preocupações. Por exemplo, há vários anos que deixámos de recorrer a contratos a termo, exceto em situações pontuais e previsivelmente temporárias. Neste sentido, todos os jovens colaboradores da empresa entram com vínculo definitivo de trabalho, salvo nas situações mencionadas e em estágios curriculares/profissionais”, adianta Filipa Carmo, people director da Critical Software.

Mais, num momento em que o desemprego jovem convive com um período de escassez de talento, do total de contratações realizado o ano passado pela Critical Software mais de metade (54%) são jovens com idade não superior a 29 anos. “Mais de 85% dos jovens com ensino superior na Critical Software recebem acima de 1.320 euros brutos, sendo que 97% tem um contrato sem termo. 100% está a desempenhar funções qualificadas e compatíveis com formação superior e têm acesso a um catálogo de aprendizagem diversificado, quer técnica, quer ao nível de soft skills“, elenca a people director da tecnológica.

“No longo prazo, queremos garantir que aumentamos a percentagem de jovens a receber pelo menos o salário de entrada na carreira de Técnico Superior de 85% para 100%”, avança a responsável.

Os números da BIAL posicionam a companhia “acima da média nacional na generalidade dos indicadores estabelecidos no Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens, chegando a ultrapassar os 90% em alguns deles.

Fonte oficial

Bial

Noutro setor, o farmacêutico, os números da Bial posicionam a companhia “acima da média nacional na generalidade dos indicadores estabelecidos no Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens, chegando a ultrapassar os 90% em alguns deles”, refere fonte oficial da empresa.

E dá exemplos. “É o caso da percentagem de jovens com ensino superior com salários de valor mínimo equivalente ao nível remuneratório correspondente à entrada na carreira geral de técnico superior, onde a empresa apresenta um indicador de 97%, ou da percentagem de jovens com ensino superior que desempenham funções adequadas ao seu nível de qualificação, também a atingir os 97%.”

“O principal desafio passará por reforçar a posição da empresa na percentagem de contratação de jovens. Estamos fortemente comprometidos com o reforço deste eixo, respondendo mais e melhor às suas expectativas”, aponta fonte oficial da farmacêutica.

No ano passado mais de metade das novas admissões no banco foram de jovens até aos 29 anos, dos quais cerca de 90% têm contrato sem termo e apenas 17% destes auferem menos do que o valor referencial do Pacto” (1.320 euros brutos). No banco 2% das posições de management já são ocupadas por jovens.

Fonte oficial do Millennium BCP

“O Millennium bcp encontra-se no grupo das empresas com valores mais elevados na maioria dos indicadores, caminhando a passos largos para alcançar as metas fixadas até 2026 pelo Pacto Mais e Melhores Empregos para os Jovens que subscreveu”, garante fonte oficial do banco.

E os números referentes a 2022 parecem indiciar isso mesmo. Nesse ano, “mais de metade das novas admissões no banco foram de jovens até aos 29 anos, dos quais cerca de 90% têm contrato sem termo e apenas 17% destes auferem menos do que o valor referencial do Pacto” (1.320 euros brutos). Mais, no banco “2% das posições de management já são ocupadas por jovens.”

 

Estágios para alimentar pool de talento

“Em várias das metas com que nos comprometemos, através deste “Pacto para Mais e Melhores Empregos Para os Jovens”, contamos já com taxas de cumprimento elevadas”, garante fonte oficial da Caixa Geral de Depósitos, frisando que a “criação de oportunidades, a capacitação e contratação de jovens já era uma prioridade no seio do banco, e continuará a sê-lo.”

Todos os anos, fruto dos protocolos com Universidades, o banco público proporciona “diversos estágios curriculares, paralelamente ao programa de estágios da Caixa, que tem uma estrutura anual e padronizada, em que todos os anos acolhemos mais de 150 jovens.”

E uma grande maioria acaba por reforçar a Caixa. “O acompanhamento realizado, o desempenho apresentado por muitos dos estagiários que recebemos leva a que a taxa de retenção (contratação) seja de, aproximadamente, 70% dos estagiários que participam neste programa, alguns deles com contratação antecipada. São jovens que, na sua maioria, acabam por ficar na Caixa, contribuindo diariamente para a transformação do banco”, adianta fonte oficial do banco.

Mais, “atualmente, nos quadros, temos, aproximadamente, 200 jovens com menos de 30 anos, sendo o objetivo o de reforçar esta aposta.”

Atualmente, nos quadros, temos, aproximadamente, 200 jovens com menos de 30 anos, sendo o objetivo o de reforçar esta aposta.

Fonte oficial

Caixa Geral de Depósitos

E para reforçar o número de trabalhadores até 29 anos na instituição financeira, a aposta continua a ser o programa de estágios. Estratégia que também tem sido levada a cabo pela NOS. Em 2021, a operadora “tinha quase a totalidade de colaboradores com um contrato efetivo de trabalho e uma percentagem superior a 13% de profissionais sub-30, a faixa etária em apreciação no âmbito do pacto, e que tem vindo a ganhar relevância dentro da organização nos últimos anos”, avança Isabel Borgas, diretora de Pessoas e Organização da NOS.

“Para este desempenho tem contribuído, entre outros, o NOS ALFA, programa de trainees remunerado, que capta mais de 50 jovens por ano. A taxa de retenção dos jovens que integram este programa tem sido consistentemente superior a 80%, constituindo uma fonte de contratação com um peso significativo na empresa”, continua a responsável.

Além disso, a operadora tem vindo a “desenvolver inúmeras iniciativas de capacitação formal e on the job, programas de mentoria, bem como parcerias com instituições de ensino superior com vista a uma melhor preparação e adequação desta população às necessidades das empresas e aos desafios de desenvolvimento e progressão de carreira que se lhes colocam.”

O NOS ALFA, programa de trainees remunerado, que capta mais de 50 jovens por ano. A taxa de retenção dos jovens que integram este programa tem sido consistentemente superior a 80%, constituindo uma fonte de contratação com um peso significativo na empresa.

Isabel Borgas

Diretora de Pessoas e Organização da NOS

A SIBS tem igualmente apostado no seu programa de trainees. Desde o seu arranque em 2018, já ajudou a formar mais de 60 jovens licenciados.

No ano passado “mais de 40% dos novos colaboradores tinham idade inferior a 30 anos, o que demonstra este compromisso que agora foi assinado. Até 2026, mantendo-se o contexto atual, a SIBS tem como objetivo manter um nível similar ou superior”, refere fonte oficial da SIBS à ECO Pessoas. “Na componente salarial, o compromisso para quem inicia o seu percurso profissional também tem vindo a ser assumido, com salários bastante competitivos face ao mercado.”

Em 2022 mais de 40% dos novos colaboradores tinham idade inferior a 30 anos, o que demonstra este compromisso que agora foi assinado. Até 2026, mantendo-se o contexto atual, a SIBS tem como objetivo manter um nível similar ou superior.

Fonte oficial

SIBS

Mais de 40% das contratações incluem jovens até aos 30 anos e que 100% das mesmas cumprem os requisitos de salário equivalente ou superior ao nível de entrada da carreira geral de técnico superior (para as funções que obriguem a qualificações superiores). É também importante referir que a segurança laboral e estabilidade dos colaboradores é crucial para a SIBS, pelo que mais de 75% dos Jovens têm contratos sem termo, e pretende-se que este nível se mantenha ou aumente nos próximos anos”, revela fonte oficial.

Outros números que dão que pensar são os revelados pela Fundação José Neves, promotora do Pacto, aquando da sua assinatura pelas 50 companhias.

Se todas as empresas com 250 trabalhadores ou mais tivessem compromissos equivalentes aos das empresas do Pacto, estima-se que, em 2026, haja mais 13.000 jovens contratados; 8.500 jovens que permanecem nas empresas dois anos consecutivos; 2.900 jovens com ensino superior com remuneração acima do salário de entrada na carreira geral de técnico superior; 14.300 jovens com contratos sem termo e 3.200 jovens com ensino superior em funções adequadas ao seu nível de qualificação.

(Artigo atualizado com depoimento da SIBS)

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Grupo Santander com lucros recorde de 9.605 milhões de euros em 2022

  • Lusa
  • 2 Fevereiro 2023

Grupo espanhol Santander teve no ano passado lucros de 9.605 milhões, um valor recorde que representa um aumento de 18% em relação a 2021, revelou esta quinta-feira.

O grupo espanhol Santander teve no ano passado lucros de 9.605 milhões, um valor recorde que representa um aumento de 18% em relação a 2021, revelou o banco esta quinta-feira.

Só no último trimestre do ano, entre outubro e dezembro, o Santander, que é dono em Portugal do Santander Totta, teve lucros de 2.288 milhões de euros, mais 1% do que no mesmo período de 2021, segundo os resultados comunicados pelo banco às autoridades espanholas.

O “resultado sólido” de 2022 deveu-se “ao forte crescimento da atividade comercial, à boa qualidade dos ativos e ao controlo dos custos”, defende o banco, num comunicado.

O grupo destaca que no ano passado aumentou em sete milhões o número de clientes, que passaram a ser 160 milhões no total, com recursos que cresceram 6%, “graças ao bom crescimento dos depósitos (+9%), enquanto os créditos aumentaram 5%, com as hipotecas e o crédito ao consumo a crescerem 7%”.

O Santander revela que as suas receitas totais no ano passado aumentaram 6%, para os 52.154 milhões de euros, o que, “em conjunto com o bom controlo de custos”, levou aos resultados que hoje apresentou.

O banco diz que “a subida acentuada da inflação” no ano passado provocou um aumento geral dos custos de 7%, mas os gastos do grupo, “em termos reais”, caíram 5% “graças à melhoria da produtividade e à colaboração internacional entre mercados e negócios”. “Assim, o rácio de eficiência do grupo fechou nos 45,8% em 2022”, melhorando em 0,4 pontos percentuais em relação a 2021, “o que situa o Santander entre as entidades mais eficientes”.

O grupo Santander está presente na Europa, na América do Norte e na América do Sul e diz que “a diversificação geográfica e do negócio do grupo impulsionou mais uma vez um crescimento sólido e rentável” em 2022. A Europa representou 33% do lucro ordinário, a América do Sul (onde o Santander está presente no Brasil) contribuiu com 31% para os resultados do grupo, a América do Norte representou 25% e o Digital Consumer Bank (área digital) com 11%. Na Europa, o lucro em 2022 foi 3.810 milhões de euros, mais 38% do que em 2021.

Só em Espanha, os lucros ordinários alcançaram os 1.560 milhões de euros e aumentaram, 149%, devido “principalmente à redução das provisões por insolvências (-30%) e dos custos (-1%)”.

A presidente do grupo, Ana Botín, citada em comunicado, afirma que “2022 foi de novo um ano muito bom para o Santander” e diz esperar que em 2023 “os bancos centrais e os governos continuem a priorizar a redução da inflação”.

“As nossas equipas têm grande experiência em gerir com êxito este tipo de contexto, pelo que esperamos que o crescimento das receitas compense o aumento dos custos por causa da inflação e o aumento previsto do custo do risco”, afirma Ana Botín.

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