Eduardo Dávila nomeado Presidente da Aon Espanha

  • ECO Seguros
  • 15 Fevereiro 2023

A Aon anunciou a nomeação de Eduardo Dávila como Presidente da Aon Espanha, função que acumula com as de CEO da Aon EMEA e membro do Comité Executivo da Aon Global.

A corretora de seguros e resseguros Aon nomeou Eduardo Dávila como Presidente da Aon Espanha. O profissional assume a função enquanto ainda mantém as suas atuais responsabilidades de Diretor Executivo (CEO) da Aon EMEA e de membro do Comité Executivo da Aon Global.

Eduardo Dávila foi CEO Portugal na Aon entre 2005 e 2010.

O profissional juntou-se à Aon há mais de 21 anos. Entrou na corretora como Diretor de Negócios Empresariais Espanha, em 2002, antes de ser promovido a CEO Portugal, em 2005. Depois de desempenhar o cargo durante cinco anos, Dávila foi nomeado CEO da região Iberia, em 2010, e exerceria a função durante sete anos, até ser promovido a CEO, Iberia e Médio Oriente. Foi então nomeado CEO EMEA, em 2021.

Antes de se juntar à Aon, Dávila exerceu funções de Conselheiro de Investimento no BBVA, multinacional espanhola de serviços financeiros sediada em Madrid e Bilbau.

Em declarações relativas à nomeação, a Aon afirmou: “este cargo reconhece a sua ligação ao nosso país, onde iniciou a sua carreira, há mais de 20 anos, e a sua importante contribuição para fazer de Espanha um país chave para a nossa empresa, em termos de talento e resultados comerciais”.

O CEO da Aon Espanha, Jacobo Hornedo, acrescentou: “estou muito orgulhoso por poder reconhecer a relação de Eduardo com a Aon em Espanha. Com uma visão estratégica de negócios, ele conseguiu criar uma linguagem comum e elevar a nossa figura como consultor de confiança no mercado, colocando o cliente no centro do nosso propósito e transformando a Aon, passo a passo, numa empresa líder de serviços profissionais. A sua pessoa é uma referência no sistema financeiro espanhol”.

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Redes sociais são principal fonte de informação em Portugal

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2023

71,3% aponta a 'política' como sendo a área mais visada na desinformação, enquanto 59,2% destaca a 'guerra e os conflitos armados' como o assunto mais frequentemente alvo de fake news, diz Iberinfier

Oitenta e sete por cento dos inquiridos num estudo do observatório Iberinfier diz ter acesso às notícias através das redes sociais, deparando-se 37% com desinformação várias vezes por dia e tendo 97% detetado desinformação no último mês.

Tendo por base 530 questionários válidos no âmbito de um estudo sobre o impacto da desinformação em Portugal desenvolvido em 2022 pelo Observatório Ibérico de Media Digitais (Iberifier), verifica-se que 77,6% da amostra aponta a ‘fraca qualidade do jornalismo’, nomeadamente os ‘erros factuais’ e a ‘cobertura simplista’, como o tipo de desinformação que mais identificaram no último mês.

Já 72,1% sublinha o problema dos ‘factos parcialmente manipulados’, 48,5% destaca as ‘manchetes que parecem notícias, mas são publicidade’, 29,7% refere o ‘recurso ao termo fake news (por políticos, por exemplo) para desacreditar média que não lhes agradam’, 20,9% menciona as ‘notícias completamente falsas com objetivos políticos ou comerciais’ e 12,9% aponta os ‘artigos de teor humorístico que se assemelham a notícias (sátiras)’.

Entre os inquiridos pelo Iberifier, 71,3% aponta a ‘política’ como sendo a área mais visada na desinformação, enquanto 59,2% destaca a ‘guerra e os conflitos armados’ como o assunto mais frequentemente alvo de ‘fake news’ e 50,8% refere os ‘temas económicos’ como os mais afetados.

Quando questionados sobre as áreas em que a desinformação mais os preocupa, 84,0% elege a que tem origem no Governo, políticos e partidos e 79,0% refere a que é disseminada pelos comentadores nas redes sociais, enquanto 75,0% menciona a que parte dos jornalistas ou dos media e 72,0% a proveniente de governos ou políticos internacionais.

No que se refere às plataformas de disseminação da falsa informação, 83,8% manifesta apreensão com a difusão feita através das redes sociais (como o Facebook, Twitter, Instagram ou YouTube), 68,6% aponta a divulgada nos sites ou apps dos social media, 59,9% está preocupado com a desinformação veiculada em motores de busca (como o Google ou Bing) e 53,0% menciona as aplicações de mensagens instantâneas, como o Whatsapp ou o Telegram.

Do inquérito resulta ainda que 72,0% dos inquiridos deixou de confiar num meio de comunicação após ter detetado que este veiculou desinformação ou notícias falsas, 23,8% diz que, na maior parte das vezes, não se pode confiar nas notícias e 77,2% declara que não pode confiar na maior parte da informação das redes sociais. Já 26,9% dos inquiridos considera que, na maior parte das vezes, os media não são confiáveis, 26,8% afirma o mesmo relativamente aos jornalistas e 55,9% diz que as notícias constantes dos motores de busca não são, na sua grande parte, fidedignas.

Relativamente às fontes em que mais confiam para obter informação ou saber mais sobre um tema, 78,7% escolhe os cientistas e 56,2% os jornalistas, seguidos dos médicos (39,6%), dos ativistas (14,7%) e dos comentadores (11,9%). Quanto aos meios de comunicação aos quais mais recorrem para obter informação, 67,6% dos inquiridos refere a SIC Notícias, 61,6% o jornal Público, 61,3% a RTP1 e 53,1% o jornal Expresso. Segue-se a CNN Portugal (45,8%), a RTP 3 (41,4%), a SIC (40,8%), o Observador (39,1%) e a rádio TSF (34,0%).

Promovido pela Comissão Europeia e associado ao Observatório Europeu de Media Digitais (EDMO), o Iberifier é um observatório de media digitais em Portugal e Espanha cujo objetivo é o combate à desinformação. O projeto é coordenado pela Universidade de Navarra, Espanha, mas tem como principal parceiro o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa. No total, integra 12 universidades, cinco organizações de verificação e agências de notícias (entre as quais a agência Lusa) e seis centros de investigação multidisciplinares.

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Criminalidade aumentou em relação a 2020 e 2021, mas com níveis idênticos a 2019

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2023

A criminalidade em Portugal aumentou no ano passado face a 2020 e 2021, marcados por confinamentos devido à pandemia, mas mantêm-se estável em relação a 2019, diz o ministro da Administração Interna.

A criminalidade em Portugal aumentou no ano passado face a 2020 e 2021, marcados por confinamentos devido à pandemia, mas mantêm-se estável em relação a 2019, indicou esta quarta-feira José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna.

“No quadro de 2022, os indicadores que temos até agora mostram que mantemos os níveis da criminalidade geral equivalentes aos de 2019, naturalmente que aumentam em relação a 2020 e 2021, mas foram anos de pandemia e em grande parte do tempo estivemos em confinamento”, disse José Luís Carneiro no parlamento.

Na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, onde está a ser ouvido, o ministro avançou que em comparação com 2019 registou-se no ano passado uma redução da criminalidade violenta e grave, “embora pequena”, e a criminalidade geral mantém-se estável.

Apesar desta redução da criminalidade violenta e grave, o governante deu conta que “a intensidade da violência” aumentou, com o uso de armas de fogo e de armas brancas.

Todos os indicadores da criminalidade de 2022 vão ser divulgados no Relatório Anual de Segurança Interna, da responsabilidade do secretário-geral do sistema de interna, que tem de ser entregue na Assembleia da República até 31 de março.

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Concluída a venda da Eleven Sports ao Grupo DAZN

  • + M
  • 15 Fevereiro 2023

A Eleven, que entrou em Portugal em 2018, foi fundada em 2015 por Andrea Radrizzani, dono do Leeds United.

O Grupo DAZN concluiu a aquisição das empresas do Grupo Eleven, presente em Portugal desde 2018, e da Team Whistle, agência de media desportiva e de entretenimento sediada nos Estados Unidos.

“Hoje é um grande dia ao recebermos oficialmente a Eleven e a Team Whistle na família DAZN. Esta aquisição é um elemento importante para o nosso crescimento contínuo – adquirindo direitos desportivos premium, expandindo em novos mercados na Bélgica, Portugal e Taiwan, e desenvolvendo o nosso alcance e envolvimento social ao trazermos a plataforma e os conhecimentos especializados da Team Whistle para a DAZN”, diz citado em comunicado Shay Segev, CEO do Grupo DAZN. “Globalmente, o negócio acrescenta maior relevância e estabelece firmemente a DAZN como líder mundial em inovação e disrupção, bem como nos posiciona como o melhor destino do mundo para os fãs de desporto”, conclui.

O portfólio de direitos de transmissão da Eleven vem alargar o alcance e cobertura da DAZN, que além de oferecer conteúdos desportivos na Alemanha, Itália, Japão, Espanha, Canadá, EUA e Reino Unido, acrescenta agora a Bélgica, Portugal e Taiwan, prossegue a empresa, que a título de exemplo refere que na Bélgica os direitos incluem a liga nacional de futebol (Jupiler Pro League), em Taiwan o basebol local e em Portugal a Premier League e a UEFA Champions League.

Por outro lado, o alcance e da Team Whistle ajudará a DAZN a desenvolver uma relação com novos públicos além dos já existentes, prossegue, explicando que a agência tem mais de 700 milhões de seguidores nos vários canais sociais e uma rede de distribuição que gera cinco mil milhões de visualizações de vídeo por mês. A Team Whistle “irá aproveitar os direitos e o talento da DAZN para criar valor fora da plataforma, construir audiências e conduzir os fãs para os seus serviços e conteúdos pagos“, diz a companhia.

Estas aquisições “reforçam a ambição da DAZN em se tornar o destino global para os fãs de desporto, combinando o acesso a direitos desportivos premium com a oferta de outros produtos e serviços, incluindo gaming, e-commerce e experiências sociais”, justifica a companhia.

A Eleven foi fundada em 2015 por Andrea Radrizzani, que é dono do Leeds United, um clube da Premier League. Radrizzani junta-se agora ao conselho de administração da DAZN, apoiada pelo multimilionário Len Blavatnik.

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Carros usados do estrangeiro já valem dois terços do mercado português

Idade média dos carros ligeiros de passageiros em Portuga baixou pela primeira vez em mais de 15 anos. Ainda assim, um em cada quatro automóveis em circulação tem mais de duas décadas.

Os carros usados importados já valem mais de dois terços do mercado automóvel nacional. Em 2022, por cada três automóveis novos comprados, os portugueses foram lá fora buscar dois veículos em segunda mão. Estes dados constam do balanço da Associação Automóvel de Portugal (ACAP) relativo ao último ano.

Em 2022, o rácio do mercado de carros usados sobre os automóveis novos ligeiros de passageiros ascendeu aos 67,1%. No último ano, foram importados 104.908 automóveis em segunda mão provenientes de um país membro da União Europeia, o que compara com os 72.586 registos de 2021, que corresponderam a um rácio de 49,5%.

O aumento do peso dos usados importados deveu-se à crise de fornecimento de semicondutores – com impacto na falta de carros novos para entrega – e ao atraso na renovação das frotas empresarias, com consequências na menor oferta de unidades no mercado nacional, justificou o secretário-geral da ACAP, Helder Pedro. A idade média dos carros usados importados foi de sete anos.

“A situação gera preocupação para o setor industrial e para o mercado. Há um aumento das emissões no país com a importação destes veículos, o que é algo muito contraditório com o discurso político”, sinalizou o presidente do conselho estratégico da ACAP, Pablo Tuy.

Parque velho, mas com alguma cara nova

Bem mais velhos do que os usados importados são os carros ligeiros de passageiros que circulam nas estradas nacionais. Em média, cada automóvel com esta tipologia tinha 13,1 anos em 2022. Foi a primeira vez em mais de 15 anos que houve um rejuvenescimento. Ainda assim, um em cada quatro carros em circulação tem mais de 20 anos.

Evolução da idade média do parque automóvel de ligeiros de passageiros, entre 2006 e 2021.

A nível fiscal, quanto mais velho for o carro, menor a receita arrecadada pelo Estado. Todos os automóveis matriculados antes de 30 de junho de 2007 apenas pagam imposto único de circulação (IUC), conforme a cilindrada – e uma taxa adicional se for uma unidade a gasóleo. Os veículos com matrícula a partir de 1 de julho de 2007 pagam IUC sobre a cilindrada e as emissões poluentes.

O envelhecimento dos carros também tem consequências a nível da segurança, pois os automóveis mais antigos não estão equipados, por exemplo, com o sistema de controlo de estabilidade (ESP) e têm menos airbags, por exemplo. Também as emissões poluentes são maiores.

Devido a este envelhecimento, mais de metade dos carros atualmente em circulação é a gasóleo (58%), contrariando o atual domínio da gasolina na compra de unidades novas.

Menos emissões e menos peso do rent-a-car

Com os carros a energias alternativas a valerem já 40% das vendas, as emissões dos automóveis novos ligeiros de passageiros têm diminuído nos últimos anos: em 2019, eram 130 gramas de dióxido de carbono; em 2022, foram de 104 gramas de CO2, menos 20%.

Ainda assim, na União Europeia, os veículos alternativos têm um peso superior: em 2022, os carros híbridos, elétrico e a gás valiam 47% do mercado. A gasolina tinha uma quota de mercado de 36% (42% em Portugal) e o gasóleo valia 16% (18% em Portugal).

Apesar de o turismo ter atingido números recorde em vários meses de 2022, não houve recuperação nos carros comprados pelas agências de aluguer de automóveis: em 2019 correspondiam a 29% das vendas de unidades novas; em 2022 foram 23%.

Carros fazem parte de futuro coletivo

Numa altura em que a Comissão Europeia tem promovido o transporte coletivo, sobretudo o ferroviário, o comércio automóvel não quer ficar de parte. Ainda assim, a ACAP reconhece que o carro terá um papel um pouco diferente do que na atualidade, sobretudo dentro das cidades.

“Todos nós queremos ter uma cidade e um país limpo para os nossos filhos. É idealista pensar que o problema se resolve a 100% com transportes públicos. As pessoas têm direito à individualidade”, notou o líder do conselho estratégico da ACAP, recordando que em Portugal há mais de sete milhões de automóveis em circulação.

Helder Pedro, ainda assim, notou que “não [está] contra políticas de transportes coletivos”. “Medidas como os parques de estacionamento junto a terminais de transportes são importantes. Mas as decisões têm de ser tomadas de forma racional”, completou. Em conclusão, o presidente da ACAP, José Ramos, considerou que “é preciso equilibrar os meios de transporte” e “apostar nos transportes públicos no centro das cidades”.

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Programas operacionais regionais do PT2020 com execução de 81%

O programas operacionais regionais do Portugal 2020 atingem taxa de execução de 84%, se forem tidos em conta os pedidos de pagamento de 270 milhões de euros já em análise, avançou Ana Abrunhosa.

A ministra da Coesão Territorial avançou, esta quarta-feira, que “os programas operacionais regionais do Portugal 2020 têm, ao dia de hoje, uma taxa de execução de 81%”. Durante a sua intervenção na Comissão Parlamentar de Ordenamento do Território, Ana Abrunhosa precisou que “este valor sobe para 84%” se forem considerados “os pedidos de pagamento de 270 milhões de euros que estão, neste momento, em análise nas autoridades de gestão”. E garantiu até ao final deste ano a execução dos fundos europeus atribuídos às regiões.

Atualizando os valores publicados no Boletim trimestral do PT2020, que colocava a taxa de execução dos PO Regionais em 80%, no final de 2022, Ana Abrunhosa assegurou aos deputados no Parlamento que não serão devolvidas verbas a Bruxelas, já que o período para a execução deste quatro comunitário termina este ano. “Quero deixar a garantia, em nome do Governo, que até ao final deste ano iremos executar a totalidade dos fundos europeus atribuídos às regiões“, disse.

Quero deixar a garantia, em nome do Governo, que até ao final deste ano iremos executar a totalidade dos fundos europeus atribuídos às regiões.

Ana Abrunhosa

Ministra da Coesão Territorial

A ministra reiterou que os projetos que “não forem concluídos no PT2020 e que possam ser financiados no PT2030” serão transferidos para o quadro comunitário seguinte. A responsável explicou que “este faseamento permite, de acordo com o Governo, aproveitar a totalidade das verbas do 2020 e começar mais cedo o 2030 sem interrupção de financiamento”.

“Os números revelam que a execução nos três últimos anos registou uma aceleração muito significativa: falamos de mais de 50 pontos percentuais desde que, em 2019, assumimos a tutela destes programas”, frisou Ana Abrunhosa. A ministra deixou bem claro que, “apesar dos constrangimentos dos últimos anos, o esforço dos beneficiários, das Autoridades de Gestão e do próprio Governo, permitiu este resultado”.

A governante adiantou ainda que já estão, no terreno, medidas adicionais para assegurar a execução plena das verbas dos programas operacionais regionais. Como é o caso da recuperação “de fundos comprometidos em projetos sem capacidade de execução, um exercício que tem vindo a diminuir o compromisso dos programas e a libertar fundos“. Nesse sentido, esses fundos libertados já foram mobilizados para fazer pagamentos em escolas e centros de saúde a 100% das despesas, “permitindo aumentos das taxas de cofinanciamento“, avançou Ana Abrunhosa.

O Governo também está “a reforçar as taxas de apoio em projetos não encerrados, como por exemplo em projetos de regeneração urbana, onde as taxas de apoio estão abaixo da taxa máxima permitida, que é de 85%”, adiantou a ministra.

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Comissão parlamentar de inquérito sobre a TAP ainda sem data. PAN e Livre contestam eventual exclusão

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2023

A conferência de líderes do Parlamento terminou sem que tivesse sido definida uma data para a tomada de posse da comissão parlamentar de inquérito à gestão pública da TAP.

A conferência de líderes debateu hoje a composição da comissão parlamentar de inquérito proposta pelo BE sobre a TAP, que está “em análise”, mas os deputados únicos de PAN e Livre contestaram uma eventual exclusão.

De acordo com a porta-voz da conferência de líderes, a socialista Maria da Luz Rosinha, o presidente do parlamento, Augusto Santos Silva, solicitou aos deputados “que indicassem os nomes” que vão constituir esta comissão de inquérito, adiantando que ainda não há uma data para a tomada de posse.

“Há uma proposta em cima da mesa, de acordo com aquilo que está previsto na lei. Proposta que os deputados têm em análise”, respondeu a porta-voz, questionada pelos jornalistas. Momentos depois, os deputados únicos do PAN e do Livre criticaram a sua exclusão desta comissão de inquérito, contestando a interpretação da lei da maioria dos partidos feita na conferência de líderes.

“O que a lei diz é que a composição tem que ser até ao máximo de 17 deputados – a lei não limita, e nós não fazemos essa interpretação, aos grupos parlamentares. E, portanto, não havendo essa limitação e havendo até a possibilidade de um deputado único apresentar uma proposta de comissão de inquérito, a interpretação da conferência de lideres de que só se o Livre ou o PAN tivessem sido proponentes de uma comissão de inquérito parlamentar é que poderiam integrar a mesma, não nos faz qualquer sentido”, sustentou Inês Sousa Real, porta-voz do PAN.

A deputada espera que a conferência de líderes “reflita sobre as considerações” deixadas pelos deputados únicos e possa “voltar atrás” quando a proposta da composição for votada.

Pelo Livre, Rui Tavares salientou que “no passado já houve uma comissão de inquérito da qual fez parte a Iniciativa Liberal, na altura com um deputado único [João Cotrim de Figueiredo]”.

“Não houve nenhuma alegação de que essa comissão fosse ilegal (…) e, portanto, a lei serve de base para aquilo que a conferência de líderes decide e para a qual tem vontade política ou não”, defendeu, acusando as restantes forças com grupos parlamentares de “hipocrisia” quando criticam “rolo compressor” do PS, mas “não se importam de o utilizar” contra os deputados únicos.

No passado dia 03 de fevereiro a proposta do BE para constituir uma comissão de inquérito à tutela política da gestão da TAP foi aprovada no parlamento, com a abstenção do PS e PCP e os votos a favor dos restantes partidos.

O texto aprovado sem votos contra estabelece uma comissão parlamentar de inquérito “à tutela política da gestão da TAP” que incida em particular entre 2020 e 2022, averiguando a entrada e saída da antiga governante Alexandra Reis e as responsabilidades da tutela nas decisões tomadas.

O PS já anunciou que vai indicar o deputado Jorge Seguro Sanches para presidir à comissão parlamentar de inquérito sobre TAP proposta pelo BE, apesar de ter defendido que essa presidência deveria caber ao Chega.

Após uma conferência de líderes em 18 de janeiro, foi explicado que havia um empate entre Chega e PS seguindo o habitual método de Hondt na distribuição das presidências das comissões parlamentares.

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Siemens lança competição universitária Accelerate Challenge

Os vencedores ganham um estágio profissional remunerado na Siemens Portugal e uma viagem à Madeira para conhecer a solução de armazenamento de energia que a Siemens e a Fluence ali instalaram.

A Siemens está a convidar os estudantes a refletirem sobre a transição energética digital em curso, através da competição universitária Accelerate Challenge. O concurso destina-se a jovens inscritos num estabelecimento de ensino superior em território nacional e que frequentem um curso com cadeiras de projeto de instalações elétricas. Os vencedores têm direito a uma estágio remunerado de 12 meses na tecnológica e a uma viagem à Madeira para conhecer a solução de armazenamento de energia que a Siemens e a Fluence ali instalaram. As inscrições das equipas, que devem integrar dois estudantes e um professor-coordenador, terminam a 16 de março.

“Iniciativas como o Accelerate Challenge contribuem para que os alunos entrem em contacto com conceitos e tecnologias que serão muito úteis no decorrer do seu percurso académico e, mais tarde, na sua vida profissional, neste caso numa área crucial como é a da transição energética digital. Para além disso, os estabelecimentos de ensino envolvidos terão a oportunidade de melhorar e diversificar a oferta formativa, uma vez que poderão equipar os seus espaços letivos com tecnologias de última geração”, afirma Fernando Silva, presidente executivo da Siemens Portugal e responsável pela unidade de negócio Smart Infrastructure da Siemens.

“Esta competição também permite à Siemens conhecer novos talentos, os quais poderão vir a integrar as nossas equipas, que estão em constante crescimento”, acrescenta o líder, em comunicado.

O desafio passa pela criação do projeto de uma infraestrutura de energia elétrica, utilizando todas as capacidades da aplicação SIMARIS – que permite o cálculo e o dimensionamento das redes elétricas –, bem como de outras ferramentas de dimensionamento da Siemens que serão disponibilizadas para esse efeito.

Os vencedores do concurso têm direito a um estágio profissional remunerado de 12 meses numa das áreas de negócio da Siemens Portugal e a uma viagem à Madeira para conhecer a solução de armazenamento de energia que a Siemens e a Fluence ali instalaram a pedido da Empresa de Electricidade da Madeira. Além disso, o estabelecimento de ensino da equipa vencedora vai receber soluções Siemens para reforçar a sua oferta letiva.

O Accelerate Challenge começa em março com a fase de execução em que as equipas em competição recebem o enunciado do desafio, tendo cerca de dois meses para elaborar o seu projeto. Após a entrega e análise dos projetos, os finalistas serão conhecidos em maio e realiza-se a final na sede da empresa em Alfragide.

As equipas, que representarão o estabelecimento de ensino superior em que se encontram inscritas, poderão contar com um terceiro elemento, desde que seja um aluno de um curso diferente dos outros dois. Não podem participar estudantes que sejam ou tenham sido colaboradores da Siemens.

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Grandes empresas viram Inov Contacto do avesso para atrair talento estrangeiro

Parceria entre AICEP e Associação BRP cria programa de estágios Inov Contacto Reverse para reter em Portugal os alunos internacionais que estudam em universidades portuguesas. Projeto arranca na FEUP.

A comemorar os 25 anos do Inov Contacto, um programa de estágios internacionais que já abriu as portas do mercado de trabalho a mais de 6.000 jovens qualificados portugueses em 84 países espalhados pelo mundo, a AICEP junta-se agora à Associação Business Roundtable Portugal (BRP) para “virar do avesso” essa iniciativa e lançar, em paralelo, uma nova versão para atrair talento internacional para as empresas nacionais.

O Inov Contacto Reverse, como foi batizado o programa apresentado esta quarta-feira, no Porto, vai disponibilizar estágios remunerados de seis meses em Portugal para jovens até aos 29 anos, com mestrado e fluentes em inglês. Podem ser estrangeiros ou portugueses com residência no exterior há mais de 15 anos – “para tentar reimportar talento de origem nacional” – e que estejam a completar o período de estudos em universidades portuguesas. Os organizadores calculam que há atualmente 70 mil pessoas nestas condições, que podem também ajudar o país a reverter o “inverno demográfico” que ameaça o crescimento económico.

Este novo programa arranca no primeiro semestre deste ano com um projeto-piloto em parceria com a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), que já identificou perto de duas dezenas de candidatos. Segue-se agora um período de matching de competências com dez empresas da Associação BRP que vão disponibilizar um total de 12 estágios, em contexto real de trabalho.

Vão servir para testar o modelo do programa, que será escalado a partir de setembro, passando a decorrer em paralelo com o Inov Contacto. As empresas vão pagar duas vezes o valor do IAS (Indexante dos Apoios Sociais), que em 2023 subiu para 480,43 euros. No grupo de empresas que participam nesta fase experimental estão a Sogrape, Logoplaste, Sugal, Nors, Corticeira Amorim, CTT, BPI, Bial e Sovena.

Vai possibilitar às PME portuguesas, mas também às grandes, aprofundar o seu conhecimento em mercados estrangeiros estratégicos, facilitando o seu processo de expansão internacional.

Vasco de Mello

Presidente da Associação BRP Portugal

Além de reforçar a disponibilidade de quadros qualificados, “a concretização do programa Inov Contacto Reverse vai possibilitar às pequenas e médias empresas (PME) portuguesas, mas também às grandes, aprofundar o seu conhecimento em mercados estrangeiros estratégicos, facilitando o seu processo de expansão internacional”. “Esta é mais uma medida concreta em colaboração com a AICEP, que pode vir a fazer a diferença no apoio ao crescimento das empresas, que traz crescimento económico e maior justiça social”, completa Vasco de Mello, presidente da Associação BRP.

Esta associação criada em junho de 2021 e composta por 42 grandes empresas portuguesas assinou, em novembro do ano passado, um protocolo de colaboração com a agência pública que promove o comércio e o investimento internacional, para desenvolver e implementar várias iniciativas para aumentar as competências de internacionalização nas PME e reforçar a sua competitividade nos mercados externos. Além do Inov Contacto Reverse, três outras já começam a sair do papel.

  • Reforço do apoio ao programa Inov Contacto, através do aumento do número de empresas associadas a esta iniciativa, bem como do número de estágios. No total, 11 empresas da Associação BRP financiaram 25 novos estágios, que se juntaram ao total de 200 estágios já disponibilizados pelo Inov Contacto ao talento português.
  • Lançamento das “Conversas CEO com CEO”, um programa que coloca frente a frente líderes de PME nacionais que se queiram internacionalizar e CEO ou presidentes de empresas da Associação BRP, com o propósito de, durante três horas, haver uma partilha de conhecimento e experiência na área da globalização. O piloto abrange um conjunto de 13 empresas e em dois meses já houve dez conversas.
  • O acordo prevê ainda a criação de uma rede internacional de espaços de acolhimento, onde empresas da Associação BRP disponibilizam, durante um período de três meses a um ano, as suas instalações noutros mercados a PME nacionais que queiram expandir o seu negócio para outros países. Visando dar um apoio nesse primeiro passo de crescimento, o piloto arranca no primeiro semestre de 2023, com nove associadas a disponibilizarem mais de 50 pontos de acolhimento em 20 geografias diferentes.

Em conferência de imprensa realizada esta quarta-feira, Rui Calçada, diretor da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, sublinhou que este novo programa para atrair e reter finalistas de mestrado é “uma mais-valia para os estudantes”, que podem ter uma “experiência num ambiente multicultural e dinâmico” e também para as empresas, que vão dispor de “perfis altamente especializados”.

Com cerca de 1.200 alunos internacionais, além dos que participam em programas de mobilidade, a faculdade portuense promete ainda facilitar o acesso a cursos de língua portuguesa, para facilitar a integração destes alunos no mercado de trabalho local. E mostra-se comprometida com o objetivo de “reforçar a cooperação com as empresas” e contrariar o “declínio demográfico” do país, fixando estas pessoas em Portugal.

“Mais cosmopolitismo” nas empresas

O presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, destacou, por outro lado, que este novo programa surge numa altura em que Portugal se tornou “um polo que precisa de recursos humanos qualificados” e responde a uma “nova necessidade” do país para captar talento, aumentar a produtividade e “trazer mais cosmopolitismo às empresas” nacionais. E esta iniciativa, que visa “um conjunto de alunos que já estão cá e têm afinidade” com o país, pode dar-lhes “uma primeira experiência e [a possibilidade de] evoluir dentro do espetro dessa empresa”.

Questionado sobre a ambição para este programa, na sua versão definitiva a partir do segundo semestre deste ano, Castro Henriques, que está de saída da agência pública, confia que o número de participantes vai “crescer gradualmente”. Com o “universo crescente de estudantes estrangeiros e com o interesse que as empresas têm demonstrado em ter estes quadros”, arrisca que poderá vir a aproximar-se do volume de estágios do Inov Contacto, que abrange entre 200 e 300 pessoas por edição.

João Falcão e Cunha, ex-diretor da FEUP; Luís Castro Henriques, presidente da AICEP; Vasco de Mello, presidente da Associação BRP; Rui Calçada, diretor da FEUP; Pedro Ginjeira do Nascimento, secretário-geral da Associação BRP); e Luís Rebelo de Sousa, administrador executivo da AICEP.

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Há um grupo francês que só aparece agora no leilão da Efacec

Há seis candidatos na corrida à Efacec, mas o consórcio da Visabeira e Sodecia não é a única novidade. O candidato chinês saiu do concurso e aparece agora o Cahors Group num dos consórcios.

A Visabeira e a Sodecia juntaram-se num consórcio para ganhar a reprivatização da Efacec, e integram assim a lista de seis candidatos à operação, mas esta não é a única novidade relativamente às empresas que se apresentaram ao leilão no momento das propostas não vinculativas. Há agora um novo candidato, o Cahors Group, que substitui um grupo chinês, num consórcio com outra empresa de origem espanhola, liderada por Luís Cêa-Prosperos.

Como o ECO revelou em primeira mão, a Visabeira e a Sodecia avançaram para uma proposta conjunta pelo controlo da Efacec, e as duas empresas industriais de capital português apresentaram uma oferta vinculativa pela totalidade dos negócios da companhia. Sabia-se, segundo um comunicado oficial da Parpública, a empresa que tem 71,73% da Efacec, que a lista de candidatos nesta fase tinha seis entidades, quando na fase anterior tinham aparecido sete interessados. Faltava confirmar se, além do consórcio industrial português, havia alguma mudança de empresas. E, afinal, há mesmo, o que pode, aliás, suscitar problemas de legalidade no concurso.

O ECO contactou a Parpública, mas não obteve qualquer esclarecimento sobre esta informação.

Assim, além da Visabeira e Sodecia, apresentaram-se a esta fase final a Mota-Engil, o fundo Oxi Capital, enquanto as entidades estrangeiras são o fundo Mutaris, a Oaktree e agora este consórcio transformado, com uma sociedade espanhola e o Cahors Group, grupo industrial especializado em equipamentos de transporte de energia.

A Parpública já confirmou oficialmente que, “no âmbito do Processo de Reprivatização de 71,73% do capital social da Efacec Power Solutions (…) recebeu, no prazo estabelecido, seis propostas vinculativas por parte de três entidades nacionais e três estrangeiras“, lê-se no comunicado enviado às redações. E que, nos próximos dez dias, vai avaliar das referidas propostas. Assim, segundo apurou o ECO, o objetivo de Fernando Medina, ministro das Finanças, e de António Costa Silva, ministro da Economia, é levar ao Conselho de Ministros da próxima semana uma proposta para a seleção de uma short-list com dois ou três candidatos.

Já se sabe que estão seis candidatos na corrida, mas falta saber quais as condições apresentadas, nomeadamente em termos de haircut de dívida aos bancos — e ao Estado, que prestou garantias — e aos obrigacionistas, mas é certo que todas os candidatos exigem a redução da dívida, total ou parcial, e/ou recapitalização da Efacec.

De acordo com as contas, ainda provisórias, relativas a 2022, a Efacec fechou mesmo o ano com um prejuízo operacional superior a 105 milhões de euros e, beneficiando de um mecanismo contabilístico relativo a imposto sobre o rendimento (diferido), o prejuízo líquido consolidado terá sido de cerca de 60 milhões de euros. Pior, o volume de negócios da Efacec passou de 224 milhões de euros em 2021 para 154 milhões em 2022. Está, por isso, em situação de falência técnica, com capitais próprios negativos, e a dívida já supera os 250 milhões de euros.

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Suspensa greve na Silopor que ameaçava abastecimento de cereais em Portugal

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2023

A greve na Silopor ao trabalho em horas extraordinárias, convocada até final de fevereiro, foi suspensa e os trabalhadores aguardam uma proposta da empresa para revisão da tabela salarial.

A greve na Silopor – Empresa de Silos Portuários ao trabalho em horas extraordinárias, convocada até final de fevereiro, foi suspensa esta quarta-feira e os trabalhadores aguardam uma proposta da empresa para revisão da tabela salarial, disse o sindicato.

“[A greve] foi suspensa, uma vez que o Governo autorizou a comissão liquidatária a negociar com o sindicato a revisão do acordo de empresa”, disse à Lusa Célia Lopes, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP).

Segundo a dirigente sindical, o sindicato tinha garantido que, após aquela autorização, daria tempo à empresa para ponderar sobre a proposta a apresentar aos trabalhadores.

“Tal como se comprometeram, os trabalhadores vão aguardar que a empresa possa apresentar uma proposta para a revisão da tabela salarial”, vincou Célia Lopes.

O Ministério da Agricultura e da Alimentação garantiu, na terça-feira, estar a acompanhar “com atenção” a situação da Silopor, adiantando que, até então, não tinha registo de falta de abastecimento de bens alimentares.

As organizações que representam o comércio e indústria alimentar alertaram, também na terça-feira, para que a greve na Silopor estava a “ameaçar” o abastecimento alimentar, culpando um despacho da ex-secretária de Estado Alexandra Reis pela paralisação, segundo um comunicado.

“O facto de acontecer na sequência da greve dos trabalhadores das administrações portuárias agrava o acesso da fileira agroalimentar a matérias-primas essenciais para a produção de leite, pão, carne e ovos”, avisaram, destacando que “as instituições representativas destes setores preconizam um novo aumento de preços e a rutura pontual do abastecimento destes produtos em alguns locais de venda”.

As associações ACICO (Associação Nacional de Armazenistas, Comerciantes e Importadores de Cereais e Oleaginosas), APIM (Associação Portuguesa da Indústria de Moagem), IACA (Associação Portuguesa dos Industriais dos Alimentos Compostos para Animais), FEPASA (Federação Portuguesa das Associações Avícolas) e FPAS (Federação Portuguesa das Associações de Suinicultores) disseram, ainda, que “esta greve tem origem numa decisão da ex-secretária de Estado [do Tesouro], Alexandra Reis, que colocou em vigor um despacho que impede o aumento dos trabalhadores das empresas de capitais públicos em liquidação, situação em que se encontra a Silopor há mais de vinte anos”.

Segundo estas entidades, “a revogação da medida em causa representa” um impacto “de, sensivelmente, 7.000 euros por mês”.

“A greve em curso desde o início do mês já está a provocar atrasos na descarga de grandes navios de cereais importados, dos quais Portugal depende em mais de 80% para o abastecimento da sua indústria para a alimentação humana e animal. O impacto para os importadores é de cerca de 50.000 euros por cada dia de atraso”, alertaram na altura.

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Vhils em exposição num espaço cultural temporário instalado em Kiev

  • Lusa
  • 15 Fevereiro 2023

Vhils criou retratos, a partir da sobreposição de cartazes, nos quais estão representadas "figuras excecionalmente significativas da história recente da Ucrânia".

O artista português Alexandre Farto (Vhils), fundador com Pedro Pires da Solid Dogma, está entre os 28 artistas, de dez países, que participam numa exposição a ser inaugurada na sexta-feira em Kiev, num espaço cultural temporário, constituído por 27 módulos, erguido na praça Kontraktova.

O “Module of Temporality” (MOT), espaço cultural temporário da responsabilidade da publicação ucraniana DTF (“Don’t Take Fake”), foi criado, de acordo com a revista, com o objetivo de “mostrar ao mundo que, mesmo em tempo de guerra e ameaças constantes, os ucranianos não só repensam o seu passado, lutam pelo presente, mas também pensam sobre o futuro, em particular, o futuro cultural do país”.

Num comunicado enviado à Lusa, a publicação explica que aquele espaço é composto por “27 módulos, que criam um espaço aberto e outros fechados, bem como vários terraços”. “O principal material é metal, nas suas várias variações. Em particular, aço do complexo metalúrgico e siderúrgico de Azovstal, em Mariupol”, lê-se no comunicado. O espaço principal do MOT irá acolher uma exposição criada pelo curador e crítico de arte francês Fabrice Bousteau, que inclui obras de 28 artistas de países como Ucrânia, França, Estados Unidos, Suíça, Coreia do Sul, Portugal e Índia.

Entre os artistas convidados, além do português Vhils, contam-se, entre outros, o francês JR, o norte-americano Mark Jenkins, o ucraniano Waone, da dupla Interesnikazki, a francesa Prune Nourry e o espanhol Pablo Valbuena. A exposição ficará patente até maio e incluirá a exibição de filmes e palestras.

Para a mostra em Kiev, Vhils criou retratos, a partir da sobreposição de cartazes, nos quais estão representadas “figuras excecionalmente significativas da história recente da Ucrânia, expressando valor fundamentais de paz, liberdade, igualdade e direitos humanos”.

De acordo com o artista, numa publicação partilhada na rede social Instagram, uma das figuras retratadas é Serhiy Nigoyan, o primeiro ativista do movimento Euromaidan a ser morto durante a revolução ucraniana de 2014, em 22 de janeiro daquele ano na Rua Hrushevskoho, no centro de Kiev.

O artista recorda que já tinha gravado o rosto de Serhiy Nigoyan em 2015 num edifício de Kiev, “em homenagem a todos os manifestantes que sacrificaram suas vidas em nome da igualdade e da liberdade”. Uma fotografia desse mural foi oferecida na semana passada pelo primeiro-ministro português, António Costa, ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Bruxelas, à margem da reunião do Conselho Europeu.

Com o “Module of Temporality”, a DTF pretende “ajudar a renovar objetos culturais danificados pela guerra”. Para isso, está a ser criado um fundo, para o qual, segundo a revista, serão alocadas verbas provenientes da venda de bilhetes, de objetos à venda da loja do espaço e do resultado de um leilão das obras de artistas.

“O dinheiro arrecadado será transferido para o restauro de instituições culturais e monumentos, incluindo museus, que no final do projeto serão selecionados pela equipa do MOT e especialistas”, explica a publicação.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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