Sines quer “comer” fruta brasileira aos portos do norte da Europa
Portugal prepara-se para montar hub logístico para a importação de frutas frescas do Brasil, mostrando aos produtores “condições geográficas e operacionais” para substituir portos do norte da Europa.
O Porto de Sines vai criar um hub logístico para a entrada de frutas brasileiras no mercado ibérico e europeu, reclamando ter as “condições geográficas e operacionais que o posicionam como um local de excelência para a importação” destes produtos, que atualmente entram no mercado europeu através dos portos do norte da Europa.
O primeiro passo para que esse fluxo logístico seja alterado, passando as frutas brasileiras a utilizar principalmente o Porto de Sines como porta de entrada no mercado ibérico, é um “protocolo de intenções” assinado com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (ABRAFRUTAS).
Este acordo firmado com esta organização, cujos associados representam aproximadamente 80% do volume total das frutas frescas exportadas pelo Brasil, visa “desenvolver um intercâmbio de conhecimentos e experiências profissionais”, de acordo com a APS — Administração dos Portos de Sines e do Algarve (Faro e Portimão).
Líder nacional na quantidade de mercadorias movimentadas e dotado de terminais especializados para movimentar diferentes tipos de mercadorias, o Porto de Sines é o principal porto na fachada ibero-atlântica. Além da preponderância no abastecimento energético do país (petróleo e derivados, carvão e gás natural), posiciona-se igualmente como um relevante porto de carga contentorizada.
“O relacionamento entre o Porto de Sines e entidades brasileiras tem sido uma constante, não apenas pela importância daquele mercado e pelo seu potencial de crescimento, mas também devido aos laços históricos e culturais existentes entre Portugal e o Brasil, que potenciam o reforço das relações comerciais já existentes”, sublinha a APS, em comunicado de imprensa.
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