Insolvências de empresas sobem 9% em janeiro
Os setores dos serviços e da construção foram os mais afetados, e Lisboa e Porto são os distritos onde se registou o maior número de empresas insolventes.
O ano arrancou com uma subida do número de empresas a fechar portas. De acordo com dados divulgados esta quarta-feira pela COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, o número de insolvências aumentou 9% face ao mesmo período do ano passado.
“Depois de dois anos de pandemia, em que as insolvências se mantiveram em níveis baixos, graças aos apoios dados à economia, a escalada da inflação em 2022, após a eclosão da guerra na Ucrânia, foi desafiante para muitas empresas devido ao aumento galopante dos custos“, refere Vassili Christidis, CEO da COSEC, em comunicado.
Segundo as últimas projeções da Allianz Trade, acionista da COSEC, realizadas no final do ano passado, as insolvências em Portugal deverão subir 20% este ano “devido ao agravamento das pressões inflacionistas sentidas na economia mundial, à crise energética e às perturbações nas cadeias de abastecimento”, refere a empresa em comunicado.
Este número compara com uma previsão de subida de 18% das insolvências no conjunto dos países da Zona Euro.
Entre os setores mais afetados estão a construção e os serviços. Em sentido oposto estão os setores da energia, computadores e telecomunicações que, à semelhança do que sucedeu no ano passado, foram as áreas que registaram o menor número de insolvências.
Em termos de localização geográfica, “é nos distritos de Lisboa e do Porto onde se verifica o maior número de empresas insolventes, o que não representa uma novidade dado o número de empresas presentes nestas regiões”, conclui o relatório.
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