BCE vai testar resistência dos bancos aos ataques informáticos
Supervisor insta bancos a reforçarem as suas defesas na área da segurança informática perante aumento de ataques e vai avançar com teste de esforço temático no próximo ano.
Até à data, o aumento dos ataques informáticos ainda não trouxe problemas de maior aos bancos, “mas é necessário reforçar as defesas nesta área”, defendeu o presidente do Conselho de Supervisão do Banco Central Europeu (BCE), Andrea Enria, anunciando que o supervisor vai avançar com teste de esforço temático no próximo ano para testar a resistência cibernética das instituições.
“Vamos lançar no próximo ano um teste de esforço temático sobre a resiliência cibernética, que tentará testar como os bancos são capazes de responder e recuperar de um ataque cibernético bem-sucedido”, adiantou Enria em entrevista publicada esta quinta-feira.
“É um exercício novo, ao qual vamos dedicar uma quantidade significativa de tempo e recursos, para entender melhor onde estão os pontos fortes e fracos dos bancos. Planeamos ter os resultados em meados do ano que vem”, acrescentou o responsável.
Enria disse que durante a pandemia e após a invasão da Ucrânia pela Rússia “ocorreram alguns episódios” que levou o supervisor a dedicar maior atenção à área da cibersegurança. E deu o exemplo de um banco nos Países Baixos, o Amsterdam Trade Bank, que era uma subsidiária do Alfa Bank, uma instituição russa que foi colocada na lista de sanções. Com as medidas restritivas, “o Amsterdam Trade Bank deixou de receber serviços essenciais de IT dos seus fornecedores nos EUA, e isso significou que o banco quebrou da noite para o dia”, contou.
Em Portugal, o BCP foi alvo de um ciberataque há seis meses por parte de “entidades mal-intencionadas a partir do exterior”, afetando durante algumas horas o funcionamento do site e da app.
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