Fintech Raize alcança “novo máximo de financiamentos” em 2022
No ano passado, a Raize atingiu um "novo máximo de financiamentos concedidos num total de 15,1 milhões de euros, mais 10% que no ano anterior, em 628 transações".
A Raize — Instituição de Pagamentos registou lucros de 21.167 euros em 2022, uma redução de 66% face ao resultado obtido em 2021, indicou a plataforma, num comunicado publicado esta quinta-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Segundo a empresa, no ano passado, a Raize obteve receitas de 1,27 milhões de euros, um aumento de 16% em relação a 2021, “beneficiando do crescimento da atividade de financiamento em Portugal”.
A fintech (empresa tecnológica de serviços financeiros) deu ainda conta de um aumento de custos totais de 25% devido a “um reforço de posicionamento no mercado — por via de pessoal, marketing e tecnologia — assim como do contexto macroeconómico”.
A Raize obteve um EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) de 96 mil euros, um decréscimo de 33% face a 2021, revelou.
A Raize atingiu, no ano passado, um “novo máximo de financiamentos concedidos num total de 15,1 milhões de euros, mais 10% que no ano anterior, em 628 transações”, sendo que os “empréstimos originados e geridos pela Raize renderam um total de 1,3 milhões de euros em juros brutos em 2022 (+17% face a 2021), refletindo uma taxa de rentabilidade média anual de 5,8% após perdas”.
A empresa reportou ainda um “total de 24,1 milhões de euros de crédito sob gestão a 31 de dezembro de 2022″.
Segundo a Raize, desde a sua constituição, o grupo “levantou mais de 100 milhões de euros junto de investidores de retalho e institucionais para investimento em PME portuguesas” e “investiu mais de 72 milhões de euros em mercado primário”. A empresa realizou ainda 3.304 operações de financiamento, acrescentou.
“A prioridade em 2023 passa por acelerar o crescimento da empresa em Portugal na área do financiamento a empresas, perspetivando-se o investimento na expansão da base de investidores incluindo através da celebração de novos acordos de financiamento com bancos e fundos”, destacou a Raize.
A empresa espera ainda “um reforço do nível de investimento em tecnologia de captação e tratamento de dados e também análise de risco”.
De acordo com a mesma nota, os primeiros indicadores para 2023 “são positivos”, esperando que “apesar do contexto de incerteza” as “empresas e os investidores continuem a apostar no país durante o próximo ano”.
“Nesse contexto, e face ao atual quadro económico, a implementação das reformas estruturais no âmbito do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e a utilização dos respetivos fundos, mas também daqueles referentes ao Quadro Financeiro Plurianual, tornam-se particularmente críticas para sustentar o crescimento económico e o desempenho económico-financeiro das empresas em Portugal”, explicou.
Assim, “a Raize em parceria com a Flexdeal, pretende assumir-se como coinvestidor estratégico junto de diversos programas em execução por parte do Banco Português de Fomento, por forma a contribuir para que o capital chegue o mais rapidamente possível à economia real”.
A Flexdeal, uma sociedade de investimento mobiliário para o fomento da economia (SIMFE), é a maior acionista da Raize.
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