Salários da Função Pública perdem até 8,6% em dois anos
Dois anos de inflação elevada podem chegar a tirar 500 euros mensais em termos reais aos salários de alguns funcionários públicos, mesmo com os aumentos que já foram anunciados, calculou o Expresso.
O Governo anunciou uma atualização dos salários da Função Pública em 1%, que ainda não se sabe se terá ou não retroativos. Mesmo assim, os funcionários públicos perdem poder de compra nestes dois anos de inflação elevada, numa dimensão que depende das carreiras e do nível remuneratório de cada um. Só os assistentes operacionais, que recebiam salário mínimo e, por isso, beneficiaram da sua atualização nos últimos anos, e os assistentes técnicos no início de carreira, escapam às perdas no salário base.
Segundo os cálculos do Expresso, em termos cumulativos e considerando os anos de 2022 e 2023 (desde o aumento da inflação), a queda dos salários dos trabalhadores do Estado, em termos reais, pode ir até aos 8,6%. Em valores absolutos, trata-se de uma perda que pode ser superior a 500 euros por mês em alguns casos.
As contas do semanário baseiam-se nas tabelas da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público, que incluem a atualização em janeiro entre 2% e 8%, e considerando a atualização extra de 1% anunciada na semana passada, cujo período de abrangência ainda não é conhecido (o Governo anunciou que seria a partir de abril, mas já mostrou abertura para o aplicar com retroativos a janeiro). Mas não têm em conta o impacto do aumento do subsídio de refeição nem os efeitos das progressões nas carreiras.
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