Falência do Silicon Valley Bank promete abanar o ecossistema de startups

A falência do Silicon Valley Bank não é apenas um problema bancário, mas também um murro no estômago do ecossistema de startups que viu desaparecer um importante agente de financiamento da indústria.

A falência do Silicon Valley Bank (SVB) foi uma pedrada que se abateu no setor bancário norte-americano com réplicas pelo mundo fora. As bolsas caíram a pique, os receios de uma nova crise financeira a fazer relembrar a crise de 2008 tomaram conta de investidores e aforradores por todo o mundo, e os reguladores americanos e europeus atiraram-se rapidamente ao problema para estancar o medo e o pânico que corria nas ruas.

No centro da crise do SVB estiveram decisões de gestão erróneas da administração do banco que promoveram a construção de uma carteira de ativos completamente desalinhada com a estrutura de risco dos seus clientes. Esta realidade fez com que, numa situação inesperada como foi a galopante subida das taxas de juro, tivesse lugar uma desvalorização profunda dos ativos que assustou o mercado e que rapidamente escalou o problema para outra dimensão com o despoletar de uma corrida aos depósitos por parte dos clientes.

O impacto da falência do banco no Vale do Silício, na Califórnia, é tão grande que, no sábado, a reconhecida incubadora e aceleradora de startups Y Combinator estimava que o provável congelamento das verbas depositadas no SVB por parte de algumas das startups da sua comunidade poderia impactar o processamento de salários e o pagamento de contas de mais de 10 mil empresas e startups.

A atividade do Silicon Valley Bank não se resumia a apoiar as startups. Atuava também como investidor de fundos de venture capital.

No entanto, as réplicas deste drama bancário sentem-se para lá do setor financeiro. Têm-se feito sentir por todo o ecossistema de startups porque o SVB não era um simples banco depositário dos recursos das startups do Vale do Silício. Era um importante agente deste setor, atuando também como financiador destas empresas e da indústria.

O SVB chegou inclusive a assumir posições bem mais arriscadas que muitos fundos de capital de risco. É disso exemplo a concessão de créditos a startups por troca de futuras participações nas empresas, como sucedeu com a Airbnb, a Fitbit ou a Pinterest. Foi assim que levantou quase 14 milhões de euros no IPO da FitBit e, mais recentemente, quando assumiu os direitos de adquirir 400 mil ações a 1 dólar por ação na abertura ao capital da Coinbase em Bolsa – no primeiro dia de negociação, os títulos desta corretora de criptoativos fechou acima dos 325 dólares.

Não foi por isso de estranhar que mais de uma centena de empresas de capital de risco e de investidores individuais assinaram uma declaração de apoio ao SVB, também com o intuito de limitar as consequências do colapso do banco e evitar um possível “evento ao nível da extinção” para as empresas de tecnologia.

O SVB era um importante agente no ecossistema do Vale do Silício e do universo global de startups, como mostra uma breve lista de empresas com depósitos e créditos junto do SVB, publicada pela Reuters. Mas não só. A atividade do SVB não se resumia a apoiar as startups. Atuava também como investidor de fundos de venture capital dos poderosos Accel Partners ou Sequoia Capital.

A falência do SVB terá por isso impacto sobre todo o ecossistema, mais ainda porque como se viu na segunda-feira, os efeitos colaterais do colapso do SVB fizeram-se sentir com estrondo sobre todos os bancos com estruturas de capital e operações semelhantes ao SVB.

Além disso, é importante notar que a falência do SVB surge numa altura em que o ecossistema passa por um período de teste. Num relatório do SVB apresentado a 8 de março, a gestão do banco referia que os seus clientes (maioritariamente startups e fundos de venture capital) “estão a queimar dinheiro a um ritmo duas vezes superior aos níveis anteriores a 2021 e não se ajustaram ao ambiente mais lento de angariação de fundos.

Essa realidade é bem visível pela queda a pique do volume de investimento por parte dos venture capital no último ano. “Os investimentos globais de venture capital diminuíram todos os trimestres [de 2022], terminando o ano com uma queda de 36% em relação a 2021” referem Andre Fernandes e Alice Leonard no relatório “Global Venture Capital Outlook: The Latest Trends“, da Bain & Company, publicado a 2 de março.

Estes números e as falências do SVB ou do Signature Bank (uma instituição com mais de 100 mil milhões de euros) não significa que o fim do ecossistema de startups e da indústria de venture capital. Significa apenas que o venture capital vai sofrer”, refere Filipe Garcia, economista da IMF, sublinhando a normalidade desse cenário em função de todos os factos dos últimos dias. No entanto, refere também que “não vai morrer” e que “os investidores é que poderão ser mais seletivos e muitos projetos podem simplesmente desaparecer.

O relatório da Bain & Company, por exemplo, revela que apesar da dimensão média dos negócios e o investimento realizado pelos fundos de venture capital terem diminuído na maioria das fases de financiamento em 2022, o financiamento em fase de seed aumentou 4% no último ano. “A inovação está a chegar e os investidores de venture capital estão a apostar nela, deslocando o seu foco para as fases de seed, enquanto esperam que a turbulência do mercado diminua.

Cristina Fonseca, cofundadora da Talkdesk e general partner da Indico, uma sociedade que gere quatro fundos de capital de risco, vai mais longe. Destaca que a falência do SVB “não tem nada a ver com a nossa indústria, exceto que muitos clientes eram startups e fundos de Silicon Valley porque são da mesma região.”

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Fim dos vistos gold põe em risco 425 milhões de investimento da Mercan em Portugal

  • Ana Petronilho
  • 14 Março 2023

Canadianos com 27 projetos hoteleiros no país dizem que fim dos vistos gold pode resultar ainda na perda de 565 novos empregos diretos e avisam que investidores podem pedir indemnizações em tribunal.

O fim dos vistos gold em Portugal põe em risco 425 milhões de euros do investimento da Mercan Properties no país, que tem previsto abrir três hotéis nos próximos meses em Évora e no Porto. Ao ECO, esta que é uma das maiores promotoras de imobiliário no segmento da hotelaria em território nacional – faz parte do grupo canadiano Mercan – diz que com o fim do regime da Autorização de Residência para Atividade de Investimento (ARI), conhecido como vistos gold, a partir de 16 de fevereiro, ao “impacto estimado” que ascende a “425 milhões de euros envolvidos em oito projetos”, soma-se ainda “a perda de criação de 565 postos de trabalho diretos e 690 indiretos”, salienta Miguel Gomes, Construction & Development General Manager.

A Mercan Properties, que entrou em Portugal em 2015, diz ainda ao ECO que tem 27 projetos hoteleiros no país, em diferentes fases de desenvolvimento e em várias localizações, como Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Amarante, Lisboa, Beja, Santiago do Cacém, Évora e, no Algarve, em Lagos, Portimão e Faro. Destes projetos, cinco empreendimentos estão já em pleno funcionamento.

No total, o investimento da MercanProperties no setor da hotelaria ascende a 1,1 mil milhões de euros, estando previsto subir para 1,4 mil milhões até ao final de 2023. Através da promotora já investiram no país 2.500 investidores estrangeiros via regime de vistos gold, dos quais 1.200 fizeram-no no ano passado.

Apesar de ser “sensível” à crise da habitação e de reconhecer “intenções positivas” por parte do Governo no pacote legislativo, que está em consulta pública, Miguel Gomes considera que a maioria das medidas propostas “serão inadequadas, ineficazes ou até impraticáveis”. E algumas, alerta, serão até “contraproducentes”, como diz ser o caso do fim dos vistos gold.

Recusando o impacto dos vistos gold na subida dos preços da habitação, o diretor geral da Mercan Properties alerta ainda que “as consequências do fim do regime serão enormes”. Podem resultar numa “transferência de investimentos para outros países com características semelhantes a Portugal”, dando o exemplo de Espanha, e podem provocar “um travão ao desenvolvimento económico e à reabilitação urbana do país”. Miguel Gomes estima que a extinção dos ARI possa resultar em perdas imediatas, no global e apenas no segmento de hotelaria, “na ordem dos 600 milhões de euros, devido à suspensão de investimentos em curso”.

Desde o anúncio do Governo gerou-se uma “desconfiança” dos investidores no país. A Mercan Properties diz ao ECO que tem recebido notas de preocupação de “milhares” de investidores e que podem resultar num “acréscimo de litigância nos tribunais”, a reclamar indemnizações ao Estado. As medidas propostas estão em consulta pública até 24 de março e serão aprovadas em Conselho de Ministros a dia 30 do mesmo mês.

Entre os vários projetos da Mercan Properties em Portugal está a reabilitação de dois hotéis em Lagos com um investimento de 107,8 milhões de euros e que vão ser explorados pela empresa AHM, Ace Hospitality Management, com a marca Hilton. As novas unidades hoteleiras, o antigo Lagos Marina Hotel que passa a Curio Collection by Hilton e o Garden Inn Lagos, vão abrir portas no verão de 2024.

Outro dos investimentos previstos é a construção de um hotel em Santo André, no concelho de Santiago do Cacém, para onde vão ser canalizados 18,2 milhões de euros e que também vai ser inaugurado no verão de 2024.

Com sede no Canadá, o Grupo Mercan conta com mais de 30 anos de experiência nas áreas da consultadoria de investimentos. Além de marcar presença em Portugal, tem também atividade nos Estados Unidos, nos Emirados Árabes Unidos, na China e em vários pontos do Sudoeste Asiático.

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CEO da EDP recebeu 1,8 milhões de euros em 2022

A António Mexia, antigo CEO, a elétrica pagou ainda 800 mil euros como contrapartida da obrigação de não concorrência, assim como 145.896,72 euros relativos a prémios de seguro.

A EDP pagou uma remuneração bruta de 1,8 milhões de euros ao CEO, Miguel Stilwell d’Andrade, no ano de 2022, uma quantia que junta montantes relativos aos mandatos de 2018-2020 e 2021-2023. No total, a elétrica entregou 6,3 milhões de euros aos membros do conselho de administração executivo em funções, no ano passado. Entre os critérios à luz dos quais a Comissão Executiva da elétrica é avaliada, estão vários ligados à sustentabilidade — e existiu a validação de um consultor externo.

A informação foi divulgada na segunda-feira, no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A remuneração poderia ter sido superior, consoante os objetivos atingidos. O presidente do Conselho de Administração Executivo pode auferir de até 2.600.000 euros, e os restantes, no seu conjunto, podem receber até 7.280.000 de euros.

A EDP define como remuneração base anual do CEO 800 mil euros, enquanto os restantes membros da Comissão Executiva auferem 560 mil euros base anuais.

Aos valores base soma-se a remuneração variável anual: tem como limite os 640 mil euros, no caso do CEO, e os 448 mil euros no caso dos restantes membros – o correspondente a 80% da remuneração base. Para terem direito a esta fatia extra, os elementos do Conselho Executivo tem de atingir mais de 85% dos objetivos fixados. Se forem atingidos entre 85% a 95% dos objetivos, podem receber entre 10% a 25% da remuneração base; se o desempenho se situar entre os 95% e os 100%, é devido um montante entre 25% a 52,5% da remuneração base. Se os objetivos forem superados, indo para além do estabelecido e até aos 110%, já pode ser atribuído um montante até aos 80%. Mais do que 110% de desempenho dá direito, seguramente, ao total dos 80%.

Os executivos são avaliados de acordo com critérios quantitativos – o crescimento, a remuneração acionista, solidez de balanço, eficiência operacional e indicadores ESG (resultados do Dow Jones Sustainability Index, desempenho no estudo anual de clima de colaboradores e desempenho no índice de satisfação de clientes) – mas também qualitativos, como a implementação do plano de negócios, a gestão de equipas, o trabalho em equipa e a gestão de stakeholders.

“O pagamento da remuneração variável anual fica condicionado à permanência dos membros do conselho de administração executivo em funções até ao termo do período anual de desempenho relevante”, indica ainda o documento.

Fora o salário base e a remuneração variável anual, o relatório aponta ainda uma terceira componente, a plurianual. “A remuneração variável plurianual máxima não poderá ser superior a 145% da remuneração base total auferida no período plurianual de referência de desempenho”, e é atribuída consoante o cumprimento de objetivos financeiros e não financeiros de longo prazo. Esta componente é paga em ações da EDP.

Mais uma vez, é preciso atingir pelo menos 85% dos objetivos fixados, e a partir daí, cresce em diferentes intervalos, sendo que os 145% só são devidos se atingidos mais de 110% dos objetivos. Neste âmbito, é novamente considerada a remuneração acionista, o crescimento da empresa, indicadores ESG e a gestão de stakeholders. É avaliada ainda a estratégia e execução, o desenvolvimento de colaboradores e o trabalho em equipa e novas formas de trabalho.

No ano passado, a comissão de vencimentos do Conselho Geral e de Supervisão contratou a Mercer como consultora externa para a prestação de apoio na validação e certificação do cálculo da remuneração variável anual e plurianual dos membros do conselho de administração executivo, esclarece ainda a empresa.

Em 2022 foram ainda pagos 800 mil euros ao anterior CEO, António Mexia, como contrapartida da obrigação de não concorrência, assim como 145.896,72 euros relativos a prémios de seguro de saúde e de seguro de vida e de Seguro de Vida PPR. Em maio de 2022 foi ainda restituído o montante de 73.375,83 euros relativo ao IRS retido com referência ao ano de 2021. A isto soma-se a remuneração variável plurianual referente a 2019, no montante de 692.720 euros.

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Seguradoras americanas podem perder mais de 800 milhões com SVB

  • ECO Seguros
  • 14 Março 2023

A indústria seguradora americana pode enfrentar até 800 milhões de dólares em perdas de investimentos do banco extinto Silicon Valley Bank, escreve publicação Intelligent Insurer.

A indústria seguradora americana pode enfrentar até 800 milhões de dólares em perdas de investimentos no banco falido Silicon Valley Bank, segundo a publicação especializada Intelligent Insurer.

Mas a maioria dos bancos dos E.U.A. está segurada pela Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), uma agência governamental que existe desde a Grande Depressão. As contas no Silicon Valley Bank foram seguradas pelo FDIC – até 250 mil dólares.

Um recente registo regulamentar revela que cerca de 90% dos depósitos não tinham seguro em dezembro de 2022. O FDIC diz que é “indeterminado” quantos depósitos não estavam segurados quando o banco fechou.

Em resposta ao colapso, o FDIC criou uma nova entidade, o Deposit Insurance National Bank of Santa Clara, para todos os depósitos segurados para o Silicon Valley Bank, nesta segunda-feira. Os clientes que tinham depósitos não segurados receberão um dividendo adiantado e um pequeno certificado, mas não é uma garantia de que receberão a totalidade do capital.

O trabalho do FDIC é obter o montante máximo dos ativos do Silicon Valley Bank. Isso pode acontecer através de duas vias. Uma é que outro banco adquira o SVB, obtendo os depósitos no processo. Na melhor das hipóteses, essa aquisição significa que todos recebem todo o seu dinheiro. E esse é o melhor cenário possível, não só para todos os que querem receber o seu salário a tempo, mas também porque a maior missão do FDIC é assegurar a estabilidade e a confiança do público no sistema bancário dos E.U.A..

Se a aquisição não acontecer, o FDIC avalia, vende os ativos associados ao Silicon Valley Bank durante um período de semanas ou meses, com os lucros a irem para os depositantes. Os depósitos não segurados estão no topo da escala de reembolso, atrás apenas das despesas administrativas e dos depósitos segurados. Assim, mesmo que uma venda não aconteça em breve, as probabilidades são altas de os clientes recuperarem o seu dinheiro.

O financiamento para tudo isto vem, por enquanto, do Fundo de Seguro de Depósitos do FDIC, que, afirmou, protegerá todos os depositantes da instituição. Embora isso deixe de fora os acionistas e “certos” detentores de dívidas sem garantia, significa que os clientes do banco podem, na sua maioria, retomar os negócios.

Joe Biden comentou a situação numa tentativa de tranquilizar o público, e disse que os fundos do Silicon Valley Bank ainda “estariam lá quando precisasse deles” sem exigir um salvamento financiado pelos contribuintes. O dinheiro utilizado não provém dos impostos, mas sim dos prémios de seguros pagos pelos bancos, e dos juros ganhos sobre o dinheiro investido nas obrigações do governo dos EUA, de acordo com o FDIC.

Nesta segunda-feira, o Wall Street Journal relatou que funcionários do FDIC disseram aos senadores que planeiam tentar leiloar novamente o banco fechado. Segundo o WSJ, declarar o fracasso do banco “uma ameaça ao sistema financeiro” permite agora alguma flexibilidade extra que não existia antes.

O regulador financeiro suíço FINMA disse, nesta segunda-feira, que estava a tentar identificar quaisquer riscos potenciais de contágio para os bancos e seguradoras do país após os colapsos do Silicon Valley Bank e do Signature Bank (SBNY.O).

O Bundesbank alemão reuniu a sua equipa de crise, no mesmo dia, para avaliar as possíveis consequências do colapso do SVB no mercado local, mesmo não estando prevista qualquer ação de emergência na Europa.

O Banco da Inglaterra facilitou uma venda privada do braço britânico do SVB para o HSBC, que protegeria os depósitos sem o apoio do contribuinte.

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AM Best defende testes de stress

  • ECO Seguros
  • 14 Março 2023

Os testes de stress e a análise de cenários do impacto do aumento das taxas de juro é crucial, segundo AM Best.

Embora a exposição das seguradoras ao setor bancário se estenda para além dos impactos do stock, os fornecedores de seguros de vida são menos vulneráveis ao tipo de volatilidade a curto prazo verificada com a falência do Silicon Valley Bank (SVB), de acordo com a AM Best.

A agência de rating informou que, com base em dados do fim de ano de 2021, apenas oito empresas têm uma exposição obrigacionista ao SVB superior a 2% do seu capital e excedente, sendo o máximo inferior a 5%.

Em termos mais gerais no setor bancário e fiduciário, cinco seguradoras têm uma exposição patrimonial superior à sua posição de capital, e 20 têm uma exposição que totaliza pelo menos metade do seu capital.

“O fracasso do SVB, juntamente com o recente encerramento do Silvergate Bank, causou um choque a uma série de ações no setor bancário. Como já vimos, algumas das principais ações bancárias perderam valor significativo”, disse Sridhar Manyem, diretor sénior, investigação e análise da indústria, AM Best.

“A exposição das seguradoras ao setor bancário estende-se para além dos impactos do preço das ações, embora muitas seguradoras dependam dos bancos para linhas de crédito, distribuição, coberturas e outros aspetos operacionais. No entanto, as seguradoras de vida não são tão vulneráveis à volatilidade a curto prazo e a um cenário de corrida ao banco que vimos com o SVB, ou bancos em geral”, acrescentou Manyem.

De acordo com a agência de rating, exemplos como a Equitable Life no Reino Unido em 2001, a General American em 1999, e a Executive Life em 1991 demonstram que a possibilidade existe, e sublinha a importância do ERM em geral, e da gestão do risco de liquidez em particular.

“Os gestores de investimento estão a navegar num ambiente de taxas de juro que não se via há décadas, e as lições do passado podem ajudar a isolar de erros futuros. Os testes de stress e a análise de cenários do impacto do aumento das taxas de juro na gestão do ativo-passivo e a gestão proativa destas tensões através de ações estratégicas e gestão de capital seriam considerados favoravelmente para as seguradoras com exposições sensíveis aos juros”, disse Manyem.

 

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Joana Tavares reforça RH da Aon Portugal

  • ECO Seguros
  • 14 Março 2023

"A gestão Recursos Humanos é um tema importante para o qual a Aon se quer destacar na atração, retenção e desenvolvimento de Talento", diz Carlos Freire, CEO Aon Portugal. Corretora aposta em partner.

A Aon, especialista em serviços profissionais nas áreas do risco, reforma e saúde, anunciou a nomeação de Joana Tavares para o cargo de HumanResources Business Partner. A profissional será responsável por colaborar ativamente na gestão estratégica dos Recursos Humanos (RH) em Portugal e com a equipa de HR da Ibéria.

“Espero contribuir ativamente no desenvolvimento de estratégias adaptadas a cada uma das pessoas para alavancar a Gestão de Recursos Humanos da empresa”, disse Joana Tavares, Human Resources Business Partner da Aon Portugal.

Sobre o reforço da área de Human Resources, Carlos Freire, CEO da Aon Portugal disse que “num ambiente organizacional cada vez mais dinâmico e competitivo, a gestão de Recursos Humanos é uma área estratégica com inúmeros desafios. A gestão de Recursos Humanos é um tema importante para o qual a Aon se quer destacar na atração, retenção e desenvolvimento de Talento e a Joana será, certamente, uma mais-valia para este caminho que a Aon está a traçar.”

Com uma experiência de mais de 15 anos, a responsável tem uma carreira muito diversificada, mas com grande relevância no grupo Inditex, tendo começado na marca Pull&Bear do Colombo. Depois desta sua primeira experiência profissional dedicou-se ao departamento de RH de marcas como Zara Home, Talent Center e equipa internacional de Projetos de RH.

A nova Human Resources Business Partner refere que “os desafios relacionados às pessoas são muito diversos e complexos e espero contribuir ativamente no desenvolvimento de estratégias adaptadas a cada uma das pessoas para alavancar a Gestão de Recursos Humanos da empresa. É com muito orgulho que me junto a esta equipa para ajudar a posicionar a marca Aon no mercado nacional”.

Joana Tavares é licenciada em Psicologia pelo ISPA e com um programa de Leading and Energizing Teams for Performance da Católica Lisbon School of Business and Economics.

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Liberty associa-se à Volkswagen Financial Services Portugal

  • ECO Seguros
  • 14 Março 2023

Nova parceria com a Liberty Seguros irá permitir apresentar mais soluções de seguro auto personalizadas aos clientes das marcas do Grupo Volkwagen.

A Liberty Seguros fechou parceria com a Volkswagen Financial Services e vai oferecer soluções personalizadas para os clientes da companhia.

“Esta parceria é a prova do nosso compromisso com a digitalização dos serviços, a oferta de produtos modulares e a simplificação dos processos”, afirmou José Maria Calvo, Diretor de Partners da Liberty na Europa.

As coberturas, disponíveis no seguro ‘Liberty Sobre Rodas’, serão comercializadas em packs adaptados, através da aplicação Web Seguro Auto Stand Alone da Volkswagen Financial Services, e em toda a rede de concessionários da marca, a nível nacional.

“As pessoas estão no centro do que fazemos e é muito gratificante perceber que os Volkswagen Financial Services Portugal confiam nas soluções da Liberty Seguros para proteger os seus clientes. Esta parceria é a prova do nosso compromisso com a digitalização dos serviços, a oferta de produtos modulares e a simplificação dos processos”, afirmou José Maria Calvo, Diretor de Partners da Liberty na Europa.

“Procuramos sempre trazer novas soluções para os nossos concessionários apresentarem aos nossos clientes. Esta nova parceria com a Liberty Seguros irá permitir apresentar mais uma solução de Seguro Automóvel aos Clientes das marcas do Grupo Volkwagen”, explicou João Rias, Country Manager dos Volkswagen Financial Services Portugal. “As opções de coberturas que agora oferecemos foram criadas pela Liberty Seguros, à medida dos nossos packs de coberturas atualmente em vigor.”

Em comunicado, a companhia informou que “a parceria reforça a qualidade e atratividade das soluções e serviços da seguradora no setor. É ainda reflexo do acompanhamento das novas tendências automóveis, com a procura crescente de carros mais económicos em termos de combustível ou manutenção e mais sustentáveis”.

 

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As empresas de serviços que dão a cara pelas companhias de seguros

  • ECO Seguros
  • 14 Março 2023

São chamados a problemas e sinistros, com peritagens, avaliações e call centers, assumem as dores dos segurados e das empresas de seguros que os contratam. O A a V das empresas preferidas dos seguros.

As empresas de serviços aos seguros são, muitas vezes, quem está presente ao lado dos segurados quando reportam sinistros às companhias. São especialistas dos ramos mais comuns, como automóvel ou habitações, a estruturas industriais complexas que exigem estudo prévio e aconselhamento para convencer os seguradores a arriscarem nas coberturas dos riscos que comportam.

Protagonistas em serviços ao setor dos seguros: José Pedro Inácio (AdvanceCare), Jorge Munoz Cardoso (Carglass), José Caldeira (UON), Richard Jiva (Génération), Vitor Bandeira (GEP), Paula Casa Nova (Europ Assistance), Tiago Firmino Ribeiro (Audatex/Solera) e Elsa Quintino (DEKRA).

Têm diferentes graus de especialização. Desde obras de arte, fraudes, roubos, investigam acidentes marítimos, procuram as causas e certificam-se dos valores de reparação e de substituição de todos os bens danificados. E, não só, também confirmam os negócios que os seguradores deixaram de fazer pelos danos que sofreram e a montante também contribuem para a análise de riscos de forma fundamentada e definitiva.

As 45 empresas procuradas por ECOseguros, empregam diretamente 1.688 pessoas, segundo valores calculados com base nas contas de 2021 apresentadas à Informa D&B. Na mesma fonte se calcula que faturaram cerca de 185 milhões de euros em 2021. Não incluem todas as empresas de TIC, tecnologias de informação e comunicação, que pela sua importância e volume terão tratamento diferenciado no futuro.

No entanto, as empresas movimentam muito mais técnicos que, em regime liberal, trabalham para estas empresas. São exigidas elevadas qualificações e responsabilidades, precisam de encontrar o justo valor para os direitos dos consumidores de seguros e para as companhias, seguradoras e corretoras que os contratam. E, entre elas, até existe a DefendeRisk, que faz peritagens – mas contratada pelos segurados.

De A2B a Van Ameyde, são estas as 45 empresas prestadoras de serviços com que as empresas de seguros mais contam em Portugal:

A2B – Fast Alliances Business Solutions. É empresa tecnológica, estratégica e logística para resolução de sinistros ramo automóvel. Avaliação de salvados e recuperação de veículos roubados em toda a União Europeia.

ABACO IBÉRIA – PORTUGAL. Regulação de sinistros em Grandes Riscos, riscos de engenharia, médio Mercado, property, liability, energias, transportes.

ADVANCECARE. Liderada por José Pedro Inácio, é detida a 100% pela Europ assistance, e gere Seguros e Planos de Saúde de diversas Seguradoras, Subsistemas e Parceiros. Presta e faz gestão de serviços clínicos e de prevenção na saúde, avaliação de Risco, os danos corporais ou a segurança e saúde no Trabalho.

ADVANTA ADJUSTERS – PORTUGAL. Ajustamento de perdas, contabilidade forense, riscos de engenharia e supervisão de quantidades.

Ageas Repara (GO KARSAG). Pertence ao grupo segurador e é especializada na deteção de fugas de águas, na inspeção de edifícios e serviços de assistência como desentupimentos e limpezas de caleiras ou chaminés.

Fonte: Várias, compilado por ECOseguros

Allianz Partners. Assistência 24 horas e seguros de viagem. Parte do Grupo Allianz.

AMP. Especialização forense, empresa de Ana Oliveira Patrocínio.

Audatex/Solera. Tem no seu capital subsidiária neerlandesa da empresa norte Americana que sede no Texas e as seguradoras Fidelidade, Allianz, Ageas, Generali, Lusitania, Liberty e UNA. Presente no mercado nacional desde 1997, é liderada localmente por Tiago Firmino Ribeiro e está dedicada ao desenvolvimento de soluções de suporte às operações de sinistros e subscrição, com especial foco no ramo automóvel.

AVR Peritagens e Averiguações. Peritagens, averiguações e gestão de sinistros no mercado segurador. Levantamentos patológicos.

Carglass. Faz parte do grupo Belron, líder mundial na reparação e substituição de vidros para viaturas. Em Portugal, tem uma rede própria de mais de 70 agências e um serviço móvel com mais de 30 viaturas. Trata do processo de aprovação com a seguradora.

CED PORTUGAL. Gestão de sinistros com veículos, incluindo a prestação de serviços conexos com a peritagem e perícias médicas para avaliação de danos patrimoniais e corporais.

CLAIMS – ENGENHARIA E AVALIAÇÃO. Peritagens técnicas, consultoria, engenharia, inspeções.

DEFENDERISK. Gestão dos riscos, continuidade do negócio e peritagem de sinistros exclusiva ao segurado e, ainda, dispõe de um canal de denúncia.

DEKRA. Multinacional alemã que realiza peritagem e averiguação de sinistros, peritagens mecânicas e vistorias técnicas. Peritagem automóvel, serviços de gestão de sinistros e loss adjusting. Tem igualmente Inspeção Técnica de Veículos, Test Center e a formação profissional no setor automóvel e na regularização de sinistros (DEKRA Claims).

DUALPERI Peritagens. Áreas patrimoniais, como residencial, habitacional, condomínio, furto, roubo qualificado, riscos industriais, máquinas, lucros cessantes, engenharias, marítimo, fotoperitagens e seguro de transporte de mercadorias.

Europ Assistance. Inicialmente direcionados para a assistência em viagem e assistência automóvel, mercados em que é parceira de grandes players do setor. Já presta serviços de assistência médica e lar & família.

FH – Future Healthcare. Serviços para companhias de Seguros, bancos e distribuidores, e desenvolvimento da operativa até à operação corrente em seguros de saúde e seguros de vida.

FÓRMULA VENCEDORA. Liderada por Alfredo Soares da Cruz, tem especialização em business interruption, perdas de lucros de exploração.

Génération (Sucursal Portugal). Está dedicada à corretagem em planos de saúde e previdência de empresa. Pertence ao grupo francês Adelaide, que em Portugal também tem a corretora Verlingue.

GEP (Grupo Fidelidade). Empresa do grupo especializada em peritagens e averiguações para seguros automóvel e de propriedade.

Go Far Insurance – Saúde. É uma solução que o Grupo Ageas Portugal e a Associação Nacional das Farmácias (ANF) lançaram, para prevenção em saúde e de cuidados de saúde primários.

Home Claim Management. Regulação de sinistros e peritagens técnicas de ativos fixos tangíveis, máquinas, equipamentos elétricos e eletrónicos, construções, mercadorias, responsabilidades, pesquisa de avarias.

Homefix. Especializada em reparações domésticas, pertence ao Grupo EXIS.

ICV – Isaias Cabral de Viveiros. Peritagem de seguros nos Açores.

Jurisvalor – Peritagem e Auditoria. Peritagens patrimoniais, assaltos a bancos /ATM / danos por água / furto ou roubo / incêndios, infidelidade, ourivesarias, perdas de exploração, seguros de caução, transporte de valores, avaliação de bens, sinistros de responsabilidade civil, acidentes de trabalho, simulação de acidentes e sinistros, averiguação de fraudes, auditoria e cobranças ao abrigo do direito de regresso.

Keep Quality. Peritagens, averiguações, avaliações e gestão de sinistros.

MCBAP – Averiguações e Peritagens. Averiguações, peritagens, avaliação de danos, auditorias em responsabilidade civil automóvel, acidentes de trabalho, acidentes pessoais.

Norperitos. Peritagem multirriscos, responsabilidade civil e averiguação, acidentes de trabalho, danos por água, tempestades, inundações, incêndio, deterioração de bens refrigerados, aluimento de terras, quebra de vidros, riscos elétricos, furto e roubo (averiguação contabilística, controle fiscal e investigação).

Pares. Peritagens e auditorias.

PERILIDER. Peritagens em todos os ramos da indústria seguradora, vistorias, levantamentos patológicos. Acompanhamento de obras no âmbito da segurança e prevenção de sinistros.

PERIPLUS. Deteção de fugas de água, infiltrações e inspeções técnicas.

PeriRReg. É liderada por Rui de Almeida, presidente da CNPR – Câmara Nacional de Peritos Reguladores. Faz multirrisco, avaria de máquinas, perdas de exploração, máquinas, casco, equipamento eletrónico, transportes, responsabilidade civil, transitários e Operadores Portuários, responsabilidade civil, exploração e produtos.

PERISINISTROS TWO – CONSULTING. Avaliação de acidentes de viação e de acidentes de trabalho, confirmação de sinistros, análises técnicas de local de acidente, acordos condicionais de avaliação de prejuízos, definição de responsabilidade, imputabilidade de danos, parecer técnico e jurídico, processo de reembolso, processo judicial, controlo de incapacidade, estudo sobre as condições de habitabilidade e apoio aos grandes Incapacitados.

REAL POSITION. Atividades de gestão de sinistros, peritagens, avaliações, averiguações, regularizações e indemnizações, consultoria e assistência em seguros e segurança.

REALPERITOS. Principal empresa do Grupo EXIS liderado por Mário Rodrigues, trabalha em acidentes de trabalho e pessoais, averiguação auto, call assistance, antifraude, formação, grandes sinistros, peritagem e teleperitagem.

RNP – REDE NACIONAL DE PERITAGENS. Define a peritagem automóvel como “instrumento das seguradoras no controlo dos custos de sinistralidade”

RTS INTERNACIONAL – PORTUGAL. Serviço de peritagem de acidentes para companhias de seguros. Obras de arte, antiguidades, joias, aviação e é direcionado para a inspeção, a regulação e a investigação de sinistros. Cinematografia e de contingências – eventos. Sinistros e avaliações relativos a construção e edificação, obra civil industrial, especialidades do âmbito agrícola e da indústria agroalimentar. Trabalha para seguradoras, resseguradoras e sindicatos da Lloyd’s.

SEDGWICK Portugal. Serviços para seguradores, corretores, advogados, syndicates e analistas de risco, em sinistros de propriedade e responsabilidade civil, contabilidade forense, ramo marítimo.

SOPERTEC. Liderada por António Mata, faz averiguações, peritagens, avaliação de danos, auditorias em responsabilidade civil automóvel, acidentes de trabalho, acidentes pessoais, habitação, multirriscos, engenharia responsabilidade civil e transportes. Levantamentos patológicos a imóveis e infraestruturas.

TECNOPER (C.O.). Averiguações e peritagens do ramo acidentes de trabalho. Consultadoria de sinistros, de higiene e segurança no trabalho.

TOOLTO Mobility 24. Empresa tecnológica que tem no seu capital as seguradoras Caravela e a Inter Mutuelles Assistance Group (IMA). Faz assistência em viagem, saúde e setup de equipas profissionais.

Trueclinic. Reparação do dano corporal aos sinistrados em acidentes de trabalho, acidentes pessoais, desportivos e automóvel. Rede convencionada para diminuir os custos de tratamento e o tempo de recuperação para seguradoras e empregadores.

Trust. Liderada por Marta Araújo, desenvolve a sua atividade no setor segurador e o setor da saúde. Avaliações, peritagens e leilões automóvel. Imobiliário. Gestão Integral de sinistros, equipamento e maquinaria.

VAN AMEYDE (PORTUGAL). É parceira do grupo Darag, especializada em tomar carteiras de reclamações de seguros e fornecer soluções de redução de capital. Gestão de sinistros “run-off”.

Atualização às 15.50h de dia 14 março de 2022: Em Audatex/Solera foi alterado o nome do principal dirigente em Portugal e melhor definida a empresa-mãe da da Audatex.

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Haitong Bank triplica lucros em 2022

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Março 2023

Com a "recuperação significativa" no segundo semestre de 2022, os lucros do Haitong triplicaram ao longo do ano para um total de 11,1 milhões de euros.

O Haitong encerrou o exercício de 2022 com um lucro de 11,1 milhões de euros, depois de ter reportado lucros de 3,6 milhões de euros no ano anterior, anunciou o banco, num comunicado enviado esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Depois de um primeiro semestre de 2022 “marcado pela incerteza”, no qual teve um prejuízo de 4,5 milhões de euros, a atividade do Haitong “registou uma recuperação significativa durante o 2.º semestre”, devido à “importante contribuição das áreas de Fixed Income e M&A, resultante do ressurgimento da atividade de renda fixa no Brasil e do aumento da atividade com clientes chineses”, lê-se no comunicado.

Segundo o banco, o produto bancário atingiu 74 milhões de euros, menos 17% face a 2021, o que se deveu “sobretudo a um primeiro semestre mais lento”. Os custos operacionais aumentaram para 61 milhões de euros, enquanto o resultado operacional foi de 13 milhões, apesar da descida da receita líquida.

O Haitong aumentou ainda os ativos para 3,4 mil milhões de euros, mais 24% em relação a 2021.

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Nova presidente da SATA diz que a empresa está em “recuperação significativa”

  • Lusa
  • 13 Março 2023

Embora não revele os resultados financeiros da empresa relativos ao ano passado, visto que não estão ainda encerrados, Teresa Gonçalves dá conta de um crescimento significativo das receitas.

A nova presidente do Conselho de Administração da SATA, Teresa Mafalda Gonçalves, garantiu esta segunda-feira, numa audição parlamentar, nos Açores, que a empresa está em “recuperação” e que vai apresentar um “crescimento significativo” nas contas de 2022.

Não é uma recuperação que se veja do dia para a noite“, explicou a administradora da companhia aérea açoriana, durante uma audição na comissão de Economia da Assembleia Regional, realizada em Ponta Delgada, salientando que, mesmo assim, os resultados financeiros da empresa indicam um “crescimento muito significativo em termos de receitas”.

Teresa Gonçalves, que substitui no cargo Luís Rodrigues, que transitou para a administração da TAP, a convite do Governo da República, lembrou que os resultados financeiros do Grupo SATA, relativos ao ano passado, não estão ainda encerrados e, por isso, não quis ainda revelar números aos deputados.

Eu ainda não posso revelar os dados de 2022, porque não estão ainda fechados, mas esperamos um crescimento muito significativo em termos de receitas, esperamos um crescimento muito significativo em termos de EBITDA [lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização] e em termos de resultados líquidos, estamos ainda a fazer os ajustes finais”, referiu a administradora.

Apesar das contas da SATA de 2022 não estarem ainda encerradas, Teresa Gonçalves garantiu que o resultado líquido da companhia “há de ser melhor do que aquele” que a empresa registou nos anos anteriores.

A nova presidente da SATA, que já desempenhava anteriormente funções de gestão na transportadora aérea regional, disse também ter expectativas positivas relativamente ao crescimento do Grupo SATA em 2023. “Também se espera que tenha um crescimento de receitas em 2023. Efetivamente, os crescimentos nas receitas estão bastantes satisfatórios”, insistiu, relevando que as reservas de bilhetes na companhia têm vindo a registar aumentos na ordem dos 40%.

Teresa Gonçalves disse ainda que o processo de privatização da Azores Air Lines (que prevê a alienação de 51% a 85% do capital social da empresa) “está no bom caminho” e que “tem tudo para correr bem”.

“Há interessados na privatização da Azores Airlines”, lembrou a administradora, recordando que, logo depois de ser lançado o concurso público, os potenciais compradores “terão 90 dias para apresentarem propostas”, num processo que, apesar de tudo, será “demorado” e que só deverá estar concluído no final do ano.

Teresa Gonçalves garantiu também estar “por dentro de tudo” dentro da empresa e de estar motivada para as novas funções para as quais foi agora nomeada, mas lembrou que o sucesso do Grupo SATA depende muito mais dos trabalhadores da companhia do que dos seus administradores.

Na terça-feira, o presidente do Governo Regional dos Açores, o social-democrata José Manuel Bolieiro, anunciou que tinha convidado Teresa Gonçalves, até agora administradora financeira da companhia açoriana, para liderar a empresa.

Segundo José Manuel Bolieiro, o executivo definiu “um perfil de continuidade” no processo de privatização da SATA Internacional — Azores Airlines.

Na segunda-feira, o Governo da República revelou que o atual presidente da SATA iria liderar a TAP, depois da exoneração do presidente do Conselho de Administração e da presidente executiva da TAP, Manuel Beja e Christine Ourmières-Widener, respetivamente.

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Miguel Setas sai da EDP e vai liderar CCR no Brasil

  • Joana Abrantes Gomes
  • 13 Março 2023

Pedro Vasconcelos deverá ser o substituto de Miguel Setas, que integrou o conselho de administração executivo da EDP nos últimos oito anos. Novo gestor designado na assembleia geral, a 12 de abril.

Miguel Setas renunciou ao cargo de membro do conselho de administração executivo da EDP, anunciou esta segunda-feira a empresa, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), sem apresentar os motivos para a decisão. Mas já se sabe, oficiosamente, que o gestor vai liderar a empresa de concessões rodoviárias CCR no Brasil, empresa que foi, em tempos, participada da Brisa.

“Na presente data, o membro do Conselho de Administração Executivo, Miguel Nuno Simões Nunes Ferreira Setas, apresentou a sua renúncia ao cargo, com efeitos no momento da designação de membro substituto na Assembleia Geral Anual da EDP, a realizar no dia 12 de abril de 2023“, lê-se no comunicado.

A empresa liderada por Miguel Stilwell d’Andrade agradece “o importante contributo” de Miguel Setas, que integrou o conselho de administração executivo da EDP nos últimos oito anos.

Num outro comunicado ao mercado, sobre a agenda da assembleia geral de acionistas, propõe-se que os acionistas “aprovem a eleição de Pedro Collares Pereira de Vasconcelos enquanto membro do Conselho de Administração Executivo da EDP para o remanescente do mandato em curso relativo ao triénio 2021-2023, com efeitos a partir de 12 de abril de 2023.

Pedro Vasconcelos é engenheiro e integra os quadros da elétrica desde 2007, sendo atualmente responsável pela operação da EDP na Ásia. “Dispõe de um amplo conhecimento da Sociedade, com uma forte experiência no setor da energia, entendendo-se que dispõe das condições adequadas para integrar o Conselho de Administração Executivo da EDP para o remanescente do mandato em curso”, lê-se na mesma nota.

(Notícia atualizada às 20h57, acrescentando a informação que consta em nova nota da EDP sobre Pedro Vasconcelos)

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Proprietários vão a tribunal travar “monstruosidade jurídica” do arrendamento coercivo

  • Ana Petronilho
  • 13 Março 2023

Associações de proprietários dizem que medidas para a habitação são inconstitucionais e lembram que o Estado é “dono de vasto património abandonado” e a propriedade privada não deve ser beliscada.

Os proprietários apontam várias medidas inconstitucionais às propostas do Governo no pacote Mais Habitação e avisam que vão recorrer aos tribunais nacionais e internacionais para travar “a monstruosidade jurídica proposta do arrendamento coercivo”, que “não tem cabimento constitucional ou viabilidade operacional”.

Além disso, avisam que “vão unir esforços em vários planos”, político e jurídico, “para demonstrar e denunciar a inconstitucionalidade desta medida”. Este é um dos pontos do parecer conjunto da Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) e da Confederação Portuguesa de Proprietários (CPP), ao pacote legislativo Mais Habitação, no qual frisam que vão aconselhar todos os proprietários a recorrer aos tribunais.

Como solução, as associações defendem que o Estado “dono de vasto património abandonado” concentre esforços na criação de uma taskforce multidisciplinar que apresente “o mais rapidamente possível” uma listagem e mapeamento do património devoluto conjunto do Estado central, autarquias e misericórdias, das tipologias e áreas em causa, do seu estado de conservação, e caderno de encargos de obras e respetiva orçamentação para afetação a arrendamento.

“Este inventário deve ser um dos maiores desígnios do Estado, porque há milhares de imóveis que podem rapidamente ser revertidos para arrendamento, sem beliscar a propriedade privada e colocando o Estado a fazer a função social que lhe compete, sem a atirar em singelo para os privados”, sublinham a ALP e a CPP. Além disso, propõem a “simplificação dos processos de inventário das heranças indivisas, que são uma das causas para que haja tantos imóveis devolutos”.

Outra das medidas que os proprietários consideram “inconstitucional” é a reversão dos processos de transição das rendas antigas, anteriores a 1990, para o NRAU, “que pela vontade política do Governo voltarão a ser contratos vinculísticos, eternos”. Medida que “será combatida”, prometem.

Consideram também “inconstitucional” a responsabilidade dos proprietários prevista na proposta dos casos de sobrelotação e avisam que a medida “vai funcionar como mais uma arbitrariedade que retirará casas do mercado, pois ninguém quererá ser responsabilizado por situações que escapam ao seu controlo”.

No que diz respeito à proposta do controlo de rendas e a fixação de um teto máximo de 2% à atualização de rendas, a CPP e a ALP defendem que “é um ato leviano que vai retirar casas do mercado de arrendamento”.

As estruturas que representam os proprietários reclamam a “extinção imediata do AIMI” e acusam o Governo de estar “sempre a tomar decisões baseado em sondagens e não em factos” e lembram que “Portugal não é Lisboa e a renda mensal média no nosso país não é especulativa”, calculando que “são pouco mais de 300 euros”.

A ALP e a CPP apontam ainda a “gritante injustiça” de o Governo não retirar licenças de alojamento local aos imóveis que têm hipoteca, sendo esta uma medida prevista para os proprietários individuais, “protegendo mais uma vez os bancos”. Além disso, veem a isenção de IRS até 2030 para os AL que disponibilizem os imóveis para habitação como “uma injustiça” para a “generalidade dos proprietários que sempre arrendaram as suas casas, e que ficam sujeitos a limites nos aumentos e a uma carga fiscal superior.

Por fim, a CPP e a ALP defendem que como medidas de estímulo, nos próximos três anos, deve ser adotada a isenção do pagamento do imposto de selo nos novos contratos de arrendamento ou a introdução de um conjunto de benefícios fiscais para os proprietários.

As medidas propostas pelo Governo estão em discussão pública até 24 de março.

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