Bruxelas quer garantias de depósitos a liquidar também bancos de menor dimensão

  • Lusa
  • 18 Abril 2023

Proposta da Comissão Europeia prevê que os fundos de garantias de depósitos possam ser usados para financiar a resolução de bancos de pequena e média dimensão.

A Comissão Europeia defende que os fundos de garantias de depósitos possam ser utilizados para financiar também a resolução de bancos europeus de pequena e média dimensão que não disponham de reservas de capital suficientes.

Esta posição de Bruxelas consta de uma proposta legislativa adotada esta terça-feira pelo colégio de comissários sobre a reforma da gestão de crises no setor bancário e no quadro do sistema de garantias de depósitos, que prevê também alargar a proteção proporcionada por estes fundos aos depósitos até 100 mil euros já em vigor para particulares, para abranger também os depósitos de entidades públicas, tais como autarquias locais e hospitais.

Trabalhada há meses, mas apresentada poucas semanas depois das convulsões no sistema financeiro com a falência do banco norte-americano Silicon Valley Bank e a crise do Crédit Suisse, que, segundo a própria Comissão, tornaram ainda mais evidente a necessidade de completar a União Bancária, a proposta adotada visa reforçar a capacidade de resposta da UE e permitir o recurso aos instrumentos criados depois da crise financeira de 2008, concebidos sobretudo a pensar nos grandes bancos.

“O setor bancário da UE, que inclui um forte quadro de gestão de crises, tornou-se muito mais resistente nos últimos anos. As instituições financeiras na UE estão bem capitalizadas, altamente líquidas e rigorosamente supervisionadas. No entanto, a experiência tem demonstrado que muitos bancos de média e pequena dimensão em falência têm sido geridos com soluções fora do quadro de resolução e tal envolveu por vezes a utilização do dinheiro dos contribuintes em vez dos recursos internos necessários do banco ou redes de segurança privadas, financiadas pela indústria”, designadamente os sistemas de garantia de depósitos e fundos de resolução, aponta hoje a Comissão.

De acordo com o executivo comunitário, “a proposta permitirá às autoridades organizar a saída ordenada do mercado para um banco em falência de qualquer dimensão e modelo de negócio, com uma vasta gama de ferramentas”.

“Em particular, facilitará a utilização de redes de segurança financiadas pela indústria para proteger os depositantes em crises bancárias, por exemplo, transferindo-as de um banco em dificuldades para um banco saudável. Esta utilização de redes de segurança deve ser apenas um complemento da capacidade interna de absorção de perdas dos bancos, que continua a ser a primeira linha de defesa”, sustenta a Comissão Europeia.

As propostas postas sobre a mesa pelo executivo comunitário começarão a ser agora negociadas com o Parlamento Europeu e com o Conselho.

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Parlamento europeu aprova reforma do mercado de carbono e criação de fundo para o clima

Até 2030, a União Europeia quer reduzir as emissões de gases com efeito estufa em 55%. Para tal, os eurodeputados aprovaram três medidas que visam acelerar esse objetivo.

O Parlamento Europeu deu mais um passo para ajudar os Estados-membros a alcançarem as metas climáticas. Até 2030, e tal como prevê a Lei Europeia do Clima, a União Europeia (UE) terá que reduzir em, pelo menos, 55% os níveis de emissões de gases com efeito estufa (GEE), face aos níveis de 1990.

Para garantir que essa meta é alcançada, os eurodeputados votaram e aprovaram esta terça-feira três elementos-chave do pacote “Objetivo 55” (Fit for 55) para 2030: uma reforma do Sistema de Comércio de Licenças de Emissão (CELE); a criação de um Mecanismo de Ajustamento Carbónico Fronteiriço (MACF) e a criação de um Fundo Social para o Clima.

Relativamente ao CELE, mecanismo de regulação dos GEE, foi aprovada a eliminação gradual de licenças gratuitas para as empresas entre 2026 e 2034 e criação de um novo sistema de licenças (denominado de CELE II) específico para os combustíveis destinados ao transporte rodoviário e para os edifícios. Segundo o comunicado do Parlamento Europeu, este segundo sistema fixará um preço para as emissões de GEE destes dois setores em 2027 (ou em 2028, se os preços da energia forem excecionalmente elevados).

O Parlamento também aprovou a inclusão das emissões do setor marítimo no CELE e concordou com a revisão do CELE para a aviação, de forma a promover a eliminação gradual de licenças gratuitas para o setor da aviação até 2026 e promover a utilização de combustíveis de aviação sustentáveis.

Em paralelo, foi aprovada a criação de um Mecanismo de Ajustamento Carbónico Fronteiriço (MACF) que visa incentivar os países terceiros e produtores a elevarem a sua ambição climática. O MACF centra-se nas importações de produtos com elevada intensidade de carbono, em plena conformidade com as regras do comércio internacional, a fim de evitar que os esforços de redução das emissões de GEE assumidos pelo bloco sejam anulados pelas importações de produtos fabricados em países terceiros, onde as políticas em matéria de alterações climáticas são menos ambiciosas do que na União Europeia. Contribuirá também para evitar a relocalização da produção ou a importação de produtos com elevada intensidade de carbono.

Segundo a nota do Parlamento Europeu, estão abrangidos pelo MACF a importação de matérias-primas como ferro, aço, cimento, alumínio, fertilizantes, eletricidade, hidrogénio. Os importadores destes bens teriam de pagar qualquer diferença de preço entre o preço do carbono pago no país de produção e o preço das licenças de emissão de carbono na UE.

Por fim, os eurodeputados aprovaram a criação de um Fundo Social para o Clima, em 2026 que tem como papel garantir que a transição climática seja justa e socialmente inclusiva, nomeadamente para “as famílias vulneráveis, as microempresas e os utilizadores de transportes particularmente afetados pela pobreza energética e de mobilidade”.

De acordo com o Parlamento Europeu, este fundo será financiado pela venda em leilão de licenças de emissão do CELE II até um montante de 65 mil milhões de euros, com mais 25% cobertos por recursos nacionais (num total estimado de 86,7 mil milhões de euros).

Agora aprovados nesta sede, os diplomas seguem para aprovação do Conselho da União Europeia, presidida pela Suécia até ao final do primeiro semestre. Ao fim de 20 dias, e depois de publicados no Jornal Oficial da União Europeia, entrarão em vigor.

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Ministro da Economia adverte que IVA zero “não é garantia automática de redução dos preços”

No dia em que entrou em vigor a isenção fiscal num cabaz de produtos alimentares, Costa Silva põe água na fervura e diz que é preciso “monitorizar o mecanismo de preços ao longo de toda a cadeia".

Após a entrada em vigor do “IVA zero”, desenhado pelo Governo com a produção e a distribuição para tentar reduzir e estabilizar os preços dos alimentos, o ministro da Economia adverte que a medida “não é uma garantia automática de redução dos preços dos bens alimentares, que estão dependentes de múltiplos fatores, como os custos das matérias-primas, os custos de produção, os custos de transporte e armazenamento, os custos de distribuição, o nível da inflação, a evolução da procura”.

“Por isso é tão importante monitorizar o mecanismo de preços ao longo de toda a cadeia alimentar, ter dados fiáveis e de qualidade, partilhar a informação e construir uma atmosfera de confiança capaz de defender os interesses dos consumidores e dos parceiros e operadores económicos”, acrescenta António Costa Silva, no final de uma reunião da PARCA – Plataforma para o Acompanhamento das Relações na Cadeia Alimentar.

Ainda assim, citado em comunicado, o governante falou num “dia importante para o país, para os cidadãos e para os consumidores, mas é também importante para todos os parceiros da PARCA, os operadores económicos, os reguladores e o Governo, na reafirmação do empenho de todos e do compromisso conjunto para materializar o acordo” assinado com a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), que representa os supermercados, e com a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).

Como o ECO noticiou em primeira mão, o Estado vai pagar 230 mil euros (187 mil euros, mais IVA) à Euroteste – Marketing e Opinião, que pertence ao grupo Kantar, pelo fornecimento de “informação e acompanhamento dos preços” pagos pelos consumidores portugueses num “conjunto de produtos representativos do cabaz alimentar”. E para ter uma “metodologia de análise das fileiras”, assinou outro contrato com uma consultora agroindustrial no valor de 53,7 mil euros.

Num esclarecimento enviada ao ECO esta terça-feira, o Ministério da Agricultura indica que estes contratos visam “apenas e exclusivamente dotar e capacitar o Observatório de Preços de dados e informação sobre preços pagos no consumidor e de uma metodologia de análise de fileira, essenciais ao cumprimento da missão do Observatório, que é exclusivamente garantir dados fiáveis sobre a estrutura de custos e a formação de preços ao longo da cadeia de abastecimento agroalimentar e sobre a distribuição de rendimento pelos diferentes intervenientes“.

Na reunião da PARCA foi apresentada a metodologia de análise de formação de preços ao longo da cadeia agroalimentar, no âmbito do chamado Observatório de Preços “Nacional é Sustentável”.

Nesta reunião da PARCA, em que participaram também a ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, e os secretários de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, e da Agricultura, Gonçalo Rodrigues, foi apresentada a metodologia de análise de formação de preços ao longo da cadeia agroalimentar, no âmbito do chamado Observatório de Preços “Nacional é Sustentável”. E houve uma “reflexão” em torno dos procedimentos de implementação do Código de Boas Práticas para a Cadeia de Abastecimento Agroalimentar.

Anunciado a 10 de maio do ano passado, o Observatório de Preços “não tem qualquer função de fiscalização”, sublinha o Ministério da Agricultura, em resposta ao ECO, recusando dar detalhes sobre esta metodologia de análise de formação de preços. No entanto, salienta a mesma fonte, é “um instrumento essencial porque, pela primeira vez, agrega toda a cadeia, contribuindo para a existência de dados fidedignos, credíveis e de confiança, que permitirão orientar o processo de decisão de política pública e detetar variações bruscas na cadeia de valor, assegurando, assim, a possibilidade de gerar respostas rápidas e eficazes das diversas entidades públicas e privadas envolvidas na cadeia agroalimentar”.

Agricultores ainda esperam “luz verde” de Bruxelas

No seguimento da reunião da PARCA, realizada esta terça-feira, Maria do Céu Antunes, citada na mesma nota de imprensa, salientou, por sua vez que “hoje é um dia de especial importância para toda a cadeia agroalimentar. A PARCA corrobora a sua missão que é promover a cooperação e o diálogo, essenciais para assegurar soluções equilibradas e eficazes, do produtor ao consumidor, que mitiguem os efeitos das sucessivas crises que temos vindo a enfrentar”, salientou, por sua vez,

Quanto ao pagamento dos apoios extraordinários aos agricultores, que podem aproximar-se dos 200 milhões de euros – outra das componentes principais do acordo assinado no mês passado –, a ministra reiterou apenas o “estreito trabalho que está a ser articulado com a Comissão Europeia para tentar encurtar etapas no sentido de garantir os pagamentos, no mais curto espaço de tempo possível”.

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Rui Paupério é o novo chief operations officer da Inovflow

O profissional terá ainda a seu cargo a direção executiva do centro de competências da empresa em Braga.

A Inovflow acaba de anunciar Rui Paupério como o novo chief operations officer (COO) da tecnológica portuguesa. O profissional terá ainda a seu cargo a direção executiva do centro de competências da empresa em Braga.

“Assumir a direção operacional da Inovflow é um desafio entusiasmante pois permite pôr em prática a experiência acumulada ao longo dos últimos anos levando a estratégia da empresa para um novo patamar. É simultaneamente desafiante executar a estratégia com vista ao crescimento da empresa tendo em conta os crescentes desafios de evolução do mercado, quer face à transformação dos negócios, quer à evolução da tecnologia e soluções que os suportam. Aspetos como a velocidade de resposta, flexibilidade e capacidade de personalização para acompanhar o mindset dos gestores são cada vez mais determinantes para operar com sucesso neste setor”, afirma o novo COO, em comunicado.

Com larga experiência em software house, Rui Paupério lidera agora as equipas de operação da Inovflow, com o propósito de implementar estratégias e processos operacionais que alavanquem os objetivos da tecnológica, nomeadamente na entrega de soluções cada vez mais adaptadas às necessidades do mercado conduzindo desta forma ao incremento continuo dos índices de satisfação dos clientes.

Licenciado em Gestão de Empresas e pós-graduado em Comércio Eletrónico e Direito e Informática, Rui Paupério, anteriormente diretor executivo da SLIM Business Solutions (entretanto adquirida pela Inovflow) conta 30 anos de experiência em tecnologia e desenvolvimento de soluções, tendo passado por empresas como a atual Cegid/Primavera, INDRA Sistemas e DevScope.

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CIP e CGTP consideram insuficiente aumento intercalar das pensões

  • Lusa
  • 18 Abril 2023

O novo presidente da CIP considerou que os problemas atuais do país não se resolvem "com uma ou outra medida avulsa" nem com "paliativos". Isabel Camarinha diz que a medida "já vem tarde".

A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e a CGTP intersindical consideraram esta terça-feira que o aumento intercalar das pensões em 3,57% anunciado pelo Governo não é suficiente, numa altura em que o custo de vida continua a aumentar. As posições da confederação patronal e da central sindical foram avançadas aos jornalistas à entrada de uma reunião da Concertação Social, em Lisboa, a primeira para Armindo Monteiro enquanto presidente da CIP.

Questionado sobre as medidas anunciadas na segunda-feira pelo Governo, nomeadamente sobre o aumento intercalar das pensões em 3,57% que será pago a partir de julho, o novo presidente da CIP considerou que os problemas atuais do país não se resolvem “com uma ou outra medida avulsa” nem com “paliativos”. “Creio que Portugal neste momento precisa de um compromisso em relação a vários assuntos, seria fácil se se resolvesse com uma ou outra medida avulsa”, afirmou Armindo Monteiro, que considerou “um erro” o fim da indexação do salário mínimo nacional às pensões.

Numa altura em que “a dificuldade é grande, quer para as famílias quer para as empresas”, o líder da CIP defendeu ser necessário “um momento de reflexão, de serenidade para se encontrarem soluções”. “Se, em vez de termos essa visão de conjunto, quisermos apenas com paliativos resolver este ou outro problema, não vamos resolver problema nenhum”, acrescentou o presidente da CIP, que tomou posse na quarta-feira.

Também a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, que à entrada da reunião trocou cumprimentos com o presidente da CIP, considerou que o aumento intercalar das pensões “não é suficiente porque a inflação, entretanto, continua” a aumentar.

Isabel Camarinha considerou que a medida “já vem tarde”, referindo que a CGTP “desde a primeira hora denunciou a mentira que estava a ser tentada passar aos reformados quando, no ano passado, houve a decisão de pagar meia pensão”.

“Agora repôs-se a fórmula que está na lei, mas não melhorou o poder de compra dos reformados e pensionistas, temos que ir mais longe”, defendeu a líder sindical. O Governo aprovou na segunda-feira, em Conselho de Ministros extraordinário, um aumento intercalar das pensões em 3,57%, que abrange as pensões até 12 vezes o valor do indexante dos apoios sociais (IAS) “por referência ao valor de dezembro de 2022, com efeitos a partir de 1 de julho de 2023”.

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PSD defende eleições europeias em dois dias para evitar “abstenção histórica”

Luís Montenegro avisa que eventual marcação das eleições europeias para 9 de de junho é uma "via verde" para "abstenção histórica".

O líder do PSD recusa que as eleições europeias sejam marcadas para o dia 9 de junho. Luís Montenegro entende que se as eleições forem nesse dia, tal possa significar uma “via verde” para uma “abstenção histórica” naquele que já costuma ser o ato eleitoral menos participado no país. O presidente dos sociais-democratas defende como uma das hipóteses que as eleições possam ser divididas em dois dias.

“Se as eleições forem nesse dia, vamos apresentar uma via verde para uma abstenção histórica em Portugal” afirmou Luís Montenegro no Palácio de Belém, após ter pedido para ser recebido pelo Presidente da República. Além de ser na véspera do feriado de 10 de junho, o dia 9 de junho fica próximo de feriados municipais como o 13 de junho.

Em vez de 9 de junho, Luís Montenegro defende dois cenários: que as eleições sejam a 26 de maio ou 16 de junho; ou então que fiquem divididas por dois dias.

Depois da audiência, o político defendeu também que o Governo “não está a compreender a real situação em que os portugueses vivem”. O líder do PSD considerou ainda que há dois países: “O das festas e anúncios do Governo; e o país da vida real, da rotina de muitos milhares de portugueses, que enfrentam dificuldades em lidar com as despesas mais básicas”.

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8.ª edição da Cuatrecasas Acelera arranca esta terça-feira

A aceleradora de startups da Cuatrecasas pretende manter a "aposta firme" na internacionalização, estendendo a convocatória a Portugal, Espanha e América Latina. Inscrições até dia 28 de maio.

Estão abertas até dia 28 de maio as inscrições para a 8.ª edição do Cuatrecasas Acelera, um programa de aceleração de startups focadas em desafios jurídicos promovido pela Cuatrecasas desde 2016. No dia 3 de maio, pelas 16h00, todas as startups que queiram candidatar-se ao programa poderão tirar dúvidas no “Information Day”, em formato virtual.

“Depois do sucesso da participação internacional de algumas startups, alcançado no ano anterior e que consolidou o processo de internacionalização da Cuatrecasas Acelera, este programa volta a estar centrado no ecossistema empreendedor de Portugal, Espanha e América Latina, em linha com a estratégia da Cuatrecasas”, sublinha o escritório em comunicado.

A Cuatrecasas explicou que, no final da convocatória, um comité de avaliação composto por profissionais do escritório, colaboradores externos e clientes das áreas nas quais as startups operam, analisarão todas as propostas recebidas para escolher as que passam a integrar as shortlist de cada programa. As seis participantes finais serão anunciadas em julho.

O escritório sublinhou ainda que as startups interessadas em participar no programa de aceleração devem estar ligadas ao setor legaltech ou fintech, healthtech, energy, insurtech e deeptech, “sempre e quando respondam a um desafio jurídico relevante derivado do próprio modelo de negócio ou da aplicação de tecnologias disruptivas relacionadas, por exemplo, com a inteligência artificial, o metaverso, data ou blockchain”.

Uma vez selecionadas, as startups serão apoiadas juridicamente pela Cuatrecasas em todas as áreas de prática e da Gellify na parte de negócio, durante um período de quatro meses, e terão acesso a clientes e financiamento para o desenvolvimento de projetos.

“Lançar a oitava edição é motivo de orgulho para a Cuatrecasas e reforça a aposta que a sociedade fez no setor empreendedor há oito anos. O ecossistema continua a valorizar o nosso programa como um dos mais interessantes”, considerou Francesc Muñoz, CIO da Cuatrecasas.

Já Alba Molina, innovation project manager da Cuatrecasas, acredita que a resposta das startups após cada convocatória “demonstra as necessidades existentes do ecossistema”. “Aquelas que operam com tecnologias disruptivas precisam que as suas atividades sejam 100% compliance para garantir as vendas e ter um crescimento exponencial. No nosso programa ajudamos não só a atingi-lo, mas também a perceber os benefícios de uma boa estratégia fiscal ou laboral, por exemplo”, disse.

O Cuatrecasas Fast Track abre pela segunda vez uma convocatória permanente para permitir a incorporação de novos projetos durante todo o ano. O objetivo deste programa é testar a tecnologia de scaleups internacionais para que, em colaboração com a Cuatrecasas, possam planear, cocriar e desenvolver projetos-piloto que estejam relacionados com os desafios de negócio que as sociedades de advogados enfrentam hoje em dia.

“O Cuatrecasas Fast Track coloca, nesta edição, o foco na inteligência artificial generativa e considerará todas as candidaturas que respondam a alguns dos seguintes quatro desafios: maximizar o conhecimento coletivo dentro da Cuatrecasas; fomentar a produtividade e eficiência no setor jurídico através de sistemas de automatização; desenvolver soluções que permitam a digitalização da relação; e melhoria da colaboração com o cliente para fomentar o customer engagement“, explicam.

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Santri, Watr, DoseIT e legalAID. Estes são vencedores do TecStorm

A 7.ª edição do hackaton universitário reuniu mais de 600 inscrições, avaliou 28 projetos e elegeu oito finalistas nas quatro categorias a concurso: conectividade, energia, saúde e fintech.

Já são conhecidos os projetos vencedores da edição 2023 do TecStorm, que reuniu mais de 600 inscrições, avaliou 28 projetos e elegeu oito finalistas nas quatro categorias a concurso: conectividade, energia, saúde e fintech. Os jovens universitários disputaram um prémio global de 10 mil euros. Santri, Watr, DoseIT e legalAID foram os vencedores das respetivas categorias.

“Mais uma vez, o espírito empreendedor marcou presença no TecStorm. Durante três dias acompanhámos de perto o trabalho dos concorrentes e, especialmente este ano, fomos surpreendidos pela criatividade e inovação que imprimiram nos seus projetos”, afirma Ana Matos, presidente da JUNITEC – Junior Empresas do Instituto Superior
Técnico).

“Estamos muito satisfeitos por assistir ao crescente interesse pelo evento e não podíamos estar mais orgulhosos de poder proporcionar aos jovens empreendedores universitários de todo o país a oportunidade de mostrar o seu talento e a sua coragem”, acrescenta, citada em comunicado.

Os oito projetos finalistas foram apresentados ao júri e avaliados durante a cerimónia de encerramento do TecStorm 2023. Conheça cada um deles:

Categoria Conectividade

  • Vencedor: Santri (wearablessmart band — que monitoriza o estado de saúde do idoso, sem exigir qualquer tipo de competência técnica por parte do mesmo e comunica o seu estado aos entes queridos através da rede de telecomunicações móveis 5G);
  • Finalista: Gestus (equipamento de reconhecimento de linguagem gestual — luvas de utilização diária — e conversão em sinais textuais ou auditivos);

Categoria Energia

  • Vencedor: Watr (solução ecológica para conservação e reaproveitamento da água fria do chuveiro, redirecionando-a para o autoclismo sem esforço);
  • Finalista: SunSentry (sistema de sensores que rastreia o desempenho dos painéis fotovoltaicos e notifica o proprietário se o dispositivo estiver enfraquecido ou danificado);

Categoria Saúde

  • Vencedor: DoseIT (dispensador de medicamentos inteligente, associado a aplicação móvel, que facilita a gestão e toma diária de inúmeros fármacos);
  • Finalista: Triclinic (app que permite otimizar a marcação de consultas e exames médicos, facilitando o processo de escolha e agendamento para o utente e gestão para as clínicas);

Categoria Fintech

  • Vencedor: LegalAID (plataforma que facilita o acesso à justiça para todas as empresas. Através da análise da jurisprudência calcula a probabilidade de uma empresa ganhar um litígio e o valor provável a receber/pagar)
  • Finalista: Drink & Go (vending machine tecnológica permite ao utilizador fazer o seu próprio cocktail)

Na sua 7.ª edição, o TecStorm abriu pela primeira vez as suas portas ao ecossistema do empreendedorismo e reuniu mais de 300 pessoas, na semana passada, numa sessão de talks e roundtables de introdução ao universo TecStorm.

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Escola Agrária de Coimbra investe 1,3 milhões em eficiência energética e hídrica

  • Lusa
  • 18 Abril 2023

Politécnico de Coimbra investe 1,3 milhões de euros na implementação de medidas de eficiência energética e hídrica. Assim como para melhorar conforto térmico e qualidade do ar interior.

Com o objetivo de otimizar a sustentabilidade, a eficiência energética, o conforto térmico e a qualidade do ar interior, a Escola Superior Agrária do Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC) vai investir 1,3 milhões de euros na implementação na implementação de um conjunto de medidas em quatro edifícios do campus.

A obra tem como objetivo “melhorar substancialmente” os níveis de eficiência energética e hídrica, o conforto térmico e a qualidade do ar interior, frisa a ESAC, numa nota de imprensa. Simultaneamente, a ideia é reduzir o consumo e a despesa anual com energia, “proporcionando melhores condições para as atividades letivas, de investigação e de serviços que a instituição presta”.

Com este projeto, a ESAC dá continuidade à sua política de melhoria de eficiência energética, uma prioridade da gestão desde há alguns anos, com resultados efetivos na redução de 30% do consumo de eletricidade entre os anos de 2016 e 2022.

Escola Superior Agrária do Politécnico de Coimbra

O projeto tem financiamento público, através do Programa de Eficiência Energética em Edifícios da Administração Pública Central, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que visa melhorar a sustentabilidade e a eficiência energética.

As intervenções vão incidir em quatro imóveis – edifício central, loja e laboratório de máquinas agrícolas, no laboratório de reprodução animal, e no bloco Z – Associação de Estudantes. Entre as medidas a adotar, nos quatro edifícios, está prevista a instalação de isolamento térmico em coberturas e paredes, de caixilharia de janelas com corte térmico e de vidro duplo, de iluminação LED (sigla em inglês de diodo emissor de luz) inteligente e de sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado (AVAC) com elevado desempenho energético.

A instalação de painéis solares térmicos para aquecimento de águas sanitárias assim como de painéis fotovoltaicos para produção e autoconsumo de eletricidade, de torneiras e fluxómetros de elevado desempenho hídrico são outras das medidas projetadas.

Com estas intervenções, a ESAC espera poupar anualmente “402 [Megawatt-hora] (MWh) por ano, evitando o consumo de cerca de 65 toneladas” de petróleo, equivalentes à “emissão para a atmosfera de 155 toneladas de CO2”.

“Com este projeto, a ESAC dá continuidade à sua política de melhoria de eficiência energética, uma prioridade da gestão desde há alguns anos, com resultados efetivos na redução de 30% do consumo de eletricidade entre os anos de 2016 e 2022″, refere a mesma nota.

Esta ação pretende também “aumentar a sensibilização de toda a sua comunidade académica para práticas comportamentais mais eficientes” no uso de energia e da água. Por isso, vai contar com o envolvimento direto dos docentes e estudantes da licenciatura em Tecnologia e Gestão Ambiental e dos mestrados em Desenvolvimento Sustentável e em Gestão Ambiental; cursos que incluem a eficiência energética nos seus planos curriculares.

A ESAC-IPC ministra, atualmente, cursos de nível superior nas áreas de agricultura, pecuária, biotecnologia, agroalimentar, agroflorestal, ecoturismo e ambiente.

Além do ensino, a Escola Agrária de Coimbra desenvolve outro tipo de atividades, designadamente, investigação, apoio à comunidade, produção agrícola, pecuária e florestal, assim como transformação agroalimentar com produção de diversos produtos inovadores.

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Agroalimentar e casa portuguesa entram em promoção nos mercados asiáticos

Primor, Vinhos Norte, Cutipol e Arch Valadares deslocam-se ao Japão e à Coreia do Sul para promover os produtos portugueses e reforçar a internacionalização das PME.

Quatro empresas portuguesas vão viajar até ao continente asiático nos próximos dias para promover os produtos nacionais, no âmbito do projeto Next Challenge Asia, promovido pela Associação Empresarial de Portugal (AEP).

Tóquio e Seul são as próximas paragens da comitiva portuguesa, composta pelas empresas Primor, Vinhos Norte, Cutipol e Arch Valadares. Vão representar as fileiras do agroalimentar, da casa e dos materiais de construção, respetivamente.

Artur Rocha (Primor), Vera Lima (Vinhos Norte), João Pedro Ribeiro (Cuttipol) e David Iguaz (Arch Valares) “assumirão o desafio de promover cada uma das fileiras representadas e, simultaneamente, a diversidade, qualidade e inovação dos produtos portugueses no mercado alvo”, destaca um comunicado da AEP.

Com esta iniciativa, a AEP pretende “reforçar a internacionalização das PME das fileiras agroalimentar, casa, infraestruturas (água e energia) e materiais de construção, identificar os principais players para o tecido empresarial português e, consequentemente, reforçar a imagem da marca no mercado asiático e aumentar o número de exportações”.

Em Tóquio (Japão), o evento realiza-se no dia 21 de abril e terá lugar no The Ritz – Carlton, enquanto em Seul (Coreia do Sul) a agenda está prevista para 26 de abril no The Four Seasons Hotel.

Os representantes da Primor e da Vinhos Norte vão liderar a sessão de perguntas e respostas da fileira agroalimentar e bebidas. Por sua vez, João Pedro Ribeiro e David Iguaz serão os oradores das fileiras de casa e dos materiais de construção.

O projeto Next Challenge Asia, promovido pela AEP, e cofinanciado pelo Compete 2020, Portugal 2020 e União Europeia, visa apoiar as PME portuguesas a diversificarem os seus mercados de exportação. As viagens a Tóquio e a Seul representam, respetivamente, a segunda e terceira ações de promoção dos produtos portugueses realizadas no âmbito do Portugal Premium Experience, depois da passagem por Portugal, em 2022, de vários empresários do Japão, Coreia do Sul e China.

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Indústria do alumínio adverte que falta de mão de obra é um problema grave

  • Lusa
  • 18 Abril 2023

“Estou a falar da falta de pessoas qualificadas, desde as linhas de produção à parte administrativa e de gestão”, diz Rui Abreu, presidente da Associação Portuguesa do Alumínio (APAL).

A Associação Portuguesa do Alumínio (APAL) adverte que a falta de mão de obra qualificada é um “grave problema e um desafio” para a indústria de alumínio em Portugal, realçando que o universo dos associados emprega aproximadamente 4.000 trabalhadores.

“As empresas associadas da APAL [53] empregam entre 3.600 a 4.000 pessoas”, mas há que ter em conta todo o “universo de centenas de pessoas” empregadas em micro e pequenas e médias empresas que têm “um peso muito importante” na área da construção, serralharias e dos pequenos armazéns e que “estão pulverizadas” por todo o país, disse o presidente da APAL, Rui Abreu, à agência Lusa, lembrando que o setor enfrenta um “grave problema” de falta de mão de obra qualificada.

A falta de mão-de-obra especializada “é algo com que todas as empresas lutam”, pois é “difícil encontrar pessoas”, realçou ainda o líder empresarial, especificando: “Estou a falar da falta de pessoas qualificadas, desde as linhas de produção à parte administrativa e de gestão”. “A falta de pessoas especializadas nas linhas de produção impacta diretamente na produção – e apesar de a sua escassez ser transversal a toda a Europa –, o que dantes era uma facilidade, é agora muito difícil”, acrescentou.

As empresas associadas da APAL, fundada em 1982, são representativas do universo da indústria do alumínio, pois além de terem produtores de alumínio integram também “todas ou a grande maioria” das empresas que dão apoio à produção de alumínio, desde os produtos químicos de tratamento de superfícies de alumínio até às tintas que servem para pintar os perfis deste material, pelo que a representatividade é “muito abrangente”.

A APAL abrange 90% das empresas de extrusão em Portugal, sendo que as exportações deste setor têm um peso de 40% e deste 99% têm como mercados de destino a Europa. “A proximidade ao transporte, num setor em que o custo de transporte tem muita influência, leva a que, ao nível da extrusão, os mercados europeus sejam importantes. Assim, a Espanha, França, Alemanha e o Benelux são os principais destinos das exportações portuguesas”, salientou o líder empresarial.

Quanto ao volume de negócios face ao peso no Produto Interno Bruto (PIB), tem vindo a aumentar rondando 1% do PIB, e com a faturação a atingir 1.000 milhões de euros no conjunto das empresas associadas da APAL (53) e de outras tantas empresas não associadas (50) que têm alguma dimensão. O líder associativo refere que este é um indicador que não é fácil de obter, pois há um número muito grande de micro e pequenas empresas que têm um tecido empresarial muito atomizado.

Para Rui Abreu, a indústria portuguesa de alumínio tem “evoluído e é mais versátil”, estando a “mover-se cada vez mais”, da construção para a indústria. “A diversificação do setor em relação à aplicação do alumínio tem sido muito grande e transversal a toda a indústria. Sem a construção e armazenistas representa 52%. Todo o resto é indústria, nomeadamente, engenharia eletrónica e equipamentos de escritório, o que é muito”, frisou à Lusa o responsável.

Estes últimos anos foram um desafio para esta indústria. A perspetiva a nível internacional aponta para um forte aumento do consumo de alumínio nos próximos anos. O estudo “Mission 2050” elaborado pela Associação Europeia de Alumínio aponta para que o consumo de alumínio aumente em vários setores até 2050, sendo que o crescimento na indústria automóvel é de 55%, na construção (8%) e na embalagem (25%).

Um aspeto que a APAL valoriza é a reciclagem, um “ponto-chave” que contribui igualmente para o aumento da procura, já que o volume de alumínio passou de nove milhões de toneladas para 13 milhões, segundo os últimos dados disponíveis, além de ser imperioso atingir a neutralidade carbónica. Já há setores como o automóvel, em que a reciclagem e recuperação é 90% e nas embalagens é de 75%, salienta o líder associativo.

Para Rui Abreu, as empresas portuguesas “têm de acompanhar essa procura, pelo que as exportações vão aumentar nos próximos anos para os mercados maduros e com poder de compra na Europa”. A grande vantagem do alumínio é a sua “capacidade para ser reciclado”, mantendo as suas “características infinitamente”, esclareceu.

As necessidades que vão existir num futuro próximo e a mais longo prazo, diz, são “muito grandes. Daí que o responsável considere ser necessário saber aproveitar “esta onda”. No caso da APAL, “queremos estar presentes, ter uma voz e afirmar-nos como ‘intermediário’ no setor indústria”, conclui.

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Tribunal de Moscovo mantém detido jornalista americano

"As acusações contra o Evan não têm fundamento, e pedimos à federação russa que o liberte imediatamente", disse, à saída do tribunal, a embaixadora norte-americana na Rússia, citada pela CNN.

O Tribunal de Moscovo recusou esta terça-feira o pedido de Evan Gershkovich para mudar a sua detenção para prisão domiciliária. O repórter do The Wall Street Journal foi detido no dia 30 de março pelos serviços de segurança russos, acusado de espionagem.

O norte-americano encontra-se detido na prisão de Lefortovo à espera do julgamento e assim deverá permanecer até 29 de maio, altura em que o período de detenção deverá ser alargado, avança o The New York Times.

Naquela que foi a sua primeira aparição em público desde a detenção, Gershkovich marcou presença no tribunal dentro de uma cela de vidro, revela a CNN. Lynne Tracy, embaixadora norte-americana na Rússia, foi fotografada ao lado da cela, junto dos advogados.

As acusações contra o Evan não têm fundamento, e pedimos à federação russa que o liberte imediatamente“, disse a embaixadora à saída do tribunal esta terça-feira, citada pela CNN. Tracy referiu também ter falado com o jornalista na segunda-feira e que o mesmo “permanece forte e de boa saúde”.

Segundo o The New York Times, Maria Morchagina, uma das advogadas, disse que o jornalista detido fez uma declaração na sessão do tribunal onde se disse “preparado para se defender”. A advogada afirmou ainda que Gershkovich estava pronto para firmar o seu direito a um jornalismo livre e que agradecia o apoio de todos.

Na altura da detenção, o FSB, entidade de segurança russa sucessora do KGB, justificou a ação afirmando que Gershkovich “estava a agir sob ordens dos Estados Unidos para recolher informação sobre as atividades de uma das empresas do complexo industrial militar russo que constitui um segredo de Estado“ e que este tinha sido apanhado em flagrante, revelou a Associated Press.

Tanto o governo norte-americano como o The Wall Street Journal têm negado as acusações, mostrando-se solidários com o jornalista.

Evan Gershkovich, jornalista norte-americano nascido em 1991, encontrava-se a fazer a cobertura da Rússia e da Ucrânia. Antes trabalhou na Agence France-Presse e no The Moscow Times. Perante as acusações, arrisca-se a cumprir até 20 anos de prisão.

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