Comércio internacional abranda em fevereiro. Exportações crescem mais do que importações pelo quarto mês
As exportações de bens subiram 7% em fevereiro, face ao período homólogo, enquanto as importações aumentaram 6,7%.
O comércio internacional abrandou em fevereiro, ainda que tenha continuado a crescer. Fevereiro foi mesmo o quarto mês em que as exportações cresceram mais do que as importações, segundo os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta segunda-feira.
“Em fevereiro de 2023, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de +7% e +6,7%, respetivamente (+13,8% e +10,8%, pela mesma ordem, em janeiro de 2023)”, indica o INE, salientando que o mês “teve menos um dia útil que o mês homólogo de 2022 e menos três dias úteis que o mês anterior, o que poderá ter influenciado as variações no mês em análise”.
A inflação continua também a afetar o comércio, ainda que também desacelere. Segundo o INE, os índices de valor unitário (preços) registaram subidas de 7,1% nas exportações e 4,4% nas importações (+8,1% e +7%, respetivamente, em janeiro de 2023). Já sem os produtos petrolíferos, cujos preços são mais voláteis, as variações foram +7,4% nas exportações e +4,6% nas importações.
Apesar das exportações terem uma evolução mais favorável que as importações nos últimos meses, o défice da balança comercial agravou-se em 129 milhões de euros face a fevereiro de 2022, atingindo 2.367 milhões de euros.
Portugal vendeu carros ao Reino Unido e comprou aviões alemães e espanhóis
Nas exportações, é de notar que em todas as categorias económicas se observaram acréscimos, exceto nos combustíveis e lubrificantes, que diminuíram 24,2%, em face ao mesmo mês de 2022. Entre as subidas, destaca-se o Material de transporte (+26%), principalmente automóveis de passageiros para o Reino Unido e as máquinas e outros bens de capital (+19,7%), maioritariamente para Espanha e França.
Já nas importações, “salienta-se o acréscimo de material de transporte (+42,1%), principalmente automóveis de passageiros, mas também outro material de transporte (aviões), maioritariamente proveniente da Alemanha e de Espanha”, nota o gabinete de estatísticas. “Destaca-se também o aumento de 5,6% nos Fornecimentos industriais, principalmente devido a produtos Químicos importados da Irlanda, correspondentes, em grande parte, a transações com vista a trabalho por encomenda (sem transferência de propriedade)”, acrescentam.
Tal como nas exportações, o único decréscimo entre as principais categorias registou-se nos combustíveis e lubrificantes (-30%), principalmente óleos brutos de petróleo e gás natural provenientes da Nigéria.
Quanto aos países parceiros, Espanha continua a não sair do topo da lista de Portugal, sendo tanto o principal cliente como também o maior fornecedor.
(Notícia atualizada às 11h25)
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