Cabaz de 44 alimentos ficou 6,26% mais barato com “IVA zero”, calcula ASAE

A ASAE fez as contas à aplicação do “IVA zero” pelos supermercados: o preço de um cabaz com 44 produtos alimentares teve uma redução de 6,26%.

Um cabaz de 44 produtos alimentares selecionados pela ASAE teve uma redução de 6,26% no preço após a entrada em vigor do “IVA zero”, no início desta semana.

Segundo um relatório daquela autoridade, “tendo por base a amostra de um bem por cada tipo/categoria, com critério de escolha, em regra, de bens de marca própria, e uma recolha online e em loja física (1.220 espaços comerciais), verificou-se uma descida de 6,26% do preço total médio do cabaz selecionado”, adianta o Ministério da Economia e do Mar num comunicado enviado às redações.

Entre os bens alimentares que desde a passada terça-feira passaram a ter IVA zero até outubro estão cereais como pão, massa e arroz, frutas, legumes e hortaliças, carnes e peixes, numa medida avançada pelo Governo para aliviar o impacto da inflação na vida dos portugueses. Estão, ao todo, 46 categorias de bens alimentares abrangidas pela medida, traduzindo-se na aplicação do IVA zero a milhares de produtos.

No âmbito do “IVA zero” nos alimentos foi criada uma comissão de acompanhamento para monitorizar a evolução dos preços e que as superfícies comerciais estão a reduzir efetivamente o IVA, juntando a ASAE, Fisco, Confederação dos Agricultores Portugueses (CAP), Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), entre outras entidades.

O relatório da ASAE foi justamente apresentado numa reunião desta comissão, que vai continuar a reunir-se para avaliar a implementação da medida. O primeiro-ministro, António Costa, admitiu prolongar o “IVA zero” para lá de outubro.

A medida está longe de ser consensual. Ainda esta quinta-feira o governador do Banco de Portugal alertou para o “grande risco” de o “IVA zero” não ser sentido no bolso das famílias portuguesas.

“A redução do IVA é temporária, foi assim que foi apresentada, tem um impacto muito difícil de avaliar porque os preços variam todos os dias. Vai, na verdade, lutar contra algo que eu disse ali, há pouco, que tem a ver com os mercados permitirem a tradução, no preço final, da redução dos custos que hoje já se fazem sentir internacionalmente e, portanto, é uma medida que tem um grande risco de poder não ser sentida pelos consumidores finais”, afirmou Mário Centeno, citado pela agência Lusa.

(Notícia atualizada às 18h21)

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