Ucrânia critica “incapacidade” da UE na compra conjunta de munições
"Para a Ucrânia, o custo da inação mede-se em vidas humanas", lamentou o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, considerou esta quinta-feira “frustrante” a “incapacidade” da União Europeia (UE) para aprovar de forma definitiva a compra conjunta de munições, na perspetiva de um reforço das capacidades militares ucranianas.
Segundo Kuleba, a UE deverá demonstrar a sua “autonomia estratégica” no momento de adotar decisões “cruciais” no âmbito da segurança. “Para a Ucrânia, o custo da inação mede-se em vidas humanas”, lamentou o ministro na sua conta Twitter.
A UE acordou num plano de 1.000 milhões de euros para compras conjuntas de artilharia e mísseis, com o objetivo de repor as reservas dos exércitos europeus e garantir o fornecimento sustentável à Ucrânia na sequência da invasão militar da Rússia. O Mecanismo Europeu para a Paz é o instrumento envolvido nesta iniciativa, e através do qual os Estados-membros despenderam 4.600 milhões de euros para facilitar a entrega de armas ao Exército ucraniano.
As divergências relacionam-se sobre quem vai liderar as compras – países como a Alemanha defendem que sejam os próprios Estados-membros – e qual a sua origem.
Um dos temas a definir consiste em saber se as aquisições conjuntas devem limitar-se ao material fabricado na Europa, e que ficaria restringido caso a opção recaia na Agência Europeia de Defesa (DEA, na sigla em inglês), pelo facto de as empresas de países terceiros não poderem participar nas licitações coordenadas pela agência.
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