Preço da habitação subiu 14,4% em 2022
Preço mediano da habitação vendida em Portugal, no ano passado, foi de 1.484 euros por metro quadrado. Algarve, Madeira, Lisboa e Porto com valores acima da média nacional.
Em 2022, o preço mediano da habitação vendida em Portugal foi de 1.484 euros por metro quadrado, subindo 14,4% face a 2021, com uma subida de 2,6% no último trimestre no ano face ao terceiro trimestre.
Os dados divulgados esta sexta-feira pelo INE mostram que, no ano passado, as regiões do Algarve onde os valores se fixaram em 2.339 euros por metro quadrado, na Madeira com 1.571 euros por metro quadrado e nas áreas metropolitanas de Lisboa (2.096 euros) e do Porto (1.607 euros) assinalaram valores acima da média nacional.
Mas no total, no ano passado, houve 47 municípios que apresentaram um preço mediano superior ao valor nacional, localizados maioritariamente no Algarve (14 em 16 municípios) e na área metropolitana de Lisboa (17 em 18 municípios).
Entre os 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, analisados pelo INE, sem surpresa, Lisboa ocupa o pódio do concelho com a habitação mais cara do país. Nas casas compradas pelos portugueses na capital, o valor mediano atingiu os 3.768 euros por metro quadrado e este valor sobe para 5.367 euros por metro quadrado nas habitações compradas por estrangeiros.
Para além de Lisboa, também Cascais, Oeiras e Porto, registaram, simultaneamente, preços medianos de habitação acima de 2.500 euros por metro quadrado em transações envolvendo compradores com domicílio fiscal em território nacional e superiores a 3.500 euros por metro quadrado por compradores estrangeiros.
Santo António e Marvila são as freguesias mais caras de Lisboa
Entre as 24 freguesias de Lisboa, no ano passado, Santo António (5.753 euros por metros quadrado) e Marvila (5.440 euros por metro quadrado) – com uma subida de 63,1% no preço por causa “da venda de alojamentos novos que representaram cerca de 70,4% das transações desta freguesia” – destacaram-se com preços medianos de habitação mais elevados na capital.
Mas também em Campo de Ourique (4.760 euros por metro quadrado), em Alvalade (4.271 euros por metro quadrado), em Belém (4.265 euros por metro quadrado), em São Vicente (4.200 euros) e Ajuda (4.068 euros) o preço mediano ficou acima do valor de Lisboa (3.872 euros por metro quadrado) e com uma variação homóloga superior à verificada no município (+9,7%).
Já a freguesia de Santa Clara (2.622 euros por metro quadrado) foi a que apresentou o menor preço mediano da cidade, sendo que no Beato (3.009 euros), em Penha de França (3.246 euros), no Lumiar (3.371 euros), em Campolide (3.559 euros), em Carnide (3.649 euros) e no Areeiro (3.793 euros), registaram-se preços e taxas de variação homóloga inferiores aos de Lisboa.
Aldoar, Foz e Nevogilde são as freguesias mais caras na Invicta
No Porto, são as sete freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde (3.463 euros por metro quadrado), a União de freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória (2.967 euros por metro quadrado) e a União de freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos (2.856 euros) com os valores mais elevados entre as casas vendidas, com preços medianos acima do valor do Porto (2.568 euros) e taxas de variação homóloga também superiores à observada no município (+12,7%).
Nas freguesias de Bonfim e Paranhos registou-se, um preço mediano de 2.456 euros e de 2.423 euros, respetivamente, abaixo do valor ao do Porto e com taxas de variação homóloga de 22,8% e 14,3%, respetivamente.
Já nas freguesias de Campanhã com 2.105 euros e de Ramalde com 2.275 euros os preços medianos registaram uma variação homóloga inferior à do município.
Desaceleração em 14 municípios no final do ano
Tendo em conta apenas dos dados das habitações vendidas no último trimestre do ano (entre outubro e dezembro), o preço mediano foi de 1.500 euros por metro quadrado, correspondendo a uma subida homóloga de 10,7%.
Mas o INE salienta que ocorreu uma desaceleração dos preços da habitação em 14 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, com destaque para Barcelos, Maia e Matosinhos onde foi registada uma queda acima de dez pontos percentuais.
No reverso, entre outubro e dezembro, houve um aumento da taxa de variação homóloga em dez municípios, com detaque para Santa Maria da Feira (+11,3 p.p.), Vila Franca de Xira (+7,8 p.p.) e Guimarães (+7,7 p.p.).
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