Ex-ministro Vieira da Silva pede “um pouco mais de maturidade” no Governo
Histórico socialista José António Vieira da Silva aponta ainda a Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhando que a dissolução “não é um assunto de política corrente", mas sim uma "situação de exceção”.
O antigo ministro do Trabalho e da Segurança Social, José António Vieira da Silva, defende que não faz sentido a discussão sobre a dissolução da Assembleia da República, que é alimentada há várias semanas, já que este “não é um assunto de política corrente”, mas sim uma “situação de exceção”.
Em entrevista ao Público (acesso condicionado), o histórico socialista, que é pai da ministra da Presidência, admite, no entanto, que o Governo tem o desafio de “estar à altura” da decisão tomada no que diz respeito à permanência de João Galamba no cargo de ministro das Infraestruturas. Vieira da Silva diz compreender a decisão de António Costa neste caso, mas assume que esta maioria absoluta deveria ter “um pouco mais de maturidade e esforço na construção da narrativa, do discurso, da explicação das opções”.
Quanto aos apelos a uma remodelação, chegados até de dentro do partido, Vieira da Silva defende que deviam ser feitos nos sítios adequados — ainda que sublinhe que o “PS tem tido um défice de debate político interno”. Já no que diz respeito à sucessão de Costa, considera que não faz sentido discuti-lo agora, mas reconhece que “não é alheia ao que se passou nas Infraestruturas”.
Para Vieira da Silva, ter agora esta discussão sobre o futuro do PS quando o horizonte de governação é até 2026 “só pode criar problemas, como aliás criou”, diz, em referência aos problemas recentes, que levaram inclusive à saída de Pedro Nuno Santos, um dos mais fortes candidatos à sucessão.
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