Direção executiva do SNS quer criar 25 centros de responsabilidade integrada este ano

Para Fernando Araújo, os CRI "constituem modelos virtuosos", dado que estão assentes numa "filosofia baseada em equipas multiprofissionais" que tem como objetivo "responder melhor aos utentes".

O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) defende que os Centros de Responsabilidade Integrada (CRI) nos hospitais “constituem modelos virtuosos” capazes de melhorar a capacidade de resposta aos utentes e servem como forma de incentivo aos profissionais de saúde, dado que estes são remunerados “de forma diferenciada” com base no seu desempenho. Fernando Araújo traça como meta criar “mais de 25” destas unidades este ano.

Queremos muito que, este ano, fossem criados mais de 25 CRI e para o ano mais 50″, afirmou o diretor executivo do SNS, durante o SNS Summit – Centros de Responsabilidade Integrados, que decorre esta quarta-feira no Convento de São Francisco, em Coimbra.

Para Fernando Araújo estas estruturas “constituem modelos virtuosos”, dado que estão assentes numa “filosofia baseada em equipas multiprofissionais” que tem como objetivo “responder melhor aos utentes”, quer ao nível da acessibilidade, quer ao nível da redução das listas de espera. Além disso, permite, por outro lado, aos profissionais de saúde serem remunerados de forma diferenciada “de acordo com o seu esforço e com os resultados obtidos”. “É daquelas formas de gestão mais ricas do SNS”, afiança.

Este modelo foi criado há mais de 20 anos, mas a legislação “moderna”, que consagrou os CRI tal como são hoje, só chegou em 2017. Já funciona em vários hospitais, como é o caso do Hospital de São João, no Porto. Na prática, os CRI são estruturas de gestão intermédia, dependentes dos conselhos de administração dos hospitais EPE, mas com autonomia funcional e técnica. Os profissionais de saúde das várias áreas que integram estes centros têm acesso a vários incentivos, incluindo financeiros, que estão diretamente relacionados com o desempenho alcançado.

Estes incentivos são um dos temas que está a ser discutido entre o Ministério da Saúde e os sindicatos do setor, cujo processo negocial está previsto terminar a 30 de junho. Em causa estão incentivos destinados às equipas dos serviços de urgência, medicina interna, pediatria ou saúde mental.

Nesse sentido, a direção executiva do SNS “desafiou” João Fernandes Varandas, diretor do CRI de Traumatologia Ortopédica do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, a liderar “uma unidade técnica de apoio à implementação e desenvolvimento”, destas unidades, de modo a que possam “identificar, sistematizar e uniformizar procedimentos”.

Apesar do balanço relativo às CRI ser bastante positivo, Fernando Araújo admite, no entanto, têm sido detetados “alguns problemas”, nomeadamente alguma reticência por parte das lideranças dos hospitais.

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