“É a perspetiva” de Galamba. Peritos mantêm Santarém na corrida ao novo aeroporto
Maria do Rosário Partidário frisa que comissão técnica independente foi mandatada para avaliar “todas as opções”. Comunidades intermunicipais da região destacam "posição central" de Santarém.
“É a perspetiva dele”. É desta forma que a presidente da Comissão Técnica Independente (CTI) reage depois de o ministro das Infraestruturas, João Galamba, ter dito esta terça-feira que “[acha] longe” a localização de Santarém para a construção do novo aeroporto internacional que irá servir a região da capital.
Em declarações à Renascença, Maria do Rosário Partidário frisa que o Conselho de Ministros mandatou a CTI para avaliar “todas aquelas opções”, que estão ainda a ser analisadas. Recorde-se que é a CTI que está a avaliar as nove opções finalistas para o reforço da capacidade aeroportuária na região de Lisboa.
Em declarações à mesma rádio, também o autarca de Santarém já criticou aquilo que considerou uma “declaração a quente” do ministro das Infraestruturas, que com esta declaração pareceu afastar, desde já, esta que é uma das hipóteses que está a ser analisada pelos peritos.
Entretanto, as comunidades intermunicipais (CIM) das regiões de Leiria e de Coimbra, e também do Médio Tejo e da Beira Baixa defenderam esta tarde, numa declaração conjunta, a localização do futuro aeroporto internacional de Lisboa em Santarém, que classificaram como a “escolha ideal”.
Santarém situa-se numa posição central em relação às regiões circundantes, o que permitiria uma fácil acessibilidade e conectividade para os viajantes.
Na declaração em defesa da localização do futuro aeroporto internacional em Santarém, aquelas comunidades destacaram os pontos que justificam esta escolha, como a localização geográfica, pois “Santarém situa-se numa posição central em relação às regiões circundantes, o que permitiria uma fácil acessibilidade e conectividade para os viajantes”.
“Além disso, a sua proximidade com importantes vias rodoviárias e ferroviárias garante uma maior integração e mobilidade inter-regional”, lê-se no documento, no qual se destaca ainda o potencial turístico e o desenvolvimento económico da opção por Santarém.
Para estas comunidades, outro fator a ter em conta é o “descongestionamento de outros aeroportos”, o que resultaria numa “melhor distribuição de tráfego aéreo, melhorando a eficiência do sistema aeroportuário”, adiantam aquelas estruturas, numa declaração lida pelo presidente da Região de Leiria, Gonçalo Lopes.
Quais as opções em cima da mesa?
Em “cima da mesa” estão sete localizações e nove opções estratégicas para reforçar da capacidade aeroportuária de Lisboa: Humberto Delgado com Campo de Tiro de Alcochete, Pegões, Humberto Delgado com Pegões, Rio Frio com Poceirão, Portela + Montijo, Montijo + Portela, Campo de Tiro de Alcochete, Portela + Santarém e Santarém sozinho.
A “corrida” à futura localização do aeroporto começou com cinco opções avançadas pelo Governo. A CTI acrescentou no final de janeiro o aeroporto de Beja e Portela+Alverca, depois de os projetos lhe terem sido apresentados. A 8 de abril foi adicionada a Base Aérea de Monte Real e, por iniciativa da comissão técnica, Alcochete+Portela.
Em abril foram acrescentadas mais oito opções, na sequência da consulta aberta aos cidadãos no início de março: Ota, Rio Frio ou Poceirão, que já foram consideradas no passado, e ainda Apostiça, Évora, Sintra, Tancos e Pegões.
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