BERD e Kiev mobilizam 600 milhões de euros para setor energético
Desde o início do conflito na Ucrânia que o Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento se comprometeu a disponibilizar três mil milhões de euros em 2022 e 2023 no país.
O Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) anunciou esta quarta-feira “unir as suas forças” com o Governo ucraniano para mobilizar 600 milhões de euros de empréstimos e subvenções de doadores internacionais para a segurança energética do país.
O BERD “assinou hoje três protocolos de acordo com o primeiro-ministro ucraniano Denys Chmygal”, com 200 milhões de euros para o operador nacional Ukrenergo, a mesma soma para a sociedade de gás Naftogaz e um envelope idêntico para o fornecedor de energia hidroelétrica Ukrhydroenergo, segundo um comunicado.
O anúncio foi emitido durante a conferência sobre a reconstrução da Ucrânia que reúne em Londres mais de 60 países, instituições internacionais e o setor privado, com os aliados ocidentais de Kiev a prometerem aumentar a sua ajuda financeira à economia do país.
Após a destruição da barragem de Kakhovka, no rio Dniepre, a Ukrhydroenergo beneficiará de 50 milhões para apoiar a solidez da empresa e 150 milhões para “restabelecer duas centrais hidroelétricas próximas da central nuclear de Zaporijia”, precisa o BERD no comunicado.
O financiamento à Ukrenergo junta-se “a um total de 520 milhões de euros já fornecidos pelo BERD desde a invasão russa“, enquanto as verbas dirigidas à Naftogaz contribuirão para “reconstituir as suas reservas energéticas” após um empréstimo e doações de 500 milhões de euros em 2022.
Desde o início do conflito na Ucrânia que o BERD se comprometeu a disponibilizar três mil milhões de euros em 2022 e 2023 no país, incluindo 1,7 mil milhões dirigidos no ano passado para infraestruturas de energia e transportes.
O Banco também já admitiu que poderá a partir de agora apoiar-se no setor privado para a reconstrução da Ucrânia.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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