Herança de Rendeiro não foi reclamada. Há uma dívida de 35,2 milhões por pagar
Além de uma mansão na Quinta Patiño, da coleção de arte contemporânea e das contas com ativos e dinheiro, há também uma dívida de cerca de 35,2 milhões de euros por pagar.
Terminou o prazo para reclamar a herança do banqueiro João Rendeiro e nenhum dos potenciais beneficiários informou o tribunal de que estaria interessado, avança esta sexta-feira o Expresso (acesso pago). Além de uma mansão na Quinta Patiño, da coleção de arte contemporânea e das contas com ativos e dinheiro, a herança do fundador do Banco Privado Português envolve também uma dívida de cerca de 35,2 milhões de euros por pagar.
“Ninguém se apresentou em juízo a fim de reclamar a herança”, constata o juiz Rui Teixeira na sentença a que o Expresso teve acesso. Também a viúva de João Rendeiro, Maria de Jesus, renunciou à herança ao perceber que a dívida é superior aos ativos. Rendeiro, que se enforcou na cela onde estava detido numa prisão sul-africana a 12 de maio de 2022, não tinha filhos ou irmãos e apenas um primo perguntou ao tribunal “informação sobre os ativos e passivos” e o “relacionamento de bens que compõem a herança”, explicou uma fonte judicial.
É o Ministério Público que irá agora representar a herança no processo em que Rendeiro foi condenado a dez anos de prisão e a pagar, “solidariamente” com os outros arguidos do processo (Paulo Guichard, Fezas Vital e Fernando Lima), cinco milhões de euros ao Estado e 30 milhões à massa falida do BPP. Mas o Estado não pode ser chamado a pagar as dívidas de Rendeiro.
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