Famílias financiam Estado com 8,5 mil milhões até abril sobretudo através dos Certificados de Aforro

Enquanto o financiamento concedido às administrações públicas pelos bancos e pelo exterior foi negativo, as famílias emprestaram 8,5 mil milhões de euros, sobretudo através de Certificados de Aforro.

O financiamento das administrações públicas continua em terreno negativo. De acordo com dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal, o financiamento acumulado das administrações públicas foi de negativo em cinco mil milhões de euros nos primeiros quatro meses do ano.

Este valor compara com um financiamento positivo de 1,7 mil milhões de euros registados em igual período de 2022.

De acordo com dados do regulador, o financiamento concedido às administrações públicas pelos bancos e pelo exterior foi negativo em 8,3 mil milhões de euros e em 5,2 mil milhões de euros, respetivamente. Mas, em contrapartida, as famílias financiaram as administrações públicas em 8,5 mil milhões de euros, sobretudo através da aquisição de Certificados de Aforro e de Certificados do Tesouro.

Um financiamento líquido negativo indica que as aquisições líquidas de ativos financeiros pelas administrações públicas foram superiores às emissões deduzidas de amortizações dos passivos, ou seja, “as administrações públicas utilizaram parte dos fundos obtidos para financiarem outros setores da economia”, lê-se no comunicado do Banco de Portugal.

Os dados mais recentes do IGCP e do Banco de Portugal sobre os títulos de dívida da República para o retalho mostram que, entre janeiro e maio, último mês de comercialização da Série E de Certificados de Aforro, as subscrições líquidas de Certificados de Aforro atingiram os 12,9 mil milhões de euros.

Em contraciclo estiveram os Certificados do Tesouro que, nos primeiros cinco meses do ano, tiveram subscrições líquidas negativas de 2,7 mil milhões de euros.

Só em maio, enquanto os Certificados de Aforro registaram subscrições líquidas de 2,2 mil milhões de euros, 32% acima do registado em abril, os Certificados do Tesouro contabilizaram o 19.º mês consecutivo de subscrições líquidas negativas, com a saída de mais de 510 milhões de euros.

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Zelensky acusa Rússia de preparar fuga radioativa na central de Zaporijia

  • Lusa e ECO
  • 22 Junho 2023

A central de Zaporijia, com seis reatores nucleares, é a maior da Europa e foi ocupada por forças russas nos primeiros dias da ofensiva militar lançada por Moscovo em 24 de fevereiro de 2022.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou esta quinta-feira a Rússia de preparar um “ataque terrorista” envolvendo uma fuga radioativa na central nuclear de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, ocupada pelas tropas russas.

“Os nossos serviços secretos obtiveram informações segundo as quais a Rússia está a considerar um cenário de um ataque terrorista na central elétrica de Zaporijia, um ataque que envolve uma libertação de radiação”, disse Zelensky na rede social Telegram.

“Eles prepararam tudo para o efeito”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

A central de Zaporijia, com seis reatores nucleares, é a maior da Europa e foi ocupada por forças russas nos primeiros dias da ofensiva militar lançada por Moscovo em 24 de fevereiro de 2022. Zelensky advertiu que uma eventual fuga radioativa não terá consequências apenas na Ucrânia. Disse que informou os governos da “Europa, América, China, Brasil, Índia, mundo árabe e África” sobre os alegados planos russos. As organizações internacionais também foram informadas.

“Nunca deve haver ataques terroristas em centrais nucleares, seja onde for”, disse, citado pela agência espanhola EFE.

Zelenski apelou à comunidade internacional para que atue preventivamente para evitar outra catástrofe como a causada pela explosão da barragem de Kakhovka (sul) em 6 de junho, que Kiev atribuiu às forças russas. A Rússia negou qualquer envolvimento na destruição da barragem, que disse ter sido causada por bombardeamentos ucranianos. A destruição da barragem fez diminuir o reservatório de arrefecimentos dos reatores nucleares da central.

A central elétrica de Zaporijia tem sido repetidamente alvo de bombardeamentos atribuídos tanto a Moscovo como a Kiev, suscitando preocupações quanto à segurança.

Contraofensiva está a decorrer mais lentamente do que o desejado

A Ucrânia já reconheceu que a contraofensiva está a decorrer mais lentamente do que o desejado e anunciou que o golpe principal ainda está por acontecer, enquanto a Rússia diz constatar “alguma acalmia” na frente de batalha. “Há pessoas que pensam que é um filme de Hollywood e esperam resultados agora, mas não é o caso”, disse Zelensky, numa entrevista à cadeia televisiva britânica BBC, onde admitiu que o progresso na contraofensiva está a ser “mais lento do que o desejado”.

A vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, explicou que a contraofensiva continua em vários setores da frente sul e que “há alguns avanços em todas as direções”, depois de o Exército ter confirmado a recuperação de oito localidades nas frentes de Zaporijia e Donetsk. “Estamos a avançar aos poucos, com pequenos passos, mas com muita confiança. O golpe principal ainda está por acontecer”, escreveu Maliar na rede social Telegram.

O secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, Oleksi Danilov, acrescentou que as tropas têm atualmente como missão sobretudo eliminar a artilharia russa, armazéns de munições e rotas de abastecimento.

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Garrigues e PRAGMA assessoram venda da Cariano ao Grupo Tagar

A PRAGMA esteve do lado do comprador, o Grupo Tagar. Já a Garrigues assessorou o vendedor, a sociedade de capital de risco Atena Equity Partners.

O Grupo Tagar comprou a Cariano, empresa de aluguer de gruas, à sociedade de capital de risco Atena Equity Partners. O escritório de advogados PRAGMA esteve do lado do comprador. Já a Garrigues assessorou a Atena Equity Partners.

 

A equipa da PRAGMA que assessorou o Grupo Tagar foi liderada pelo sócio Pedro Ávila, responsável pelas áreas de M&A e Corporate, e contou com a participação de Nuno Morais, sócio responsável pela área de Direito da Concorrência, que assegurou todo o processo de articulação e notificação à Autoridade da Concorrência.

Já do lado da Garrigues, a equipa que esteve do lado da Atena Equity Partners foi liderada pelo sócio Vasco Rodrigues.

Fundada há mais de 40 anos, a Cariano é uma referência na montagem e na manutenção de torres eólicas em Portugal e atua no mercado de transportes especiais.

O Grupo Tagar foi criado em 1980 por Ilídio Tavares e Edgar Garcia e assume-se como uma referência na disponibilização de autogruas, camiões-gruas, plataformas elevatórias e outros equipamentos de grande porte para eólicas e indústria. O grupo integra empresas como a Eurotagar, Idelgrua Ibérica, Gruav, Transtagar e Intergruas, e está presente em 14 países da Europa, África e América Latina.

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Carro elétrico da chinesa BYD chega a Portugal no final do ano

  • Capital Verde
  • 22 Junho 2023

A partir do quarto trimestre de 2023, vão iniciar-se entregas em toda a Europa, incluindo Portugal, dos quatro modelos do elétrico BYD Dolphin, que começam nos 29.990 euros.

A BYD, fabricante líder mundial de viaturas elétricas (EV e PHEV) e baterias elétricas, anuncia o lançamento no mercado europeu do novo BYD Dolphin 100% elétrico. As vendas terão início no verão de 2023, com entregas em toda a Europa, incluindo Portugal, a partir do quarto trimestre de 2023.

A BYD indica que pretende tornar “a mobilidade elétrica de alta tecnologia acessível a mais consumidores”. Assim, lança quatro modelos BYD Dolphin, que começam nos 29.990 euros, no caso do Active, sobe para 30.690 euros no caso do Boost, o Comfort custa 35.690 euros e o Design atinge os 37.690 euros.

No modelo mais básico conta-se com uma bateria de 44,9 kWh e motor de 70 kW (o equivalente a 95 cavalos). O Boost tem a mesma bateria, mas aliada a um motor de 130 kW. O Comfort já traz uma bateria de 60,4 kWh e um motor de 150 kW, com o carregamento a passar dos 30% para os 80% em 29 minutos, e uma autonomia de 427 quilómetros. A versão Design tem as mesmas especificações mas acrescem características como um teto panorâmico e vidros de privacidade nos bancos traseiros.

A marca indica que apostou na eficiência através da integração de oito sistemas, como a unidade de controlo do veículo e o sistema de gestão da bateria, o que permite uma eficiência de 89%. A segurança é reforçada através da utilização de baterias de fosfato de ferro-lítio (LFP) “o que oferece um nível de segurança muito mais elevado do que o das baterias de iões de lítio convencionais”, garante a marca.

Este novo modelo junta-se à gama de lançamento da marca, que conta já com o BYD ATTO 3, o BYD HAN e o BYD TANG.

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Subida dos preços da habitação abranda para 8,7% no primeiro trimestre

Aumento nos preços das habitações existentes, de 9,7%, foi superior à das habitações novas (5,7%) no primeiro trimestre deste ano. Vendas desaceleram desde 2º trimestre de 2022.

Os preços da habitação ainda subiram 8,7%, no primeiro trimestre do ano, mas este número representa uma desaceleração face ao trimestre anterior, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira. Valor compara com subida de 11,3% no quarto trimestre de 2022 e é o aumento homólogo de preços menos expressivo desde o segundo trimestre de 2021. Na região de Lisboa, excetuando o trimestre da pandemia, o número de vendas foi o mais baixo desde 2016.

A subida do Índice de Preços da Habitação ficou 2,6 pontos percentuais (p.p.) abaixo do observado no trimestre anterior, sinaliza o INE. “Neste período, as habitações existentes registaram uma taxa de variação dos preços de 9,7%, superior à das habitações novas (5,7%)”, acrescentam.

Apesar do abrandamento em termos homólogos, é de salientar que a variação em cadeia dos preços da habitação (1,3% face ao quatro trimestre de 2022) acelerou face aos 1,1% registados no fim do ano passado.

Fonte: INE

Nos primeiros três meses do ano, transacionaram-se 34.493 habitações, menos 20,8% que no mesmo período do ano anterior e uma redução em cadeia de 10,5%. Quanto ao valor das casas vendidas, este totalizou 6,9 mil milhões de euros, menos 15,2% face ao primeiro trimestre de 2022.

Quase 85% das casas foram compradas por famílias, no valor de 5,8 mil milhões de euros. Esta é, ainda assim, a percentagem mais baixa desde o segundo trimestre de 2021, salienta o INE.

Neste período, 7,2% dos alojamentos transacionados foram adquiridos por compradores com um domicílio fiscal fora do Território Nacional, fatia que sobe para 12,7% quando se trata do valor transacionado. O INE indica que nos primeiros três meses de 2023, “as aquisições de habitação por compradores com domicílio fiscal no Território Nacional diminuíram 21,9% em termos homólogos, para um total de 32 001 unidades”, ou seja, 92,8% do número total de transações, “o peso relativo mais baixo da série iniciada no 1º trimestre de 2019″.

Olhando para a evolução do número e do valor das vendas de alojamentos nos últimos seis trimestres, é possível observar que há uma tendência de abrandamento desde o segundo trimestre de 2022. A desaceleração nos alojamentos novos tem sido mais expressiva do que naqueles existentes.

Olhando para a análise regional, foi no Norte que se transacionaram mais casas no arranque do ano (9.924 habitações). “Na Área Metropolitana de Lisboa, registaram-se 9.761 transações, o que, excetuando o 2º trimestre de 2020, sob influencia da pandemia COVID-19, constitui o número mais baixo de vendas nesta região desde o 4º trimestre de 2016″, nota o INE.

Apesar de ter menos transações, as casas na região da capital continuam a ser mais caras. “Entre janeiro e março de 2023, a Área Metropolitana de Lisboa concentrou 40,6% do valor total das habitações transacionadas, seguindo-se o Norte com 23,5%”, sendo que para ambos, os valores das transações foram os mais baixos dos últimos dois anos.

Mesmo assim, a tendência é geral: “no 1º trimestre de 2023, todas as regiões registaram uma redução homóloga no número e no valor das
transações de alojamentos”, diz o INE.

(Notícia atualizada às 11h30)

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Endividamento da economia bate novo recorde acima dos 800 mil milhões

Famílias, empresas privadas e setor público não financeiro já aumentaram endividamento em mais de dez mil milhões de euros desde o início do ano.

O endividamento da economia voltou a aumentar em abril, pelo quarto mês seguido, atingindo um novo recorde acima dos 800 mil milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal.

A dívida do setor não financeiro — que compreende famílias, empresas privadas e setor público não financeiro — subiu quase 2 mil milhões de euros, fixando-se nos 804 mil milhões no final do quarto mês do ano.

Economia endivida-se cada vez mais

Fonte: Banco de Portugal

A leitura destes números requer algum cuidado porque o grande responsável por este aumento foi o setor público, onde o endividamento aumentou 1,8 mil milhões de euros. O acréscimo deveu-se principalmente ao financiamento obtido junto dos particulares (1,3 mil milhões) através dos Certificados de Aforro, explica a instituição liderada por Mário Centeno. O que acontece é que as famílias tiraram os depósitos dos bancos (que não constam destas estatísticas) para aplicar nos certificados. Ou seja, aquilo que se tornou um passivo do Estado é um ativo das famílias.

O endividamento do setor público também aumentou junto das administrações públicas (mil milhões) e do setor financeiro (500 milhões). Em contrapartida, diminuiu junto do exterior em 1,1 mil milhões de euros.

O endividamento do setor público atingiu os 362,8 mil milhões de euros em abril, correspondendo a 45% do total do endividamento da economia, mostram os dados.

Em relação ao setor privado, englobando empresas privadas e famílias, o endividamento ascendia a 441,2 mil milhões, aumentando 100 milhões de euros. Há comportamentos diferentes em relação ao endividamento das empresas e particulares: aumentou 200 milhões no primeiro caso e caiu 100 milhões no segundo.

Em todo o caso, as famílias, empresas privadas e setor público não financeiro já aumentaram endividamento em mais de dez mil milhões de euros desde o início do ano.

(Notícia atualizada às 11h22)

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Abrangência do acelerador de progressões na Função Pública ainda em análise pelo Governo. Trabalhadores com contrato individual podem não ser abrangidos

Governo tinha sinalizado que estavam em causa 349 mil funcionários públicos afetados pelos dois períodos de congelamento. Existe ainda dúvida sobre inclusão dos trabalhadores com CIT.

O Governo já apresentou aos sindicatos representantes da Função Pública a proposta para o acelerador de progressões, que tem em vista compensar os funcionários abrangidos pelo congelamento de carreiras, mas está ainda por definir quais serão os trabalhadores incluídos. Aqueles que mudaram de carreira também vão poder aceder, mas para os que têm contrato individual de trabalho (CIT) a situação é ainda incerta.

À saída das reuniões desta quarta-feira com a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, o STE avançou que a sua proposta para serem incluídos aqueles que mudaram de carreira (mas que foram na mesma abrangidos pelos congelamentos) tinha sido aceite. Seguiu-se a Fesap, que lamentou o facto de continuarem sem um compromisso relativamente à inclusão dos CIT.

Mas quando a Frente Comum saiu da reunião com o Governo, sinalizou que os trabalhadores com CIT dos hospitais EPE também estariam incluídos nesta medida, dado que o acordo coletivo de 2018 tinha equiparado os funcionários aos trabalhadores em funções públicas. No entanto, a questão levantou dúvidas, até porque, no projeto de decreto-lei a que o ECO teve acesso, se fala nos trabalhadores “com vínculo de emprego público” e que estejam abrangidos pelo SIADAP ou “sistemas de avaliação adaptados”.

Questionados pelo ECO sobre esta matéria, fonte oficial do Ministério da Presidência sinalizou apenas: “Estando ainda em curso as negociações, e considerando a avaliação e reflexão que se mostra sempre necessária após auscultação dos representantes dos trabalhadores, remetemos mais esclarecimentos para quando se concluírem as reuniões”. As propostas iniciais do Governo são conhecidas, e as conclusões dos processos serão oportunamente tornadas públicas“, acrescentaram ainda.

Os sindicatos já pediram mais uma reunião suplementar, que deverá acontecer na próxima semana. José Abraão, secretário-geral da Fesap, disse ao ECO que têm a “expectativa que possam ser abrangidos” os trabalhadores com CIT, porque o projeto se deve aplicar aos funcionários “independentemente da natureza do vínculo”, defendeu.

Esta medida incide sobre os períodos de congelamento que ocorreram entre 2005 e 2007 e entre 2011 e 2017, sendo que o objetivo é que os trabalhadores possam progredir com seis pontos na avaliação de desempenho (uma redução face aos dez atualmente exigidos). O Governo indicou em março que estavam em causa cerca de 349 mil pessoas — o que corresponde a 65% dos funcionários públicos.

O STE tinha também apresentado uma proposta para que o acelerador fosse para quatro pontos em vez de seis, mas sobre essa matéria ainda não houve resposta positiva do Governo, disse Maria Helena Rodrigues que admitiu considerar que sejam cinco pontos.

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Euribor a três, seis e 12 meses sobem para novos máximos desde o final de 2008

  • Lusa
  • 22 Junho 2023

Taxas Euribor, usadas no cálculo da prestação da casa, continuam a subir e renovaram máximos desde o final de 2008.

As taxas Euribor, usadas no cálculo da prestação da casa, subiram a três, a seis e a 12 meses para novos máximos desde novembro de 2008.

  • A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu pela quinta sessão consecutiva para um novo máximo desde novembro de 2008, ao ser fixada em 4,111%, mais 0,023 pontos do que na quarta-feira. Segundo dados de março de 2023 do Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses representa 41% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representa 33,7% e 22,9%, respetivamente. A média da taxa Euribor a 12 meses avançou de 3,757% em abril para 3,862% em maio, mais 0,103 pontos.
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, também avançou para 3,907%, mais 0,021 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a seis meses subiu de 3,516% em abril para 3,682% em maio, mais 0,166 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu para 3,600%, mais 0,032 pontos e também um novo máximo desde novembro de 2008. A média da Euribor a três meses subiu de 3,179% em abril para 3,372% em maio, ou seja, um acréscimo de 0,193 pontos percentuais.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, realizada em 15 de junho, o BCE voltou a subir, pela oitava reunião consecutiva, mas como em 4 de maio em apenas 25 pontos base, as taxas de juro diretoras, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.

Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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UE desembolsa mais 1,5 mil milhões de euros em ajuda à Ucrânia

  • Lusa
  • 22 Junho 2023

Bruxelas está a ponderar um "apoio financeiro estável até 2027", revelou também Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.

A União Europeia (UE) vai desembolsar esta quinta-feira mais 1,5 mil milhões de euros em assistência macrofinanceira para a Ucrânia para ajudar o país a salvaguardar serviços e infraestruturas críticas, anunciou a presidente da Comissão.

“Hoje vamos desembolsar mais 1,5 mil milhões de euros em assistência macrofinanceira para a Ucrânia. Vamos ajudá-la a assegurar que serviços e infraestruturas continuam a funcionar enquanto estão na sua corajosa luta pela liberdade”, escreveu Ursula von der Leyen na rede social Twitter.

A presidente da Comissão Europeia acrescentou que “há mais a caminho” e que Bruxelas está a ponderar um “apoio financeiro estável até 2027”.

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Instituto Pedro Nunes de Coimbra dá “mentoria” a empresas da região Centro

Evento destina-se a empreendedores ou startups com negócios de base tecnológica localizados na região Centro. Os participantes vão receber orientações em áreas como o acesso ao financiamento.

Com o objetivo de capacitar equipas e startups de base tecnológica da região Centro, o Instituto Pedro Nunes (IPN) vai promover o evento “Open Mentoring Day”, em que os participantes vão poder contar com aconselhamento especializado por parte de mentores qualificados e receber orientações em áreas como o acesso a financiamento, plano de negócios, marketing, vendas, questões jurídicas, questões legais e gestão de pessoas.

Esta iniciativa, agendada para o dia 26 de junho, destina-se a equipas de empreendedores (ainda não constituídas como empresas) ou startups (empresas legalmente constituídas a partir de 2021), com negócios de base tecnológica localizados ou com sede na região Centro do país.

O “Open Mentoring Day – Mentoria para a capacitação de equipas e startups de base tecnológica da região Centro” faz parte do Programa INOVC+: Ecossistema de Inovação Inteligente da Região Centro, um projeto liderado pela Universidade de Coimbra, cofinanciado pelo Centro 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

A incubadora do Instituto Pedro Nunes (IPN-Incubadora), em Coimbra, está entre as dez melhores incubadoras do mundo, na categoria “University Business Incubators”, sendo a única portuguesa na lista, de acordo com a instituição. O ranking diz respeito ao biénio 2021-2022 e foi conduzido pela UBI Global, uma entidade sueca de investigação e consultoria, “reconhecida por avaliar e reunir as melhores incubadoras a nível mundial”.

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“A UE deve criar um ambiente regulatório e de investimento favorável à adoção de tecnologias limpas”

  • BRANDS' ECO
  • 22 Junho 2023

Lídia Pereira defende que Portugal é um dos líderes europeus na transição para a energia limpa, mas enfrenta desafios como o investimento em infraestruturas e tecnologia para as renováveis.

Lídia Pereira, membro do Parlamento Europeu, e uma das oradoras do segundo webinar do ciclo Reshaping Europe to Build a More Sustainable Future, promovido pela Deloitte Portugal, comenta, em entrevista, o estado-da-arte da transição energética na Europa e em Portugal.

Lídia Pereira, membro do Parlamento Europeu
Portugal revela um potencial crescente para a produção de energias renováveis. Como é que isso posiciona o país entre os países europeus que estão a responder à crise energética e à emergência da ação climática?

A minha avaliação é que Portugal tem feito grandes avanços na produção de energia renovável e que tem uma capacidade crescente de produzir a partir de pontos renováveis, principalmente no que diz respeito à energia eólica e à solar. Em 2022, cerca de 60% da eletricidade consumida em Portugal foi gerada a partir de fontes renováveis. Estes dados colocam o país como um dos líderes europeus na transição para a energia limpa.

Esta transição acaba por ser fundamental para a adaptação às consequências da crise energética que se tem verificado e, claro, tem uma dupla função, a mitigação dos efeitos das alterações climáticas. A meu ver, a produção de energia renovável pode trazer outros benefícios económicos e sociais, nomeadamente na criação de empregos.

Que obstáculos há que superar para desbloquear definitivamente a transição?

A guerra na Ucrânia mostrou a vulnerabilidade do continente europeu quanto ao fornecimento de combustíveis fósseis para a produção de energia. Esta transição energética também se tornou prioritária para que a Europa possa ser mais independente em termos de energia.

Portugal tem um posicionamento privilegiado porque tem uma grande capacidade em conseguir dar mais para as redes europeias do ponto de vista energético. Mas continua a haver desafios, como os investimentos em infraestruturas e tecnologia para a produção e distribuição de energia renovável, principalmente nas áreas mais remotas do país.

Outra prioridade é a necessidade de políticas públicas claras e estáveis que incentivem a produção de energia renovável e reduzam a dependência dos combustíveis fósseis. E creio que este é um dos pontos em que Portugal tem falhado, nomeadamente no que diz respeito ao avanço nas interligações energéticas entre a Península Ibérica e o resto da Europa, ou à investigação e desenvolvimento (I&D) na área das tecnologias limpas.

Face ao risco de a Europa ser ultrapassada pelos EUA, como está a ser conduzida essa área das cleantech a nível europeu?

A Europa tem a tecnologia e a inovação para liderar a transição para uma economia de baixo carbono. A grande dificuldade dá-se depois, com o scale up. Há um ecossistema dinâmico na área das startups e das cleantech, mas também obstáculos que dificultam ganhar escala para dinamizar a exportação da tecnologia já existente.

Um outro comentário tem a ver com os desenvolvimentos da Europa no domínio dos painéis solares, para depois deixar escapar esse conhecimento para outras regiões do globo, em particular a China, e como isso nos colocou numa situação de vulnerabilidade, isto porque hoje estamos, de certa forma, reféns por essa via. Refiro estes dois aspetos como ponto de partida para que a União Europeia não cometa alguns erros do passado.

Num contexto em que é evidente que há a concorrência dos Estados Unidos (e o lnflation Reduction Act vai muito nessa linha), é importante que a UE seja capaz de criar um ambiente regulatório e de investimento favorável à adoção de tecnologias limpas.

Em que fase está Portugal nesta matéria?

Portugal tem investido em tecnologias limpas e tem um ecossistema em crescimento de soluções cleantech, mas continua muito abaixo nas áreas de l&D. É fundamental apostar em políticas públicas e que o Estado seja congruente com o que vem advogando para o setor privado. E é também importante criar um ambiente que seja favorável à inovação e aos investimentos e que consiga atrair para o nosso país empreendedores focados em cleantech.

Qual a importância da proposta Net Zero lndustry Act para a reindustrialização da Europa e a criação de emprego?

Esta proposta tem como objetivo garantir que a indústria europeia evolua e se torne neutra em termos de emissões de CO2 até 2050. Essa transição pode trazer benefícios significativos na criação de empregos e para a economia, em geral, principalmente através da expansão das cleantech e da baixa emissão de carbono.

Portugal tem o desafio de conseguir ajustar toda esta transição. As indústrias que são intensivas em energia, como a siderúrgica ou a petroquímica, podem ter de enfrentar desafios para a adoção de tecnologias limpas e de baixa emissão de carbono, e podem precisar de apoio financeiro para se adaptarem a essa transição.

Como avalia o impacto do aumento de preço da energia nas famílias e na competitividade das empresas?

É óbvio que o aumento nos custos de energia pode gerar um aumento nos custos de produção e ter um impacto significativo na competitividade das empresas, especialmente das intensivas em energia, e temos assistido à dificuldade em que muitas se encontram. Mas é importante relembrar que a competitividade não é apenas determinada pelo preço de energia. A eficiência energética, a adoção de tecnologias limpas e a diversificação das fontes de energia também são fatores importantes para a competitividade, numa lógica de longo prazo. E eu diria que é aí que Portugal deve apostar e se deve distinguir no contexto europeu.

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Sete distritos sob aviso amarelo sexta e sábado devido ao tempo quente

  • Lusa
  • 22 Junho 2023

Os distritos de Évora, Faro, Setúbal, Santarém, Lisboa, Beja e Portalegre vão estar sob aviso. São de esperar valores acima de 30 graus na generalidade do território.

Sete distritos do continente estão na sexta-feira e no sábado sob aviso amarelo devido à previsão de tempo quente, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Os distritos de Évora, Faro, Setúbal, Santarém, Lisboa, Beja e Portalegre vão estar sob aviso entre as 12:00 de sexta-feira e as 18:00 de sábado devido à persistência de valores elevados da temperatura máxima.

O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

A partir desta quinta-feira, as previsões apontam para tempo quente e seco, devido à ação de uma “crista anticiclónica entre o Golfo da Biscaia e o arquipélago da Madeira, que dará origem a uma circulação que trará em altitude uma massa de ar com origem no Norte de África”.

Está prevista uma subida generalizada dos valores da temperatura, em especial da máxima, sendo de esperar valores acima de 30 graus na generalidade do território, com exceção de alguns locais na faixa costeira ocidental, e valores entre os 35 e 40 graus no interior, em especial na região Sul onde deverão ser ultrapassados os 40 graus.

A temperatura mínima também irá aumentar, estando previstas noites tropicais (mínimas acima de 20 graus) em vários locais do centro e sul, com destaque para a região do Sotavento Algarvio onde as mínimas poderão mesmo ser próximas de 25 graus.

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