Cabaz “IVA zero” fica mais barato pela terceira semana seguida

Na última semana, o cabaz "IVA zero" monitorizado pela Deco ficou dez cêntimos mais barato. É a terceira semana consecutiva de alívio e já desceu mais de dez euros desde o início da medida.

O custo de um cabaz de bens essenciais com 41 tipos de produtos alimentares abrangidos pelo “IVA zero” ficou dez cêntimos mais barato na última semana, passando a custar 128,54 euros, segundo a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco). Recuou pela terceira semana consecutiva.

Em causa está a monitorização de 41 dos 46 alimentos que compõem a medida do Governo — entre os quais peru, frango, carapau, pescada, cebola, batata, cenoura, banana, maçã, laranja, arroz, esparguete, açúcar, leite, queijo ou manteiga –, que, desde 18 de abril passaram a estar isentos de IVA, na sequência do acordo tripartido entre Governo, distribuição e produção.

A 21 de junho, o cabaz “IVA zero” da Deco custava 128,64 euros. Uma semana depois, esta quarta-feira, custava 128,54 euros. Contas feitas, trata-se de uma redução de apenas dez cêntimos, ou 0,08%. Foi a terceira semana consecutiva de alívio no preço deste cabaz, depois de, na semana de 7 de junho, ter subido quase um euro.

Contudo, se a comparação for feita com o dia anterior ao arranque da medida, 18 de abril, a diferença é mais significativa: o cabaz ficou 10,23 euros mais barato desde essa data, o que se traduz num alívio de 7,37%.

Pescada aumenta 30% na última semana

Na última semana, a pescada fresca foi o produto que mais subiu de preço, registando um aumento de 30% (mais 2,13 euros) face à semana anterior. Segue-se a couve-flor (+7%), o tomate chucha (+6%), a dourada (+5%), a carcaça (+4%), o queijo flamengo fatiado embalado (+3%), a perna de peru, os brócolos e o arroz agulha (+2%) e o leite UHT meio gordo (+1%).

Quanto às categorias de produtos, desde que entrou em vigor o “IVA zero”, a mercearia foi a que mais beneficiou desta medida, dado que uma cesta destes produtos recuou 10,84% (menos 2,42 euros), passando a custar 19,88 euros. Seguem-se os laticínios, que cederam 8,87% (menos 1,25 euros); os congelados, que caíram 8,39% (menos 30 cêntimos) para 3,29 euros; o peixe, cujo preço recuou 8,32% (menos 2,90 euros) para 31,97 euros; a carne, que baixou 6,37% (menos 2,60 euros) para 38,28 euros); e, por fim, as frutas e legumes, cuja cesta ficou 3,28% mais barata (menos 76 cêntimos) para 22,27 euros.

Paralelamente, a Deco faz ainda a monitorização ao habitual cabaz de bens essenciais, que engloba 63 produtos e que inclui também, mas não só, alguns produtos também abrangidos pelo “IVA zero”. Só na última semana, o cabaz de bens alimentares ficou 2,81 euros mais barato, passando a custar 216,5 euros. Na semana anterior tinha aumentado ligeiramente (53 cêntimos). Ainda assim, desde o início deste ano ficou 2,90 euros mais barato (1,32%).

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Prestação da casa salta até 260 euros em julho, mas aumento alivia pelo terceiro mês

Tendência vai continuar nos próximos meses: a mensalidade do empréstimo da casa paga ao banco vai continuar a agravar-se, mas aumentos serão cada vez mais pequenos.

Julho volta a trazer más notícias para quem está a pagar a casa ao banco. As prestações dos contratos cujas condições forem revistas no próximo mês vão sofrer aumentos que podem atingir os 260 euros, dependendo das características do empréstimo. Mas há uma (pequena) boa notícia: o aumento, apesar de significativo, representa um alívio em relação aos últimos meses. Uma tendência que se acentuará nos próximos meses, de resto.

Vamos diretos às contas, tomando como exemplo um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos, com um spread (margem comercial do banco) de 1% em cima de uma destas taxas:

  • Euribor a 3 meses: a prestação que vai pagar nos próximos três meses irá subir para cerca de 763 euros, mais de 54,6 euros (+7,7%) em relação à prestação que pagava desde abril;
  • Euribor a 6 meses: a prestação que vai pagar nos próximos seis meses irá chegar aos 789 euros, um aumento de cerca de 110,9 euros (+16%) em relação à prestação que pagava desde janeiro;
  • Euribor a 12 meses: a prestação que vai pagar nos próximos 12 meses irá subir para cerca de 805 euros, quase mais 262 euros (48,2%) em relação à prestação que pagou no último ano.

Segundo o INE, a taxa de juro média no conjunto dos contratos de crédito à habitação atingiu os 3,4% em maio, atingindo o valor mais elevado desde junho de 2009. O capital médio em dívida era de 63.169 euros, com a prestação média a fixar-se nos 352 euros. Isto significa que, em termos médios, o efeito da subida das Euribor em julho vai ser menor do que mostra o cenário base das simulações do ECO – que teve em consideração um empréstimo de 150 mil euros.

O ECO preparou um simulador para calcular a prestação da casa. Faça as contas para o seu caso.

Tenho um crédito à habitação no valor de euros, contratualizado por um prazo de anos, indexado à Euribor a 12 meses (que há um ano estava nos % ), com um spread de %. A prestação da casa que pago atualmente é de 308 euros, mas caso a Euribor a 12 meses passe para %, a prestação passa para 432 euros. (Mude os campos sublinhados para descobrir os números mais próximos da sua previsão.)

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o artigo no browser.

Há mais de um ano que a prestação da casa tem vindo a agravar-se devido à subida das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) para combater a escalada da inflação.

Devido ao aperto do BCE, também as taxas que servem de base para o cálculo da mensalidade do empréstimo têm disparado nos últimos meses. Em Portugal, 90% dos contratos do crédito à habitação estão indexados às chamadas Euribor e são estas famílias que mais estão a sentir o aperto do banco central – que já têm de lidar com o impacto do aumento generalizado dos preços.

É certo que a prestação da casa vai continuar a aumentar nos próximos meses, mas os agravamentos mais acentuados já ficaram para trás. Por exemplo, um contrato associado à Euribor a 12 meses (30% do mercado nacional) teve o aumento mais expressivo em abril, quando subiu 307 euros. Os agravamentos nos meses que se seguiram foram menos significativos: 300 euros em maio, 290 euros em junho e 262 euros em julho.

Prestação aumenta, mas subidas são cada vez menores

Fonte: Contas do ECO para um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos com Euribor a 12 meses e spread de 1%.

Esta tendência irá continuar quando o mercado já vê a luz ao fundo do túnel no que diz respeito à subida das taxas de juro. Ou seja, com as Euribor a estabilizar, isso irá refletir-se num aumento cada vez menos expressivo da prestação mensal até chegar a um momento em que a mensalidade deixará de subir (o que se espera só no próximo ano). E, dependendo do comportamento das taxas, as famílias poderão mesmo sentir a prestação cair ligeiramente após esta caminhada dos juros.

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, adiantou que as taxas Euribor nos prazos a três meses e a seis meses, que estão indexados a 70% dos contratos da casa em Portugal, apenas deverão atingir o pico apenas no final do ano, devendo depois assistir-se a uma trégua.

É este o cenário que as famílias devem ter atualmente em cima da mesa, mas alertadas para o facto de que as condições poderão alterar-se, sobretudo se a pressão inflacionista persistir e os bancos centrais apertarem ainda mais as condições financeiras, tal como já avisaram esta semana no Fórum BCE, em Sintra.

No caso do BCE, o mercado já dá como garantida uma subida das taxas de referência em julho, refletindo esse aumento nas taxas do mercado, incluindo Euribor.

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Santander e British Council oferecem 5.000 bolsas para estudar inglês

O objetivo é que os participantes se formem em inglês para melhorarem a possibilidade de acesso ao mercado de trabalho e aumentarem as oportunidades de crescimento em ambientes de trabalho.

O Banco Santander, em parceria com o British Council, lançou uma nova edição online das “Bolsas Santander | Online English Courses”, um programa que oferece 5.000 bolsas para maiores de 18 anos residentes em 11 países. Para além de Portugal, Alemanha, Argentina, Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos, México, Polónia, Reino Unido e Uruguai estão abrangidos. O objetivo é que os participantes se formem em inglês para melhorarem a possibilidade de acesso ao mercado de trabalho e aumentarem as oportunidades de crescimento em ambientes de trabalho.

“As línguas continuam a ser uma das competências transversais mais procuradas nos mercados. Com o objetivo de melhorar a empregabilidade das nossas comunidades, decidimos lançar, em parceria com o British Council, uma nova convocatória das bolsas, que são um sucesso em cada edição”, afirma Blanca Sagastume, diretora do Santander Universidades, open innovation & blockchain, em comunicado.

Os selecionados vão receber formação específica para melhorar a comunicação no âmbito laboral, aumentando o seu domínio da gramática e de vocabulário. Aprendem ainda a preparar entrevistas de emprego e a saber relacionar-se com profissionais de outros setores.

Com esta nova edição, são já 10.000 bolsas concedidas este ano pelo Santander Universidades para aprender inglês, somando-se às mais de cinco mil no ano passado.

“Estamos muito orgulhosos desta nova convocatória de mais de 5.000 bolsas online, que representam 5.000 novas oportunidades para potenciar o desenvolvimento, a multiculturalidade e, claro, a empregabilidade dos alunos. Além disso, gostaria de destacar que desta vez voltámos a apostar no formato online, para nos adaptarmos às exigências de flexibilidade dos estudantes e podermos abranger um maior número de territórios”, comenta Carolina Jiménez, responsável pelo Ensino Superior do British Council Espanha.

A formação é 100% online, sem qualquer custo para os beneficiários, e não é necessário ser cliente do banco nem ter um diploma universitário. No final, todos recebem um certificado de participação do British Council.

O programa oferece cinco níveis de formação, tem a duração de 16 semanas e inclui 12 aulas de grupo online com tutoria. Os beneficiários terão de fazer um teste para determinar o seu nível na plataforma de formação de inglês online do British Council.

As candidaturas estão abertas até 31 de agosto em Bolsas Santander.

Em maio, durante o V Encontro Internacional de Reitores Universia, em Valência (Espanha), o banco Santander anunciou que planeia destinar mais 400 milhões de euros ao ensino entre 2023 e 2026 em educação, a juntar aos 2.200 milhões de euros já investidos.

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Lince Capital investe 13 milhões na criação de grupo hoteleiro no Porto

Lince Capital investe 13 milhões de euros na criação de grupo hoteleiro Olivia Singular Houses, no Porto. E prepara-se para expandir o negócio.

Num investimento de 13 milhões de euros, a Lince Capital, sociedade de capital de risco portuguesa, cria o grupo hoteleiro Olivia Singular Houses, no Porto, que conta no portfólio com quatro unidades hoteleiras — o Exmo Hotel, o 1872 River House, o Marquês Garden House e o Olivia 1895 Apartments. O grupo tenciona expandir ainda mais o negócio no futuro, mas não adianta mais informação.

“A Lince Capital apostou no setor de boutique hotéis e guesthouses como uma das atividades económicas mais promissoras em Portugal. Com um segmento fragmentado, estas unidades têm um enorme potencial para criar valor através da profissionalização dos serviços aos hóspedes”, avança a Lince Capital em comunicado enviado às redações.

As unidades hoteleiras deste grupo, agora criado, têm saltado para os holofotes, nomeadamente o Exmo Hotel by Olivia que foi eleito o melhor hotel com detalhes originais na Invicta pela revista Condé Nast Traveller. A Olivia Singular Houses posiciona-se no top dos melhores hotéis mundiais, segundo o grupo.

Estamos a considerar a possibilidade de expandir o grupo no futuro.

Vasco Pereira Coutinho

CEO da Lince Capital

“Desde o lançamento do negócio, há aproximadamente um ano, temos desfrutado de altas taxas de ocupação e conquistado prémios no mercado, que ressaltam a qualidade das nossas casas e colocam o Porto como um destino turístico de destaque”, sublinha o CEO da Lince Capital, Vasco Pereira Coutinho. “Estamos a considerar a possibilidade de expandir o grupo no futuro”, assegura o empresário.

Segundo o grupo, estas unidades hoteleiras seguem uma estratégia diferente para proporcionar ao turista uma experiencia mais portuense. “O nosso objetivo era criar unidades que, embora não sejam hotéis tradicionais, proporcionassem um ambiente acolhedor e uma hospitalidade excecional”, frisa, por sua vez, Rodrigo Duarte, representante da Olivia Singular Houses. “Queremos oferecer aos turistas nacionais e estrangeiros uma experiência autêntica e verdadeiramente portuense“, completa.

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Gonçalo Almeida nomeado para o Tribunal da FIFA

O sócio fundador da Almeida, Dias & Associados Gonçalo Almeida foi nomeado juiz da Câmara de Agentes do Tribunal de Futebol da FIFA. O advogado assumirá as funções durante quatro anos.

O advogado e sócio fundador da Almeida, Dias & Associados Gonçalo Almeida foi esta quinta-feira nomeado juiz da Câmara de Agentes do Tribunal de Futebol da FIFA (Agents Chamber of the FIFA Football Tribunal).

“Esta é a primeira vez que um advogado luso, independente de qualquer stakeholder da indústria do futebol, é nomeado para o Tribunal da FIFA, num processo que envolveu várias dezenas de candidaturas submetidas pelas diversas entidades responsáveis pelo futebol a nível mundial”, refere o escritório em comunicado.

Gonçalo Almeida, que já foi advogado da FIFA entre 2001 e 2006, passa a ser um dos 24 juízes nomeados para a recém-criada Câmara de Agentes do Tribunal de Futebol da FIFA.

O advogado assumirá as funções durante quatro anos (2023-2027), sendo que a Câmara de Agentes, instituída na sequência do novo Regulamento de Agentes da FIFA, terá jurisdição sobre “litígios de natureza internacional entre agentes de futebol FIFA e jogadores, treinadores, clubes, federações e/ou ligas”.

“É com enorme orgulho e satisfação que recebi esta nomeação, não podendo deixar de agradecer à FIFA e à FPF, esta última na pessoa do seu presidente Dr. Fernando Gomes, pelo inexcedível apoio que me concederam, reconhecendo em mim as competências necessárias para exercer tal cargo de enorme responsabilidade. De certa forma, julgo tratar-se de um reconhecimento público do meu percurso profissional na área do Direito do Desporto, um desafio que abraçarei com o máximo de empenho e profissionalismo com que sempre me pautei no exercício da Advocacia”, sublinhou Gonçalo Almeida.

O sócio fundador da Almeida, Dias & Associados conta com mais de 20 anos de experiência na área do Direito do Desporto. Em setembro de 2001, integrou o departamento do Estatuto do Jogador da FIFA em Zurique, onde exerceu as funções de advogado até março de 2006.

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Marcelo promulga prorrogação do regime excecional de preços nos contratos públicos

  • Lusa
  • 29 Junho 2023

Prorrogação deve-se, segundo o Governo, à continuação de variações em cadeia de alguns materiais utilizados nas obras públicas, "com variações homólogas positivas na revisão de preços".

O Presidente da República promulgou esta quinta-feira o decreto-lei que prorroga até ao fim do ano o regime excecional e temporário de preços nos contratos públicos, referindo que o fez de imediato, atendendo à urgência.

Esta decisão do Chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, foi divulgada através de uma nota no sítio oficial da Presidência da República na Internet.

Atendendo à urgência do diploma recebido ontem [quarta-feira] do Governo, que terá de entrar em vigor rapidamente, o Presidente da República promulgou de imediato o diploma que prorroga até 31 de dezembro a vigência do regime excecional e temporário no âmbito do aumento de preços com impacto em contratos públicos e procede à revisão do fator de compensação aplicável aos casos de revisão por fórmula”, lê-se na nota.

Este decreto-lei, aprovado há uma semana em Conselho de Ministros, prorroga até 31 de dezembro o regime excecional e temporário de revisão de preços nos contratos públicos que está em vigor desde maio de 2022, para fazer face à inflação.

No comunicado da reunião do Conselho de Ministros de 22 de junho, o Governo justifica esta prorrogação referindo que “continuam a verificar-se variações em cadeia de alguns materiais utilizados nas obras públicas, com variações homólogas positivas na revisão de preços”.

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Um terço dos portugueses faz compras nas redes sociais

Entre outras conclusões, 75,5% dos inquiridos revelou desistir de uma compra ao ler experiências negativas de outros consumidores que não tenham sido resolvidas.

Em Portugal, o número de compradores através das redes sociais duplicou em 10 anos: são hoje já 37,4% dos portugueses com perfis em redes sociais os que compram diretamente através destas plataformas. Na última década registou-se assim um aumento de 22,7 pontos percentuais no número de portugueses que realizam compras através das redes sociais, face aos 14,7% de 2013.

Estas são algumas das conclusões do estudo “Opinião dos Consumidores sobre a rede social Portal da Queixa”, da Consumers Trust, que inquiriu mais de dois mil portugueses.

Segundo o estudo, quando compram online, 75% dos portugueses têm o hábito de ler experiências de outros consumidores antes de efetuar a compra e 84% admite ser influenciado por opiniões online na decisão da compra.

75,5% dos inquiridos revelou desistir de uma compra ao ler experiências negativas de outros consumidores que não tenham sido resolvidas.

Entre outras conclusões, apurou-se que 72,7% dos inquiridos já reclamou via Portal da Queixa, tendo 61,7% destes afirmado que viram o seu problema resolvido. 47,1% atribuiu a classificação de 10 (numa escala de 1 a 10) quanto ao nível de satisfação por terem conseguido resolver a reclamação.

Já quanto à razão para a não resolução do problema, 46,6% indicou que a mesma se prendeu com o facto de a marca não responder e 31,5% referiu que a marca respondeu mas não apresentou uma solução válida, indica-se no estudo.

A “esmagadora maioria” dos inquiridos considera que a partilha pública de reclamações, através do Portal da Queixa, é “vantajosa para os consumidores”, aponta o estudo, nomeadamente porque pressiona as marcas a melhorarem os seus serviços (32%), porque possibilita a consulta por parte de outros consumidores (26%), porque permite resolver rapidamente problemas de consumo (15%) e porque é gratuito e 24h disponível (14,7%). 1,6% dos inquiridos considera “não” existir esta vantagem por ser apenas digital.

O Portal da Queixa chegou ao conhecimento de 20% dos inquiridos através das redes sociais e de 60% através de uma pesquisa no Google. A larga maioria dos inquiridos (90%) revelou ter conhecimento de que o Portal da Queixa é uma plataforma de comunicação entre marcas e consumidores e que não faz mediação de conflitos, conclui ainda o estudo.

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Costa garante manter redução do IVA na restauração e IVA zero

Costa garante que reduções no IVA na restauração serão para manter e que mantém uma avaliação positiva sobre impacto do IVA zero. E critica o BCE: se não acertarmos no diagnostico a terapia não acerta

O primeiro-ministro anunciou que tanto a redução do IVA na restauração, como o IVA zero sobre o cabaz de alimentos essenciais são medidas “que se irão manter”, num momento em que o Executivo já começou a trabalhar na proposta de Orçamento do Estado para 2024.

“Vamos manter a redução do IVA na restauração e continuamos a fazer uma avaliação positiva do impacto que o IVA zero no cabaz alimentar tem tido na contenção do aumento do preço dos bens alimentar. É uma medida que se irá manter”, garantiu António Costa aos jornalistas, esta quinta-feira, à margem do Conselho Europeu, em Bruxelas.

Recordando que o PS tem “cumprido com o programa eleitoral”, o chefe do Governo recordou que o trabalho de redução de impostos já permitiu que as famílias portuguesas poupassem dois mil milhões de euros por ano, desde 2015, assegurando que esse alívio também vai continuar, desta vez, até “até ao final da legislatura”.

“Vamos prosseguir com a redução dos impostos sobre o rendimento do trabalho”, vincou — uma medida que está inscrita no Programa de Estabilidade — rejeitando a noção de que a proposta eleitoral do PSD, de reduzir o IRC, produziria mais efeitos

“Aquilo que o PSD propunha na última campanha eleitoral era uma redução eventual, para 2025 ou 2026, de cerca de 400 milhões de euros na redução de impostos, via IRC. Essa já a fizemos e até ao final do ano faremos o dobro daquilo que o PSD propunha. Os partidos quando apresentam programas nas eleições têm de perceber que é um contrato que fazem com os cidadãos”, atirou.

Costa lança farpas ao BCE

A decisão de prolongar a redução do IVA na restauração e não cobrar este imposto num cabaz de 46 produtos alimentar vai contra a recomendação deixada por Christine Lagarde, esta semana, em Sintra, durante Fórum do BCE, no qual apelou que os governos “começassem a diminuir” os apoios às famílias adotados durante a pandemia e durante a crise energética, em 2022, para combater os níveis de inflação.

Mas para o primeiro-ministro, a política monetária do Banco Central Europeu (BCE) não está a ter “em conta os fatores que têm influenciado a crise inflacionista”, quando se fala em novas subidas das taxas de juro, esperando alívio a partir de setembro. Aos jornalistas, em Bruxelas, António Costa considerou que “não tem havido compreensão da parte do BCE da natureza específica do ciclo inflacionista que temos estado a viver“, rejeitando a noção de que a decisão dos governos de aumentar os salários é o principal motivo que tem pressionado a inflação.

Para o chefe do Governo, os lucros extraordinários têm sido o elemento que mais “tem contribuído”, ao invés das subidas salariais e alerta que a falta de capacidade de “acertar no diagnóstico” compromete, por conseguinte, a capacidade da terapia. “Não compreender a natureza [da inflação] limita a capacidade de a enfrentar“, vincou.

Reagindo às previsões avançadas pelo governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, que estima que a partir de setembro seja retomada uma trajetória de política monetária “mais adequada”, altura em que as taxas Euribor deverão começar a baixar, António Costa sublinha que isso será “fundamental” para salvaguardar os rendimentos das famílias e das empresas, e a própria economia do país que deve manter-se capaz de “gerar empregos com salários melhores”.

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Plot lança campanha de posicionamento com “as meias verdades” do marketing

"Aumentar a quota de mercado a médio prazo e reduzir a elasticidade dos preços", é o objetivo com a campanha. Oportunidade para falar com Rui Borges, CEO da Plot, sobre a agência e as "mentiras".

Rui Borges, CEO da Plot

O mundo do marketing está cheio de meias verdades“. Este é o ponto de partida para a campanha de posicionamento que a Plot Content Agency vai lançar esta quinta-feira. Composta por três filmes, o arranque é dado com o Farejador de Mentiras, “que retrata a dinâmica das reuniões entre agência e cliente”.

Pensada internamente, e produzida e realizada pela Krypton Films, “que teve a coragem de apostar num projeto quase sem budget e abordá-lo como se fosse uma campanha milionária”, trata-se de “verdadeiros sketches humorísticos, que satirizam o dia-a-dia dos profissionais do setor”, descreve a Plot.

A ideia é trabalhar o conceito da verdade no marketing. Uma crítica recorrente — e que incomoda porque tem um fundo de verdade — é que a indústria do marketing está sempre à procura da última novidade que vai “mudar o paradigma” da comunicação. Vemos isso a acontecer constantemente. Já ninguém fala disso, mas, há um ano, a moda era o metaverso”, começa por explicar ao +M Rui Borges, CEO e sócio maioritário da agência.

Assistimos a uma série de marcas a irem para o metaverso, seja lá onde isso for. Só para lá estarem. Agora a buzzword é a inteligência artificial — que de inteligência tem muito pouco — e já ninguém está preocupado com o metaverso. Amanhã será outra coisa a desfocar-nos do que é importante. Isto retira credibilidade ao setor, mas acaba por fazer parte do folclore da indústria“, prossegue o responsável.

A ideia foi então “brincar com esse tema e, ao mesmo tempo, alertar para o facto de haver muita evidência sólida sobre o que funciona e o que não funciona no marketing, diz.

Sendo a Plot uma agência de conteúdos, “esta é uma campanha de conteúdos em que os vídeos levam as pessoas a uma série de peças que alimentam o debate sobre o que sabemos que funciona e o que é literalmente bullshit. É a contribuição da Plot para o debate do marketing em Portugal”, prossegue o fundador da agência. “Ok, esta parte é bullshit, mas fica bem“, admite em tom de brincadeira Rui Borges.

Os objetivos, com o lançamento da campanha, são claros. “Queremos aumentar a quota de mercado da Plot a médio-prazo e reduzir a elasticidade dos preços. Sabemos que isso se faz com um mix de construção de marca e de ativação de vendas. Esta campanha trabalha essencialmente a construção de marca, tendo uma pequena parte de ativação numa segunda fase”, adianta. “Diria que é 90% construção de marca e 10% ativação de vendas”, resume o fundador da agência.

O lançamento da campanha resulta de um estudo sobre o posicionamento e futuro da agência, que completa em 2024 18 anos. “A génese da Plot é editorial. Devemos ser a única agência em Portugal que nasceu como um spin-off de uma empresa de revistas (a Entusiasmo Media, que tinha títulos como a Carteira, Saber Viver, Prevenir, L+arte, Jarins e Meus Livros). Apesar de hoje sermos uma agência 360º, que trabalha desde insights de comportamento humano até ao desenvolvimento de sites, a nossa génese é editorial, vimos mesmo dos jornais e revistas”, recorda o ex-jornalista, que foi, inclusive, diretor do Jornal de Negócios.

A origem da agência, e o percurso dos fundadores, “dá-nos um ponto de vista diferente no mercado. A lógica editorial/jornalística é marcada pela procura da verdade. Isso é quase uma obsessão na Plot. De tal forma que estamos a fazer uma campanha sobre isso“, reforça. “Temos todos um bocado de farejadores de mentiras dentro de nós”, resume Rui Borges. O trabalho de posicionamento foi feito em conjunto com a consultora Scopen.

Com uma equipa de cerca de 70 pessoas — e detida também por Luís Penha e Costa e António Domingues, com participações minoritárias –, a Plot faturou no último ano 3,8 milhões de euros, “um crescimento significativo face ao ano anterior“, adianta o responsável, que não avança as perspetivas para este ano. “Só depois das contas fechadas”, diz.

O grupo Jerónimo Martins é o maior cliente da agência. “Trabalhamos o digital do Pingo Doce há uma série de anos, trabalhamos Recheio e Amanhecer e também a JM (holding). É um caso curioso porque começámos a trabalhar com o Pingo Doce, aí em 2016, e depois fomos ganhando espaço nas outras marcas”, recorda. Depois, em termos individuais a maior conta é a do Montepio. Tranquilidade e Logo, BPI e Novobanco são outras das marcas com as quais trabalham. Os interlocutores, “em todos os nossos projetos”, é diretamente a marca/cliente.

O maior desafio, para os próximos anos, é encontrar e reter o melhor talento. “Se conseguirmos isso, tudo o resto é fácil”. O talento é também target desta campanha. “Da mesma maneira que queremos aumentar ligeiramente a probabilidade de uma marca pensar em nós quando estiver a preparar o próximo briefing, também queremos aumentar ligeiramente a probabilidade de pessoas talentosas responderem aos nossos anúncios de emprego“, conta Rui Borges.

Após este primeiro filme, “O Farejador de Mentiras”, será lançado “O Conceito”, que simula um brainstorming entre dois criativos, e “A Entrevista de Emprego”, que testa a honestidade do candidato.

Os filmes vão estar disponíveis numa nova área do site da agência totalmente dedicada à campanha, bem como nas suas redes sociais (Instagram e LinkedIn).

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Interrogatório de Eduardo Cabrita e debate instrutório adiados para setembro

  • Lusa
  • 29 Junho 2023

A continuação do interrogatório de Eduardo Cabrita e o debate instrutório do processo do atropelamento mortal na A6 previstos para esta sexta-feira, no tribunal de Évora.

A continuação do interrogatório de Eduardo Cabrita e o debate instrutório do processo do atropelamento mortal na A6 previstos para esta sexta-feira, no tribunal de Évora, foram adiados para setembro, adiantou hoje a defesa do ex-ministro.

A informação foi avançada pela Renascença e confirmada à agência Lusa pelo advogado do antigo governante, Manuel Magalhães e Silva, que salientou que as diligências são retomadas no dia 04 de setembro, também com inquirições de testemunhas.

Eduardo Cabrita prestou declarações perante o juiz de instrução no passado dia 9, com o seu representante a dizer então aos jornalistas que o ex-ministro da Administração Interna “esclareceu tudo o que havia para esclarecer”, embora tivesse admitido que poderia haver mais esclarecimentos a fazer aos outros advogados.

O interrogatório de Eduardo Cabrita acabou por ser suspenso nesse dia, quando a oficial de justiça que acompanhava os trabalhos começou a cumprir a greve dos funcionários judiciais.

Eduardo Cabrita e o seu então chefe de segurança, Nuno Dias, foram interrogados como arguidos, à porta fechada, pelo juiz de instrução, no Tribunal de Évora, na instrução do processo do atropelamento mortal na A6.

Estas novas diligências instrutórias foram marcadas pelo juiz de instrução depois de o Tribunal da Relação de Évora (TRE) ter dado provimento e provimento parcial, respetivamente, aos recursos da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M) e da família.

Eduardo Cabrita, à saída do Tribunal de Évora, com o seu advogado, Manuel Magalhães e SilvaLusa

A fase de instrução foi assim aberta para os três arguidos, ou seja, para o motorista do antigo ministro, Marco Pontes, o único acusado no processo, de homicídio por negligência, e cujo debate instrutório já foi realizado, e também para Eduardo Cabrita e Nuno Dias.

Esta é uma fase processual facultativa, que pode ser pedida por arguidos ou assistentes e que serve para verificar se os indícios são suficientemente fortes para levar os arguidos a julgamento.

No dia 18 de junho de 2021, Nuno Santos, funcionário de uma empresa que realizava trabalhos de manutenção na A6, foi atropelado mortalmente pelo automóvel em que seguia o então ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita, no concelho de Évora.

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CMVM fecha 2022 com aumento de 42% dos lucros para quase três milhões de euros

O ano que passou ficou não apenas marcado pelos melhores resultados de sempre da CMVM, mas também pela aplicação de só 21 coimas que renderam 910 mil euros - foram os valores mais baixos desde 2018.

O ano que passou correu de feição à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), pelo menos no plano financeiro. De acordo com o relatório e contas de 2022 publicado esta quinta-feira, o regulador do mercado de capitais nacional fechou o ano passado com lucros de 2,9 milhões de euros, cerca de 42% acima dos resultados registados em 2021.

Tratam-se dos melhores resultados da CMVM desde pelo menos 2016. Recorde-se que já em 2021, o regulador tinha apresentado uma subida extraordinária do resultado líquido, passando de 56 mil euros em 2020 para mais de dois milhões de euros em 2021.

O balanço de 2022 da CMVM, que desde 1 de dezembro é liderada por Luís Laginha, revela também uma subida de 5,6% do património líquido para 63,4 milhões de euros como resultado de um incremento de 6% do ativo, para quase 67 milhões de euros, e de um aumento de 13% do passivo para 3,5 milhões de euros.

Sendo a CMVM exclusivamente financiada por receitas próprias, maioritariamente por impostos e taxas devidas pelas empresas e outras entidades destinatárias da atividade da CMVM, foi também relevante para as contas do regulador o aumento de 1,9% da rubrica taxas e impostos para 24,7 milhões de euros.

Nos cofres da CMVM entraram também 309 mil euros referentes a coimas e outras penalidades recebidas em 2022. Um valor equivalente a quase quatro vezes acima do contabilizado em 2021. No entanto, a atividade sancionatória do regulador não ficou por aqui.

Segundo Tiago Marques, diretor do departamento jurídico da CMVM, das 40 decisões condenatórias em processos de contraordenação, “33 foram proferidas em processos sob a forma sumaríssima e sete em processos sob a forma comum”, que resultaram na aplicação de 21 coimas, num montante total de 910 mil euros. Este saldo compara com as 38 coimas aplicadas em 2021 num montante de 11,57 milhões de euros.

Segundo a CMVM, dos 910 mil euros cobrados em coimas no ano passado, 25% foram entregues ao Estado, 23% tiveram como destino o reforço do Sistema de Indemnização aos Investidores (SII) e os restantes 52% entraram para a rubrica de receitas da CMVM.

No relatório e contas de 2022, a CMVM revela ainda uma subida de 35% das reclamações dos investidores no ano passado e um aumento de 23% dos pedidos de informação. “A desvalorização dos instrumentos financeiros detidos pelos investidores terá gerado um aumento da insatisfação e desconfiança, e consequentemente um aumento do número de reclamações e pedidos de informação, justifica a CMVM no documento.

José Manuel Barros, diretor do Departamento de Supervisão de Mercados da CMVM, revela também que foram comunicadas 35 operações suspeitas, “tendo-se voltado aos níveis registados em 2020, depois de uma subida substancial em 2021.”

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Governo está a “fingir” resolver problema na habitação, critica ALEP

  • Joana Abrantes Gomes
  • 29 Junho 2023

Associação considera que tornar o registo de novos AL em prédios habitacionais dependente de aprovação do condomínio é um "tiro no pé" e "não é uma solução para a habitação".

O presidente da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), Eduardo Miranda, considerou esta quinta-feira que o Governo está a “fingir” resolver os problemas na habitação com as medidas que visam o setor do Alojamento Local (AL).

“Isto é um tiro no pé. É matar a economia numa tentativa de conseguir uns números de curto prazo para fingirem que resolveram o problema da habitação“, afirmou, lembrando que, de acordo com um estudo da NOVA SBE, o alojamento local representou, em 2019, 40% do total das dormidas em Portugal.

Eduardo Miranda falava à RTP3 sobre a proposta de alteração feita pelo PS ao pacote Mais Habitação, segundo a qual quem quiser registar novos AL em prédios que sejam destinados à habitação passa a depender da aprovação do condomínio. A proposta socialista visa responder a um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça que determina que a atividade de AL não é permitida em prédios destinados à habitação.

Apontando que “seguramente” já há proprietários que deixaram de investir no setor, o responsável admite recorrer à Justiça: “Até à última hora vamos estar à espera que haja bom senso, mas (…) só se tem piorado. Este conjunto de medidas traz inúmeras questões de legalidade que já estamos a preparar para tentar [recorrer] a nível nacional e europeu“.

“Portugal está a criar conflitos legais e vamos até ao final com isto, porque isto é acabar com um setor que corresponde a 3,8% do PIB (Produto Interno Bruto). Matar isto é matar a economia das cidades, é mandar para o desemprego dezenas de milhares de pessoas. Não é solução para a habitação e é um problema para a economia”, realçou.

O presidente da ALEP argumentou ainda que a proibição de futuros registos de AL é “um incentivo para os vizinhos dos atuais irem a tribunal e fecharem os existentes”. “Não há forma de substituir isto pela hotelaria, não há forma de construir 1.100 hotéis”, rematou Eduardo Miranda.

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