Nvidia excede todas as previsões e duplica vendas no segundo trimestre
Gigante dos processadores duplicou volume de negócios num ano no segundo trimestre, para 13,5 mil milhões de dólares, gerando 6,2 mil milhões (5,7 mil milhões de euros) de lucro líquido, mais 843%.
A gigante dos processadores Nvidia duplicou o volume de negócios num ano no segundo trimestre, para 13,5 mil milhões de dólares, gerando 6,2 mil milhões (5,7 mil milhões de euros) de lucro líquido, mais 843%, anunciou a empresa.
O grupo californiano, que fabrica os muitos procurados chips para o desenvolvimento da inteligência artificial (IA), divulgou resultados muito superiores às suas previsões e às do mercado. A sua cotação subiu quase 9% nas negociações após o encerramento da bolsa nova-iorquina.
Em detalhe, de acordo com os resultados, foi o core business (negócio principal) que descolou, noticiou a AFP. O negócio de semicondutores para centros de processamento e armazenamento de dados teve vendas de mais de 10.000 milhões no último trimestre, um salto de 171% em relação ao ano anterior e um recorde, de acordo com a Nvidia.
Desde o início do ano, as suas ações aumentaram 200% e a empresa entrou no círculo muito fechado de empresas que valem mais de mil milhões de dólares no mercado de ações (incluindo Apple, Microsoft, Amazon e Alphabet).
Em maio, a Nvidia já tinha reportado resultados acima das expectativas e tinha sobretudo publicado uma previsão “astronómica” para o seu segundo trimestre, representando uma subida de 64% face ao mesmo trimestre de 2022. Assim, este objetivo foi alcançado e largamente ultrapassado pelo grupo cofundado pelo taiwanês Jensen Huang há 20 anos.
O grupo é mais conhecido pelos seus processadores gráficos, que permitem jogar videojogos ou realizar videoconferências em alta resolução. Mas a moda da última geração de IA criou enormes necessidades destes componentes de ponta desde o início do ano.
O principal produto da Nvidia, o H100, é de longe o mais popular da indústria e vale dezenas de milhares de dólares cada. Este permite que os chamados gigantes da IA generativa lancem programas capazes de criar texto, música, imagens ou vídeo sem intervenção humana, em resposta a uma solicitação em linguagem quotidiana, como o ChatGPT.
Em maio, Jensen Huang comparou o boom do ChatGPT no inverno passado com o do iPhone em 2007, quando “todas as tecnologias emergem ao mesmo tempo e ajudam todos a perceber o incrível potencial deste produto e as suas capacidades”. Huang garantiu na altura que a sua empresa estava pronta para atender à procura.
A produção da esmagadora maioria dos semicondutores utilizados para a condução de modelos de inteligência artificial no mundo depende de duas empresas, a Nvidia, para o design, e a taiwanesa TSMC, para o fabrico. A produção destes chips é considerada uma questão de segurança nacional por alguns governos, incluindo os Estados Unidos da América.
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