Angola junta ministros do petróleo de cinco países
A conferência Angola Oil&Gás, que junta países produtores e gestores de empresas do setor, será centrada nos temas da segurança energética, descarbonização e desenvolvimento sustentável.
Ministros do petróleo de cinco países e responsáveis das principais organizações e multinacionais do setor vão estar em Angola, esta semana, para a conferência Angola Oil&Gás, centrada nos temas da segurança energética, descarbonização e desenvolvimento sustentável.
Além do responsável do país anfitrião, Diamantino Azevedo, juntam-se no centro de convenções, em Luanda, na quarta e na quinta-feira, os titulares das pastas dos hidrocarbonetos, petróleo e recursos minerais da Guiné Equatorial, que também preside à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEC), Senegal, República Democrática do Congo e Venezuela.
Os líderes das grandes petrolíferas mundiais, como a Total, a BP e a Chrevron, vão discutir estratégias de descarbonização e tendências globais no setor da produção upstream, bem como oportunidades de investimento para contrariar o declínio da produção em Angola.
A mobilização de capital para desenvolver as infraestruturas, sobretudo refinarias, vai ser abordada por responsáveis de instituições financeiras e de fundos de investimento e haverá também uma sessão dedicada exclusivamente às mulheres do setor, com sete palestrantes do sexo feminino. A otimização do potencial do gás em Angola é outro tema em destaque, tendo em conta o papel deste recurso como energia de transição.
Angola está a emergir como um player importante neste setor, tendo em curso o primeiro projeto de gás não associado – Quilima e Maboqueiro –, que deverá arrancar em 2026 e envolve um consórcio operado pela Azule Energy, tendo como parceiros a TotalEnergies, Chevron e Sonangol.
Ao longo destes dois dias serão também assinados vários acordos, incluindo um entre a Azule Energy (que associa a BP e a Eni em Angola) e a petrolífera estatal angolana Sonangol, para iniciativas de descarbonização, e outro que envolve a Ambipar e a Kini Energias, relativo à instalação de uma unidade industrial de equipamentos de sucção de resíduos.
Expandir e promover a exploração de novas descobertas, assegurar a participação dos angolanos no principal setor da sua economia, alcançar a autossuficiência em combustíveis, abordar a narrativa de uma transição energética justa, desenvolvendo recursos de gás natural e outras fontes alternativas de energia, garantindo o desenvolvimento económico, são os principais destaques deste evento organizado pela consultora Energy Capital &Power.
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