“Nós vamos baixar o IRS até ao 8º escalão”. Montenegro antecipa propostas eleitorais
Luís Montenegro revela no 41º congresso do PSD que vai propor a redução do IRS até ao 8º escalão e promete aos pensionistas que não vai cortar "um cêntimo" das pensões.
Depois de uma fotografia rápida com a surpresa do congresso do PSD, Cavaco Silva, o líder do partido aproveitou o discurso de encerramento para falar ao país, com as primeiras propostas e compromissos políticos a olhar para as eleições de 10 de março. Montenegro promete a redução do IRS até ao 8º escalão e garante a todos os pensionistas que não vai cortar “um cêntimo” das pensões.
Perante um pavilhão de Almada cheio, Luís Montenegro garante que “a alternativa que conta é abrangente e agregadora” e, assume o risco: “Serei o primeiro-ministro que Portugal precisa nos próximos anos“. Falou de política, de economia, de propostas, mas também falou de exemplo, de ética, e prometeu transparência e o Estado fora dos negócios, numa alusão implícita aos casos que estão hoje sob investigação judicial por causa do investimento do investimento do Data Center em Sines.
Antes, Montenegro fez as primeiras promessas eleitorais, e fez saber que o PSD vai apresentar as contas que suportam estas medidas. A primeira foi mesmo para os jovens, que vão passar a pagar “1/3 do que pagam hoje”.
A “época dos truques vai acabar”, garante Montenegro, para, depois, prometer “baixar a taxa de IRS até ao 8.º escalão”. E, aqui, surpreende os congressistas. O aumento do salário mínimo decidido pelo Governo foi uma boa decisão. “O problema é que quando salário mínimo aumentou muito os outros estagnaram”, alerta o líder social-democrata.
Um dos segmentos eleitorais mais afastado dos social-democratas é mesmo o dos pensionistas, e Montenegro quis falar diretamente para os que já estão na reforma. “Não vamos cortar um cêntimo a nenhuma pensão”, garante, sublinhando que o PSD vai “aumentar de acordo com a lei as pensões de uma forma geral e, de forma gradual, colocar a referência do complemento solidário para idosos nos 820 euros”. E acrescenta que o PSD quer “fazer esforço para que esse acréscimo tenha um significado maior nas pensões mais baixas”. “Não vamos cortar um cêntimo a nenhuma pensão”, garante, sublinhando que o PSD vai “aumentar de acordo com a lei as pensões de uma forma geral e, de forma gradual, colocar a referência do complemento solidário para idosos nos 820 euros”.
Luís Montenegro não perdeu a oportunidade para atirar críticas às políticas do Governo nas áreas sociais. “Quando nos empenhamos em unir os setores público, privado e social e queremos celebrar um novo contrato social o que queremos é que na saúde, educação, habitação e transportes é que o serviço público seja assegurado pelo Estado, mas também pelo setor privado e social”, continua Montenegro. Em diversos momentos, o líder do PSD ‘chamou’ as empresas e as instituições sociais para desempenharem um papel de relevo na prestação de serviços públicos. Para Montenegro, o PS revelou “teimosia ideológica” e garante que se “seguíssemos este princípio tínhamos um SNS com mais capacidade e uma educação com menos problemas, mais oferta no arrendamento e de compra de habitação”.
Com o Chega como uma espécie de ‘elefante na sala”, Montenegro defende uma política de natalidade e, neste contexto, abordou a política de imigração. “Mesmo que sejamos bem sucedidos na inversão das políticas que removem os obstáculos à natalidade temos de atrair, acolher e integrar imigrantes. É necessário regular e dignificar. Nem podemos ter a porta escancarada nem a porta fechada à imigração e há caminhos que podemos seguir”, disse Montenegro.
A falar para os congressistas, e para os militantes social-democratas, o líder do PSD admitiu que pode fazer mais. “Também sei que as pessoas pedem mais de mim do que aquilo que fui capaz de mostrar até agora. Tenho noção disso, mas estou aqui para fazer isso”, garantiu Montenegro, ovacionado de pé.
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