BCE não deverá voltar a aumentar as taxas de juros, assume Isabel Schnabel. É uma das vozes mais conservadoras do banco central
Isabel Schnabel, uma das vozes mais conservadoras do Banco Central Europeu, descreve que “são bastante improváveis mais aumentos de juros após os últimos dados da inflação”.
O Banco Central Europeu não deverá voltar a aumentar as taxas de juros, dada a queda “notável” na inflação, admitiu Isabel Schnabel, membro do conselho de governadores, em entrevista à Reuters. A responsável, tida como uma das vozes mais conservadoras do banco central, defendeu ainda que “o atual nível de restrições é suficiente”, já que “aumentou a confiança de que o objetivo de 2% será atingido em 2025”.
Naquela que é uma volta de 180 graus, Isabel Schnabel disse, claramente, que “são bastante improváveis mais aumentos de juros após os últimos dados da inflação”. De acordo com os dados divulgados pelo Eurostat, a inflação continua a abrandar na Zona Euro e atingiu os 2,9% em outubro. Portugal registou uma taxa de variação do índice harmonizado de preços mais elevada do que a média dos países que utilizam o euro, ao situar-se nos 3,2%.
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Estas declarações tiveram efeitos imediatos. O euro está novamente a desvalorizar, embora de forma ligeira em relação às principais moedas.
Apesar de “os desenvolvimentos da inflação serem encorajadores e a queda dos preços notável”, a responsável alertou que “não se pode declarar vitória prematuramente” e que, apesar de a “inflação estar na direção certa, são necessários mais progressos”.
A queda “notável” dos preços decorrente do décimo aumento das taxas de juros, que já vão em 4%, tem provado um abrandamento da economia da zoam euro. No terceiro trimestre o crescimento homólogo foi de 0,1%, quando nos três meses antes fora de 0,5% e em cadeia houve mesmo uma contração da economia de 0,1%. No entanto, Isabel Schnabel defende que “não se assiste a uma recessão prolongada” e os “dados sugerem que a economia poderá já ter batido no fundo”.
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