Preços em Portugal caem pelo terceiro mês consecutivo em cadeia
Preços na economia portuguesa voltam a cair em cadeia. INE estima que variação média da inflação em 2023 se fixe em 4,3%.
Os preços em Portugal terão caído pelo terceiro mês consecutivo em dezembro, em cadeia, se se confirmar a estimativa rápida da inflação avançada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em dezembro, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) diminuiu 0,5% face a novembro. Nesse mês, o IPC já tinha descido 0,31% em cadeia, e outros 0,18% em outubro, segundo os quadros disponibilizados pelo INE.
Já em termos homólogos — isto é, comparando este mês de dezembro com o mesmo mês do ano passado –, os preços em Portugal continuam a subir, mas a um ritmo mais lento. O INE estima que o IPC subiu 1,4% em dezembro, o que compara com a leitura de 1,5% de novembro.
“O principal contributo para esta desaceleração provém do comportamento dos preços dos produtos alimentares, que terão diminuído 0,6% face ao mês anterior”, explica o INE no destaque desta sexta-feira. Quanto aos produtos energéticos, a variação continua firmemente em terreno negativo: -10,5% face ao período homólogo, contra os -12,4% do mês precedente.
Inflação média de 4,3% em 2023
Com isto, o INE calcula que a taxa de variação média estimada em 2023 atinja 4,3%. O Governo espera uma taxa de inflação de 4,6% em 2023 no Orçamento do Estado para 2024, mas essa variação diz respeito ao Índice de Preços no Consumidor harmonizado (IHPC), que é o que permite a comparação europeia.
Ainda assim, a confirmarem-se as estimativas do INE — os dados finais só serão publicados a 12 de janeiro de 2024 –, a variação média da inflação em 2023 é relevante para o bolso das famílias, pois tende a servir de referencial para aumentos dos preços de alguns serviços na viragem do ano.
É, por exemplo, o que acontece nas telecomunicações. Se os dados do INE se confirmarem, as operadoras irão aumentar as mensalidades dos clientes em 4,3% a partir de fevereiro de 2024. Mesmo assim, é um aumento menor do que os 4,6% que temia a Anacom, o regulador do setor, conforme noticiou o ECO este mês.
(Notícia atualizada pela última vez às 11h44)
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