Governo quer proibir venda de tabaco em máquinas automáticas em 2025

  • Lusa
  • 10 Maio 2023

Ainda este ano será interdito fumar nos espaços ao ar livre junto de edifícios públicos como escolas, faculdades ou hospitais, segundo uma proposta de lei.

A venda de tabaco em máquinas automáticas vai ser proibida em 2025 e ainda este ano será interdito fumar nos espaços ao ar livre junto de edifícios públicos como escolas, faculdades ou hospitais, segundo uma proposta de lei.

Caso a proposta de lei do Governo seja aprovada pela Assembleia da República, deixa de ser possível a venda de tabaco direta ou através de máquinas de venda automática em locais como restaurantes, bares, salas e recintos de espetáculo, casinos, bingos, salas de jogos, feiras, exposições.

Também nos festivais de música, onde há “um marketing até bastante agressivo no sentido de promover a compra e a utilização de tabaco e até de outros produtos de tabaco, nomeadamente tabaco aquecido, vai ser proibido vender estes produtos”, revelou à agência Lusa a secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares.

O objetivo é restringir a venda de tabaco a tabacarias ou similares e nos aeroportos a partir de janeiro de 2025.

Segundo a responsável, as alterações à Lei do Tabaco, que deverão ser aprovadas na quinta-feira em Conselho de Ministros, foram motivadas essencialmente pela necessidade de transpor para a legislação nacional a diretiva europeia, de 29 de junho de 2022, que equipara o tabaco aquecido a outros produtos do tabaco, proibindo a venda de tabaco aquecido com aromas.

No entanto, vincou, “o foco é mesmo na promoção da saúde”, que passa por “desincentivar o consumo de tabaco e também reduzir a possibilidade de acesso ao tabaco, ou seja, da venda de tabaco”.

Por isso, as regras relativas ao fumo nos espaços fechados de acesso ao público, onde já há “grandes restrições”, vão ser mais apertadas.

Basicamente deixa de haver locais onde seja possível fumar”, à exceção de alguns espaços, como, restaurantes, bares, discotecas, que instalarem em janeiro deste ano, decorrente da legislação, equipamentos que permitem “ter espaços separados e protegidos para fumadores” e que poderão manter até 2030. Há ainda exceções “muito específicas” como os aeroportos ou outros locais onde não é possível ir fumar a outro local.

Margarida Tavares destacou como a alteração “mais revolucionária” a restrição da possibilidade de fumar nos espaços ao ar livre, dentro dos perímetros onde estão instalados edifícios com acesso público, como hospitais, centros de saúde, escolas ou faculdades, uma medida que deverá entrar em vigor em 23 de outubro, o prazo da entrada em vigor da diretiva.

“Em alguns locais, como por exemplo nas prisões, se calhar seria um pouco injusto fazermos uma coisa idêntica”, referiu, explicando que é possível delimitar um espaço devidamente assinalado onde seja possível fumar.

Desde que a Lei do Tabaco entrou em vigor em 2007, assinalou, “muitas coisas mudaram”, havendo uma redução “muito importante” da prevalência e da iniciação de tabaco. Em 2005/2006, a prevalência era de 20,9% de fumadores (mais de 30% nos homens e cerca de 12% nas mulheres, valor que baixou para 20% em 2014 (28% nos homens, 13% nas mulheres) e para 19% em 2019 (24% nos homens e 11% nas mulheres).

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Nunca houve tantos pedidos de baixa para apoio aos filhos

  • ECO
  • 10 Maio 2023

Subsídios de assistência a filhos da Segurança Social batem recordes nos primeiros três meses de 2023. Surtos de varicela e outras doenças infecciosas entre as principais razões.

Nos primeiros três meses do ano foram atribuídas 40 mil prestações de apoio aos filhos, valor que supera números registados em 12 meses de anos anteriores, noticia a Rádio Renascença (acesso livre). Entre 2010 e 2014, foram concedidas cerca de 100 mil destas licenças por ano, mas este ano o número total já ultrapassa as 112 mil. Surtos de varicela e outras doenças infecciosas são as principais razões que motivam os pedidos de baixa, bem como cirurgias e internamentos.

Em 2022, já se tinha verificado um aumento significativo face ao ano anterior. Nesse ano, a Segurança Social atribuiu 275.932 prestações por assistência a filhos, mais 86% do que em 2021.

Desde 2010, só em 2020 e 2021 se verificou um decréscimo no número de pessoas que beneficiaram deste apoio. A queda foi particularmente acentuada, menos 27%, no primeiro ano da pandemia. Aliás, junho de 2020 foi o mês em que menos subsídios por assistência a filhos foram atribuídos (2.907), devido aos confinamentos sucessivos e teletrabalho.

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ANA apresentou contas de 16,9 milhões de euros pelo aeroporto do Montijo

  • ECO
  • 10 Maio 2023

Concessionária comunicou ao Estado encargos de 16,9 milhões de euros com os estudos relativos ao aeroporto complementar do Montijo.

A ANA – Aeroportos de Portugal comunicou ao Estado que suportou encargos de 16,9 milhões de euros com os estudos relativos ao aeroporto do Montijo, um valor que entende dever ser considerado como parte dos investimentos no projeto, noticia o Jornal de Negócios (acesso pago).

No relatório de atividades, gestão e contas de 2022, a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) dá conta de um “pedido de ressarcimento” desses encargos por parte da concessionária, designadamente os da avaliação de impacte ambiental, embora sem referir o valor do pedido, nem o sentido do parecer que foi chamado a emitir e submeteu ao Estado no ano passado.

Fonte oficial da ANA confirmou “ter informado o concedente, em 2021, do valor – de 16,9 milhões de euros – relativo aos encargos suportados para a realização do projeto de desenvolvimento da capacidade aeroportuária, apresentado em 2017 no âmbito da alternativa do concessionário ao NAL (novo aeroporto de Lisboa) e com acolhimento favorável por parte do concedente”. “O valor dos estudos realizados deve ser integrado como parte dos investimentos considerados para o projeto referido”, disse, recusando tratar-se de um pedido de ressarcimento.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 10 de maio

  • ECO
  • 10 Maio 2023

Ao longo desta quarta-feira, 10 de maio, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Seguro “perplexo” com situação do país diz que “portugueses merecem melhor”

  • ECO
  • 10 Maio 2023

O ex-líder do PS diz estar "perplexo" com a situação do país e não fecha a porta a um regresso à vida política.

O antigo líder do PS António José Seguro pronunciou-se sobre a situação do país, apontando que o deixa “perplexo”, segundo o Observador (acesso pago). “Os portugueses merecem melhor”, defendeu, sem querer acrescentar muitos comentários, ainda que confirmando que a declaração surgia “pelas razões de que suspeitam”.

Numa sessão promovida pela plataforma Nossa Europa, para celebrar o dia da Europa, o socialista tentou evitar declarações sobre a atualidade nacional, mas acabou por fazer alguns comentários, deixando também a porta aberta à vida política. “Não sou hipócrita de dizer que jamais em tempo algum”, admitiu.

O ex-presidente do PS teve um debate com Assunção Cristas, antiga líder do CDS, sobre a Europa, onde fez ainda assim referências a “reencarnações” passadas, isto é, aos tempos em que eram líderes dos respetivos partidos. Deixou também o aviso de que as eleições europeias, a realizar no próximo ano, serão “dominadas” por leituras nacionais.

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8% dos portugueses que usam internet já foram vítimas de fraude financeira

Banco de Portugal lança esta quarta-feira um plano com 40 medidas para promover a literacia e a segurança financeira digital ao longos dos próximos cinco anos.

O Banco de Portugal está preocupado com a reduzida literacia financeira digital dos portugueses. E não é apenas por cerca de um quarto da população ainda não utilizar ferramentas digitais para aceder a serviços financeiros, como seja utilizar o homebanking ou realizar uma simples compra pela internet. De acordo com um inquérito realizado em Portugal pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), que foi publicado em abril deste ano, 8% dos portugueses que utilizam a internet já foram vítimas de fraude, com essa percentagem a subir até aos 14% na franja etária dos utilizadores entre os 25 e 39 anos.

O mesmo estudo revela que menos de metade dos utilizadores da internet consegue responder corretamente à maioria das perguntas relativas a conhecimentos financeiros digitais.

Segundo a OCDE, apenas 45% dos 1.516 inquiridos que serviram de amostra para o estudo reconhecem o phishing e o pharming como esquemas fraudulentos online, e somente 40% das pessoas reconhece que os criptoativos não têm o mesmo quadro regulatório que as notas e as moedas.

Além disso, o inquérito da OCDE nota que a maioria dos portugueses revela que não adota com frequência medidas de segurança na utilização de aplicações móveis. O resultado desse comportamento traduz-se, por exemplo, em que 8% dos utilizadores da internet já foram vítimas de fraude, com essa percentagem a subir até aos 14% na franja etária dos utilizadores entre os 25 e 39 anos.

Foi com o intuito de responder a estas e a outras necessidades de literacia financeira digital que o Banco de Portugal, em colaboração com a OCDE e com o apoio da Comissão Europeia, desenhou um plano de 40 medidas para implementar até 2028 que será apresentado esta quarta-feira no Museu do Dinheiro, em Lisboa.

No centro da “Estratégia de Literacia Financeira Digital” está a sensibilização da população para a importância da literacia financeira digital. Para alcançar essa meta, o Banco de Portugal revela que pretende criar um canal de youtube com conteúdo de literacia financeira e aumentar a visibilidade do portal do Cliente Bancário e do portal Todos Contam.

Tendo como público-alvo um universo que se estende de miúdos a graúdos, o Banco de Portugal pretende, por exemplo, promover a formação financeira digital nas escolas com atividades curriculares e extracurriculares e de eventos para crianças e estudantes; e “identificar e divulgar boas práticas em matéria de conceção e implementação de formação financeira digital a seniores“.

Chegar até à população mais velha é crucial, dado que os dados do inquérito da OCDE mostram que apenas 8,1% dos seniores acedem a websites ou aplicações de homebanking para aceder à sua conta bancária, além da maioria dos idosos desconhecer a existência de contas de pagamento associadas aos smartphones, como o MBWay.

Além disso, a “Estratégia de Literacia Financeira Digital” pretende ainda apoiar iniciativas que promovam a informação imparcial de serviços financeiros digitais e riscos conexos. Para salvaguardar a qualidade dessa iniciativa, o Banco de Portugal prevê a criação de “uma base de dados ou de um registo facilmente acessível e centralizado de entidades fidedignas que fazem formação financeira digital, iniciativas de confiança por tema e público-alvo.”

É também central no plano do Banco de Portugal a adoção de ações que visem promover uma utilização segura dos serviços financeiros digitais pela população. Nesse sentido, a “Estratégia de Literacia Financeira Digital” prevê a realização de uma campanha que disponibilizará informações básicas sobre os riscos da realização de operações financeiras online através de redes públicas de wi-fi.

Apesar das quase 40 medidas explanadas na “Estratégia de Literacia Financeira Digital”, o Banco de Portugal não tem um orçamento definido para esta iniciativa nem divulgou as metas que tem estabelecidas para este plano. E também revela que, apesar deste documento ter estado a ser desenvolvido há dois anos, encontra-se ainda em elaboração a definição de um plano de implementação da estratégia a nível nacional.

Todavia, ao contrário de iniciativas passadas no âmbito da promoção da literacia financeira, o Banco de Portugal garante que as ações da “Estratégia de Literacia Financeira Digital” serão sujeitas a uma monitorização constante com o intuito de serem devidamente avaliadas e escrutinadas.

É neste quadro que está previsto que pelo menos em 2028, no final da aplicação deste plano, a OCDE volte a realizar um inquérito focado no conhecimento e no comportamento da população no quadro da literacia financeira digital.

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Hoje nas notícias: ANA, médicos e pedidos de baixa

  • ECO
  • 10 Maio 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A ANA comunicou ao Estado que suportou encargos de 16,9 milhões de euros com os estudos relativos ao aeroporto complementar do Montijo. Os sindicatos médicos acusam o Ministério da Saúde de “não estar a fazer o que deve ser feito”. Quase 10% dos portugueses que usam Internet já foi vítima de fraude financeira. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta quarta-feira.

ANA já apresentou contas de 17 milhões pelo Montijo

A ANA – Aeroportos de Portugal comunicou ao Estado que suportou encargos de 16,9 milhões de euros com os estudos relativos ao aeroporto do Montijo, um valor que entende que deve ser considerado como parte dos investimentos no projeto. No relatório de atividades, gestão e contas de 2022, a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) dá conta de um “pedido de ressarcimento” destes encargos por parte da concessionária, designadamente os da avaliação de impacte ambiental.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Nunca os portugueses meteram tantas baixas para apoio aos filhos

Nos primeiros três meses do ano foram atribuídas 40 mil prestações de apoio aos filhos, superando números registados em 12 meses de anos anteriores. Entre 2010 e 2014, foram concedidas cerca de 100 mil destas licenças por ano, mas este ano o número total já ultrapassa as 112 mil. Surtos de varicela e outras doenças infecciosas são principais razões, mas cirurgias e internamentos também motivam estes pedidos.

Leia a notícia completa na Rádio Renascença (acesso livre)

Novos concursos não agradam a sindicatos médicos

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) consideram que o Ministério da Saúde está “a tentar camuflar a questão de fundo” com os recentes concursos para contratar médicos especialistas para o Serviço Nacional de Saúde (SNS). A tutela “não está a fazer o que deveria ser feito”, que é avançar com a negociação pela valorização remuneratória e das carreiras, afirmou Joana Bordalo e Sá, dirigente da FNAM.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Seguro “perplexo” com situação do país: “Os portugueses merecem melhor”

O antigo líder do PS António José Seguro pronunciou-se sobre a situação do país, apontando que o deixa “perplexo”. “Os portugueses merecem melhor”, defendeu, sem querer acrescentar muitos comentários, ainda que confirmando que a declaração surgia “pelas razões de que suspeitam”. Socialista também não fechou a porta à vida política.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

Dona do Facebook gasta 665 milhões de litros de água do Tejo

A tecnológica Meta, que detém a marca Facebook, vai construir um grande centro de dados junto ao rio Tejo, em Talavera de la Reina, que deverá consumir 665 milhões de litros de água por ano. As autoridades espanholas autorizaram a construção deste centro, mesmo numa região que está em pré-alerta de seca. Ainda assim, o grupo compromete-se com “projetos de restauração hidrológica”.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

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Dona do Freeport cria app para fazer match entre talento e marcas. Vai ser exportada para oito países

Alemanha, Países Baixos ou Espanha são alguns dos países que, em breve, irão poder usar a MyJobs, solução desenvolvida em Portugal. Marcas como Gant, Billabong, New Balance ou Nike já estão a usar.

A Via Outlets, a dona do Freeport e do Vila do Conde Porto Fashion Outlets, desenvolveu uma aplicação de recrutamento para fazer o match entre as marcas instaladas nos outlets e o talento. Cerca de 30 marcas, como Gant, Billabong, New Balance ou Nike, já estão a usar a plataforma. “Num futuro próximo” a MyJobs, solução desenvolvida em Portugal, vai ser exportada para os restantes nove centros da empresa em oito mercados europeus.

“Lançámos a app MyJobs porque queremos estar ao lado das nossas marcas parceiras trabalhando em conjunto naquelas que são as suas necessidades. Desenvolvemos esta plataforma internamente, com a equipa VIA Outlets Portugal, num projeto que exigiu muita dedicação de equipas internas e parceiros externos, quer ao nível da tecnologia, mas também ao nível do desenho de conteúdos, uma vez que foi tudo desenvolvido de raiz para estar adaptado às necessidades de retalho”, adianta Mariana Carvalho, retail director dos centros da VIA Outlets em Portugal, ao ECO Trabalho.

A “redução de complexidade do recrutamento” para marcas e candidatos é a principal vantagem da solução face aos tradicionais processo de recrutamento, garante Mariana Carvalho. “As marcas nossas parceiras têm necessidades de recrutamento específicas e procuram competências e perfis também eles concretos. Com a MyJobs, saltamos uma série de passos iniciais pois, por um lado, as marcas recebem candidaturas de perfis que vão mais ao encontro das suas necessidades e, por outro, os candidatos ficam com uma noção real das oportunidades que existem para o seu perfil”, considera.

Ajudar a fazer match

Mariana Carvalho explica como a aplicação – que tem uma versão web e outra mobile – pode ajudar a fazer talento e marcas a ‘deslizar para a direita’ nas ofertas de emprego.

Em vez de receber diferentes candidaturas com perfis ou competências que podem não ser as procuradas, as marcas podem, com a MyJobs, especificar qual a percentagem mínima de match que pretendem, ajustando assim expectativas. Também é possível fazer o mesmo com competências específicas da área, bem como ter um determinado nível de inglês – com este parâmetro em concreto os candidatos podem ser previamente avaliados na plataforma, ao resolverem um curto teste online que avaliará essas capacidades”, descreve a retail director dos centros da VIA Outlets em Portugal.

O candidato tem de preencher um formulário – nome, idade e nível de escolaridade, principais valências e soft skills, entre outras informações – e depois pode ver as vagas disponíveis e o seu nível de match (de zero a 100%) com as ofertas de emprego disponíveis. Feito o match recebe o contacto da marca para marcação de entrevista.

Exportação à vista

Gant, Billabong, New Balance ou Nike têm neste momento anúncios de vagas a decorrer. “Já contamos com mais de 30 marcas a utilizar a plataforma“. Um total de cerca de 230 marcas – incluindo restauração – estão presentes nos dois outlets da empresa em Portugal.

A aplicação não é um substituto a outras estratégias de recrutamento das empresas, mas pode funcionar como um complemento.

“As estratégias de recrutamento de cada marca são da sua própria responsabilidade, pelo que acredito que algumas possam complementar esta solução com ofertas de serviços externos para o recrutamento. O que quisemos fazer com esta solução, foi dar mais uma ferramenta às marcas presentes nos nossos centros, para que possamos ter um papel mais ativo na colaboração com cada uma, naquelas que são as suas necessidades mais prementes”, considera.

A solução foi criada pela Via Outlets em Portugal, com perspetiva de, num futuro próximo, chegar aos nove restantes centros que o grupo detém na Europa em cidades como Sevilha, Amesterdão, Praga ou Zurique.

Mariana Carvalho

Retail director dos centros da VIA Outlets em Portugal

Para dar a conhecer a MyJobs – atraindo mais candidatos – numa “primeira fase”, a Via Outlets vai promover a solução nos centros em Portugal, bem como nos canais digitais dos centros — redes sociais Facebook, Instagram e Linkedin. “A partir daí vamos avaliar o impacto. Neste momento contamos já com vagas disponíveis. Estamos no início e temos espaço para crescer.”

Nos planos está igualmente exportar a solução criada em Portugal para os centros em outros mercados onde a Via Outlet também está presente. “A solução foi criada pela Via Outlets em Portugal, com perspetiva de, num futuro próximo, chegar aos nove restantes centros que o grupo detém na Europa em cidades como Sevilha, Amesterdão, Praga ou Zurique.”

Alemanha, Países Baixos, Espanha, República Checa, Suécia, Suíça, Noruega e Polónia são os restantes oito países onde a Via Outlets opera.

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Grupo sueco investe na logística para aumentar produção de ervas aromáticas em Viana do Castelo

Com a construção da nova unidade logística, a Aromáticas Vivas, que é controlada pela Spisa, vai aumentar a capacidade produtiva para oito milhões de vasos de ervas aromáticas por ano no Alto Minho.

Com uma área de produção superior a 40 mil metros quadrados em Viana do Castelo, a Aromáticas Vivas, que ostenta o título de maior produtora de ervas aromáticas frescas em Portugal, produziu 5,5 milhões de vasos e cerca de 60 toneladas de ervas aromáticas no ano passado. De forma a aumentar a capacidade produtiva, a empresa fundada em 2009 prepara-se para investir cerca de um milhão de euros na construção de uma nova unidade logística, que deverá estar concluída até ao final de 2024.

“Estamos numa área protegida e não era permitido fazer qualquer tipo de construção, mas temos a autorização da Câmara [de Viana do Castelo] para construir o pavilhão e para retirarmos toda a área de embalamento e escritórios para fora das estufas. Com esta nova unidade vamos ficar com mais área disponível para produção”, revela, em entrevista ao ECO, o diretor geral da empresa, Nuno Lomba.

Com a construção desta nova unidade logística e a aposta num processo de produção vertical – que irá aumentar a capacidade produtiva da empresa em cerca de 30% -, a Aromáticas Vivas, que é controlada pelo grupo sueco Spisa, vai passar a ter capacidade para produzir perto de oito milhões de vasos de ervas aromáticas por ano.

“Estamos a melhorar os processos e a introduzir novas tecnologias. O grupo Spisa desenvolve novas tecnologias e as empresas do grupo acabam por beneficiar dessa investigação e desenvolvimento, como é o caso da produção vertical”, explica o diretor geral. O grupo sueco detém 81% do capital da empresa localizada no Alto Minho.

Nuno Lomba, diretor geral da Aromáticas VivasAromáticas Vivas

Cerca de 85% da produção destina-se ao mercado nacional, com Espanha a absorver o restante. “O mercado português começou a ter um consumo elevado a partir de 2015 e fez sentido começarmo-nos a dedicar mais ao mercado nacional”, relata o gestor da Aromáticas Vivas, que faturou 4,3 milhões de euros em 2023 e emprega atualmente 55 pessoas.

A empresa, que produz cerca de 14 variedades de ervas aromáticas em vaso, não usa herbicidas nem pesticidas químicos. Salsa, coentros, manjericão, cebolinho, tomilho, alecrim, orégãos e stevia são algumas das ervas aromáticas que produz. As ervas são vendidas nas grandes superfícies, em mercados tradicionais e na loja online da empresa.

Além das ervas aromáticas em vaso e cortadas, a Aromáticas Vivas produz, desde 2012, insetos e ácaros que utiliza para prevenir pragas e doenças, que permitem ter uma produção livre de pesticidas e herbicidas químicos, assim como uma certificação biológica. A empresa já vende parte da produção de insetos a produtores nacionais de hortícolas e de flores.

Nos últimos anos, a empresa começou a apostar nos microgreens (vegetais colhidos na fase inicial de crescimento que proporcionam um sabor mais elevado) e também em flores comestíveis. “É um mercado com potencial e que está a ser explorado. Ainda é um pouco desconhecido, mas estamos num mundo onde estamos a descobrir paladares completamente diferentes e o mercado tem vindo a aceitar”, realça Nuno Lomba. Um nicho de negócio que já representa cerca de 4% do volume de vendas.

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Sorteio eletrónico dos processos judiciais para decidir que juiz fica responsável passa a ser a regra

Diploma entra em vigor esta quarta-feira, com as regras que ditam que o sorteio será presidido por um juiz, assistido por um oficial de justiça, um magistrado do MP e advogado.

Em agosto de 2021, o Parlamento aprovou as leis que estabeleciam mecanismos de controlo da distribuição eletrónica de processos judiciais, prevendo a presença de um representante da Ordem dos Advogados para assegurar o controlo dessa distribuição.

Um diploma que acabou por ser regulamentado já fora do prazo, porque a tutela atual sublinhou que precisava de alterações. A lei inicial data ainda do mandato de Francisca Van Dunem como ministra da Justiça.

Agora, com as alterações feitas (ou acrescentos), este regime entra finalmente em vigor esta quarta-feira, com as regras que ditam que o sorteio eletrónico de processos passe a ser presidido por um juiz, assistido por um oficial de justiça, um magistrado do Ministério Público e, se possível, por um advogado designado pela Ordem dos Advogados.

“A distribuição é presidida por um juiz, designado pelo presidente do tribunal de comarca e secretariado por um oficial de justiça, com a assistência obrigatória do Ministério Público e, caso seja possível por parte da Ordem dos Advogados, de um advogado designado por esta ordem profissional, todos em sistema de rotatividade diária sempre que, quanto àqueles, a composição do tribunal o permita“, lê-se no diploma publicado em Diário da República no final de março.

Aleatoriedade nos resultados e igualdade na distribuição do serviço foram duas das condições reforçadas no diploma. Esta lei surge após recaírem suspeitas sobre alguns dos sorteios dos processos mais mediáticos da Justiça portuguesa, a maioria atribuídos ao juiz de instrução Carlos Alexandre. Um desses sorteios – relativo ao processo da Operação Marquês, na fase da instrução – encontra-se atualmente em investigação no Ministério Público.

A partir de agora, os processos são distribuídos por todos os juízes do tribunal, ficando sempre a listagem anexa à ata. Caso um processo seja distribuído a um juiz que esteja impedido de intervir, deve ficar “consignada em ata a causa do impedimento que origina a necessidade de fazer nova distribuição por ter sido distribuído a um juiz impedido”. Todas as operações de distribuição são obrigatoriamente documentadas em ata.

Os mandatários judiciais passam agora também a ter acesso à ata das operações de distribuição dos processos referentes às partes que patrocinam, podendo, a todo o tempo, requerer uma fotocópia ou certidão da mesma.

Operação Lex na origem da mudança de regras

Em setembro de 2016, começava a investigação do chamado caso “Operação Lex”. A mesma centrou-se na atividade desenvolvida por três juízes desembargadores do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) que utilizaram tais funções para a obtenção de vantagens indevidas, para si ou para terceiros. Os três magistrados na acusação são Rui Rangel, Fátima Galante e Luís Vaz da Neves. Segundo a Procuradoria-Geral da República, as vantagens obtidas superaram os 1,5 milhões de euros. A acusação deu-se em 2020, um ano antes da aprovação destes dois diplomas.

Rui Rangel, ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, foi expulso da magistratura após estas suspeitas. Está acusado pelos crimes de corrupção passiva para ato ilícito (dois), recebimento indevido de vantagem, abuso de poder (quatro), falsificação de documento (seis), fraude fiscal (seis), usurpação de funções e branqueamento de capitais.

Por sua vez, Luís Vaz das Neves, ex-presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, jubilou-se em 2016 e foi substituído na presidência do TRL por Orlando Nascimento, que também já abandonou o cargo. O Ministério Público acusa Vaz Neves de violar os seus deveres funcionais de isenção e imparcialidade com a ordenação da distribuição manual de processos, permitindo que Rangel obtivesse benefícios económicos ilegítimos. Em causa estão os crimes de corrupção passiva para ato ilícito e dois crimes de abuso de poder.

No banco dos arguidos está também Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica, Fernando Pagamim Tavares, ex vice-presidente do Benfica, e Jorge Rodrigues Barroso, advogado e ex-assessor de Vieira. O ex-presidente do Benfica está a ser acusado pelo crime de recebimento indevido de vantagem, em coautoria com Fernando Pagamim Tavares e Jorge Rodrigues Barroso. Em causa está o facto de ter tentado obter informação privilegiada de um processo fiscal que envolvia a empresa do filho. Por decisão conhecida em dezembro passado, os arguidos esperam agora o julgamento.

Magistrados do Ministério Público estão contra

O novo regime eletrónico de distribuição de processos foi pensado para aumentar a transparência, mas os magistrados do Ministério Público avisam que a primeira consequência será o aumento dos atrasos.

“Isso vai obrigar a interromper diligências, julgamentos e o funcionamento normal do tribunal para as pessoas poderem reunir aquela hora para assinar uma ata. Volto a dizer que vão certificar uma coisa para a qual não têm conhecimentos técnicos”, disse Paulo Lona do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.
Os magistrados dizem que vão certificar o funcionamento de um programa informático que não sabem como funciona. O Governo assegura que vai verificar os obstáculos que possam surgir.

“É bastante provável que resultem alguns obstáculos. Alertei para o facto de que trazia maior burocracia. Aquilo que o Governo faz é, somente, cumprir aquilo que a lei da Assembleia da República estabelece. Nada mais do que isso”, referiu Catarina Sarmento e Casto, ministra da Justiça.

Os magistrados pretendem que a lei seja alterada e que até lá fique suspensa a entrada em vigor. Um pedido que teve uma resposta clara por parte da tutela. “Não! Nós vamos pôr em prática a lei da Assembleia da República, foi aliás isso que todos nos pediram e portanto é só isso que estamos a fazer”, respondeu a ministra da Justiça.

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5 coisas que vão marcar o dia

Serão conhecidos dados relativos ao emprego, bem como ao comércio internacional. A época de resultados continua e esta quarta-feira é a vez da Navigator apresentar as contas ao mercado.

O INE vai divulgar dados relativos ao emprego, bem como ao comércio internacional. A época de resultados continua e esta quarta-feira é a vez da Navigator apresentar as contas relativas ao primeiro trimestre deste ano, enquanto o IGCP realiza uma troca de Obrigações do Tesouro. No plano político, Ramiro Sequeira vai ser ouvido no âmbito da comissão parlamentar de inquérito à TAP, enquanto o Presidente da República vai discursar no Parlamento Europeu.

Como evolui o emprego?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar esta quarta-feira as estatísticas do emprego referentes aos primeiros três meses do ano. Em março, a taxa de desemprego estabilizou nos 6,9%, segundo os dados provisórios do gabinete de estatísticas. Esta quarta-feira serão também divulgados dados sobre a balança comercial, referentes a março, sendo que a confirmar-se as exportações deverão abrandar pelo terceiro trimestre consecutiva.

Navigator apresenta as contas ao mercado

A Navigator apresenta esta quarta-feira os resultados financeiros relativos ao primeiro trimestre deste ano. No ano passado, os lucros da papeleira dispararam 129% para 392,5 milhões de euros. Em 2022, a empresa viu o seu volume de negócios subir 54% para 2.465 milhões de euros, ultrapassando pela primeira vez na história do grupo a barreira dos 2.000 milhões de euros, o equivalente a todas as exportações da indústria portuguesa do calçado.

IGCP avança com primeira troca de obrigações deste ano

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) realiza esta quarta-feira uma troca de Obrigações do Tesouro, a primeira oferta deste tipo este ano, com o duplo objetivo de baixar o custo da dívida e aliviar o perfil de reembolsos nos próximos anos.

Ramiro Sequeira ouvido na comissão parlamentar de inquérito à TAP

Ramiro Sequeira vai ser ouvido esta quarta-feira pelos deputados na comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP, na qualidade de antigo CEO e atual Chief Operating Officer (COO) da companhia aérea.

Presidente da República discursa no Parlamento Europeu

O Presidente da República vai discursar no Parlamento Europeu, a convite da presidente do Parlamento Europeu, na sequência das celebrações para assinalar o Dia da Europa, que decorreu na terça-feira. O discurso de Marcelo Rebelo de Sousa perante os deputados deve arrancar entre as 11h30 e as 12h.

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Grupo Barraqueiro deixa de ter alemães a bordo após venda de participação de 31,5%

Alemães da Deutsche Bahn venderam participação de 31,5% que detinham no grupo português de transportes desde 2006 através da empresa Arriva.

Terminou a viagem da Deutsche Bahn no grupo Barraqueiro. Mais de 15 anos depois, o gigante alemão dos transportes vendeu a participação de 31,5% no grupo liderado por Humberto Pedrosa, através da Arriva. A informação apurada pelo ECO junto de fontes do setor foi confirmada pelo grupo português, sem mais comentários.

A retirada do grupo alemão deu-se final do ano e levou à saída, em dezembro, de dois elementos do conselho geral e de supervisão da Barraqueiro SGPS: José Pires da Fonseca, vice-presidente deste órgão e antigo administrador executivo da Arriva em Portugal, e também de Christian Dr Göseke, vogal do conselho.

“O grupo Arriva, através da sua holding Arriva International Limited, vendeu a sua participação de 31,5% na Barraqueiro SGPS à HPGP SGPS, S.A., o acionista maioritário. O desinvestimento nesta participação foi completado no dia 9 de dezembro, com a aprovação pelo ministério federal da Alemanha dos Transportes e do Digital”, refere ao ECO uma porta-voz do grupo Arriva. Não foi referido o montante da transação.

Há um ano, porém, a Deutsche Bahn queria reforçar o compromisso com o grupo de Humberto Pedrosa, logo depois de ter vendido a TST – Transportes Sul do Tejo aos israelitas do grupo Dan. “A DB Arriva sai do negócio do transporte rodoviário do Sul do Tejo e concentra-se no desenvolvimento da atividade do Grupo Barraqueiro, que tem um grande potencial de crescimento e de desenvolvimento das operações nos vários modos em que opera”, referiu na altura Pires da Fonseca em entrevista ao Jornal Económico (acesso pago).

O grupo Deutsche Bahn tem estado a concentrar-se cada vez mais no negócio ferroviário local. Os alemães têm procurado vender a própria Arriva, segundo informação divulgada em abril pela Reuters (acesso livre). Também a unidade de transporte de mercadorias, a DB Schenker, está na mira do mercado, num negócio que pode valer até 20 mil milhões de euros.

O encaixe destes negócios permitirá ao grupo ferroviário alemão reduzir a dívida e investir nas linhas e nos próprios comboios. A empresa tem estado no radar do Parlamento alemão, depois de uma auditoria ter alertado para a necessidade de medidas profundas para evitar atrasos crónicos e cancelamentos de comboios.

“A decisão da Arriva de vender a sua participação minoritária no grupo Barraqueiro faz parte da estratégia de sair do mercado português e de gerir um portefólio mais pequeno, para assegurar, no longo prazo, um negócio forte e competitiva”, acrescenta a mesma fonte do grupo detido pelos alemães.

Da (tentativa de) fusão à longa parceria

Enquanto esteve em Portugal, a Deutsche Bahn apostou exclusivamente nos autocarros. Em 2000, a Arriva foi a norte e comprou as empresas Ami-Transportes e Abílio da Costa Moreira. Dois anos depois, chegou a vez de comprar a TST ao grupo Barraqueiro, em dois capítulos: 51% em 2002 e os restantes 49% em 2003.

Em novembro de 2004, a Arriva tentou a fusão com o grupo Barraqueiro. A Autoridade da Concorrência, um ano depois, acabaria por chumbar a operação por causa da concentração dos comboios e dos autocarros entre Lisboa e a margem sul do Tejo. “A Fertagus e os TST competem entre si. Todos os passageiros ficariam nas mãos da nova empresa, que poderia por exemplo diminuir o número de carreiras para “puxar” mais passageiros para os comboios”, escreveu o regulador, então liderado por Abel Mateus, segundo o jornal Público.

Sem fusão possível, o grupo alemão não desistiu e, em 2006, comprou 21,5% da Barraqueiro. Dois anos depois, a participação subiu para 31,5%. Assim ficou até ao final do ano passado. A viagem dos alemães em Portugal ficou por aqui. Humberto Pedrosa volta a deter todas as ações da Barraqueiro SGPS.

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