Governo diz que cabe à TAP fazer contas com o Fisco sobre o valor que Alexandra Reis tem de devolver

  • ECO
  • 12 Abril 2023

TAP pediu instruções à DGTF sobre o valor que tem de comunicar a Alexandra Reis para que seja devolvido. Finanças dizem que cabe à TAP fazer contas com o Fisco.

O chairman da TAP, Manuel Beja, disse que a companhia está a aguardar que a Direção-Geral do Tesouro e Finanças comunique a Alexandra Reis qual o valor da indemnização que tem de devolver à empresa.

No entanto, a DGTF atira essa responsabilidade para a TAP que terá de fazer contas com a Autoridade Tributária. Isto porque a ex-administradora Alexandra Reis recebeu a indemnização de 500 mil euros brutos em fevereiro de 2022 e pagou IRS, avançam o Expresso e o Observador.

No Parlamento, o chairman da TAP disse que a devolução desta verba aguardava instruções da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, que tem a tutela financeira da transportadora.

Manuel Beja disse ainda que, a 23 de março, a empresa enviou à DGTF um pedido de orientações sobre o que teria de ser devolvido, tendo em conta o cálculo de férias não gozadas e o IRS que a empresa entregou à Autoridade Tributária e Aduaneira. Ou seja, Alexandra Reis não recebeu os 500 mil euros, mas sim um valor líquido inferior porque há uma parte que foi entregue ao Estado e terá de ser devolvida à TAP, o que envolve um acerto de contas com o fisco.

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Governo guineense anuncia criação da Guiné-Bissau Airlines

  • Lusa
  • 12 Abril 2023

A nova companhia será operada conjuntamente com uma empresa com sede no Canadá. A Jitaa-Aeronautics vai fornecer os aparelhos para a Guiné-Bissau Airlines.

O ministro dos Transportes guineense, Aristides Ocante da Silva, anunciou esta quarta-feira a criação da Guiné-Bissau Airlines, uma companhia a ser operada conjuntamente com uma empresa com sede no Canadá. A Jitaa-Aeronautics vai fornecer os aparelhos que a Guiné-Bissau Airlines vai utilizar para ligar, numa primeira fase, a capital guineense, Bissau, com as ilhas do arquipélago dos Bijagós e as zonas sul e leste do país, disse Ocante da Silva.

No mesmo período, que o governante não precisou, a Guiné-Bissau Airlines vai ligar Bissau às capitais de Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Libéria, Senegal e Serra Leoa. No futuro, que também não foi determinado por Ocante da Silva, a nova companhia irá realizar voos para Lisboa (Portugal), Rio de Janeiro, no Brasil, e Roma (Itália).

A Guiné-Bissau Airlines que fará o transporte de passageiros e cargas também se ocupará da movimentação de peregrinos muçulmanos para as cidades santas do Islão, Meca e Medina, adiantou o ministro. A companhia também assegurará o transporte de produtos haliêuticos e agrícolas da Guiné-Bissau para o mercado internacional, referiu Aristides Ocante da Silva.

Uma delegação técnica guineense deveria deslocar-se a Lisboa para a inspeção à primeira aeronave da Guiné-Bissau Airlines, facto que o ministro disse ter sido protelado apenas para permitir a assinatura do acordo que cria a companhia. Nos próximos tempos, assinalou Aristides Ocante da Silva, serão formados 50 membros da tripulação, pessoal da assistência e de manutenção em terra.

Além de postos de trabalho, o ministro dos Transportes acredita que a Guiné-Bissau Airlines irá permitir uma melhoria no preço das passagens aéreas. O vice-presidente da subsidiária africana da Jitaa-Aeronautics, Gaussu Sauané espera que a Guiné-Bissau Airlines comece a funcionar “no mais curto espaço de tempo possível”.

A Guiné-Bissau já ensaiou, com pouco sucesso, algumas companhias de bandeira, nomeadamente as Linhas Aéreas da Guiné-Bissau (LAGB), Transportes Aéreos da Guiné-Bissau (TAGB), mais tarde batizado Air Bissau, que funcionou até 1998.

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Open to Work. APPACDM arranca com campanha para integrar pessoas com deficiência

Campanha "Open to Work" tem como objetivo sensibilizar para a integração e capacitação de pessoas com deficiência intelectual no mercado de trabalho.

A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) acaba de lançar a campanha “Open to Work”. O objetivo é sensibilizar para a integração e capacitação de pessoas com deficiência intelectual no mercado de trabalho. Desde fevereiro, que as empresas têm novas quotas para a contratação de pessoas com deficiência.

“O claim ‘Open to Work’ pretende evidenciar a disponibilidade para trabalhar por parte de pessoas com deficiência intelectual, mantendo em aberto o diálogo em torno deste tema”, lê-se em comunicado.

A campanha — com criatividade do estúdio de design O Alfredo é Fixe, fotografia de Marisa Cardoso e produção do Metrostudio — será acompanhada por uma conferência, que acontecerá no Auditório João Ferreira de Almeida (ISCTE), em Lisboa, já próximo dia 20 de abril.

A conferência junta várias entidades, desde o Governo, autarquias, IEFP, Instituto Nacional para a Reabilitação, Confederação do Comércio e Serviços, Associação Fórum Turismo, Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas, empresas e associações ligadas à deficiência de todo o país.

Os mupis vão para a rua no dia 12 de abril e vão ter como protagonistas onze utentes da APPACDM, sendo que a criatividade é do estúdio de design O Alfredo é Fixe, a fotografia de Marisa Cardoso e a produção do Metrostudio.

A partir de fevereiro de 2023, com a nova lei das quotas, as empresas com mais de 100 trabalhadores são obrigadas ao cumprimento da quota para trabalhadores com deficiência. A partir de 1 de fevereiro de 2024, a obrigatoriedade será alargada a empresas mais pequenas, com 75 a 100 trabalhadores.

A lei determina que as médias empresas, com 75 a 249 trabalhadores, “devem admitir trabalhadores com deficiência em número não inferior a 1 % do pessoal ao seu serviço”. Às grandes, com 250 ou mais trabalhadores, é-lhes exigida uma quota de, pelo menos, 2%.

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Luís Rodrigues assume liderança da TAP na sexta-feira

Luís Rodrigues, até recentemente presidente executivo da SATA, assume a liderança da TAP esta sexta-feira, substituindo Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja.

Mais de um mês depois de o Governo ter anunciado em conferência de imprensa a demissão da CEO e do presidente do conselho de administração da TAP, Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja vão sair de cena e dar lugar a Luís Rodrigues. O antigo presidente executivo da SATA assume a liderança na sexta-feira, confirmou o ECO junto de fontes ligadas ao processo.

Segundo um comunicado enviado entretanto pelo ministérios das Finanças e das Infraestruturas, a entrada em funções de Luís Rodrigues no dia 14 foi aprovada esta quarta-feira em assembleia geral, “tendo também sido adotadas as decisões finais sobre os procedimentos legalmente previstos para a destituição dos titulares dos cargos de presidente do conselho de administração e da comissão executiva, cujo último dia em funções será 13 de abril“.

“Ficam assim reunidas as condições para que a TAP inicie uma nova etapa, capaz de assegurar o foco na implementação bem-sucedida do plano de reestruturação da empresa, para a qual o contributo diário de todos os trabalhadores é imprescindível”, afirmam os ministérios.

O Governo decidiu demitir, com “justa causa”, a CEO e o chairman da TAP na sequência da divulgação do relatório da Inspeção-Geral de Finanças que declarou ilegal o processo de saída da antiga administradora Alexandra Reis. O anúncio foi feito numa conferência conjunta dos ministros das Finanças e das Infraestruturas a 6 de março.

Seguiram-se os procedimentos legais com a notificação dos gestores do projeto de demissão pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças e a audiência prévia de Christine Ourmières-Widener e Manuel Beja, que entregaram as repostas no final de março. Ficava apenas a faltar a assembleia geral, um processo simples tendo em conta que o Estado é o único acionista da TAP SGPS e da TAP SA, realizada esta quarta-feira.

A CEO da transportadora aérea presidiu esta quarta-feira à última reunião da comissão executiva. Luís Rodrigues assume os cargos de CEO e chairman, voltando a uma companhia da qual já foi administrador. Ao que o ECO apurou, a TAP já entregou à ANAC o requerimento para que o novo presidente executivo seja também designado accountable manager, cuja existência é obrigatória nos operadores aéreos.

A primeira passagem pela TAP teve início em junho de 2009 para o cargo de administrador financeiro, nomeado pelo então secretário de Estado do Tesouro, Carlos Costa Pina, era Teixeira dos Santos o ministro das Finanças. Ficou até dezembro de 2014, saindo devido a divergências com o CEO, Fernando Pinto, relacionadas com a VEM, o negócio de manutenção no Brasil comprado pela TAP à Varig, segundo apurou o ECO.

Após deixar a TAP, Luís Rodrigues foi liderar a formação de executivos da Nova School of Business and Economics, onde ainda é professor de Estratégia de Negócios. Antes de ingressar na companhia aérea, foi diretor de Marketing da TVI e da Portugal Telecom.

O gestor estava na SATA em janeiro de 2020, apanhando meses depois o embate da pandemia e a paralisação do tráfego aéreo. Desde que assumiu o cargo conseguiu recuperar os resultados da companhia, obtendo um EBITDA (resultado operacional antes de impostos, depreciações, amortizações e juros) positivo em 2021 e receitas recorde em 2022.

Nascido em Lisboa, em 1965, licenciou-se em Economia na Nova SBE, em 1988, a mesma faculdade onde fez o MBA, que completou em 1990. Em 2003, rumou à Harvard Business School para tirar o Programa Avançado de Gestão.

(notícia atualizada às 19h15 com comunicado do ministério das Finanças e Infraestruturas)

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EUA impõem sanções a banco húngaro e oligarca russo

  • Lusa
  • 12 Abril 2023

"Os Estados Unidos e os nossos aliados e parceiros vão prosseguir na obstrução dos esquemas evasivos que apoiam Putin no campo de batalha”, justificaram as autoridades norte-americanas.

O Departamento do Tesouro, o ministério das Finanças dos EUA, anunciou esta quarta-feira novas sanções ao oligarca russo-uzbeque Alisher Usmanov e dirigidas à rede financeira de um dos mais ricos empresários da Rússia. Também o húngaro International Investment Bank foi incluído na lista.

Usmanov, que nasceu na então república soviética do Uzbequistão e é considerado um aliado próximo do Presidente Vladimir Putin, tem sido alvo de sanções norte-americanas e da União Europeia (UE) anunciadas logo após a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.

O Departamento do Tesouro indicou que as novas medidas, coordenadas com sanções previamente anunciadas pelo Governo britânico, se destinam a reforçar as atuais penalizações e agravar as capacidades de importação de modernas tecnologias utilizadas na guerra contra a Ucrânia. A decisão envolve 25 indivíduos e 29 entidades em 20 jurisdições.

“Enquanto o Kremlin procura contornar as amplas e multilaterais sanções e controlos de exportação impostas à Rússia pela sua guerra na Ucrânia, os Estados Unidos e os nossos aliados e parceiros vão prosseguir na obstrução dos esquemas evasivos que apoiam Putin no campo de batalha”, indicou numa declaração Brian Nelson, subsecretário para o terrorismo e inteligência financeira.

O comunicado acrescenta que a medida comprova a determinação dos EUA em cumprir os compromissos do G7, as sete principais potências industriais, em “impor custos severos a terceiros países que apoiem a guerra da Rússia”. Usmanov era já um dos alvos das sanções emitidas pela administração de Joe Biden e dirigidas a empresas russas e a pessoas próximas de Putin.

Para além dos indivíduos e entidades penalizados pelo Tesouro, o Departamento de Estado também designou 80 entidades e indivíduos relacionados com Usmanov, para além de outros milionários russos e medidas para que sejam evitadas as sanções. O ministério das Finanças norte-americano também cita o International Investment Bank, uma instituição financeira controlada pela Rússia em Budapeste, Hungria.

Três atuais e antigos executivos deste banco – os cidadãos russos Nikolay Nikolayevich e Georgy Nugzarovich Potapov, e ainda o húngaro Imre Laszloc – foram designados para a aplicação de sanções. Uma declaração do Tesouro indicou que o banco “permite à Rússia aumentar a sua atividade dos serviços de informações na Europa, abre a porta ao Kremlin para a sua influência em atividades malignas na Europa central e nos Balcãs ocidentais e pode servir como um mecanismo para a corrupção e finanças ilícitas, incluindo a violação de sanções”.

Previamente, a Alemanha tinha já apreendido o luxuoso iate de Usmanov, batizado Dilbar, o nome da mãe. O Governo britânico já tinha anunciado hoje o reforço das sanções a assessores financeiros, familiares e aliados que ajudaram a ocultar ou movimentar ativos financeiros de oligarcas russos como Roman Abramovich e Alisher Usmanov.

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, esta medida pretende penalizar pessoas que ajudaram os oligarcas a evitar as sanções sobre capital e bens imobiliários através de redes de empresas complexas sediadas em paraísos fiscais.

Esta nova ronda de sanções inclui Demetris Ioannides e Christodoulos Vassiliades, dois cipriotas que assessoraram Abramovich e Usmanov e também familiares de outros oligarcas que assumiram a propriedade de participações em empresas e outros bens no estrangeiro para evitar as sanções.

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Portuguesa Medway vai ajudar a gerir terminais na Estremadura espanhola

Empresa portuguesa de transporte ferroviário de mercadorias vai ficar com concessão de três terminais em Espanha, um dos quais concentra o centro logístico da Amazon em Badajoz.

Depois de pôr comboios em Espanha, a Medway vai começar a gerir terminais ferroviários no país. A empresa portuguesa de transporte de mercadorias foi a única a apresentar-se num concurso público lançado pela região da Estremadura para tomar conta de espaços em Badajoz, Mérida e Navalmoral. Em causa está uma concessão com o prazo máximo de 30 anos e um contrato avaliado em 137,9 milhões de euros, refere o jornal El Periódico. (acesso pago)

É no parque logístico de Badajoz que se encontra o centro de distribuição da Amazon, com 60 mil metros quadrados.

A Medway vai ficar com uma participação de 49% num consórcio repartido com a Extremadura Avante Logística, empresa do Governo Regional da Estremadura e que deterá uma posição de 51%. A formalização do acordo depende agora da avaliação dos técnicos espanhóis.

O contrato também prevê que a Medway garanta um mínimo de seis comboios em cada um dos terminais nos primeiros 10 anos e um total de 28 no restante período.

A Medway tem estado cada vez mais ativa no mercado espanhol, onde já conta com uma uma quota de 30%. A empresa portuguesa manifestou interesse em ser parceira estratégica da unidade de mercadorias da Renfe (congénere espanhola da CP) e entrou mesmo na lista final de candidatos. A decisão final será conhecida nas próximas semanas.

A empresa portuguesa é responsável pela gestão dos terminais ferroviários de Sines, Entroncamento e Aveiro. A esta lista irá juntar-se o futuro terminal de Lousado, o maior do género na Península Ibérica e que está em desenvolvimento.

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Retroativos do aumento de 1% na Função Pública sem retenção na fonte de IRS

  • ECO e Lusa
  • 12 Abril 2023

A partir de maio há uma nova tabela de retenção na fonte, mas que irá vigorar apenas dois meses, adiantou o secretário-geral da Fesap. Em julho aplica-se a tabela com o novo modelo de retenção.

Os retroativos do aumento de 1% dado à Função Pública, devido à inflação mais alta do que o previsto, não serão sujeitos a retenção na fonte, segundo avançou o secretário-geral da Fesap, citado pelo Dinheiro Vivo. O Governo já tinha sinalizado que o aumento seria neutro do ponto de vista fiscal, mas ainda não tinha explicado de que forma seria feita a correção nas tabelas.

O ministro das Finanças sinalizou esta terça-feira que o aumento será pago a partir de 20 de maio, com retroativos a janeiro. De acordo com José Abraão, após a reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, os funcionários públicos vão receber os retroativos do aumento sem ter de fazer retenção na fonte. No entanto, o ajuste de contas poderá ser feito no IRS do próximo ano, referente aos rendimentos de 2022.

Já a partir de maio há uma nova tabela, mas que “irá vigorar dois meses, maio e junho”, adiantou o secretário-geral da Fesap. “Em julho entrará em vigor outro modelo”, sinalizou José Abraão, referindo-se às novas tabelas já anunciadas pelas Finanças. O objetivo é que “o aumento de 1% não se traduza numa redução do salário” líquido mensal, através da tributação.

José Abraão disse esperar que esta mudança não se traduza numa redução do salário líquido dos trabalhadores. “Vamos aguardar na conjugação destas tabelas, que vão durar dois meses, com aquilo que é o modelo que vem a seguir, para confirmar se isto, de facto, acaba por se traduzir num aumento salarial e que não vá para a inflação nem para os impostos”, sublinhou José Abraão.

Por sua vez, a presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Helena Rodrigues, lamentou que o Governo não tenha acolhido a proposta de aumentar para 1,5% o aumento adicional salarial, mas valorizou a questão fiscal. “Sobre a proposta de não haver retenção na fonte [sobre os retroativos], é certo que no final do ano farão o encontro, mas continua a haver a preocupação de dar maior liquidez na remuneração dos trabalhadores, é um pequeno sinal, mas valorizamos”, afirmou Helena Rodrigues.

As negociações salariais relativas ao aumento adicional de 1% e da subida do subsídio de alimentação de 5,20 para seis euros terminam esta quarta, após as reuniões suplementares entre Governo e sindicatos. A ronda suplementar de hoje com o Governo realizou-se a pedido dos sindicatos, após duas rondas negociais sobre salários na PCM.

O aumento salarial adicional de 1% e a subida em 80 cêntimos, para seis euros, do subsídio de alimentação serão pagos em maio, com retroativos a janeiro. Estas medidas somam-se à atualização salarial já aplicada em janeiro, de 52,11 euros para salários até cerca de 2.600 euros e de 2% para remunerações superiores.

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Montenegro avisa que “PSD e seu líder não estão no bolso de ninguém”

  • Lusa
  • 12 Abril 2023

"Se o Presidente da República fizer uma avaliação diferente e suscitar um momento eleitoral antes de 2026", Montenegro diz que PSD está já "hoje para tudo o que for necessário".

O presidente do PSD avisou esta quarta-feira que o partido e ele próprio não estão “no bolso de ninguém” e assegurou estar pronto para governar “quando e se” o Presidente da República decidir suscitar eleições antecipadas.

Em declarações aos jornalistas à entrada para a sessão de posse dos órgãos sociais da CIP, em Lisboa, Luís Montenegro não respondeu diretamente nem às declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, que na segunda-feira considerou ainda não existir uma alternativa ao Governo, nem ao líder do Chega, que desafiou o PSD a apresentar uma moção de censura, repetindo apenas três mensagens.

“Em primeiro lugar, o PSD é oposição ao PS e ao Governo e só. Em segundo, o PSD e o seu líder não estão no bolso de ninguém, têm total independência na sua ação política e, em terceiro, o PSD assegura ao país, aos portugueses e ao Presidente da República que é alternativa ao Governo do PS e que estamos prontos para assumir todas as consequências de ser alternativa quando for oportuno”, afirmou.

O líder do PSD recordou que, em princípio, as legislativas serão apenas em 2026, mas assegurou que, “se o Presidente da República fizer uma avaliação diferente e suscitar um momento eleitoral antes de 2026” o partido e ele próprio estão prontos já “hoje para tudo o que for necessário”.

Na segunda-feira, em declarações aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que “do mesmo modo que a oposição não pode dar por garantido que o Presidente empurrado, empurrado, empurrado há de um dia dar a dissolução – é melhor não dar isso como garantido, Presidente não é refém da oposição –, mas também o Governo também não pode por garantido que porque tem maioria absoluta isso é o seguro de vida para não haver dissolução”.

“O Presidente não está nem no bolso da oposição nem no bolso do Governo. Está no bolso dele, e é livre e independente”, disse então o chefe de Estado.

Luís Montenegro considerou ainda que as primeiras audições na comissão de inquérito à TAP demonstraram que “o país não está em boas mãos com este PS e com este Governo”. O presidente do PSD classificou como “uma vergonha” as revelações das primeiras semanas da comissão, sem nunca responder à pergunta se o PSD pretende apresentar uma moção de censura, depois de ter sido desafiado pelo Chega a fazê-lo.

“Até ao momento a comissão de inquérito tem sido muito importante, porque tem sido revelador do que é uma característica comum do exercício do Governo do PS: ligeireza na ação, nos procedimentos, informalidade, imaturidade, um exemplo de tudo o que não se deve fazer na gestão pública, seja ao nível das empresas, seja ao nível da governação”, acusou.

Luís Montenegro salvaguardou que a comissão irá “prosseguir os seus trabalhos e produzir as suas conclusões”, mas considerou que o que se passou até agora já permite um comentário. “É uma vergonha tudo o que tem estado presente nas audições: todo o envolvimento, quer do ponto de vista institucional, quer do ponto de vista procedimental, a forma como membros do Governo interferem, têm ingerência direta na gestão da empresa, a forma escandalosa como simulam pedidos de esclarecimentos e depois redigem os próprios esclarecimentos que a empresa dá ao país”, criticou.

Têm sido múltiplos os exemplos de como o país não está em boas mãos com este PS e este Governo”, concluiu.

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Patrões vão desenhar “pacto para o crescimento” com sindicatos nos próximos 30 dias

Armindo Monteiro exige que todas as propostas do Governo na concertação social incluam o “custo de oportunidade e ganhos objetivos” e avisa Marcelo para alteração inconstitucional às lei laborais.

O novo presidente da CIP – Confederação Empresarial de Portugal assumiu esta quarta-feira o compromisso de, dentro de 30 dias, apresentar a António Costa uma “proposta de pacto para o crescimento de Portugal”, que incluirá medidas concretas, metas e terá prazos estabelecidos. E, pela primeira vez, sublinha Armindo Monteiro, será discutido apenas entre a maior organização patronal portuguesa e os sindicatos – e “só depois apresentado ao Governo”.

No primeiro discurso como líder da CIP, o sucessor de António Saraiva anunciou ainda que as primeiras reuniões de trabalho serão pedidas “ainda esta semana” à CGTP e à UGT, o que diz ser um “sinal claro” de que a confederação “não se resignará perante a inércia ou incapacidade de se definir rumos e estratégias mobilizadores para o país”. “Depois, solicitaremos, então, uma reunião ao Chefe do Governo para apresentarmos e discutirmos as nossas propostas”, acrescentou.

Eleito há duas semanas com 87% dos votos, Armindo Monteiro vai exigir que, a partir de agora, todas as propostas que sejam apresentadas pelo Executivo na concertação social, que junta os representantes das empresas e dos trabalhadores, sejam “impreterivelmente” acompanhadas de informação sobre os benefícios ou proveitos expectáveis e, por outro lado, a quem poderá prejudicar a proposta legislativa e quais os custos estimados. Desta forma, frisa, “será percebido o custo de oportunidade e os ganhos objetivos de cada proposta”.

Perante o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o empreendedor “vermelho” que promete engrossar a voz dos patrões portugueses criticou a “insustentável degradação do sistema político a que temos assistido nos últimos meses” – “vemos, ouvimos, lemos e não queremos acreditar; mais do que isso, não podemos aceitar” – e alertou o chefe de Estado para a inconstitucionalidade de algumas das alterações à legislação laboral, alegando ter em mãos um parecer jurídico de Paulo Otero, da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que corrobora essa tese.

“O parecer é claro. Os artigos 10.º, n.º 3 – sobre a possibilidade de o prestador do trabalho poder designar um terceiro para prestar a atividade profissional; e 338-A – sobre a proibição de terceirização de serviços – violam a Constituição da República Portuguesa. E violam a Constituição porque impõem, em excesso, restrições injustificadas ao direito constitucional de liberdade de iniciativa privada e de liberdade contratual das empresas”, resumiu Armindo Monteiro.

Portugal não pode continuar a querer distribuir o que não tem ou o que resulta de uma enorme carga fiscal que penaliza as empresas e os trabalhadores.

Armindo Monteiro

Novo presidente da CIP

Num longo discurso em que exortou o país a “deixar de viver esta relação doentia, de subserviência com o Estado” que é, simultaneamente, o principal empregador e comprador, disse ainda que “Portugal tem de deixar de ser o país dos estudos e mais estudos, que sucessivamente se sobrepõem, e passar a ser um país de ação e concretização”.

“Portugal não pode continuar a querer distribuir o que não tem ou o que resulta de uma enorme carga fiscal que penaliza as empresas e os trabalhadores. Ou seja, não podemos estar sempre a repetir as mesmas estratégias que já provaram que dão sempre os mesmos maus resultados. Portugal não pode embarcar em discussões ideológicas estéreis, em ilusões, em divisões sem sentido e opções sem nexo com a realidade, com o que somos e com o que podemos ser”, completou Monteiro.

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Balões de ar quente “levantam” economia de municípios de Trás-os-Montes

Festival Internacional de Balonismo, em Trás-os-Montes, vai contribuir para alavancar economia e turismo da região com balões de ar quente a colorir os céus.

Os concelhos de Macedo de Cavaleiros, Alfândega da Fé, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Vila Flor vão andar nas bocas do mundo com um novo produto turístico: o Sabor & Vilariça Balloon Fest – I Festival Internacional de Balonismo. De 26 a 30 de abril, balões de ar quente vão colorir os céus de Trás-os-Montes e atrair milhares de turistas, principalmente da região de Castela e Leão, na vizinha Espanha, alavancando a economia local.

“Este é um sonho que agora vejo concretizado e que reflete a missão da Entidade Regional de Turismo: alavancar todos os territórios, com produtos turísticos diferenciados e capazes de dinamizar, em especial, os territórios de baixa densidade populacional”, começa por afirmar o presidente da Entidade Regional Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), Luís Pedro Martins.

O responsável destaca, por isso, a importância do trabalho conjunto entre a TPNP e os cinco municípios de Trás-os-Montes, que organizam o evento, para posicionar a região internacionalmente e potenciar o turismo e a economia local.

Este é um sonho que agora vejo concretizado e que reflete a missão da Entidade Regional de Turismo: alavancar todos os territórios, com produtos turísticos diferenciados e capazes de dinamizar, em especial, os territórios de baixa densidade populacional.

Luís Pedro Martins

Presidente da Entidade Regional Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP)

Também o presidente da Associação de Municípios do Baixo Sabor (AMBS), Eduardo Tavares, considera que este projeto tem pernas para andar. “Tem todas as condições para ser uma iniciativa anual e de cariz internacional”, sustenta o também autarca de Alfândega da Fé, realçando a localização estratégica do evento para captar turistas espanhóis, e em particular da região de Castela e Leão. “Não só temos um produto inovador, como também o promovemos num território de excelência, onde se reúnem vários selos da Unesco”, completou.

Sabor & Vilariça Balloon Fest – I Festival Internacional de Balonismo

Já Guido Santos, responsável da Windpassenger, empresa que integra a organização do festival, vê neste projeto uma oportunidade de “criar um evento diferenciador e mágico localizado num território, também ele, mágico”.

Ao longo de cinco dias, os cinco municípios vão ser palco de uma panóplia de atividades relacionadas com o balonismo. E, em simultâneo, os autarcas e agentes locais vão aproveitar a iniciativa para alavancar economicamente a região.

Segundo a organização, um dos pontos altos da programação é o espetáculo Night Glow com balões de ar e música eletrónica, e que terá uma duração aproximada de 45 minutos.

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Rússia retira credenciais a cônsul honorário português

  • Lusa
  • 12 Abril 2023

A retirada de credenciais será uma retaliação, após Bruno Valverde Coto ter igualmente perdido a autorização do Governo português para exercer funções como cônsul honorário da Rússia.

A Rússia retirou as credenciais ao cônsul honorário português em Nizhni Novgorod, Acácio Durães, que exercia funções nesta cidade no centro do país. A notícia foi avançada esta quarta-feira pela SIC Notícias e confirmada à Lusa pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros português.

Contactado pela SIC, o cônsul Acácio Durães disse que não lhe foram dadas quaisquer explicações, mas a retirada de credenciais estará relacionada com uma retaliação, após Bruno Valverde Coto ter igualmente perdido a autorização do Governo português para exercer funções como cônsul honorário da Rússia em Faro, alegadamente por concessões de ‘vistos gold’ no âmbito da sua atividade imobiliária.

“O Ministério dos Negócios Estrangeiros confirma ter sido retirado, em janeiro passado, o ‘exéquatur’ ao cônsul honorário da Rússia no Algarve por desenvolvimento de atividades que não estão em conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Consulares”, referiu a diplomacia portuguesa numa nota à Lusa.

Segundo o Portal Diplomático, os cônsules honorários “têm funções de defesa dos direitos e interesses do Estado Português e dos seus nacionais”, mas não são competentes para a prática de atos consulares.

“Contudo, em determinadas circunstâncias, excecionais e fundamentadas, os cônsules honorários podem ser autorizados a praticar operações de recenseamento eleitoral, atos de registo civil e de notariado e a emitir documentos de viagem”, acrescenta-se.

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Há três interessados na carteira Land Bank do Novobanco

  • Ana Petronilho
  • 12 Abril 2023

Norfin, Vanguard e os americanos Bain Capital estão a trabalhar em propostas para apresentar ao Novobanco sobre o portfólio Land Bank. Banco pede 385 milhões por cinco terrenos.

Há, pelo menos, três interessados nos cinco terrenos que o Novobanco quer vender até ao final deste ano, através do portfólio Land Bank. O ECO sabe que duas das maiores gestoras e promotoras portuguesas de ativos imobiliários, a Norfin e a Vanguard, estão na corrida. Somam-se ainda os americanos da Bain Capital, contam várias fontes conhecedoras do processo.

O ECO apurou ainda que os interessados estão a trabalhar nas propostas que vão ser apresentadas ao Novobanco. A gestora de investimentos Norfin está em contacto com vários investidores para desenhar a proposta que irá avançar.

Já a Vanguard está em conversações com parceiros estrangeiros para avaliar a possibilidade de criar um consórcio internacional, que iria avançar com propostas em vários negócios, sendo um deles o Land Bank, sabe o ECO. Questionado pelo ECO, o Novobanco não respondeu às perguntas até à hora da publicação deste texto.

Em causa estão cinco terrenos localizados nas regiões de Lisboa e do Algarve que entraram no mercado há duas semanas, pelos quais o Novobanco está a pedir 385 milhões de euros. Este será um dos maiores negócios imobiliários de 2023.

Do portefólio Land Bank fazem parte um terreno na zona das Amoreiras, em Lisboa, em frente ao hotel Dom Pedro, para onde chegou a ser pensada a sede do Novobanco. O imóvel conta com uma área de 130 mil metros quadrados para tem previsto o desenvolvimento de habitação, escritórios e retalho. O imóvel é da propriedade do banco desde 2014, depois da execução de dívidas à promotora Temple, do empresário Vasco Pereira Coutinho.

Ainda na capital, na zona do Parque das Nações, o banco quer vender um terreno em frente às instalações da Xerox com 88 mil metros quadrados de área, que também permite o desenvolvimento de um projeto de escritórios, serviços e retalho.

Já no concelho de Oeiras, junto ao TagusPark, está para venda um terreno inserido no empreendimento Cabanas Golf, que conta com uma área bruta de construção potencial de 80 mil metros quadrados para habitação, turismo e retalho

Na região do Algarve, o portefólio integra um terreno na marina de Portimão com mais de 110 mil metros quadrados, onde poderá vir a nascer habitação, turismo e retalho. Ali perto, junto à vila do Carvoeiro, na zona de Benagil, (concelho de Lagoa) fica o último destes ativos, que conta com mais de 68 mil metros quadrados onde podem ser construídos projetos turísticos ou residenciais. A venda dos terrenos está a cargo das consultoras JLL e CBRE.

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