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Francisco Teixeira nomeado CEO do GroupM

José Pedro Dias Pinheiro, líder histórico do GroupM, vai passar a chairman da empresa que tem o negócio das agências de meios da WPP em Portugal como a Mindshare e a Wavemaker.

Francisco Teixeira é o novo CEO do GroupM, sucedendo a José Pedro Dias Pinheiro, que passa a chairman da companhia do grupo WPP com o negócio das agências de meios, de acordo com um comunicado interno a que o ECO teve acesso.

Francisco Teixeira, Manuel Maltez e José Pedro Dias Pinheiro.

A promoção de Francisco Teixeira, de resto, sucede a uma mudança recente na H+K, a sociedade de relações públicas do grupo WPP, da qual era líder executivo. O gestor passou a chairman, função que vai manter, e entrou José Bourbon-Ribeiro para CEO. “A WPP e o GroupM são a casa perfeita para quem, como eu, quer estar permanentemente a aprender e a ser desafiado, a desenvolver e a criar com impacto”, afirma Francisco Teixeira no mesmo comunicado interno, distribuído esta manhã de terça-feira aos colaboradores do grupo.

Francisco Teixeira, 43 anos, com formação em jornalismo e ciência política, foi jornalista em meios como o Independente, o Diário Económico e a Renascença, passando depois para a área da comunicação e relações públicas. Fundou a agência FxT e, depois, foi líder desta área de negócio dentro do grupo WPP em Portugal nos últimos sete anos. E hoje a H+K tem cerca de 90 colaboradores.

José Pedro Dias Pinheiro, CEO do GroupM há 25 anos, passa assim à função de chairman da empresa. “O Francisco junta-se ao GroupM numa altura importante da sua transformação. A sua energia e visão vão ajudar a consolidar um caminho traçado há alguns anos, que visou a preparação das nossas companhias para servir os clientes num mundo cada vez mais complexo e exigente, onde dados e tecnologia desempenham um papel fundamental”, nota o gestor.

No comunicado a que o ECO teve acesso, o presidente executivo da WPP em Portugal, Manuel Maltez, aponta as razões desta mudança. “O José Pedro Dias Pinheiro acompanhou o evoluir dos tempos, antecipou tendências e preparou há muito o GroupM para a transformação tecnológica que estamos a viver. Com a entrada do Francisco Teixeira, reforçamos e rejuvenescemos a liderança do GroupM, com a mais-valia de continuarmos a contar com a experiência e a presença do José Pedro, agora na qualidade de chairman”.

O portfólio do GroupM — a empresa líder em termos mundiais no investimento em meios — inclui as agências Mindshare, Wavemaker, EssenceMediacom e mSix&Partners, bem como a Choreograph (Data & Technology), o GroupM Nexus (Cross-Channel Performance & Activation) e o GroupM Investment. Internacionalmente, o GroupM é apontado como líder das agências de meios, segundo um relatório recente da COMvergence.

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Mercadona continua em expansão e abre 10 novas lojas em 2023

  • BRANDS' ECO
  • 11 Abril 2023

As novas lojas continuam a revelar a forte aposta feita em Portugal onde a empresa prevê investir 280 milhões de euros em 2023 e criar cerca de 650 novos empregos.

A Mercadona prossegue com o seu plano de expansão em Portugal onde abrirá, em 2023, mais 10 supermercados, o primeiro dos quais, em maio, em Marco de Canaveses.

Prestes a completar quatro anos desde a primeira abertura em Portugal, e tendo em vista dar continuidade ao seu projeto de expansão, a Mercadona duplicará o seu investimento para os 280 milhões de euros em 2023 que se destinam à construção do futuro Bloco Logístico de Almeirim e à abertura de novas lojas.

Marco de Canaveses, Braga, Lousada, Gondomar, Seixal (Corroios), Sintra (Mercês e Massamá), Torres Vedras, Vila Franca de Xira (Alverca) e Figueira da Foz, a primeira do distrito de Coimbra, são as próximas cidades a receber um supermercado Mercadona. A empresa terminará o ano com 49 supermercados em território nacional.

As novas lojas continuam a revelar a forte aposta feita em Portugal e permitirão criar cerca de 650 novos empregos ao longo do ano, estáveis e de qualidade, com contratos sem termo desde o primeiro dia. A Mercadona continua a contratar em Portugal e todas as ofertas de emprego podem ser consultadas em: Portal de Emprego.

A empresa abriu o primeiro supermercado a 2 de julho de 2019, em Canidelo, Vila Nova de Gaia e, atualmente, conta com 39 lojas nos distritos do Porto, Braga, Aveiro, Viana do Castelo, Setúbal, Santarém, Viseu, Leiria e Lisboa.

Com a abertura de 10 lojas em 2022, a empresa atingiu um volume de vendas de 737 milhões de euros e contribuiu com 93 milhões de euros em impostos através da empresa portuguesa Irmãdona Supermercados, sediada em Vila Nova de Gaia. Além disso, finalizou o ano com uma equipa de 3.500 colaboradores e um investimento de 140 milhões de euros.

Com o objetivo de partilhar com a Sociedade parte do que dela recebe, a Mercadona aumentou, em 2022, as suas doações a entidades de cariz social, tendo chegado a mais de 70 instituições com um total de 1.900 toneladas de bens essenciais entregues nos distritos onde está presente.

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IberBlue Wind anuncia projeto de 4 mil milhões de euros para parque eólico ‘offshore’ transfronteiriço

  • Lusa
  • 11 Abril 2023

Estão em causa dois parques que, quando estiverem operacionais, terão a capacidade de fornecer eletricidade a mais de um milhão de casas.

A IberBlue Wind anunciou esta terça-feira o primeiro projeto transfronteiriço para parque eólico ‘offshore’ flutuante de até 1,96 gigawatts, na fronteira entre Portugal e Espanha, no Atlântico Norte, num investimento que pode superar os 4.000 milhões de euros.

Em causa estão os projetos Creoula e Juan Sebastián Elcano “que terão aproximadamente 109 turbinas e ocuparão uma área de 530 quilómetros quadrados ao largo das costas do Baixo Minho, em Viana do Castelo, e Pontevedra“, refere em comunicado a IberBlue Wind, uma ‘joint-venture’ irlandesa e espanhola criada para a promoção de parques eólicos ‘offshore’ flutuantes na Península Ibérica.

O investimento global para a construção e manutenção dos dois parques pode exceder os 4.000 milhões de euros e gerar mais de 5.000 postos de trabalho, refere a mesma informação, com a empresa a estimar que, quando estiverem operacionais, aqueles parques terão a capacidade de fornecer eletricidade a mais de um milhão de casas.

A IberBlue Wind refere que o custo de desenvolvimento em conjunto dos dois projetos “poderia ser 32% mais baixo do que se fossem desenvolvidos separadamente” pela maximização de sinergias em recursos e economias de escala nas fases de construção e de operação.

O projeto Creoula, projetado ao largo da costa de Viana do Castelo, será apoiado por plataformas flutuantes ancoradas no fundo do mar e terá uma capacidade instalada de 1.440 megawatts (MW), produzida a partir de 80 turbinas de 18 MW cada, com o parque a cobrir uma área de 413 quilómetros quadrados, com uma localização a 20 a 40 quilómetros da costa.

Já o projeto Juan Sebastián Elcano, será composto por 29 turbinas, de 18 MW cada, que ficarão também instaladas em plataformas flutuantes, estendendo-se de As Mariñas a A Guarda ao longo de 117 quilómetros quadrados e a uma distância de 20 a 35 quilómetros da costa.

Os nomes dos projetos (Creoula e Juan Sebastián Elcano) foram escolhidos em homenagem a dois navios históricos de formação que fazem parte das marinhas portuguesa e espanhola.

Em fevereiro, a ‘joint-venture’ anunciou o primeiro projeto em Portugal para parque eólico ‘offshore’, a que deu o nome de Botafogo, em homenagem ao galeão português que foi construído no séc.XVI e que ficou conhecido como o navio de guerra mais poderoso do mundo na sua época.

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Cuatrecasas atinge os 352,66 milhões de euros de receitas em 2022

Escritório fala em valores globais. Apesar de não referirem o valor concreto, o escritório afirma que as receitas em Portugal aumentaram 19,6%.

Em 2022 a Cuatrecasas atingiu um volume de receitas consolidadas de 325,66 milhões de euros, um aumento de 4,68% face ao ano anterior, segundo comunicado oficial do escritório. Em Espanha, as receitas ascenderam aos 292,19 milhões de euros, um aumento de 1,82% face a 2021. Apesar de não referirem o valor concreto, o escritório afirma que as receitas em Portugal aumentaram 19,6%.

“Os resultados de 2022 confirmam mais uma vez a tendência de crescimento que tem vindo a ocorrer na Cuatrecasas nos últimos seis anos. Entre 2017 e 2022, a firma registou um incremento das receitas acumuladas de 104,96 milhões de euros, o que representa um aumento de 42,4%”, refere o escritório.

Em comunicado, a Cuatrecasas explica que o crescimento deu-se em todos os territórios e áreas de prática. Ainda assim, a área de Direito Mercantil – que em Portugal inclui Corporate, Financeiro, Imobiliário, Público e Propriedade Intelectual – foi a que teve mais peso na faturação do escritório, com 44%, seguida pelas áreas de Fiscal (26%), Litígios e Arbitragem (22%) e Laboral (8%).

O escritório sublinhou que as receitas da firma em Portugal aumentaram 19,6%; no continente americano, onde a Cuatrecasas tem presença no Chile, Colômbia, México e Peru, as receitas foram 38% mais elevadas do que em 2021.

“São resultados muito bons, coerentes com a tendência dos últimos exercícios. Após um ano complicado para todos nós da família Cuatrecasas, no qual nos mantivemos mais unidos do que nunca, continuamos a trabalhar para oferecer as melhores soluções, independentemente das barreiras geográficas e procurando antecipar as necessidades dos nossos clientes“, explicou Javier Fontcuberta, managing partner da Cuatrecasas.

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Governo retoma incentivo de cinco milhões para captar eventos. Aposta no interior vale bónus

Sistema de incentivos Portugal Events valoriza mais os eventos que decorram entre o final de outubro e o final de março e que sejam organizados no interior do país.

O Turismo de Portugal vai retomar o sistema de incentivos à captação e organização de eventos. O sistema Portugal Events é um apoio anual de cinco milhões de euros para os anos de 2023 e de 2024. Haverá maior valorização para os acontecimentos que decorram no interior do país e que sejam organizados entre o final de outubro e o final de março, segundo o novo regulamento, publicado no Diário da República desta terça-feira.

Entre o total de dez milhões de euros para este ano e para o próximo, há 8,5 milhões de euros para eventos associativos (congressos, conferências, seminários, colóquios, simpósios, palestras e similares) e 1,5 milhões de euros para eventos corporativos (assembleias gerais, convenções, jornadas, cursos, workshops, ações de motivação de equipa e similares).

Os apoios podem ser atribuídos a empresas nacionais e internacionais de organização de eventos representadas em Portugal, centros de convenções, associações e agências regionais de promoção turística. É elegível para incentivos o investimento mínimo por evento de 100 mil euros.

Os incentivos não podem ultrapassar os 250 mil euros e estão limitados ao grau de relevância por acontecimento, de 10% (grau médio) até aos 50% (grau muito elevado). Se o acontecimento decorrer no interior, haverá um “bónus” de 25%. Pode ainda ser atribuído um incentivo adicional de 25% se o evento for realizado durante o período de inverno IATA (entre o último domingo de outubro e o último sábado de março).

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Fisco esclarece que custo por quilómetro já inclui portagens e estacionamento

  • ECO
  • 11 Abril 2023

Ajudas de custo a trabalhadores por uso de viatura própria não podem ir acima dos 0,36 euros por quilómetro. Este valor tem de cobrir combustível, portagens e estacionamento; excesso já paga imposto.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) considera para efeitos fiscais que o subsídio de transporte pago pelas empresas aos trabalhadores pelo uso de viatura própria, e que é calculado por quilómetro, inclui combustível e eventuais custos com portagens e estacionamento, noticia o Jornal de Negócios. Significa que o que for pago à parte e a mais face ao valor legalmente fixado, atualmente de 36 cêntimos por quilómetro, é tributado.

Este entendimento do Fisco, que data de novembro do ano passado, foi emitido no âmbito de um pedido de informação vinculativa apresentado por uma empresa, mas só recentemente foi publicado no Portal das Finanças. Embora tenha impacto no caso concreto, acaba por indicar a forma como o tema deve ser tratado quando forem feitas inspeções às empresas, podendo haver lugar a correções para efeitos de IRC com consequências no imposto final a pagar.

A interpretação é ainda mais relevante porque, segundo a bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), Paula Franco, “a maioria das empresas não tem esta perspetiva”. A legislação não impede que as empresas paguem aos seus trabalhadores os valores que bem entenderem a título de ajudas de custo. Mas, não havendo nenhum limite, há uma regra, em matéria fiscal, segundo a qual os valores das que ultrapassem os limites fixados para a Administração Pública são sujeitos a imposto.

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Debate instrutório do caso BES arranca esta terça-feira em Monsanto após quase um ano de instrução

  • Lusa
  • 11 Abril 2023

O debate instrutório do processo BES arranca esta terça-feira, no tribunal de Monsanto, cerca de um ano após o início da fase de instrução e quase três anos depois de ser conhecida a acusação do MP.

O debate instrutório do processo BES/GES arranca esta terça-feira, no tribunal de Monsanto, em Lisboa, cerca de um ano após o início da fase de instrução e quase três anos depois de ser conhecida a acusação do Ministério Público (MP).

No dia 14 de julho de 2020, a investigação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) traduziu-se na acusação a 25 arguidos (18 pessoas e sete empresas), entre os quais o antigo presidente do Grupo Espírito Santo (GES), Ricardo Salgado. Foram imputados 65 crimes ao ex-banqueiro, nomeadamente associação criminosa, corrupção ativa, falsificação de documento, burla qualificada, branqueamento, infidelidade e manipulação de mercado.

A primeira sessão para ouvir testemunhas no âmbito da instrução ocorreu apenas em 26 de abril de 2022, no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), na sequência de dois adiamentos devido a problemas de saúde do juiz Ivo Rosa, e contava já com 29 arguidos (23 pessoas e seis empresas).

Agora, são 26 arguidos (22 pessoas e quatro empresas), sobre os quais MP e defesas vão fazer as suas alegações para uma eventual ida a julgamento.

O início do debate instrutório está agendado para as 09h30 e foram também reservados os dias 12, 13 e 14 de abril, caso seja necessário para a sua conclusão. Devido ao “número de sujeitos processuais e a logística associada”, o debate instrutório vai decorrer no tribunal de Monsanto e não no TCIC, onde foram realizadas todas as sessões.

Durante quase um ano de diligências, o processo passou também pela substituição do juiz de instrução, com Pedro Correia a assumir em setembro passado, então nas mãos de Ivo Rosa, que, no dia da primeira sessão, já tinha rejeitado conceder caráter urgente à instrução, apesar do risco de prescrição de crimes a partir de agosto de 2024. No entanto, em janeiro, o Tribunal da Relação de Lisboa revogou esta decisão e deu caráter urgente à instrução.

O anterior juiz, que já tinha conduzido a fase de instrução do mediático processo “Operação Marquês”, tinha concorrido aos Tribunais da Relação e foi promovido no quadro do anterior movimento de magistrados. Ivo Rosa acabou, assim, por deixar de deter a vaga de juiz 2 do TCIC, mas viu a promoção suspensa em virtude de um processo disciplinar (ao qual se somou entretanto outro) no Conselho Superior da Magistratura (CSM).

A troca de juiz, efetuada já depois de o CSM ter definido em junho de 2022 um prazo de oito meses para a conclusão da instrução do caso BES/GES, suscitou polémica entre alguns dos arguidos, que contestaram a legalidade da substituição através de uma providência cautelar. O Supremo Tribunal de Justiça acabou por rejeitar liminarmente a ação.

Ao longo do último ano passaram pela instrução do processo diversas testemunhas, como o ex-primeiro-ministro Passos Coelho, o antigo governador do Banco de Portugal Carlos Costa ou o ex-presidente do Banco Espírito Santo Investimento (BESI), José Maria Ricciardi.

Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro. Segundo o MP, cuja acusação contabilizou cerca de quatro mil páginas, a derrocada do Grupo Espírito Santo (GES), em 2014, terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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Costa diz que só tira ilações do caso TAP no final da comissão de inquérito

  • Lusa
  • 11 Abril 2023

Depois das críticas do Presidente da República, primeiro-ministro diz que o Governo só vai retirar ilações do caso TAP depois de conhecidas as conclusões da comissão de inquérito à empresa.

O primeiro-ministro considerou esta terça-feira que importa aguardar pelo fim da comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão da TAP para serem retiradas eventuais consequências políticas e salientou que cada órgão de soberania tem o seu tempo próprio.

António Costa assumiu esta posição no final de uma visita à multinacional sul-coreana SK Hynix, grupo que é o terceiro maior produtor mundial de semicondutores, e no final da qual, perante os jornalistas, recusou-se a falar de forma aprofundada sobre a TAP, ou sobre as declarações do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre esse mesmo tema.

“Em regra não comento as palavras do senhor Presidente da República e muito menos quando não as ouvi. Como sabem, quando o Presidente da República estava a falar [na segunda-feira, em Murça], eu estava a voar para a Coreia do Sul”, alegou.

Interrogado sobre as consequências políticas que vai tirar face ao que se tem passado na comissão de inquérito parlamentar, o primeiro-ministro respondeu: “As consequências políticas tiraremos em função dos resultados”. “Cada órgão de soberania deve ter o seu tempo próprio. Neste momento, o tempo é o da Assembleia da República. Devemos respeitar um trabalho que está a ser desenvolvido”, alegou o líder do executivo.

Tendo ao seu lado os ministros da Economia, António Costa, da Ciência e do Ensino Superior, Elvira Fortunato, e das Infraestruturas, João Galamba, o primeiro-ministro acrescentou que a comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão da TAP ainda irá realizar várias audições. “No final, vai tirar as conclusões. Em função disso, nós [Governo], agiremos em conformidade”, reforçou.

Nas declarações que fez aos jornalistas, o primeiro-ministro rejeitou em absoluto que os casos da política interna possam prejudicar a imagem de Portugal ao nível externo, por gerarem dúvidas junto dos investidores. “Nenhuma dúvida”, reagiu.

De acordo com António Costa, “todos os países estrangeiros reconhecem em Portugal factos fundamentais”. “Somos o quinto país mais seguro do mundo, um dos que apresenta maior estabilidade de políticas ao longo dos anos, temos recursos humanos altamente qualificados e um dos países que primeiro apostou nas energias renováveis. Somos o único país da Europa que está neste momento com uma ligação por cabo submarino de fibra ótica a todos os continentes e temos inúmeras oportunidades de atração de investimento”, completou.

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ESA envia satélite para Júpiter com ciência e tecnologia portuguesas

  • Lusa
  • 11 Abril 2023

O satélite JUICE inclui componentes fabricados pelas empresas portuguesas LusoSpace, Active Space Technologies, Deimos Engenharia e FHP - Frezite High Performance.

A Agência Espacial Europeia (ESA) vai lançar na quinta-feira um satélite que irá estudar Júpiter e três das suas maiores luas, usando ciência e tecnologia made in Portugal e tendo um português como diretor de operações de voo.

O lançamento, a partir da base espacial da ESA em Kourou, na Guiana Francesa, onde Portugal estará representado pelo presidente da agência espacial Portugal Space, Ricardo Conde, será feito às 13h15 (hora de Lisboa) a bordo de um foguetão europeu Ariane 5.

A missão, que esteve para ser lançada em 2022, tem Bruno Sousa como diretor de operações de voo e o satélite inclui componentes fabricados pelas empresas LusoSpace, Active Space Technologies, Deimos Engenharia e FHP – Frezite High Performance e um instrumento concebido em parte pelo LIP – Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas.

JUICE (JUpiter ICy moons Explorer, Explorador das Luas Geladas de Júpiter) irá estudar o maior planeta do Sistema Solar e as luas Europa, Ganimedes e Calisto, onde os cientistas pensam que possa existir água líquida (elemento fundamental para a vida tal como se conhece) sob as crostas de gelo à superfície.

O satélite deverá chegar ao “gigante” gasoso passados oito anos, em julho de 2031, fazer 35 voos de aproximação às luas geladas e alcançar Ganimedes em dezembro de 2034. Será a primeira vez que um satélite artificial orbitará uma lua de outro planeta.

Espera-se que a missão da ESA, que custou cerca de 1,6 mil milhões de euros e teve a colaboração das agências espaciais norte-americana (NASA), japonesa (JAXA) e israelita (ISA) em termos de instrumentação e hardware, termine em setembro de 2035. Os primeiros dados científicos são expectáveis em 2032.

Júpiter é 11 vezes maior do que a Terra e é composto maioritariamente por gás, como o Sol. Ganimedes é a maior das luas do Sistema Solar e tem um grande oceano sob a sua superfície.

A missão da ESA foi concebida para averiguar se haverá sítios em redor de Júpiter e no interior das luas geladas com as condições necessárias (água, energia, estabilidade e elementos biológicos) para suportar vida.

À Deimos Engenharia coube a tarefa de garantir que o satélite não atingirá “em circunstância alguma” nem o planeta Marte nem a lua Europa, que estão, segundo explicou a empresa à Lusa, na “categoria de proteção planetária máxima para corpos extraterrestres”, que podem “potencialmente albergar vida”.

Por outro lado, o trabalho da companhia “consistiu em melhorar a estratégia de navegação autónoma de base da missão durante o voo de passagem por Europa e durante a fase orbital de Ganimedes”.

Um dos vários instrumentos que o satélite transporta é um monitor de radiação desenvolvido pelo LIP e Efacec, em cooperação com a empresa norueguesa Ideas e o instituto de investigação suíço Paul Scherrer.

A investigadora Paula Gonçalves, que coordenou no LIP o projeto, esclareceu à Lusa que o instrumento “serve para medir o ambiente de radiação ionizante” a que o satélite vai estar sujeito durante a sua trajetória, “podendo enviar sinais de aviso para que se possam proteger os outros detetores e sistemas” do satélite.

O monitor de radiação, sendo um detetor de partículas energéticas, “permite também efetuar medidas científicas e complementar as medidas de outros instrumentos” a bordo do satélite.

O LIP esteve, ainda, na liderança de um projeto da ESA de testes de irradiação de componentes eletrónicos que integram o satélite, por forma a assegurar que estavam preparados para “sobreviver às elevadas doses de radiação esperadas na magnetosfera de Júpiter”.

Outro dos instrumentos do JUICE é um magnetómetro, um aparelho que, no caso, vai caracterizar o intenso campo magnético de Júpiter e a sua interação com o da lua Ganimedes.

A LusoSpace desenvolveu uma bobina que, conforme sintetizou à Lusa o presidente-executivo da empresa, Ivo Yves Vieira, gera um campo magnético “que será uma referência para o instrumento de medida do campo magnético de Jupiter”.

Além de escudos que protegem os componentes eletrónicos sensíveis da elevada radiação, de painéis solares de alimentação de energia e de uma camada isolante contra as temperaturas extremas, o satélite dispõe de uma antena para enviar dados para a Terra e de um computador para resolver alguns problemas de modo independente.

A antena tem um revestimento produzido pela empresa portuense FHP e o seu mecanismo de funcionamento foi desenvolvido pela Active Space Technologies, com sede em Coimbra.

O satélite JUICE será a última missão enviada pela ESA desde a Guiana Francesa a bordo de um foguetão Ariane 5, que será substituído pelo modelo Ariane 6. Atualmente, o único satélite artificial em órbita de Júpiter é o Juno, da NASA. Portugal é Estado-membro da ESA desde 2000.

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TAP pediu ao Governo para mudar legislação dos vistos

  • ECO
  • 11 Abril 2023

Ao contrário de Portugal, as embaixadas de países da União Europeia como Espanha, França e Bélgica concediam vistos para viagens não essenciais para países fora da UE ou do Espaço Schengen.

O ainda presidente do conselho de administração da TAP, Manuel Beja, perguntou ao então secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes, se havia “espaço para alterar a concessão de vistos para viagens não essenciais“. A troca de emails terá ocorrido em setembro de 2021, refere esta terça-feira o Jornal de Negócios.

Ao contrário de Portugal, as embaixadas de países da União Europeia como Espanha, França e Bélgica concediam vistos para viagens não essenciais para países fora da UE ou do Espaço Schengen. Os passageiros compravam viagens a companhias desses países, pondo em causa o mercado da TAP sobretudo dos países de língua oficial portuguesa.

O email enviado pela responsável de marketing e vendas da TAP, Paula Canada, à então administradora da TAP Sílvia Mosquera, e que depois foi reencaminhado para Manuel Beja, concluía que, nesse cenário, “haveria o interesse de alterar a legislação portuguesa retirando a autorização exclusivamente para viagens essenciais. Qualquer ajuda junto do Governo seria muito útil”, acrescentava. Manuel Beja enviou-o ao secretário de Estado, questionando se haveria “espaço para alterar” a legislação. Não foi anexada a resposta de Hugo Mendes, mas sabe-se que a legislação foi alterada em 2022.

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Vinha.pt deverá fechar 2023 com vendas de 3,5 milhões de euros

Empresários lançam empresa Super Grapes, na Guarda, para posicionar plataforma online de vinhos Vinha.pt. E estimam fechar 2023 com um volume de negócios de 3,5 milhões de euros.

É a partir de S. Romão, na Serra da Estrela, que Cláudio Martins, da Martins Wine Advisor (MWA), e Elísio Santos, da plataforma online Vinha.pt, uniram esforços para posicionar esta última marca nos mercados nacional e internacional, mediante o lançamento da empresa Super Grapes. E de tal forma que estimam fechar este ano com um volume de negócios de 3,5 milhões de euros. No cardápio têm mais de 2.500 referências de vinhos nacionais e 400 internacionais, e alguns deles chegam a atingir os 28 mil euros a garrafa.

Como todas as empresas, a Super Grapes também tem uma história por trás para contar, com Cláudio Martins e Elísio Santos como personagens principais a dar cartas no mundo dos vinhos. A “primeira loja online de vinhos do mundo a colocar os ratings da Vivino em todos os vinhos” foi criada em 2015 e adquirida, em 2019, por Elísio Santos aos seus sócios do projeto Mercadão.

Corria o ano de 2021 quando Cláudio Martins adquiriu uma posição no capital da empresa, procurando “reforçar a aposta da Vinha.pt no segmento premium“, assim como “potenciar a venda de categorias especiais a clientes que procuram vinhos exclusivos“.

Estes dois anos permitiram amadurecer a parceria Vinha.pt com a MWA, e a Super Grapes acabou por ser uma resposta natural ao mercado.

Cláudio Martins

CEO da Super Grapes

Mas chegava a hora de posicionar ainda mais a plataforma online de vinhos, nos mercados nacional e internacional, e foi então que se fez luz com o lançamento da Super Grapes. Uma empresa que também disponibiliza serviços relacionados com formação, aconselhamento e investimento na área dos vinhos.

“Estes dois anos permitiram amadurecer a parceria Vinha.pt com a MWA, e a Super Grapes acabou por ser uma resposta natural ao mercado”, começa por contar Cláudio Martins. Depressa os dois empresários uniram esforços: “A vinha.pt disponibiliza opções de qualidade e tem o know how, em termos de vendas online, enquanto a MWA introduz vinhos de produtores que não se encontram com facilidade no mercado”.

Para Elísio Santos, a Super Grapes “é a versão refinada” da parceria que começou em 2020. “Reforçámos a ligação direta aos produtores, aumentámos o conhecimento de mercado, especialmente nas gamas mais altas onde aumentámos o sortido de forma exponencial”. Com o trabalho de casa feito e estruturado, o empresário é perentório em afirmar: “Estamos em condições de continuar a surpreender o consumidor, seja no canal Horeca ou com o cliente final”.

E se o fecho do ano de 2022 da plataforma digital de venda de vinhos Vinha.pt rondou os 2,2 milhões de euros — um crescimento de 12% em relação a 2021–, a estimativa dos empresários é que este ano atinja os 3,5 milhões, a julgar pelas mais de 2500 referências de vinhos nacionais e 400 internacionais no cardápio.

“Teremos à distância de um clique alguns dos vinhos mais exclusivos do mundo, como é o caso do Úranos”, lançado no final de 2022, em Madrid, destaca Cláudio Martins. Entre os vinhos exclusivos da SuperGrapes está, assim, o Úranos, disponível em grandes formatos e uma garrafa destas, de 12 litros, pode chegar aos 28 mil euros. É o segundo vinho da série Wines from Another World, fruto da parceria da MWA com um produtor da Priorat, na Catalunha, depois do lançamento do Júpiter, corria o ano de 2021. E que atraiu a atenção para a região do Alentejo como sendo “um vinho de qualidade” ao nível de muitos estrangeiros de renome, com uma edição limitada de 800 exemplares que já esgotou.

Reforçámos a ligação direta aos produtores, aumentámos o conhecimento de mercado, especialmente nas gamas mais altas onde aumentámos o sortido de forma exponencial.

Elísio Santos

CEO da Super Grapes

Quanto ao Úranos, o empresário Cláudio Marfins avança que, até à data, já foram vendidas 300 garrafas de 0,75 centilitros em Portugal, Espanha, Suíça, Reino Unido, Itália, Alemanha, Brasil, EUA, Arábia.

Com expectativas elevadas no negócio, os empresários da Vinha.pt já têm o perfil do cliente traçado: 40% são estrangeiros, residentes em toda a Europa; têm entre os 30 e 65 anos; e “procuram uma forma fácil, rápida e segura de encontrar os seus vinhos preferidos”.

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Órgão que tutela juízes vai a votos: Luís Azevedo Mendes e Afonso Henrique Cabral na corrida para o CSM

Luís Azevedo Mendes, pela lista A, e Afonso Cabral Ferreira, pela lista B, disputam a vice-presidência do Conselho Superior da Magistratura. Um dos dois irá substituir Sousa Lameira.

Esta quarta-feira, dia 12 de abril, os juízes conselheiros dos Supremo Tribunal de Justiça (STJ) Luís Azevedo Mendes, pela lista A, e Afonso Cabral Ferreira, pela lista B, disputam a vice-presidência do Conselho Superior da Magistratura (CSM). Um dos dois irá substituir Sousa Lameira e passar a auxiliar o presidente do CSM, o juiz conselheiro Henrique Araújo.

Enquanto órgão do Estado, compete ao CSM nomear, colocar, transferir e promover os juízes dos Tribunais Judiciais e o exercício da ação disciplinar, sendo “um órgão de salvaguarda institucional dos Juízes e da sua independência”. Desde janeiro de 2008, que este órgão tem autonomia administrativa e financeira, dispondo de orçamento próprio previsto no Orçamento do Estado.

Após as votações por correspondência, que decorreram até ao dia 10 de abril, realizar-se-á no dia 12 de abril as votações presenciais nos Tribunais da Relação do Porto, Coimbra e Évora, presencialmente, entre as 9h00 e as 19h00. Conheça aqui os dois candidatos.

Um dos candidatos à vice-presidência do CSM é Luís Azevedo Mendes, juiz conselheiro do STJ. Natural de Coimbra, licenciou-se em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1983. Entre 1984 e 1986 foi auditor de justiça no Centro de Estudos Judiciários (CEJ), no III Curso Normal para ingresso na magistratura judicial. Graduou-se como juiz conselheiro em fevereiro.

Após passar pelo CEJ, Azevedo Mendes foi juiz Tribunais Judiciais de Santarém (1986-1987), do Trabalho de Leiria (1987-1988), de Penela (1988-1989), de Albergaria-a-Velha (1989-1991), de Tomar (1991-1992), da Figueira da Foz (1992-1998) e do Trabalho da Figueira da Foz (1998-2006). Entrou para o Tribunal da Relação de Coimbra em 2006, enquanto juiz desembargador. Entre janeiro de 2011 e fevereiro de 2017, foi presidente da secção social do mesmo tribunal. Tendo ocupado o cargo de presidente da Relação de Coimbra entre 2017 e 2022.

Foi vogal no CSM entre 2001 e 2004, vice-presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, no mandato 2006-2009, e coordenador do seu Gabinete de Estudos e Observatório dos Tribunais entre 2006 e 2012. Foi ainda presidente da Assembleia Geral da mesma associação entre 2009 a 2015. Azevedo Mendes é ainda secretário do Conselho de Administração da Associação de Solidariedade Social Casa do Juiz, desde 2009.

Anunciou que estava na corrida ao órgão em fevereiro através de uma carta divulgada pelo Observador. Referiu que a sua candidatura é “sinal de emergência que congregou a ação de vários colegas para a construção de uma proposta eleitoral positiva, de mudança e de progresso, na inversão do estado de manifesto distanciamento entre o corpo dos juízes e o seu principal órgão de governo”.

Por fim, o último candidato à vice-presidência do CSM é Afonso Cabral Ferreira, juiz conselheiro do STJ. Alfacinha de gema, licenciou-se em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1978, tendo depois ingressado no Centro de Estudos Judiciários em 1983, no 3.º Curso Especial de Formação de Magistrados. Graduou-se como juiz conselheiro em junho de 2022.

Passou enquanto juiz pelos Tribunais das Comarcas de Pinhel, Caldas da Rainha, Cascais, 4.º Juízo Criminal de Lisboa, Varas Criminais de Lisboa (1993), Tribunal de Círculo (1996) e Círculo Judicial de Oeiras (1999). Após ter sido destacado como juiz auxiliar no Tribunal da Relação de Lisboa em 2003, foi promovido a juiz. Em 2005 assumiu funções de desembargador, tendo exercido funções no Tribunal da Relação do Porto e de Lisboa.

No seu percurso está ainda uma passagem pela Associação Sindical dos Juízes Portugueses, entre 2000 e 2003, onde foi secretário-geral da direção nacional. No CSM, Afonso Cabral Ferreira foi chefe de gabinete do Gabinete de Apoio ao Vice-Presidente e aos Membros do CSM, entre 2008 e 2010, e voltou a esta posição em 2019, com Sousa Lameira. Após 2010, foi colocado na 1.ª Secção do Tribunal da Relação de Lisboa, tendo sido eleito seu presidente.

Foi em fevereiro, através de um e-mail, que revelou que se iria candidatar ao órgão em “nome da independência dos juízes”, que, segundo o próprio, “exige uma luta permanente e não se esgota no ato de julgar”. Afonso Cabral Ferreira prometeu ainda uma “linha de continuidade” do trabalho ao atual vice-presidente, Sousa Lameira.

Veja as duas listas na corrida

Na corrida para a Eleição dos Vogais do CSM estão duas listas. Descubra aqui a composição de ambas:

Lista A

Juízes do Supremo Tribunal de Justiça

  • Efetivo: Luís Miguel Ferreira de Azevedo Mendes, Juiz Conselheiro do STJ
  • Suplente: António Fernando Barateiro Dias Martins, Juiz Conselheiro do STJ

Juízes dos tribunais da Relação

  • Efetiva: Ana Isabel de Azeredo Rodrigues Coelho Fernandes da Silva, Desembargadora da Relação de Lisboa
  • Suplente: Mário Jorge dos Santos Branco Coelho, Desembargador da Relação de Évora
  • Efetivo: Artur Dionísio do Vale dos Santos Oliveira, Desembargador da Relação do Porto
  • Suplente: Maria da Conceição Barbosa de Carvalho Sampaio, Desembargadora da Relação de Guimarães

Juízes de 1.ª Instância

Distrito Judicial de Coimbra

  • Efetivo: Fernando Jorge Prata dos Santos Andrade, Tribunal da Relação de Coimbra, Tribunal Execução Penas de Coimbra – juiz 1
  • Suplente: Joana Carla Henriques da Silva, Comarca Castelo Branco – Juízo de comércio do Fundão – Juiz 1

Distrito Judicial de Évora

  • Efetiva: Raquel Patrícia Rocha de Matos Rolo, Comarca Santarém – Juízo central criminal de Santarém – Juiz 2
  • Suplente: Catarina Martins Escudeiro, Comarca Setúbal – Juízo de instrução criminal de Setúbal – Juiz 1

Distrito Judicial de Lisboa

  • Efetivo: Tiago Rafael da Silva Moura Pires Pereira, Comarca Lisboa – Juízo de comércio do Barreiro – Juiz 2
  • Suplente: Cláudia Celina David Alves, Comarca Lisboa Oeste – Juízo do trabalho de Sintra – Juiz 1

Distrito Judicial do Porto

  • Efetiva: Rita Fabiana de Figueiredo e Castro da Mota Soares, Comarca Braga – Juízo central cível de Guimarães – Juiz 4
  • Suplente: Luís Miguel Andrade de Lemos Triunfante, Comarca Porto – Juízo de comércio de Santo Tirso – Juiz 5

Lista B

Juízes do Supremo Tribunal de Justiça

  • Efetivo: Afonso Henrique Cabral Ferreira, Juiz Conselheiro do STJ
  • Suplente: Agostinho Soares Torres, Juiz Conselheiro do STJ

Juízes dos tribunais da Relação

  • Efetiva: Jorge Miguel Pedro Marques Antunes, Desembargadora da Relação de Lisboa
  • Suplente: Maria Margarida Trovão Bacelar Alves, Desembargador da Relação de Évora
  • Efetivo: Filipe Manuel Nunes Caroço, Desembargador da Relação do Porto
  • Suplente: Anizabel Dulce Sousa Pereira, Desembargador da Relação de Coimbra

Juízes de 1.ª Instância

Distrito Judicial de Coimbra

  • Efetivo: Júlio Gantes Gonçalves da Costa, Comarca da Guarda – Juízo central cível e criminal da Guarda
  • Suplente: Paulo César da Cunha Lima, Comarca Viseu – Juízo de competência genérica de Mangualde – Juiz 1

Distrito Judicial de Évora

  • Efetiva: Elsa Regina Torres e Melo, Comarca Setúbal – Juízo central cível de Setúbal – Juiz 1
  • Suplente: Susana Maria Almeida Ribeiro, Comarca Faro – Juízo central criminal de Faro – Juiz 3

Distrito Judicial de Lisboa

  • Efetivo: Carlos Miguel Pereira Neves, Comarca Lisboa – Juízo de instrução criminal do Seixal – Juiz 1
  • Suplente: Carla Sofia Xavier Coelho, Comarca Lisboa – Juízo de família e menores de Lisboa – Juiz 3

Distrito Judicial do Porto

  • Efetiva: Catarina Maria Leandro e Vasconcelos, Comarca Porto – Juízo de comércio de Santo Tirso – Juiz 7
  • Suplente: Filipa Isabel Afonso Gomes Freitas Aguiar, Comarca Braga – Juízo de comércio de Guimarães – Juiz 3

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