Emissões de títulos de dívida em máximos de dois anos

  • ECO
  • 11 Abril 2023

Em fevereiro, as emissões líquidas de títulos de dívida (empresas e Estado) superou os 3,6 mil milhões de euros, o dobro do registado no mês anterior e o valor mais elevado desde fevereiro de 2021.

No final de fevereiro, o valor total de títulos emitidos por entidades residentes superou os 462 mil milhões de euros, mais 1,4 mil milhões de euros do que no final do mês anterior, segundos dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.

Entre os principais causadores desta situação esteve a emissão de títulos de dívida por parte de empresas e do Estado, que contabilizou emissões líquidas de 3,6 mil milhões de euros, o dobro do registado em janeiro e o valor mais elevado desde fevereiro de 2021.

O setor das administrações públicas foi o que mais contribuiu para este resultado, com as emissões de títulos a excederem as amortizações em 5,2 mil milhões de euros. Por outro lado, as empresas não financeiras e o setor financeiro apresentaram ambos amortizações superiores às emissões em 0,4 mil milhões de euros”, refere a entidade liderada por Mário Centeno.

O Banco de Portugal revela ainda que o montante acumulado em emissões de títulos foi superior às amortizações em 4,4 mil milhões de euros. “As emissões de títulos de dívida e de ações superaram as amortizações em 3,6 e 0,8 mil milhões de euros, respetivamente.”

No final de fevereiro, estavam previstas amortizações de 49,1 mil milhões de euros para os 12 meses seguintes, cerca de 17,9% dos 274,3 mil milhões de títulos de dívida vivos naquela data.

De acordo com dados do Banco de Portugal, “destacavam-se as Administrações Públicas com amortizações calendarizadas, para outubro de 2023 e para fevereiro de 2024, de 10,1 e 8,1 mil milhões de euros, respetivamente.” Nos restantes setores, as principais amortizações estavam calendarizadas para março de 2023 – 4,6 mil milhões de euros nas empresas não financeiras -, e outubro de 2023 – quatro mil milhões de euros nas sociedades financeiras.

Nas empresas não financeiras, as amortizações previstas correspondiam, em larga medida, a papel comercial, um instrumento de financiamento de curto prazo muito utilizado pelas empresas portuguesas e que é habitualmente objeto de renovação, isto é, de amortização acompanhada de nova emissão, igualmente de curto prazo. “É, por isso, previsível que se registe sistematicamente um valor elevado de amortizações calendarizadas para os 30 dias após o fim do mês”, refere o Banco de Portugal.

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Apesar dos alertas, capacidade do leilão offshore será para manter, garante secretária de Estado

Ana Fontoura Gouveia admite revisão da dimensão das áreas a explorar no leilão após consulta pública, mas rejeita diminuição da potência. Nova versão do PNEC publicada no final do primeiro semestre.

A secretária de Estado da Energia e do Clima garante que apesar dos alertas dos ambientalistas e do setor das pescas sobre os riscos de exploração do leilão eólico offshore, a capacidade prevista de 10 gigawatts (GW) será para manter. No entanto, não descarta que algumas localizações possam vir a mudar de dimensão como resultado da consulta pública que decorreu até ao passado dia 10 de março. O relatório final do grupo de trabalho formado pelo Governo para acompanhar o processo será publicado em maio.

Em declarações ao ECO/Capital Verde, à margem da conferência Energy Summit, realizada pela Galp em parceria com o Jornal de Negócios, esta terça-feira, Ana Fontoura Gouveia sublinha que o Governo está “muitíssimo comprometido com o leilão” e que mantém “a ambição dos 10 GW”.

“Quisemos envolver, precisamente, as comunidades, os atores locais e os agentes económicos nesta fase inicial do processo. As áreas estiveram em consulta pública e o relatório será consequente. Este processo resultará numa revisão das áreas que foram propostas para melhorarmos essas áreas. Em alguns casos poderemos alargá-las, noutros poderemos diminuí-las. Depende dos contributos”, apontou a governante.

Em causa estão os alertas dos pescadores que acusam o Governo de não ter ouvido o setor, salientando que se o projeto for para a frente nos moldes em que está, “será a morte da pesca”, já que haverá menos peixe e o preço pode duplicar, relata a Lusa. Os alertas também salientam que o impacto económico-social será relevante.

Além disso, as associações ambientalistas também apontam alguns riscos. A Zero, ANP/WWF, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e Scieaen defendem a exclusão de Matosinhos, Sines e o eixo Sintra-Cascais da lista de zonas selecionadas pelo Governo para a exploração de eólicas offshore.

Segundo os ambientalistas, estas zonas encontram-se sobrepostas às Áreas Marinhas Protegidas e à Rede Natura 2000, “zonas importantes para as aves marinhas e cetáceos” identificadas pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) com o objetivo de assegurar a conservação a longo prazo das espécies e dos habitats mais ameaçados da Europa.

“A definição das áreas onde as eólicas se vão localizar é um elemento fundamental para podermos assegurar o envolvimento das comunidades nesta fase inicial, mas dar clareza aos investidores. A segunda dimensão é o modelo do leilão que está a ser estudando do ponto de vista técnico, olhando para a experiência dos outros países”, acrescentou ainda a secretária de Estado.

Quanto aos detalhes deste leilão, a governante revela ainda que o concurso público, que despertou “um interesse muitíssimo elevado dos investidores”, terá uma dimensão preço, “mas não será a única”. Segundo Fontoura Gouveia, serão tidos em conta elementos relativos ao valor acrescentado nacional, à coesão social, territorial e biodiversidade. “Há uma grande expectativa”, sublinhou.

Além de garantir que a capacidade permanecerá nos 10 GW, Ana Fontoura Gouveia assegura que o Governo tem também a ambição de acelerar a indústria em torno do setor, nomeadamente, através da produção de torres eólicas que iriam abastecer o leilão que está previsto ser lançado em setembro.

Novas versões do PNEC e Roteiro para o net zero publicadas no final do primeiro semestre

Durante a sua intervenção no Energy Summit, Ana Fontoura Gouveia reafirmou o compromisso de Portugal de alcançar a neutralidade carbónica, relembrando que o Plano Nacional Energia e Clima 2030 (PNEC) e o Roteiro para a Neutralidade Carbónica estão em processo de revisão, na sequência da consulta pública. O objetivo é tornar as metas destes dois documentos “mais ambiciosas”.

“O que queremos fazer agora é claro: acelerar o processo de transição e queremos fazê-lo recorrendo aos recursos endógenos. Antecipamos a meta de 80% de incorporação de renováveis na produção de eletricidade para 2026“. O prazo original era para 2030. “80% é um objetivo ambicioso mas estamos determinados em cumpri-lo“, reforçou a secretária de Estado.

Neste contexto de renovada ambição, “estamos a rever os documentos estratégicos”, acrescentou a responsável, revelando que as primeiras versões dos dois documentos serão publicadas no final do primeiro semestre deste ano.

“A revisão são momentos para o país acordar para objetivos do futuro e o que queremos que o país seja em 2030. A consulta pública está aberta e permitira estabelecer novas metas. Sabemos que o caminho é em frente. Queremos continuar a acelerar”, frisou a governante.

Notícia atualizada às 12h37 com mais informações

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Instituto Pedro Nunes “acelera” ideias de negócios em Coimbra

A 12ª edição do Ineo Start, um programa de aceleração para ideias ou projetos tecnológicos vai arrancar no Instituto Pedro Nunes, em Coimbra, em áreas como o turismo ou as cidades inteligentes.

Com o propósito de “apoiar a estruturação de negócios, fomentar o networking, alargar redes de contactos e identificar oportunidades de financiamento” arranca esta quarta-feira a 12ª edição do Ineo Start, um programa de aceleração para ideias ou projetos de base tecnológica, no Instituto Pedro Nunes (IPN), em Coimbra.

O programa de aceleração do IPN já apoiou 134 equipas e regressa com esta nova edição, que decorre até 5 de maio, com 12 ideias de negócio nas áreas da saúde, alimentação, ambiente, turismo e cidades inteligentes.

“Esta é uma responsabilidade enorme, mas também uma motivação ainda maior para darmos o melhor que o IPN pode oferecer às empresas: mentores com experiência, know-how tecnológico e uma rede alargada de contactos”, começa por afirmar o diretor de Inovação do IPN e coordenador do Ineo Start, Jorge Pimenta. “Queremos que cada edição do Ineo Start ajude a lançar as startups mais promissoras do nosso país”, frisa.

O Ineo Start é um dos mais antigos programas de aceleração nacional, tendo já apoiado centenas de empreendedores que criaram startups, como a LaserLeap, Sensing Future, ihCare, doDOC, Sentilant, Mitotag, The Loop Co, MedsimLab, TUU, EcoX, Spotlite e NerveGen.

Esta é uma responsabilidade enorme, mas também uma motivação ainda maior para darmos o melhor que o IPN pode oferecer às empresas: mentores com experiência, know-how tecnológico e uma rede alargada de contactos. Queremos que cada edição do Ineo Start ajude a lançar as startups mais promissoras do nosso país.

Jorge Pimenta

Diretor de Inovação do IPN e coordenador do Ineo Start

Durante quatro semanas, as equipas do Ineo Start têm acesso a workshops, talks com empreendedores/as e mentoria com especialistas, descreve ainda a organização, em comunicado.

Segundo o instituto sediado em Coimbra, o ponto alto da iniciativa é o Demo Day, que acontece no último dia do programa: as equipas apresentaram publicamente os seus projetos a potenciais investidores, parceiros e clientes.

“Este é um programa único, que dá a conhecer ideias que podem verdadeiramente transformar o mundo. No Ineo Start temos o privilégio de apoiar equipas muito qualificadas e empreendedores/as que estão a começar a sua caminhada”, completa o diretor de Inovação do IPN.

Esta atividade é parte integrante do Programa INOVC+ e cofinanciada pelo Programa Centro 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

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Empresa australiana recusa pagar resgate exigido por hackers

  • ECO Seguros e Lusa
  • 11 Abril 2023

Mutuante recusa-se a pagar resgate a ciber-criminosos depois de milhões de registos de clientes terem sido roubados. A Latitude Financial não vê benefício para os consumidores em recompensar crime.

A empresa australiana Latitude Financial afirmou, nesta terça-feira, que recusou pagar o resgate exigido por piratas informáticos que roubaram os dados pessoais de milhões de clientes.

A ministra dos Assuntos Internos australiana, Clare O’Neil, disse que ceder a hackers “apenas alimenta o modelo empresarial de resgate”.

A empresa financeira de crédito informou, em março, que os hackers tinham roubado a informação pessoal de cerca de 14 milhões dos seus clientes australianos e neozelandeses.

A Latitude Financial disse ter recebido recentemente uma nota de resgate do grupo e que a ignorou, de acordo com os conselhos do Governo.

Não recompensaremos comportamentos criminosos, e não acreditamos que o pagamento de um resgate resulte na devolução ou destruição de informação roubada”, afirmou numa informação enviada à Bolsa de Valores australiana.

Segundo a empresa, foram roubadas 7,9 milhões de cartas de condução australianas e neozelandesas, assim como dados de 53 mil passaportes.

Mais de seis milhões de registos que contêm informações como nomes, moradas, números de telefone e datas de nascimento foram também roubados.

A ministra dos Assuntos Internos australiana, Clare O’Neil, disse que ceder a hackers “apenas alimenta o modelo empresarial de resgate“.

“Comprometem-se a tomar medidas em troca de pagamento, mas muitas vezes perseguem novamente empresas e indivíduos”, acrescentou.

Nos últimos meses, os hackers atacaram algumas das maiores empresas da Austrália, numa série de ataques separados que colocaram as autoridades em alerta máximo.

Hackers russos foram acusados de aceder a milhares de registos médicos do gigante de seguros australiano Medibank, numa tentativa de resgate mal sucedida, no final de 2022.

A empresa de telecomunicações Optus também sofreu uma violação maciça de dados em setembro de 2022. Os criminosos conseguiram então aceder a data de cerca de 9,8 milhões de pessoas.

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Governo aponta novo presidente para a ENSE quase um ano depois de renúncia

Alexandre Manuel Rodrigues Fernandes, anteriormente vogal executivo da Entidade Nacional para o Setor Energético, sobe a presidente. Fernando Amadeu Alves Pinto assume o cargo de vogal executivo.

O Governo nomeou Alexandre Manuel Rodrigues Fernandes, anteriormente vogal executivo da Entidade Nacional para o Setor Energético, como presidente executivo da mesma. Esta nomeação acontece quase um ano depois de o antigo presidente, Filipe Meirinho, ter renunciado ao cargo.

Foi a 1 de maio de 2022, indica o despacho, que o ex-presidente renunciou às respetivas funções, depois de cinco anos à frente da entidade. Na altura, apontou razões “estritamente pessoais” e “outros projetos de vida e de trabalho”, em declarações ao Expresso. Transitou diretamente para a ASAE – Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.

O conselho de administração da ENSE é composto por um presidente e dois vogais, cujos membros são designados por despacho dos membros do Governo. Ao mesmo tempo que agora é designado o novo presidente, é também nomeado um novo vogal executivo, Fernando Amadeu Alves Pinto, que assumia, até ao momento, o cargo de Chefe da Unidade de Controlo e Prevenção na ENSE.

Estes nomes deverão tomar responsabilidades no conselho de administração da ENSE ao longo do mandato de 2023 a 2025.

Na nota bibliográfica presente no despacho que reconduzia, no ano passado, Alexandre Fernandes para a posição de vogal executivo, lê-se que, antes de aceitar as funções na ENSE, este foi administrador e fundador da empresa fabricante de equipamentos de eficiência energética Wattguard Portugal, tendo acumulado nos últimos anos com a consultoria na área da energia, em projeto internacional no âmbito do Asian Development Bank (ADB).

Antes, entre 2006 e 2012, foi diretor-geral da Agência para a Energia (ADENE), tendo desenvolvido e implementado, nomeadamente, o Sistema de Certificação Energético de Edifícios e Qualidade do Ar (SCE) e sido redator do primeiro Plano Nacional de Ação para a Eficiência Energética (PNAEE). Até 2006, e, foi presidente do conselho de administração e diretor -geral do Grupo Shell em Portugal, tendo, durante 16 anos (1990 e 2006), exercido diversos cargos internacionais e nacionais neste grupo de energia.

É licenciado em Gestão pela Universidade Lusíada de Lisboa e possui um MBA em Marketing Management pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa.

A ENSE é a entidade responsável pela constituição, gestão e manutenção das reservas estratégicas nacionais de petróleo e produtos petrolíferos, assumindo a qualidade de Entidade Central de Armazenagem. Esta é, ainda, a entidade competente de fiscalização e supervisão de todas as áreas do setor energético.

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Grupo hoteleiro StayUpon vai procurar novos talentos a 18 e 21 de abril

A ação de recrutamento acontece num momento em que estão previstas três novas aberturas entre este e o próximo ano: uma unidade nos Anjos, em Lisboa, outra em Alcochete e ainda outra no Seixal.

O grupo português StayUpon vai realizar um open day para atrair novos talentos no dia 18 de abril, no Upon Lisbon. Três dias depois, a 21 de abril, repetirá o evento no resort Praia do Sal. A ação de recrutamento acontece num momento em que se prepara a época alta do turismo e em que estão previstas três novas aberturas entre este e o próximo ano: uma unidade nos Anjos, em Lisboa, outra no centro histórico de Alcochete e ainda outra no Seixal, em 2024.

“Numa altura em que o turismo já ultrapassou valores pré-pandemia, temos de estar preparados para receber impecavelmente quem nos visita. Os nossos colaboradores são a primeira imagem dos nossos espaços e, muitas vezes, os principais responsáveis pela qualidade da experiência no seu todo. Fazemos questão que quem trabalha connosco se sinta feliz e parte de um propósito maior”, afirma Cécile Gonçalves, administradora do Grupo StayUpon, em comunicado.

Durante os open days, que decorrerão entre as 15h e as 18h de ambos os dias, os candidatos ficarão, de uma forma informal, a conhecer a unidade respetiva e as equipas que nela trabalham. Terão também a oportunidade de fazerem entrevistas breves para que os responsáveis de recursos humanos do Grupo StayUpon os possam conhecer melhor.

Seguro de saúde para todos os colaboradores, aumento salarial de 8,5% para todos os quadros, distribuição de uma percentagem dos lucros entre os funcionários, realização de ações de team building mensais e atribuição de prémios são alguns dos benefícios praticados pelo grupo hoteleiro.

Os interessados em participar nos open days devem inscrever-se através deste formulário.

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Marcelo promulga cabaz de alimentos com “IVA zero”. Novos preços devem chegar às prateleiras dia 18 de abril

Presidente promulgou a medida que vai isentar de IVA até ao final de outubro um cabaz de produtos alimentares definido pelo Governo com os produtores e a distribuição. Entra em vigor dia 18.

O Presidente da República promulgou esta terça-feira o diploma que isenta de IVA um conjunto de bens alimentares. A decisão de Marcelo Rebelo de Sousa viabiliza, assim, a entrada em vigor da medida já no próximo dia 18 de abril, mantendo-se até ao final de outubro.

Na lista de diplomas que receberam validação de Belém, publicada no site da Presidência da República, consta o “decreto que procede à aplicação transitória de isenção de IVA a certos produtos alimentares”. O documento deverá surgir em breve no Diário da República, altura em que se torna lei.

Trata-se da medida que foi negociada pelo Governo com os produtores e com a distribuição e que culminou na assinatura de um pacto para a redução e estabilização de preços. O Parlamento trabalhou neste documento em contrarrelógio, discutindo e aprovando a medida menos de duas semanas depois de a proposta ter sido apresentada pelo ministro das Finanças, Fernando Medina.

Inicialmente, estava previsto que os super e hipermercados levassem 15 dias após a publicação no Diário da República para aplicarem a medida. Porém, na discussão na especialidade, a deputada socialista Jamila Madeira explicou que as partes concordaram em aplicar a medida a partir de dia 18 de abril. Essa alteração foi, depois, plasmada no texto final, pelo que deverá ser a partir dessa data que os novos preços sem IVA chegarão às prateleiras das lojas.

Desta forma, ficam isentos de IVA, nos próximos seis meses:

  • Cereais e derivados e tubérculos, como pão, batata, massa e arroz;
  • Legumes e hortaliças como cebola, tomate, couve-flor, alface, brócolos, cenoura, courgette, alho francês, abóbora, grelos, couve portuguesa, espinafres, nabo e ervilhas:
  • Frutas em estado natural, como a maçã, banana, laranja, pera e o melão (não está incluída a melancia, como notou o deputado do PSD, Duarte Pacheco);
  • Leguminosas em estado seco, especificamente o feijão vermelho e o feijão frade, bem como o grão (não inclui os produtos em frasco);
  • Laticínios, como leite de vaca “em natureza, esterilizado, pasteurizado, ultrapasteurizado, fermentado e em pó” e queijos, mas também iogurtes e bebidas vegetais;
  • Carne e miudezas comestíveis, frescas ou congeladas, como porco, frango, peru e vaca;
  • Peixe fresco, congelado, seco, salgado ou salmoura, como o bacalhau, sardinha, pescada, carapau, dourada e cavala (excluindo o peixe fumado e conserva);
  • Latas de atum em conversa;
  • Ovos (só de galinha);
  • E, por fim, gorduras e óleos, nomeadamente o azeite, óleos alimentares e a manteiga.

Numa audição no Parlamento esta terça-feira, o ministro das Finanças voltou a dar um sinal de confiança de que os preços vão mesmo descer com esta isenção de IVA: “Tenho confiança de que tem condições de eficácia para aliviar o que famílias pagam”, disse.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h35)

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Programa “Fundamentals of Entrepreneurship” de Silicon Valley volta a abrir candidaturas

A próxima edição do "Fundamentals of Entrepreneurship" em Lisboa terá lugar entre 19 e 30 junho deste ano e as candidaturas estão abertas até 4 de junho. 

Terminada a primeira edição em Portugal, com a participação de dez startups de cinco países diferentes, o programa de micro aceleração “Fundamentals of Entrepreneurship” já abriu candidaturas para a sua segunda edição. A nova edição terá lugar entre 19 e 30 junho deste ano, em Lisboa, e os interessados podem candidatar-se até 4 de junho.

“Como parte da nossa missão de aumentar a taxa de sucesso das startups, reconhecemos que as ideias precisam de apoio para se tornarem negócios de sucesso. É por essa razão que nos juntámos à Draper Startup House para trazer o curso ‘Fundamentals of Entrepreneurship’, para ajudar a impulsionar essas ideias e capacitar os fundadores com os conhecimentos práticos necessários para as tornarem realidade”, explica Rui Gouveia, CEO da Build Up Labs, em comunicado.

O programa — uma das primeiras iniciativas da Draper University fundada por Tim Draper em Silicon Valley, Califórnia — será direcionado a empreendedores, nacionais ou internacionais, com ideias inovadoras ou numa fase inicial de desenvolvimento.

A primeira edição do programa no país contou com a participação de 10 startups de cinco países diferentes, nomeadamente Angola, Arménia, Estados Unidos da América, Lituânia e Portugal. Ao longo de duas semanas, o proporcionou aos fundadores uma imersão completa no mundo do empreendedorismo, abordando diferentes áreas essenciais para a criação e gestão de uma startup, tais como modelos de negócios, desenvolvimento de minimum valuable product (MVP), go-to-market, finanças, legal, web3, entre outros.

A iniciativa contou com workshops, sessões de mentoria, webinars e fireside chats, realizados em ambiente informal e propício para a troca de experiências.

O programa culminou num demo day, onde os participantes tiveram a oportunidade de apresentar os seus projetos a um painel de investidores. As três startups vencedoras foram Jumble, Blanched e Decarbon8+ e receberam uma bolsa para o Hero Program da Draper Startup House em Silicon Valley, três meses de incubação na Build Up Labs e três meses de acesso à Canopy Community, respetivamente.

Os interessados em candidatar-se à próxima edição do programa podem fazê-lo aqui.

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Refugiados ucranianos passam a ter acesso às medidas de emprego do IEFP

Os beneficiários de proteção temporária e migrantes em situação de vulnerabilidade passam a ser elegíveis nas medidas destinadas a desempregados do IEFP, mediante inscrição nos seus serviços.

Os cidadãos deslocados da Ucrânia, por força do conflito com a Rússia, que estão em Portugal vão passar a ter acesso às medidas de emprego do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP), nomeadamente para efeitos de atribuição de apoios sociais. Para isso, é necessário que estejam inscritos nos serviços do IEFP enquanto desempregados.

“Pese embora o Instituto do Emprego e da Formação Profissional tenha vindo a desenvolver todos os esforços e adotado várias medidas com o objetivo de promover a integração das pessoas beneficiárias de proteção temporária e de forma a atuar preventivamente perante o risco de situações de exclusão social, importa clarificar e admitir o seu acesso a medidas de emprego e de formação profissional, tendo em vista a sua integração no mercado de trabalho”, lê-se na portaria publicada em Diário da República (DR) esta terça-feira.

Os beneficiários de proteção temporária passam, assim, a ser considerados elegíveis nas medidas de emprego em vigor, destinadas a desempregados, executadas pelo IEFP, mediante inscrição nos seus serviços.

Além dos beneficiários de proteção temporária, também os migrantes que se encontrem em situação de vulnerabilidade social, devidamente sinalizados e encaminhados pelas entidades competentes, “podem inscrever-se no IEFP, I. P., e ter acesso aos respetivos serviços“.

Desde o início da guerra na Ucrânia, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) concedeu 59.159 proteções temporárias a cidadãos ucranianos ou a estrangeiros residentes no país. Em comunicado, o SEF garante que mais de metade, 34.436, são mulheres, enquanto 24.663 são homens. Lisboa foi o município que mais cidadãos ucranianos acolheu: a capital recebeu mais de 12 mil refugiados. Cascais (3.805), Porto (3.037), Sintra (2.006) e Albufeira (1.457) foram os municípios que se seguiram.

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O novo sistema de patentes europeu – como ficam as empresas?

  • BRANDS' ECO
  • 11 Abril 2023

Especialistas presentes no evento “O novo sistema de patentes europeu – riscos e ameaças para as empresas portuguesas”, que decorreu hoje, na Abreu Advogados, expuseram os desafios deste novo sistema.

Portugal assinou, em 2015, juntamente 25 Estados-Membros, o acordo respeitante ao Tribunal Unificado de Patentes. No entanto, Espanha, Polónia, Hungria e Croácia, além do Reino Unido, devido ao “Brexit”, já anunciaram que não irão aderir ao sistema, em defesa dos interesses económicos das suas empresas. Então, a questão que se coloca é: que impacto terá este novo sistema nos interesses económicos das empresas portuguesas? Deveria Portugal tomar a mesma atitude que o seu país vizinho e outros?

De acordo com várias associações do setor, este novo sistema de patentes pode representar uma enorme perda de valor para o mercado nacional e para as empresas nacionais, principalmente as PME. As preocupações foram partilhadas, esta manhã, por responsáveis da Abreu Advogados, da ACPI, da AIPPI e da Centromarca, que marcaram presença no evento “O novo sistema de patentes europeu – riscos e ameaças para as empresas portuguesas”, com um debate moderado por Diogo Agostinho, diretor geral adjunto do ECO.

Na conversa, que abordou o papel do Tribunal Unitário de Patentes e o papel de Portugal no mundo das patentes, João Pereira da Cruz, presidente da ACPI, começou logo por expôr aquela que considera ser a razão pela qual ainda não foi possível ter uma patente que abrangesse todos os Estados-Membros: a língua. “A patente tem uma função social, que é de informar acerca das novas invenções. Ora, se a patente não tiver a língua do país, muito dificilmente pode cumprir essa função”.

“Dos aproximadamente 190 mil pedidos de patente europeia que houve em 2022, nós tivemos 312. Portanto, nós temos uma percentagem mínima, de 0,15% ou 0,16% do total de pedidos de patente. Nós não devíamos estar dentro do sistema, nós devíamos tirar aquilo que o sistema tem de bom e não irmos receber os milhares de patentes que vão entrar por aí fora e que vão fechar o estado da técnica aos nossos empresários”, continuou o presidente da ACPI.

Perante estes números, Gonçalo de Sampaio, presidente do Grupo Português da AIPPI, alertou para a “publicidade estatística” que tem vindo a ser feita fruto dos pedidos de patentes, mas que não leva em conta a sua aprovação: “Na semana passada tínhamos 7,6% a mais de patentes. Fomos dos países que mais subimos. Temos é que perceber que isso permitiu subir, perante a realidade total, de 0,15% para 0,16%. São cerca de 312 patentes que foram colhidas no ano passado, sendo que, curiosamente, essa publicidade estatística não olhava para o dado mais importante, que é quantos desses pedidos são concedidos. E, nas concessões, nós tivemos, no ano passado, 67. Portanto, tivemos uma quebra de quase 50% para o ano anterior”.

“É certo que os dados apontam que o número de patentes registadas em Portugal cresceu nos últimos dois anos, relativamente à média europeia, mas estamos ainda num patamar muito baixo“, completou Luís Marques Mendes, consultor da Abreu Advogados.

Mas como funciona o novo sistema de patentes europeu?

Atualmente, uma entidade que queira proteger a patente na Europa tem duas vias – ou vai país a país, ou então vai para o espaço europeu, que é mais do que a União Europeia, são 37 estados, pode pedir uma patente europeia que é estudada centralmente no Instituto Europeu de Patente, sediado na Alemanha. Essa patente é estudada e, se for concedida, é dado um prazo para que o titular escolha onde a quer validar, proteger e onde pretende ter um exclusivo, e, dos 37 estados, ele escolhe. Pode ir só a um e pode ir aos 37″, explicou o presidente da AIPPI.

Depois disso, cada país estipula as regras para que essa patente fique validada nesse estado: “Há países que só exigem um simples requerimento de um pagamento de uma taxa, há outros países, como Portugal, Espanha, Itália, Grécia e outros que, além desse requerimento e da taxa, exigem uma tradução para a língua nacional. Ora, este sistema cria aqui uma grande alteração, isto porque, quando a patente é concedida, fica automaticamente validada em todos os estados”.

No ano passado foram concedidas 81754 patentes a nível europeu. Destas, apenas 3792 foram protegidas em Portugal, o que demonstra que o estado da técnica português só foi monopolizado em cerca de 4,8%. “Isto é interessante para as nossas empresas porque significa que os custos económicos para as empresas obterem licenciamentos dessas invenções são baixos. Por exemplo, uma empresa chinesa que peça quatro mil patentes por ano, vai ter uma poupança interessante se proteger as patentes na Europa, isto porque, em vez de andar a pagar país a país, fica com o direito concedido e é fácil. O problema é que o sistema está desequilibrado e não é interessante para quem não o usa tanto“.

Por sua vez, Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, não hesitou em dizer que “para um país como Portugal, o futuro terá que passar forçosamente pela aquisição de valor”: “No caso da Centromarca e das empresas com quem trabalhamos, logicamente que esse sistema europeu tem vantagens, uma vez que permite fazer com que uma determinada inovação realizada num país tenha este espalhamento em termos de espaço europeu e não careça de proteção país a país. Temos que ver o registo como um investimento. Hoje em dia, o valor das empresas cada vez mais é medido pelo seu património imaterial e não pelo material. E as marcas e as patentes fazem parte deste património”.

Perante esta opinião, Gonçalo de Sampaio explicou: “Nós podemos olhar para esta questão das patentes como um copo meio cheio ou meio vazio, mas ambas as perspetivas permitem-nos entender que o copo precisa de mais água. Portanto, nós precisamos de mais patentes em Portugal. E como vamos ter isso? Não é apostando num sistema que dificulta a entrada no sistema. Este é um sistema que é interessante para quem já lá está, para quem tem muitas patentes, mas o problema para as PME é que este sistema vai proteger quem lá está e dificultar o acesso a quem quer entrar no sistema, que é a nossa posição. E isto vai tornar estes dois pólos ainda mais antagónicos. Isto, para um país como Portugal, não tem interesse”.

Espanha VS Portugal

Gostava que alguém me conseguisse explicar qual é a vantagem de Portugal e Espanha terem posições divergentes. Hoje, as economias dos dois países estão interligadas, há uma espécie de economia ibérica e, numa matéria importante como esta, que faz parte de um novo modelo de desenvolvimento, Portugal ter uma posição oposta da Espanha, pergunta-se: é bom para Portugal ou é bom para Espanha?“, começou por questionar Luís Marques Mendes.

Já Gonçalo de Sampaio afirmou que Espanha conseguiu aproveitar o “melhor dos dois mundos” e que isso pode trazer perda de competitividade para Portugal: “O sistema é aberto, qualquer empresa pode usar o sistema, esteja no país ou não, e Espanha pensou que para as suas empresas, naquele momento, interessa usar o sistema para quem quer usar o sistema, mas não prejudicar as empresas que ainda não conseguem. Portanto, tem o melhor dos dois mundos e está aqui ao lado. E isto vai trazer uma perda de competitividade da economia portuguesa face à espanhola, que vai sentir-se nas mais pequenas coisas porque as coisas vão ficar mais caras em Portugal”.

Ainda neste tema, o consultor da Abreu Advogados alertou, ainda, para o facto de que, caso este modelo seja bom para Espanha e mau para Portugal, isso significa que irá “discriminar negativamente Portugal e as empresas portuguesas”. E, também neste ponto, sugeriu a elaboração de um estudo. “Eu acho que era de elementar bom senso que tivesse sido feito ou que seja feito ainda um estudo quanto ao impacto desta decisão. Não terá sido feito na altura em que Portugal ratificou, mas ainda vale a pena ser feito agora”, disse.

“O importante é que as pessoas entendam que marcas e patentes são importantes, tudo isto tem a ver com inovação, com investigação e com desenvolvimento. É neste caminho que Portugal tem de estar. Este é o caminho do futuro. E, como agora vai haver uma mudança qualitativa grande, que é a entrada em vigor deste acordo de patente unitária, eu julgo que, ao nível do Parlamento, temos de debater a matéria e sensibilizar as entidades públicas para que, finalmente, façam um estudo sobre o impacto desta decisão“, concluiu Luís Marques Mendes.

Veja aqui o debate completo:

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Funcionários judiciais com nova greve de 10 dias vão impugnar parecer da PGR

  • Lusa
  • 11 Abril 2023

Os funcionários judiciais vão fazer 10 dias de greve a partir de 26 de abril, sem presença nos tribunais e com perda de retribuição, ao contrário da atual paralisação.

Os funcionários judiciais vão fazer 10 dias de greve a partir de 26 de abril, sem presença nos tribunais e com perda de retribuição, ao contrário da atual paralisação, em que apenas não cumprem algumas tarefas.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, António Marçal, explicou que sempre esteve previsto “intercalar modelos de protesto clássico, com modelos mais inovadores”, tendo escolhido este período pelas duas datas simbólicas que abrange: 25 de abril e 1 de maio.

“Este protesto entre duas datas simbólicas (…) nós utilizamos para fazer uma greve clássica, uma greve que foi devolvida aos trabalhadores após o 25 de abril de 1974, e também para demonstrar (….) que o modelo de greve clássica traz mais constrangimentos e mais problemas para os tribunais e para os cidadãos do que o modelo que estávamos a adotar”, afirmou.

António Marçal sublinhou que entre os dias 26 de abril e 5 de maio os funcionários judiciais não realizarão qualquer ato, “a não ser que sejam serviços mínimos“. “Não há sequer hipótese, tal como existia no modelo anterior, de o juiz considerar que determinada diligência é urgente. Agora é aquilo que está na lei, ponto final”, disse.

O responsável afirmou que, desta forma, os funcionários judiciais querem demonstrar “que a teimosia não é dos sindicatos, mas sim da ministra e do Governo“.

Referiu que os funcionários esperam “bom senso” por parte do Governo: “Não se trata de uma cedência, trata-se de bom senso, de cumprir a lei, até porque algumas reivindicações que estão em cima da mesa para fazer cessar a greve são duas coisas simples, que já estiveram na lei do Orçamento do Estado”.

Relativamente às promoções, disse que a ministra da Justiça “vai ter de as fazer”: “Efetivamente, isto ainda é um Estado de direito e, assim que transitar a decisão do Supremo Tribunal Administrativo, vai ter de as fazer”.

“Aliás, assim que sair o novo acórdão do Tribunal Constitucional referente ao movimento de 2018, aí ela terá de fazer promoções com efeitos retroativos a 2018 e, depois, quero saber quem é que paga os custos para o erário público dessa incompetência por parte da administração”, insistiu.

Desde meados de fevereiro, e até sexta-feira, os funcionários judiciais comparecem ao serviço, mas apenas cumprem algumas tarefas, recusando, por exemplo, julgamentos não urgentes, numa greve que o conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República considerou ilegal e passível de originar sanções disciplinares.

António Marçal disse que o sindicato conta dar entrada, ainda durante esta semana, de um pedido de impugnação deste parecer, pois considera que “a fundamentação e as conclusões que são tiradas são contraditórias”.

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Pagámos mais 883 euros em impostos cada um em 2022

  • ECO
  • 11 Abril 2023

Receita orçamental cresceu 11 mil milhões de euros no ano passado devido ao contributo fiscal, que disparou 8.825 milhões, sobretudo através do IRC, IRS e IVA.

Cada um dos cerca de dez milhões de portugueses pagou mais 882,5 euros em impostos no ano passado do que em 2021, o que significa um acréscimo para os cofres do Estado de 8.825 milhões de euros, de acordo com as contas feitas pelo Dinheiro Vivo com base no mais recente relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).

Segundo o documento, entre janeiro e dezembro de 2022, “a receita aumentou 11,6% no conjunto do ano, o que traduz um incremento nominal homólogo de 11 mil milhões de euros“, 4,9 pontos percentuais acima do previsto no Orçamento do Estado (6,7%). O desempenho foi essencialmente “determinado pela evolução da componente fiscal, que representou 80,3% do aumento total”.

O IRC, IRS e IVA foram as categorias tributárias que mais impulsionaram a receita fiscal. O Estado arrecadou 61.879 milhões de euros, um crescimento de 8.825 milhões de euros ou de 16,6% face a 2021: a receita de impostos diretos (IRC e IRS) subiu 24,1% e a dos indiretos (como IVA ou ISP) aumentou 11,8%, de acordo com a UTAO.

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