Parlamento acelera escolha de novas líderes para Anacom e ANAC antes da dissolução

Sandra Maximiano e Ana Vieira da Mata ouvidas na comissão parlamentar de Economia a 30 de novembro. Só após parecer dos deputados é que novas presidentes podem ser aprovadas em Conselho de Ministros.

A Assembleia da República agendou para a manhã de 30 de novembro, na comissão parlamentar de Economia, as audições de Sandra Maximiano e de Ana Vieira da Mata, indigitadas para a presidência do conselho de administração da Anacom – Autoridade Nacional de Comunicações e da ANAC – Autoridade Nacional da Aviação Civil, respetivamente.

Apesar de ambos os nomes já terem obtido parecer favorável da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap), a aprovação em Conselho de Ministros da designação das novas líderes para estas duas entidades reguladoras só pode avançar depois de os deputados emitirem um parecer (não vinculativo) sobre estas escolhas.

Com este agendamento, o Parlamento tenta acelerar o processo de substituição de João Cadete de Matos na Anacom e de Tânia Simões na ANAC, cujos mandatos terminaram nos últimos meses, antes da queda do Executivo liderado por António Costa. É que a legislação prevê que não podem ocorrer designações entre a demissão do Governo e a investidura parlamentar do seguinte.

Não há ainda uma data oficial para formalizar a demissão do atual Governo, mas o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deverá avançar com esse ato formal no início de dezembro, logo depois da aprovação do Orçamento do Estado. A partir dessa altura, o Executivo ficará em gestão corrente até as eleições legislativas agendadas para 10 de março de 2024.

Se estes processos não ficarem concluídos na atual legislatura, as nomeações de Sandra Maximiano, professora do ISEG, e de Ana Vieira da Mata, que é atualmente vogal da entidade que regula o setor aéreo, serão atirados para a primavera do próximo ano, já depois da eleição de um novo Governo.

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Juíza do julgamento BES pede escusa por ter ações do banco

A juíza que iria presidir ao julgamento do BES , Helena Susano, pediu escusa. Segundo o despacho, a que o ECO/Advocatus teve acesso, a magistrada pede escusa por considera haver motivos de suspeita.

A juíza que iria presidir ao coletivo do julgamento do caso BES, Helena Susano, pediu escusa ao Tribunal da Relação de Lisboa. Segundo o despacho, a que o ECO/Advocatus teve acesso, a magistrada pede escusa por considera haver motivo “sério e grave” para gerar desconfiança sobre a sua imparcialidade.

Em causa está o facto da juíza ser titular de “quinhentas e sessenta ações do BES” e das suas duas filhas serem igualmente titulares, “cada uma, de ações do BES, em quantidade que neste momento não consegue precisar, porquanto as mesmas se encontram no estrangeiro e sem documentos de que se possam socorrer para a respetiva concretização, mas certamente em número não superior a quinhentas e sessenta ações”.

Agenda pessoal de Ricardo Salgado foi um dos documentos apreendidos pelo Ministério Público na investigação ao “Universo Espírito Santo”.

Mais: a juíza diz ainda que possui “um familiar em segundo grau que é titular de sete mil e quinhentas ações da Portugal Telecom, S.A., a qual, como é consabido e público, se encontra alegadamente relacionada com a queda do universo BES, tendo esta queda ocasionado praticamente a total desvalorização daquelas ações”.

O processo é composto por 203 volumes dos autos principais e mais 171 volumes de apenso de arresto.

No final de julho, o juiz de instrução do processo BES decidiu que Ricardo Salgado, ex-homem forte do BES, ia a julgamento. Uma decisão que surgiu nove anos depois da queda do banco que Salgado liderou durante décadas.

Todos os arguidos vão a julgamentos nos exatos termos da acusação, à exceção de cinco. No caso de Ricardo Salgado, são imputados 65 crimes ao ex-banqueiro, nomeadamente associação criminosa, corrupção ativa, falsificação de documento, burla qualificada, branqueamento, infidelidade e manipulação de mercado.

O juiz Pedro Santos Correia validou quase na íntegra os crimes pelos quais os 25 arguidos vinham acusados. Introduziu apenas pequenas alterações, deixando cair alguns crimes de infidelidade em relação a três arguidos, por prescrição e lapso da acusação, e deixou de fora o arguido José Manuel Espírito Santo, que morreu entretanto.

“Ante a natureza e a dimensão da prova que sustenta a acusação (verdadeiramente assoberbante), conclui-se que a mesma se mostra, em si mesma, suficientemente indiciadora para, se reproduzida e sustentada em julgamento, se concluir pela maior probabilidade de condenação dos arguidos do que pela sua absolvição, critério que norteia a pronúncia ou não pronúncia dos arguidos”, escreve o magistrado, no seu despacho de pronúncia.

E acrescenta, explicando que, “do mesmo passo, os requerimentos de abertura de instrução apresentados pelos arguidos e a prova por si apresentada revelam-se incapazes de contrariar a conclusão que acima se tirou, quer porque não infirmam o juízo probabilístico a que se chegou, quer porque manifestamente procuram discutir matérias que são objeto da fase de julgamento, como acima se deixou dito, não cabendo no âmbito da instrução nem sendo, aliás, aptas a contrariar a suficiência dos indícios existentes”.

Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro. Segundo o MP, cuja acusação contabilizou cerca de quatro mil páginas, a derrocada do Grupo Espírito Santo (GES), em 2014, terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

Em agosto, o juiz voltou a ignorou o principal trunfo da defesa do ex-banqueiro: a doença de Alzheimer. No despacho de pronúncia o magistrado Pedro Correia não dedicou nem uma linha, nas 220 páginas que escreveu sobre este assunto.

Entretanto, a perícia médica independente feita a Salgado confirma que o ex-banqueiro sofre mesmo da doença de Alzheimer. A perícia efetuada em Coimbra, no final de setembro, pelo Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) a pedido da juíza do processo EDP, confirma igualmente esse diagnóstico mas falta ainda o relatório final. Os peritos têm ainda uma outra avaliação a fazer: saber se o arguido está incapaz de testemunhar e ir a julgamento.

Os relatórios finais de ambas as perícias devem ser enviados aos tribunais até ao final de novembro e os exames podem ser anexados no caso EDP mas também servir como prova no caso BES (que espera início do julgamento) e no processo separado da Operação Marquês, cuja condenação a oito anos de prisão efetiva está a ser avaliada neste momento pelo Supremo Tribunal de Justiça.

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BPI diz que mantém margem para dividendos apesar da almofada contra a crise imobiliária

Banco liderado por Oliveira e Costa refere que reserva de capital para perdas com queda dos preços da casa vai pesar 78 pontos base nos rácios, mas assegura que mantém margem para dividendos.

O BPI adianta que a almofada adicional imposta pelo Banco de Portugal para os bancos se protegerem de perdas relacionadas com uma eventual queda dos preços das casas vai pesar 78 pontos base nos seus rácios de capital, mas assegura que mantém capacidade para pagar dividendos.

“Esta reserva sistémica setorial traduz-se, em base proforma setembro 2023, num aumento estimado dos requisitos de fundos próprios de 78 pontos base”, revela o banco liderado por João Pedro Oliveira e Costa em comunicado enviado ao mercado.

A seguir, acrescenta: “O BPI cumpre por margem significativa os requisitos mínimos de capital, e após implementação desta medida apresenta um buffer MDA – folga de capital sem limitações à distribuição de resultados – de 470 pontos base em setembro 2023 proforma”.

Em causa está a implementação de uma reserva de capital para risco sistémico no mercado imobiliário residencial. Esta almofada corresponderá a 4% do montante das posições ponderadas pelo risco da carteira de crédito a particulares garantidas por imóveis destinados à habitação em Portugal.

A medida tem de ser cumprida com fundos próprios principais nível 1 (CET1) a partir de 1 de outubro de 2024.

O BPI lucrou 390 milhões nos primeiros nove meses do ano, uma subida de 35% em relação ao mesmo período do ano passado. O CEO do banco, João Pedro Oliveira e Costa, já anunciou que vai pagar dividendos ao acionista espanhol, o CaixaBank.

“Compreendo que as situações que vivemos hoje em dia levem a alguma preocupação e nós devemos levar a sério todas as chamadas de atenção. (…) Pagaremos os dividendos ao acionista de acordo com as regras que são impostas pelo supervisor”, disse o responsável, há duas semanas, na Money Conference organizada pela TSF e pelo DN.

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Com nova imagem e posicionamento, Regina quer tirar portugueses da “zona de desconforto”

Os chocolates Regina vão dizer ao consumidor que não é errado parar. Francisco Pinho da Costa, marketing manager da Imperial, explica ao +M a nova imagem e posicionamento da marca.

Os chocolates Regina vão surgir a partir desta quarta-feira com uma imagem renovada. Com a revisão da imagem, explica ao +M Francisco Pinho da Costa, marketing manager da Imperial, é também alterado o discurso da marca. O objetivo é fazer com esta se mantenha atual e alinhada com o que é hoje o consumidor português. “Queremos voltar a estar mais próximos do consumidor. Sermos a marca que o acompanha no dia-a-dia”, comenta. Trata-se, avança o responsável, do maior investimento em comunicação dos últimos anos.

O relançamento dá-se num período de grandes alterações nos hábitos de consumo e também socioeconómicas dos consumidores. Apesar do momento, os estudos desenvolvidos para preparar o reposicionamento, conta Francisco Pinho da Costa, dizem que há uma “relação bastante próxima e emocional com a Regina, um sentimento positivo, quase de família e emoção“. A relação manteve-se, “mas a marca não tem estado tão ativa”, admite.

“O que sai dos estudos é que o universo aspiracional para onde o consumidor leva a Regina é distante da realidade dos dias de hoje. Hoje é tudo muito tenso, há uma grande ansiedade, andamos sempre a correr, parece que falhamos com toda a gente“, constata o responsável da Imperial. E, mesmo neste contexto, quase por oposição, “o consumidor põe-nos num momento quase perfeito, num momento que nos dias de hoje é quase impossível de encontrar”.

A marca vai então “dizer que não tem mal parar“. “Vamos trazer o consumidor para o seu ‘local de conforto’. Dizer que não tem mal saborear este momento. Em família, com amigos, sozinho. Aquilo que hoje é quase proibido, que é fazer uma pausa, é a nossa promessa”, explica o responsável de marketing.

A esta, junta-se a portugalidade. “Um prazer orgulhosamente nosso” é então a nova assinatura da Regina, que pretende ser percecionada como “um produto orgulhosamente português”.

A campanha, que vai esta quarta-feira para a rua tem várias declinações. “Sai da tua zona de desconforto“, “Vai à descoberta do que já conheces” ou “Nunca desistas de parar um bocado” são alguns dos trocadilhos que vão surgir a partir de agora.

Acreditamos que a marca não está só a fazer uma campanha com algo chamativo, está a desafiar o consumidor a parar. A dizer que não faz mal parar. As melhores experiências também podem ser quando paramos e observamos o que temos à nossa volta”, comenta Francisco Pinho da Costa.

Assinada pela Nossa e com planeamento de meios da Initiative, a campanha vai estar presente em outdoor (com duas mil faces), digital, redes sociais, influenciadores e em advancedTV, no Playce. “Vamos estar no momento em que o consumidor quer ver o programa e só vê um anúncio. Também aqui, reforçamos a ligação“, diz Francisco Pinto da Costa sobre a escolha desta modalidade de publicidade em televisão.

A nova imagem e packaging da Regina, por sua vez, é assinada pela, Suma Branding.

O relançamento da marca coincide com o lançamento de dois novos produtos. Uns bombons –Regina Chocolate de Leite com recheio de praliné de amêndoa e wafer, Regina Cacau 70% com recheio de trufa cremosa e um sortido destas duas variedades – e também o Regina Wafer, o primeiro passo da marca no segmento dos snack.

Os preços, enquadra o marketing manager da Imperial, são competitivos. “Quando comparamos com a concorrência, é uma proposta muito interessante. Fizemos um esforço muito grande, e vamos abdicar de parte da margem, para garantir que estamos a entregar o que o consumidor procura a preço que faz sentido para o momento em que vivemos“, conclui o responsável.

A Regina representou no último ano fiscal cerca de 45% das vendas da Imperial.

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Cofidis muda venda de seguros para o grupo Ageas

A empresa de crédito a particulares, com 1 milhão de clientes em Portugal, fez acordo para passar a vender exclusivamente produtos Médis e Ageas Seguros.

A Cofidis, instituição financeira especializada no crédito ao consumo à distância, acaba de assinar com o Grupo Ageas Portugal um acordo de exclusividade para a venda de seguros não associados ao crédito por um período de 5 anos. No entanto, a financeira manterá, através da seguradora ACM, a relação com Crédit Mutuelle Aliance Féderale – que é a sua principal acionista – na área dos seguros de Vida associados aos produtos de crédito, ou seja, os seguros de proteção ao crédito que estão associados ao core da sua atividade.

João Freitas: “O objetivo é que os seguros tenham um contributo relevante para a sustentabilidade do nosso negócio, equilibrando o peso com os produtos de crédito”.

 

O acordo com o Grupo Ageas Portugal respeita a seguros Não Vida e o seu início termina as atuais parcerias com a MetLife e a Chubb. “Vamos manter a carteira atual de clientes, mas os novos contratos serão com os produtos da Ageas, à medida que forem sendo colocados no mercado”, afirmou ao ECOseguros João Freitas, diretor de Inovação e Criação de Valor da Cofidis.

A parceria com o Grupo Ageas vai abranger produtos da Ageas Seguros como Automóvel, Casa, Vida, Animais, Acidentes Pessoais, Viagem e outros que serão lançados de forma faseada em 2024, e também no ramo Saúde, tendo já arrancado a distribuição de produtos Médis. A Cofidis admite parcerias pontuais, posteriormente, apenas para produtos que a Ageas não comercialize.

Quanto a objetivos, João Freitas considera que a tendência do peso total dos seguros no volume de negócios da Cofidis é de crescimento. “O objetivo é que os seguros tenham um contributo relevante para a sustentabilidade do nosso negócio, equilibrando o peso com os produtos de crédito, e em alinhamento com a nossa estratégia de entregar uma oferta completa e integrada aos nossos clientes”, diz o gestor.

O acordo vai começar com os produtos standard do grupo, mas “é perspetiva comum com a Ageas que, a partir de 2º ano, ambas as companhias se possam focar na experimentação de novos produtos e num serviço ao cliente integrado, que traga mais conforto, segurança e tranquilidade para a vida financeira dos nossos clientes”, refere João Freitas.

Sobre as atuais parcerias com a Metlife e Chubb, a Cofidis vai manter a carteira atual de Clientes, mas os novos contratos serão já com os produtos da Ageas, à medida que forem sendo colocados no mercado.

A Margem, mediadora Cofidis para os seguros automóvel, que faturou 730 mil euros em 2022, enquadra-se – segundo João Freitas – na aquisição que a Cofidis Portugal fez do Banif Mais em 2015. “Também aqui o objetivo é manter a carteira de clientes ativa, mas comercializar os novos seguros auto com a Ageas, assim que o produto seja disponibilizado no âmbito da parceria”, afirma.

“Acreditamos que a partilha de know how das duas empresas oferecerá ao mercado soluções mais completas, e que, juntos, construiremos um futuro financeiro melhor para todos”, conclui João Freitas.

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Dois terços dos portugueses poupam menos de 10% do salário

  • Lusa
  • 22 Novembro 2023

Inquérito do Boston Consulting Group mostra ainda que, entre os que conseguem poupar, a maioria destina aquele valor para cobrir eventuais imprevistos, acumular para a reforma, viagens e comprar casa.

Dois terços (66%) dos portugueses poupam menos de 10% do seu salário líquido, sendo que quatro em dez inquiridos não conseguem reservar nem 5% do seu rendimento após dedução de impostos, concluiu um estudo da BCG.

De acordo com o Inquérito Sentimento dos Consumidores 2023, da Boston Consulting Group (BCG), 16% dos portugueses admitem poupar entre 10% a 20% do seu salário líquido, 10% reserva 20% a 30% e apenas 2% consegue economizar mais de metade.

O estudo refere também que o rendimento disponível após despesas das famílias portuguesas tem vindo a decrescer desde 2020, fixando-se nos 7,5% no primeiro trimestre deste ano, isto é, 6,7 pontos percentuais abaixo da média da Zona Euro (14,2%).

“A inflação, a subida das taxas de juro e o não acompanhamento dos salários são as principais causas de perda de compra, mas também da diminuição da taxa de poupança e de investimento”, refere a BCG.

Dos inquiridos que conseguem poupar, 64% destinam aquele valor para cobrir eventuais imprevistos, 36% para acumular para a reforma e 30% em viagens.

comprar uma casa faz parte das intenções de investimento da poupança de dois em cada dez inquiridos, seguida de comprar um carro (11%) e gastar noutros bens de consumo (10%).

O inquérito concluiu também que os hábitos de consumo dos portugueses sofreram alterações este ano, com 64% dos inquiridos a revelarem sentir um aumento acentuado do peso da alimentação, 44% do veículo pessoal, 42% da renda da habitação, 36% da farmácia, 17% da saúde e 16% com os animais de estimação.

Este aumento da despesa em necessidades básicas provocou uma queda acentuada dos gastos noutras categorias, como entretenimento fora de casa (-40%), viagens (-37%), roupa e acessórios (-36%), mobiliário e decoração (-23%), perfumaria e maquilhagem (-22%), tecnologia e eletrónica (-19%) e bebidas alcoólicas (-17%).

O estudo tem como base um inquérito a 1.000 portugueses em todo o território de Portugal continental, conduzido entre 15 e 25 de setembro de 2023, com 33 perguntas relacionadas com o sentimento dos portugueses relativamente aos seus hábitos de consumo este ano.

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Câmara de Odivelas aprova orçamento municipal de 160,5 milhões de euros para 2024

  • Lusa
  • 22 Novembro 2023

Entre as prioridades deste orçamento estão a construção do Parque da Cidade, da Divisão Policial de Odivelas, ou de 151 novos fogos municipais.

A Câmara Municipal de Odivelas aprovou, esta quarta-feira, o orçamento municipal para 2024 no valor de 160,5 milhões de euros, o maior de sempre, com os votos favoráveis do PS e contra dos restantes partidos da oposição (CDU, PSD e Chega). Representa um aumento de 20,5 milhões de euros face ao deste ano (140 milhões).

O Orçamento do município de Odivelas, no distrito de Lisboa, para 2024 e as Grandes Opções do Plano foram aprovados por maioria, durante uma reunião extraordinária da Câmara Municipal.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins (PS), destacou o facto de o documento ter sido construído “num cenário nacional e internacional de instabilidade”. Este é, aliás, explica, “um orçamento que é muito ambicioso porque é um orçamento de coesão. Prevê a concretização de muitos projetos que têm estado em curso e o agarrar das oportunidades que o PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] vai agora efetivar”.

O IMI familiar prevê uma redução este ano para quem tem dois filhos de 70 euros e quem tem três filhos ou mais tem uma redução de 140 euros […], ou seja, temos várias medidas de apoio às famílias.

Hugo Martins

Presidente da Câmara Municipal de Odivelas

Entre os principais projetos inscritos no orçamento para 2024, o autarca destacou a construção do Parque da Cidade, da Divisão Policial de Odivelas, de três centros de saúde (Odivelas Poente, Nova Pontinha e Urmeira), do Centro de Formação Profissional de Lisboa Norte e de 151 novos fogos municipais, previstos no âmbito da Estratégia Local de Habitação (ELH).

“Do ponto de vista social e daquilo que são as funções sociais é um orçamento muito em prol das famílias e das pessoas”, referiu o autarca, destacando o reforço que será feito no âmbito da implementação do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) familiar. “O IMI familiar prevê uma redução este ano para quem tem dois filhos de 70 euros e quem tem três filhos ou mais tem uma redução de 140 euros […], ou seja, temos várias medidas de apoio às famílias”, sublinhou.

Este ano, o IMI familiar de Odivelas previa uma redução adicional deste imposto de 40 euros para agregados familiares com dois filhos e de 70 euros para famílias com três ou mais dependentes a cargo. Relativamente à taxa de IMI para 2024, vai manter-se nos 0,35%, depois de este ano ter descido de 0,36%. A taxa de IMI para prédios urbanos pode variar entre os 0,3% e os 0,45%, cabendo aos municípios fixar o valor entre este intervalo.

Em termos setoriais, a área da educação é a com maior dotação financeira neste orçamento, estando alocada uma verba de 26,6 milhões de euros.

Para a área da habitação a autarquia inscreveu 8,5 milhões de euros (aumento de 100% face ao de 2023), prevendo-se a compra e a reabilitação de dezenas de casas e a construção de 151 novos fogos. A área da ação social também prevê um aumento de verbas de 180%, para um valor de 3,2 milhões de euros.

Hugo Martins destacou igualmente o reforço que irá ser feito no apoio às coletividades e às associações humanitárias de bombeiros do concelho.

A imagem que passa à população é que está tudo sobre rodas e que é tudo uma facilidade. No próximo ano vamos estar aqui a falar das mesmas coisas. Temos de ser mais rigorosos.

Fernando Painho

Vereador da CDU na Câmara Municipal de Odivelas

Durante a discussão do documento, tanto os eleitos da CDU, como do PSD, acusaram a maioria PS de inscrever todos os anos no orçamento municipal os mesmos projetos. “A imagem que passa à população é que está tudo sobre rodas e que é tudo uma facilidade. No próximo ano vamos estar aqui a falar das mesmas coisas. Temos de ser mais rigorosos”, afirmou o vereador da CDU Fernando Painho.

No mesmo sentido, a vereadora social-democrata Ana Isabel Gomes considerou que o orçamento traz “uma continuidade de projetos que nunca mais se concretizam“. Mais, criticou, “é preocupante a quantidade de projetos que, ano após ano, continuam a ser anunciados e inscritos”.

A proposta de orçamento para 2024 e as Grandes Opções do Plano ainda terão de ser discutidas e votadas em sede de Assembleia Municipal, onde o PS também tem maioria.

O executivo de Odivelas é composto por seis eleitos do PS (incluindo o presidente), três da coligação “A Mudança é Agora” (PPD/PSD.CDS-PP.A.MPT.PDR.PPM.R.I.R.), um da CDU e um do Chega.

O concelho de Odivelas, criado em 1998, é dos concelhos mais jovens do país, ocupando 26,6 quilómetros quadrados e com uma população de 148 mil habitantes.

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Casal de Felgueiras monta rede de 11 supermercados no Norte com 183 trabalhadores

Mercadinhos Adriano passou em três décadas de um pequeno minimercado para uma cadeia com 11 estabelecimentos nos distritos do Porto, Braga e Vila Real, faturando 32 milhões de euros.

Adriano Silva e Isabel Macedo conheceram-se a trabalhar num pequeno supermercado em Felgueiras em 1986. Apaixonaram-se, casaram e ergueram uma cadeia de supermercados, a Mercadinhos Adriano, que atualmente soma onze espaços em três distritos (Porto, Braga e Vila Real), emprega 183 pessoas e fatura 32 milhões de euros. Para o próximo ano, a empresa familiar vai investir três milhões de euros na renovação de duas lojas.

Na altura, os patrões de Adriano Silva e Isabel Macedo tinham, além do minimercado, uma fábrica de camisas em Felgueiras. Um dia, os patrões que “já estavam com idade avançada”, desafiaram o casal a ficar com o projetos do minimercado com a condição de casarem. Uma forma de garantir que esta aliança fosse o impulso para “fazer prosperar o negócio”.

André Silva, filho de Adriano Silva e Isabel Macedo, conta que os “pais já tinham ideias de casar” e que a condição acabou por ser “mais um impulso” para o matrimónio. O desafio foi aceite e Adriano Silva e Isabel Macedo casam em 1990 e, um ano depois, assumem a gestão do minimercado.

O filho dos fundadores conta que “rapidamente os pais se aperceberam que o minimercado era muito pequeno, perante o sucesso que estava a ter”. Passados três anos de assumiram a gestão, o casal decidiu comprar uma loja no rés-do-chão de um prédio que ainda estava em construção mesmo ao lado do pequeno minimercado.

Adriano Silva e Isabel Macedo, fundadores da Mercadinhos AdrianoMercadinhos Adriano

Depois da obra concluída, em 1995, o casal abre um novo espaço na Rua Vasco da Gama, em Felgueiras. “A abertura foi um sucesso, na altura não existiam grandes superfícies e para os felgueirenses o espaço já era considerado uma grande superfície, mesmo não sendo porque na altura só tinha 300 metros quadrados”, conta André Silva, em declarações ao ECO/Local Online.

Ao lado foi construído um prédio gémeo e o casal voltou a comprar uma nova loja do rés-do-chão para ampliar o espaço que passou a contar com uma área total de 600 metros quadrados. “A partir daí foi bombástico porque o supermercado começou a ficar muito conhecido, os meus pais começaram a comprar produtos em grande quantidade e a ter os primeiros veículos de trabalho”, explica o filho dos fundadores que é um dos responsáveis pelo grupo Mercadinhos Adriano.

Em 2011, abrem mais quatro supermercados, em Lagares, Braga, Póvoa do Lanhoso e Vieira do Minho. Três anos depois abrem mais um supermercado em Arco de Baúlhe. Não ficam por aqui e abrem em 2016 em Mondim de Bastos e Fafe, e em 2019 em Lameiro Morto e Mesão Frio.

Aposta na renovação de espaços

No final do ano passado, a Mercadinhos Adriano inaugurou a sede em Felgueiras, que era a antiga fábrica têxtil da Bouça. Com uma área total de dois hectares, o empreendimento preservou a fachada e a chaminé da antiga fábrica. Além do supermercado, o edifício engloba ainda o centro logístico e os serviços administrativos da Mercadinhos Adriano. Conta ainda com uma galeria comercial com 20 lojas, sendo que a maioria já está ocupada.

Para o próximo ano está nos planos da empresa familiar investir três milhões de euros na renovação dos espaços, sendo que um milhão de euros será destinado à renovação da primeira loja que o casal abriu na Rua Vasco da Loja em 1995. Os restantes dois milhões de euros serão usados para deslocar a loja de Vieira do Minho para umas novas instalações na mesma zona, mas mais moderna.

André Silva, filho dos fundadores da Mercadinhos AdrianoMercadinhos Adriano

“A ideia passa por fechar temporariamente a loja na rua Vasco da Gama (que é a mais antiga), durante aproximadamente um mês e fazer a renovação de raiz, enquanto a loja de Vieira do Minho será construída num local novo, mesmo ao lado da atual. A ideia é fechar a loja “velha” num dia e abrir a nova no dia seguinte, sem nunca fechar”, diz André Silva que abraçou o projeto familiar aos 18 anos e que diz estar “completamente comprometido” em levar para frente o projeto que os pais construíram no Norte do país.

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ANA critica Ryanair por justificar redução de voos em Portugal com aumento de taxas aeroportuárias

  • Lusa
  • 22 Novembro 2023

Gestora dos aeroportos nacionais realça que houve “três anos de reduções consecutivas” das taxas aeroportuárias, lembrando que a base da Ryanair na Madeira beneficia do programa de incentivos da ANA.

A ANA – Aeroportos de Portugal lamentou esta quarta-feira que a Ryanair recorra ao argumento da atualização das taxas aeroportuárias para reduzir o número de voos na Madeira, Porto e Faro, realçando que houve “três anos de reduções consecutivas”.

“Na realidade, as taxas médias propostas para 2024 são inferiores às de 2019”, diz a ANA num comunicado enviado à agência Lusa.

A ANA reage assim às declarações do CEO da transportadora aérea Ryanair, Michael O’Leary, que na terça-feira anunciou a redução de um avião na Madeira e a diminuição do tráfego no Porto e em Faro devido ao aumento das taxas aeroportuárias.

Também menciona que a base desta companhia aérea na Madeira beneficia do programa de incentivos da ANA, o que constituiu “um investimento significativo”.

A ANA considera que a Madeira é “um dos destinos turísticos com maior potencial de desenvolvimento na Europa”, tendo registado um crescimento de 10% no verão de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Para este indicador contribuíram companhias aéreas como a easyJet, a Wizzair, a Azores Airlines e a Condor, complementa.

Ainda realça que, apesar da anunciada atualização das taxas aeroportuárias a partir de janeiro de 2024, “diversas companhias demonstram um grande interesse em continuar a desenvolver a conectividade na Madeira”.

A SATA (Boston e Toronto), easyJet (Geneve and Basel), Jet2 (Liverpool e Belfast) e Wizzair (Roma) são algumas das companhias que já confirmaram novas rotas para o próximo verão de 2024, adianta.

A ANA destaca que esta situação acontece na altura em que, de acordo com um comunicado recente do ACI (Airport International Council) Europe, o aumento das tarifas praticadas pelas companhias aéreas na Europa é superior a 38% nos meses de verão (3.º trimestre).

Indicando que os aeroportos portugueses estão no topo dos que mais crescem na Europa, liderando em termos de competitividade, a ANA assegura que “mantém o seu compromisso com as regiões para continuar a desenvolver a conectividade aérea, trabalhando em parceria e de forma equitativa com todas as companhias aéreas”.

A Aeroportos de Portugal sublinha que o produto das taxas é afeto a financiar a segurança, a eficiência operacional e a capacidade e o conforto dos aeroportos, recordando que decorrem intervenções nos vários aeroportos nacionais.

A ANA conclui que a proposta de taxas para 2024 insere ainda um mecanismo de incentivo às aeronaves com menores emissões de carbono, uma medida consonante com a política ambiental da ANA/VINCI Airports e a promoção da descarbonização do setor da aviação.

Esta manhã, o diretor comercial da Ryanair, Jason McGuiness, reuniu-se com o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, tendo falado do compromisso de “trabalharem em conjunto” para combater os problemas que esta decisão representa para o turismo e a economia da Madeira.

Além da redução de dois aviões para um na base da Madeira, a Ryanair decidiu diminuir de 10 para sete as ligações que efetua para a Madeira, cancelando as rotas de Marselha, Nuremberga e Bérgamo.

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J+Legal assessora transação no sector hotelaria e turismo para crescimento região Castelo Vide

A J+Legal assessorou a BlueCrow Capital, sociedade gestora de fundos de capital de risco sedeada em Lisboa, na negociação e celebração de um contrato de cessão de exploração.

A J+Legal assessorou a BlueCrow Capital, sociedade gestora de fundos de capital de risco sedeada em Lisboa, na negociação e celebração de um contrato de cessão de exploração de estabelecimento comercial relativo à unidade hoteleira detida pelo Fundo BlueCrow Growth Fund e localizada na Herdade de Santo Isidro|Casa da Meada, na região de Castelo de Vide.

A operação, de valor confidencial, irá permitir o crescimento da exploração hoteleira, bem como da exploração turística e cinegética na região.

Do lado da BlueCrow as negociações foram conduzidas pelo partner António Mello Campello e pelos Investor Advisors Catarina Teodoro Esteves e Rodrigo Silva. Pela J+Legal a transação foi conduzida e operacionalizada pelo associado sénior Lourenço Côrte-Real.

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Polícias municipais vão ter aumentos salariais de até 280 euros

A atualização diz respeito ao pagamento de 52 euros mensais com retroativos a janeiro de 2023 e aos incrementos de até 228 euros previstos para o próximo ano.

Os polícias municipais vão ter aumentos salariais de até 280 euros, que incluem o pagamento de 52,63 euros mensais com retroativos a janeiro deste ano e um incremento adicional de até 228 euros, em 2024, segundo o projeto de diploma do Governo que foi negociado com os sindicatos representativo da Função Pública. Em termos médios globais, os ordenados desta carreira sobem cerca de 20%.

A medida irá abranger os cerca de mil polícias municipais que existem no País, sendo que os encargos com as valorizações remuneratórias são da responsabilidade da Administração Local, isto é, das autarquias.

“No âmbito do acordo plurianual de valorização dos trabalhadores da Administração Pública, foi recentemente negociado o projeto de decreto-lei que procede à valorização da carreira de regime especial não revista de polícia municipal”, revelou a Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) em comunicado enviado às redações.

“Este avanço é muito importante e serve para compensar estes trabalhadores cuja carreira ainda não foi revista”, afirmou ao ECO o secretário-geral da FESAP, José Abraão. “Não obstante, o processo de revisão da carreira, que o próprio Governo assume como crucial, é urgente e deve realizar-se no decurso do próximo ano”, reivindica a estrutura sindical na mesma nota.

Questionado se estes aumentos salariais poderão sobrecarregar as câmaras municipais, José Abraão garantiu que “as autarquias têm orçamento”, acrescentando que“há já algum tempo reivindicam uma atualização remuneratória dos polícias municipais para ver se conseguem reter trabalhadores”.

“Com estas valorizações até está na calha a criação de polícias municipais em zonas do País onde não existem”, revelou o dirigente sindical.

Assim, e de acordo com o projeto de diploma do Governo, todos os trabalhadores terão direito, este ano, a um aumento de 52,63 euros que será pago com retroativos a 1 de janeiro assim que for publicado o decreto-lei. Ou seja, cada polícia municipal vai poder contar com 736,82 euros de retroativos referentes ao incremento de 52,63 de 14 meses.

Para além disso, estão previstos novos incrementos salariais para 2024 em todas as categorias da carreira de polícia municipal, exceto na de estagiário que se manterá nos 821,83 euros mensais, isto é, na Base Remuneratória Única (BRAP), vulgo ordenado mínimo no Estado, depois de já ter beneficiado do aumento de 52,63 para este ano.

A posição de entrada de um agente municipal de 2.º vai beneficiar de um aumento de 100 euros, passando dos 821,83 euros para 922,47 euros. No topo da carreira, o salto será de 143,86 euros, de 978,96 euros para 1122,82 euros.

No caso de um agente municipal de 1.º que esteja na primeira posição, o salário vai subir 123,14 euros, de 894,41 euros para 1.017,55 euros. Quem está no último patamar, vai ganhar 1.228,09 euros, um acréscimo salarial de 178,95 euros face ao ordenado de 1,049,14 euros que alcançou já com o aumento de 52,63 euros que irá ser aplicado este ano, com efeitos a 1 de janeiro.

Um agente graduado, na primeira posição, também vai auferir 1,228,09 euros, um aumento de 178,95 euros face a um ordenado de 1,049,14 euros. Quem está no patamar mais alto desta categoria, terá direito a mais 203,52 euros no ordenado que, desta forma, sobe dos 1.287,73 euros para 1.491,25 euros.

No caso de um agente graduado principal que acabou de entrar na profissão, o incremento remuneratório será de 171,94 euros, fazendo o salário saltar dos 1.214,04 euros para 1.385,98 euros. Quem está no topo vai ganhar 1.596,51 euros brutos mensais, um aumento de 228,06 euros.

Por fim, o salário do cargo de graduado coordenador, da primeira posição, vai subir 228,06 euros, de 1.368,45 euros para 1.596,51 euros. Um trabalhador desta categoria no último nível remuneratório terá direito a um incremento mais modesto, de 70,19 euros, que vai elevar o salário de 1,684,22 euros para 1.754,41 euros.

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Petróleo afunda mais de 4% após OPEC+ adiar reunião

  • ECO
  • 22 Novembro 2023

Preços do barril estão sob pressão depois de a organização de países exportadores ter adiado de forma surpreendente a reunião que iria avaliar os cortes na produção de petróleo em 2024.

Os preços do petróleo estão a afundar mais de 4%, depois de o grupo de países exportadores conhecido como OPEP+ ter adiado inesperadamente a reunião que estava prevista para domingo, o que cria dúvidas sobre o curso dos cortes na produção de barris no seio do cartel.

Em Londres, o barril de Brent para entrega a 30 de novembro cai 4,4% para 78,82 dólares. Em Nova Iorque, o contrato de crude WTI que expira a 19 de dezembro cede 4,49% para 74,28 dólares. Em ambos os casos, as cotações recuam para mínimos de uma semana.

A OPEP+, que junta os países da OPEP mais a Rússia e aliados, adiantou a reunião ministerial de 26 de novembro para 30 de novembro, anunciou a organização em comunicado. Este desenvolvimento surpreendeu o mercado, dado que não foram dadas razões para o adiamento.

Esperava-se que a reunião avaliasse novas alterações ao acordo que já limita a oferta de petróleo até 2024, segundo analistas citados pela agência Reuters.

A Bloomberg tinha noticiado esta quarta-feira que o encontro da OPEP+ poderia ser adiado por tempo indeterminado, depois de a Arábia Saudita ter mostrado insatisfação com os outros membros devido aos níveis de produção.

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